The Big Four Guardians-The Flower Of The Blizzard escrita por BellatrixOrion


Capítulo 3
Capitulo II - Um dia antes do Caos Parte II


Notas iniciais do capítulo

E ai galera!! Eu sei, eu sei... Postei antes do que tinha falado...O motivo? Ah bem simples.... RECEBI 2, 2, DUAS RECOMENDAÇÕES A ALCANCEI 12 COMENTÁRIOS!!!!!! Como estou? Explodindo de alegria!!!! Esse capítulo é em especial para vocês: Ana Paula Alves e Gummy Penguin.
AMO VOCÊS DE MAIS SUAS LINDAS!!!!!♥
E agora o capítulo!



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Capitulo Dois

Um dia antes do caos

Part II

Guerra.

Luta armada entre nações ou entre partidos do mesmo povo. Combate entre dois exércitos. Derramamento de sangue de inocentes por um desejo de ganância ou egoísmo.

 Resumidamente: Morte e dor.

A garota, de cabelos rebeldes e ruivos, desceu as escadas correndo, carregando consigo um arco e a aljava cheia de flechas. As empregadas e os guardas já estavam acostumados com toda aquela movimentação logo pela manhã, então simplesmente abriam caminho para que a jovem donzela pudesse passar.

O dia estava ensolarado no ainda firme, e batalhador, Reino do Leste. As pessoas caminhavam calmamente nas ruas naquela manhã, aproveitando o vento quente e acolhedor da eterna estação daquele continente. O clima confortável e caloroso esbanjava consigo a alegria das crianças e o divertimento dos adolescentes. No entanto, o mesmo não acontecia nos corações dos mais experientes e vividos cidadãos do Reino.

A guerra estava à espreita.

Já fazem mais de dois anos desde que tudo teve o seu estopim. Dois anos dede de que o mundo virou um caos. O primeiro reino a cair foi o do Norte, depois de algum tempo foi o Reino do Sul. O desespero se acumulou nos corações do povo, a angustia e o medo também, sim, medo. O medo aterrador e descomunal que consumia a alma da população dos reinos dominados de pouco em pouco.

De qualquer forma, era o mínimo a se esperar, afinal, uma mulher sádica e maligna estava querendo dominar o mundo. Isso é, no mínimo, desesperador.

Os únicos que continuavam a lutar arduamente eram os Reinos do Leste e do Oeste. Sobrevivendo aos dias com dificuldade, mesmo com a paz ilusória dentro dos limites do território. Paz que muitos já sabiam não existir, mas que, mesmo assim, preferiam se iludir e acreditar que tudo estava e continuaria bem.

E era exatamente isso que a Princesa do Verão buscava, apenas alguns poucos momentos daquela paz enganadora.   

Merida Dunbroch.

Eis o nome da Herdeira mais velha do Reino do Leste.

E eis o que ela fazia naquele exato momento: fugindo da própria mãe.

Merida se divertia enquanto atirava suas flechas, cada uma acertando em cheio o centro de um dos alvos que estavam espalhados pela floresta que cercava o território de Fênix, a capital do Reino, Angus, seu cavalo e fiel escudeiro, mal precisava ser guiado, conhecia o caminho perfeitamente e sentia quando Merida o tocava com os joelhos, incitando-o a correr e a virar de tempos em tempos. Aquela havia se tornado sua rotina já fazia algumas semanas. Depois do fatídico dia em que sua preciosa mãe sugeriu a ideia mais insana e terrível de todos os tempos, as coisas tinham se complicado de maneira desastrosa.

Elionor estava planejando um casamento.

Casamento!

Insano em todos os sentidos da palavra!

Obviamente, e como sempre, existia um bom motivo para tal, mas a verdade era cruel de mais, obscura de mais, destruidora de mais para cogitar aceita-la, no entanto necessária para continuar a viver os dias com os pés firmes no chão.

Eles estavam em guerra.

Afirmação simples, crua e infeliz.

E uma aliança seria a ideia mais sensata e certa a se fazer, afinal, apenas dois dos Reinos principais permaneciam de pé, se sustentando com base em pilares já escavacados e bambos que ameaçavam desmoronar a qualquer momento. Unidos eles poderiam bater de frente com o exercito da Rainha Rubra.

