The New Legends Of Hogwarts escrita por Annabel Lee


Capítulo 1
I - A Carta Misteriosa


Notas iniciais do capítulo

Então, lindas pessoas. Minha última fic do The Big Four teve seus problemas por contas dos shipps. Quero deixar claro que a fic não é de romance para ficarem se focando em quem fica com quem.

Então, aproveite a leitura e, caso prefira, leia minha outra fanfic do TBF: Guardiões: O Retorno das Trevas.

Beijos amanteigados!



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Soluço

Soluço estava em sua casa, no humilde vilarejo em que vivia desde sempre.

Tinha os seus 11 anos e estava desenhando alguns projetos de bugigangas mecânicas que ele gostava. Tentava esquecer ao máximo que, no dia anterior, ele havia explodido o abajur porque seus amigos estava chamando-o de "Cabeçudo". De novo.

Não sabe como fez aquele troço pegar fogo. Estava nevando! Como agora... Caíam leves flocos de neve. Então é impossível que o abajur tenha pegado fogo sozinho.

Soluço só sabe que estava com muita raiva num minuto e no outro o negócio estava em chamas. E depois de segundos, em cinzas.

O pai tentou conversar com ele, mas Soluço fingiu que nada havia acontecido.

Alguém bate na porta da frente. Soluço, curioso, corre até a janela e fica espiando enquanto o pai - um sujeito corpulento de longos cabelos crespos que não se parecia com Soluço em nada - atendia o carteiro.

Havia um bolo de cartas, pelo o que Soluço conseguiu enxergar. E apenas uma chamou atenção do pai. Ele entrou em casa de novo boquiaberto, observando aquela única carta. Soluço estava curiosíssimo então correu para a cozinha.

- O que foi? - pergunta para o pai, que ainda fitava a carta misteriosa.

- Você é... Você....

- Pai?

O pai vira seus olhos para ele. Primeiro o olhar parecia de alguém que estava vendo um alienígena, ao invés do próprio filho. Então depois o olhar passou para admiração. Soluço não entendeu nada por um longo tempo.

- Filho. Eu já disse que sua mãe era especial?

Soluço desvia o olhar. Sempre foi doloroso falar da mãe, que faleceu quando ele era muito pequeno.

- Já - responde baixinho.

- Mas, ela era muito especial - o pai respira fundo - ela fazia coisas que ninguém conseguia. Fazia objetos levitarem, explodirem e até... pegarem fogo.

Soluço olha para o pai atentamente. Estaria ele falando a verdade?

- Ela era uma bruxa - o pai diz - das melhores. Era a mulher mais bonita que já vi. Ela me avisou que talvez você puxasse o talento dela.

Soluço franze o cenho. O talento dela. Quer dizer... ser bruxo? Ele começou a achar que o pai estava brincando, mas ele raramente brinca com coisas malucas desse tipo.

- Pai - ele diz calmamente - bruxos não existem!

- Ah... É aí que você se engana, Soluço. Eles existem. E você é um deles. O abajur não pegou fogo do nada.

Soluço piscou os dois olhos, incrédulo. Seria verdade? Ele, um bruxo? Ele, o sujeitinho magrelo com um cabeção que guardava cabelos castanhos. Ele, o moleque com sardas pelo rosto que não conseguia levantar um martelo?

Impossível.

O pai entregou a carta para ele. Soluço hesitou antes de pegá-la, como se fosse pegar fogo que nem o abajur. Quando Soluço a pega, isso não acontece.

O pai continua a falar:

- Sua mãe te matriculou numa escola para bruxos. A melhor escola pelo o que ela disse. Mas só pode entrar com 11 anos. E você tem 11 anos...

Soluço abriu a carta com cuidado. E leu o conteúdo duas vezes para ter certeza de que era a pura verdade:

ESCOLA DE MAGIA E BRUXARIA DE HOGWARTS

Diretor: Norte Noel.

(Ordem de Merlin, Primeira Classe, Grande Feiticeiro, Bruxo Chefe, Cacique Supremo, Confederação Internacional de Bruxos).

Prezado sr. Soluço Spantosicus Strondus III,

Temos o prazer de informar que V.Sa. tem uma vaga na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa em 1° de setembro. Aguardamos sua coruja até 31 de julho, no mais tardar.

Atenciosamente,

Gothel Mcgonagall

Diretora substituta.

Soluço não acreditou no que lia. Olhou para o pai, depois para acarta, depois para o pai de novo. Estava ofegante, sem nem mesmo ter corrido. Ele consegue abrir um sorriso ao finalmente se sentir importante.

- E-eu sou um bruxo? - pergunta.

O pai lhe sorri.

- É.

- Quando compramos o material?

O pai dessa vez dá uma risada. Dá batidinhas no ombro do filho e respira fundo antes de responder:

- Ainda hoje. Pode arrumar suas coisas, Soluço. Vamos para Londres.

Então tudo fica escuro. Os acontecimentos dão um salto e Soluço se vê sentado numa cadeira, na frente de várias crianças e adolescentes vestidos com vestes negras.

Uma garota o observava. Soluço a tinha achado bonita. Nunca conheceu uma garota que já havia achado bonita. No seu vilarejo não tem as melhores "peças" digamos assim. Mas aquela menina fez seu coração dar alguns saltos.

Ela tinha longos cabelos. Muito longos! E eram de um tom de loiro que parecia ser feito de ouro. Ela o observava com seus incríveis olhos verdes. Havia curiosidade em seu olhar, como se compreendesse muito para uma jovem da idade dele.

Então colocam um Chapéu negro na cabeça de Soluço que diz as palavras mais confusas na mente do menino (sim, mais confuso do fato do chapéu estar falando!):

- Hum... Soluço Spantosicus Strondus III... grande nome e ops!... grande sangue também. É um dos Herdeiros.

- O quê? - Soluço pergunta sem entender.

Então escuta no fundo de sua mente uma voz gritar:

- LUFA-LUFA.

Soluço levanta da cama arfando. Estava de volta ao seu dormitório da Lufa-Lufa, cursando seu Terceiro Ano na melhor Escola de Magia e Bruxaria de todas.

Não entende porque toda a noite ele tinha aquele sonho. E sinceramente não queria entender. Do lado dele algumas crianças roncavam.

Lufa-Lufa... Grande merda! - ele pensa.

Batem na porta de seu dormitório. Provavelmente era Penny, vindo acordá-lo para mais um dia incrível de aulas incríveis de magia! Ele se levanta e se veste. Pega a varinha que comprou no Olivaras há dois anos e a coloca no bolso das vestes.

Não acorda ninguém no dormitório pois queria um tempo conversando com a melhor amiga.

Abre a porta e Pennelope Clearwater estava lá. Aguardando. Ela tinha cabelos castanho-claros curtos. Os olhos eram cor de mel e as sardas eram salpicadas pelo rosto. Ela sorri ao ver Soluço, provavelmente com cara de zumbi.

- Ei! - ela diz.

- Oi, Penny.

Penny era diferente dos outros bruxos. Uma das razões era o fato de ela não ter uma coruja, e sim um cachorro. O nome dele era Bolt e Penny insistia em pintar a droga de um raio nas costas do bicho.... Era a doideira dela que Soluço mais admirava.

- E então... pronto para ter aula com a Corvinal hoje? - ela pergunta.

Corvinal. A Casa da menina loira que ele nunca esqueceu. E que nunca falou com ele, apesar de tudo. Mas aquele ano ele estava determinado. Dá o sorriso mais confiante que consegue e diz:

- Pronto.


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Notas finais do capítulo

Penny - Bolt Super-Cão.... acho que vocês notaram kkkk