Mas Merida era egoísta. Uma grande filha de Orks egoísta. Ela jamais permitiria que controlassem o seu destino da forma que bem entendessem e achassem ser o certo. Era O SEU destino, e de mais ninguém. Ela que determinaria o que fazer ou deixar de fazer com ele. Ela tinha quinze anos! Quinze!

Mas, o único problema desse plano de teimosia e exclusivismo extremo é que sua mãe, em grande sabedoria, discordava completamente dele. As vontades de uma criança mimada não deveriam valer de nada comparadas a da Rainha do Reino do Leste, e isso era a verdade.

A garota sempre era o principal foco das conversas entre os soberanos do Reino, o que frequentemente resultava em longas discussões de como agir com a ruiva indomável e em possíveis formas de convencê-la a fazer o que era melhor para todos e não somente para ela. Uma tarefa um tanto árdua nesse caso, já que, como já foi dito antes, Merida é uma princesa Indomável.

 A jovem avançava mais e mais profundamente na floresta, o mundo fora dos limites do Reino sempre a fascinará, encantará e a fazia imaginar mil e uma histórias sobre todos os tipos de criaturas que habitavam a mata. Já ouvira relatos de alguns caçadores que haviam se encontrado com uma alcatéia de lobos maligna, que mais pareciam ter vindo direto do mundo dos mortos. Outros relatavam ter ouvido o canto de sereias próximo ao mar estrelado. Ouvira também sobre cavalos com um único chifre reluzente na testa que odiava homens, mas permitia que as jovens puras de coração pudessem se aproximar.

Eram tantas e tantas histórias que a faziam se imaginar no mesmo lugar que tais criaturas, enfrentando os cruéis lobos, ouvindo o tão famoso e belo canto das sereias, acariciando um tipo de cavalo tão raro e quase que extinto e, um dos seus mais infames e sedentos sonhos, algo que nem mesmo seus amigos mais íntimos acreditavam ou apoiavam a pobre princesa: poder ver uma fada de verdade.

  Sempre lhe rondou a duvida de como são as fadas, qual o seu tamanho, a sua forma, se elas tinham uma calda ou não. Muitos dizem que possuir um rabo de fada significa o mesmo que ser dono de uma fada, e que caso você o adquira a fada que perdeu sua calda será obrigada a servir aquele que lhe tomou sua liberdade.

 Um tanto bárbaro, realmente, mas há uma versão muito mais empolgante.

Há outros que acreditam que ver uma fada é um sinal de que sua vida logo será transformada e, se você conseguir seguir essa criaturinha alada, ela lhe levará na direção do seu destino.

Por breves segundos, um som se sobressaiu dentre os outros, chamando a atenção da princesa e a desligando de seus pensamentos. Ela desceu do dorso de Angus e passou a caminhar na direção que acreditava ter vindo o barulho excêntrico, não sabia ao certo com o que parecia, e muito menos se aquele som era de algum tipo de animal. Aproximou-se sorrateiramente de um arbusto e observou fascinada a criatura que emitia aquele estranho evento acústico.

Aquelas pequenas asas transparentes e brilhantes, a minúscula roupa que parecia ter sido feita de uma rara flor lilás e os cabelos cacheados cor de fogo, que caiam como cascatas pelos ombros desnudos da pequena criaturinha... Não havia duvidas.

Era uma fada.

 ...|..*..|...

A manhã em Høst começou pacifica. O tom alaranjado da capital sempre foi uma das suas mais marcantes e belas características. Muitos viajantes costumavam enfrentar longas jornadas apenas para tirar a prova real da beleza inigualável pertencente ao Reino do Oeste.

Mas, não pensem que era apenas por isso que Høst era conhecido como a capital dos turistas, não, bem longe de algo assim. Nos outros lugares existem grandes centros de comercio, monumentos gigantescos, ruínas históricas e entre tantas outras coisas que chamam a atenção que não capacitaria aquele Reino possuir a popularidade que tinha.

Mas lá, eles possuíam algo ainda mais grandioso e um tanto assustador. Algo que grande maioria dos estrangeiros acredita não passar de uma lenda, histórias contadas para crianças poderem ser aterrorizadas ou brincar com suas imaginações sem limites.

Eles tinham dragões.

Sim, dragões. De todos os tipos, tamanhos e cores.

Uma praga que os tornou tão conhecidos quanto os outros três que pertenciam à Aliança das Estações. Nem todos aguentariam, mas eles sim. Podemos dizer que aquele povo tem uma teimosia própria que os impulsionava a seguir com um novo dia depois de uma noite caótica. Um dos seus Principais Festivais era o Festival do Rei Dragão. Um evento criado há décadas atrás para encontrar o mais valente e destemido guerreiro que seria digno de receber o titulo de Rei Dragão. Titulo esse que apenas poderia ser adquirido caso o nobre cavalheiro conseguisse degolar a cabeça de um dragão usando suas mãos nuas. Por mais incrível que pareça, um homem foi capaz de realizar tamanho feito, e este não é nada mais nada menos que o atual governador do Reino do Oeste, Stoico, o Imenso.

 Porém, as coisas estavam estranhas ultimamente. Ao menos uma vez por mês dragões surgiam para se usufruir dos rebanhos dos pobres e indefesos pastores. No entanto, os últimos tempos estavam estranhos. Tudo estava quieto.

Quieto demais.

Nenhum ataque, nenhum sinal das feras, nada.   

O Grande Rei estava preocupado, andando de um lado para o outro no centro da Sala do Trono. Bocão seu fiel amigo e companheiro, o acompanhava naquela estranha e continua caminhada em círculos.

O Rei mexia compulsivamente na barra da sua longa túnica rústica, feita a partir de peles diversas. Não chegava nem perto de ser uma roupa típica para um Rei, porém, era um traje que já fazia parte da tradição do império a mais de 400 anos, quando o mesmo foi fundado. O Grande Pai Criador, Marcus Høst, ficou conhecido na história justamente por seus trajes excêntricos e o poder divino entregue diretamente a ele por um grandioso dragão cor da Meia-Noite. Exatamente, nem sempre houve guerra entre humanos e dragões. As lendas contam que este dragão confiou seu sopro divino a Marcus e que aquilo selaria o contrato dos dragões para com os humanos pela eternidade. Um tratado de paz.

Mas, depois de tanto tempo, 299 anos para ser mais preciso, algo aconteceu, e os ataques desenfreados das bestas desencadearam a perda de cinco mil vidas em apenas uma única noite, que ficou conhecida mais tarde como: O crepúsculo do Desespero.

De forma resumida, as coisas, literalmente, perderam o controle.

—Estou com um péssimo pressentimento, Bocão. – Proferiu o homem barbudo e robusto.

—Garanto-lhe, senhor, que não é o único.

Não muito longe dali, um garoto franzino, de cabelos castanhos, rosto sardento e olhos verde-musgo, caminhava despreocupadamente pelas ruas de Høst apreciando, como vinha fazendo todos os dias, a calmaria que o reino finalmente conseguiu depois de tanto tempo.

Ainda era cedo, mas as vielas do comercio já se enchiam. Pessoas com gados andavam de um lado para o outro gritando em plenos pulmões ofertas para seus produtos tão especiais, outros com vários artigos de cerâmica que também não ficavam para trás, juntamente com os vendedores de roupas, frutas e leguminosas. Aquela pequena e desorganizada feira parecia mais viva e bagunçada do que nunca, com os cidadãos felizes com a tão almejada trégua dos terríveis seres alados.

Mas, Ark, o garoto mencionado anteriormente, mesmo tentando com todas as suas forças não conseguia se desgrudar do que andava acontecendo além dos muros da capital, por certas vezes, chegava a acreditar que a situação inconveniente com os dragões não chegava nem perto da Guerra que estava sendo travada.

A população ignorava constantemente aquele assunto, era quase uma blasfêmia pronunciar a palavra Guerra. Todos apenas queriam continuar suas pacatas vidas sem ter com o que depositar ainda mais da sua preciosa preocupação. E agora que os dragões sumiram, simplesmente era como se o mundo exterior não existisse mais, e o que ficava do lado de fora, continuaria do lado de fora.

 Aqueles pensamentos vinham perturbando Ark a um tempo considerável. Como a Rainha Vermelha decidiu agir?  O que ela pretende? Houveram boatos de que o Reino do Sul cedeu a alguns meses e que logo ela atacaria com o propósito de prevalecer soberana de uma vez por todas. A aliança estava por um fio. Os reinos menores e as províncias da região também estavam tombando uma a uma. O tempo era curto, e as formas de precaução escassas.

Seria realmente o fim?

Ele não tinha a mínima ideia.

Continuou caminhando, percorrendo a cidade, mas ao mesmo tempo, totalmente recluso em seu mundo particular. Em algum momento ele se decidiu por mudar a rota, e seguiu a passos lentos e arrastados para a direção do castelo. Precisava falar com seu pai.

O percurso foi tumultuado, muitas pessoas zanzando de um lado para o outro pelas ruas, sempre gritando e levantando os punhos num nítido sinal de empolgação, nada de novo se tratando daquele povo em especial. Quase uma hora depois, Ark finalmente alcançou aos portões do palácio, que prontamente foram abertos para a sua pessoa.

Percorreu os longos e cansativos corredores do castelo até finalmente alcançar a sala do trono, não tardando em constatar que seu pai, realmente, se encontrava lá.

—Meu soberano, tem certeza de que irá concordar com isso?

— Sim, Bocão – Disse o outro suspirando e encarando mais uma vez a carta que havia sido entregue a alguns dias atrás, ele ponderou muito sobe o assunto dela durante aquela semana – Não tem outro jeito. É a única forma de ainda termos alguma chance de vencer está guerra.

—Mas, não devíamos nos preocupar com o sumiço das bestas antes de qualquer coisa?

—Há quanto tempo você não vê o lado de fora do Reino, Bocão?

—Um ou dois meses talvez – Respondeu o outro confuso com o questionamento do rei.

—Pois então, podemos dizer que estamos sofrendo, nesse exato momento, uma pequena e simplista amostra do desespero. Se quisermos bater de frente com os exércitos da Rainha Rubra, teremos que nos unir ao Reino do Leste.

Ark ouvia tudo calado, sentindo um sorriso ser repuxado pelo canto direito da sua boca. Então eles tinham encontrado uma possível saída?! Poderiam finalmente revidar e mudar a balança da guerra? Isso seria incrível!

O garoto rompeu sala a dentro sendo recebido pelo sorriso do pai e do tio de consideração. Caminhou calmamente até eles e fez os devidos cumprimentos.

—Soluço, preciso falar com você.

—Pai... Não me chame assim...

—Desculpe, peguei a mania de sua mãe – Sorrio o grandalhão achando graça da cara envergonhada do filho – De qualquer forma, vou precisar que você faça algo de extrema importância – Seu sorriso se desfez, dando lugar a uma feição séria, como se o assunto a ser tratado pudesse por um fim rápido e caótico no reino. O que não era uma completa mentira. – Você terá que se casar.

Os olhos verde-musgo arregalaram-se, suas pernas bambearam e recuaram alguns passos incertos. O pequeno se contraiu e sentiu quando começou a suar frio. Seu sorriso, simplesmente, desapareceu de sua face.

— Você disse Ca-casar? – Questionou, com um mínimo de esperança dentro de si torcendo para que tivesse escutado errado.

—Sim, casar.

Suas esperanças foram cruelmente pisoteadas.

—Ma-mas e-eu só tenho dezoito anos!

— E sua futura esposa tem quinze. O Nome dela é Merida Dunbroch, a herdeira mais velha do Reino do Verão.

—Mas, pra que isso logo agora?!

—Guerra – Bocão finalmente se pronunciou, levando o garoto a direcionar sua atenção para o pequeno homenzinho dessa vez. Bocão era loiro, tinha uma perna de pau onde deveria estar a sua direita e o pobre coitado não tinha também uma das mãos, tudo resultado dos tantos anos enfrentando o seres alados sanguinários – Estamos em Guerra, e se unirmos os dois Reinos, poderemos enfrentar com muito mais facilidade o exercito da Rainha Vermelha.

—Entenda, filho, que será preciso um sacrifício. Estou destruído por dentro por ter que te obrigar a isso, mas é a única forma de virarmos a guerra.

O menino continuou calado, encarando o pai com o seu pior olhar de desprezo. Isso não era do feitio de Ark, não de forma alguma, ele sempre foi um garoto muito gentil e alegre, desde pequeno ria por tudo e qualquer coisa, até as cores conseguiam o fazer rir, o que sempre lhe ocasionava suas sérias crises de soluço. Que por consequência logo resultou no seu tão famoso apelido, dado por sua falecida mãe. Mas, diante daquilo, ele simplesmente se permitiu ser inundado pela raiva, raiva de seu pai, de Bocão, da guerra, de tudo.

Virou-se e saiu a passos apressados em direção a porta, ouviu os dois homens tentando o impedir, mas antes mesmo que eles pudessem terminar de pronunciar seu nome, Ark fechou a passagem com um estrondo e abandonou o castelo o quanto antes possível.

Ele precisava pensar.

...|..*..|...

Merida se esgueirava pela floresta, fazendo o mínimo de barulhos que eram humanamente possíveis de evitar. O sol estava prestes a se por no horizonte, e ela permanecia ali, buscando desesperadamente conseguir acompanhar a pequena fada até seja lá onde a criaturinha estava indo. Sua alegria quase não cabia dentro de si. Afinal, estava realizando um sonho de infância! Nada poderia melhorar aquele momento! A história do casamento estava bem longe de seus pensamentos, e a briga que tivera com a mãe também havia sido perdida em algum canto qualquer de sua mente.

 A única coisa que importava realmente agora era ela, naquela floresta e a fada. Apenas isso.

A lua finalmente alcançou o céu, mas a floresta permanecia clara, como se o corpo celeste estivesse brilhando como um grande lampião no meio da noite. A delicada criaturinha voava tranquilamente, deixando pelo caminho pequenos resquícios de um tipo de pó que aparentava ser mágico.

Os longos cabelos escarlates da pequenina balançavam contra o vento, dando a eles ainda mais a aparência de chamas vivas e com vontade própria. Agora, analisando mais atentamente, Merida podia ver que por debaixo da saia feita de flor, se seguia uma pequena cauda, fina e com um tipo de pedra vermelha incrustada nela. A lenda sobre o rabo de fada imediatamente invadiu os pensamentos da princesa, que parecia mais empolgada do que nunca.

A longa caminhada, continuava, a essa hora Angus provavelmente já teria retornado ao palácio por estar cansado de espera por sua dona Indomável. Enquanto isso a fadinha continuava a voar, aparentemente, feliz por entre as arvores, por diversas vezes a princesa a quase perdeu de vista, mas a ruiva não desistiria tão facilmente de finalmente tirar a prova real de todas as lendas sobre aquele pequeno ser do qual sempre ouviu falar.

Talvez, ela conseguisse alcançar seu destino.

...|..*..|...

Ark avança para mais e mais dentro da floresta. Chutava pedras, socava galhos caídos, as vezes descontava sua frustração em algum tronco podre ou nas folhas secas que continuamente despencavam dos galhos em direção ao chão. Várias palavras de baixo escalão eram murmuradas hora ou outra. O pobre rapaz estava, de forma simples e pueril, com os nervos a flor da pele.

Casar?! Eis ai uma boa característica que o liga com a sua futura noiva, ambos detestaram a ideia.

Ele continuava o seu caminho e seus murmúrios infindáveis por um longo tempo, a noite já pairava sobre a floresta alaranjada, e o silencio dos arredores continuavam a incomodá-lo. Por alguns instantes sentiu um calafrio percorrer sua espinha, como se unhas, ou garras, afiadas arranhassem seus ossos. Seu corpo inteiro sente o arrepio. E seus sentidos se afloram. Ele nunca foi um exímio guerreiro, nem segurar uma espada ele sabia / aguentava direito, mas seus instintos eram coisas da qual ele tinha muito orgulho de se vangloriar.

Analisou os arredores, e não encontrou nada de estranho. Deu meia volta e retomou o caminho de volta para o reino o mais rápido que pode. Algo estava errado, muito errado.

...|..*..|...

Merida estacou.

A sua frente, a fada pairava no ar.

E logo atrás da criaturinha, chamas expandiam por todas as direções.

Mas ela sabia perfeitamente o que era aquilo e onde estava, não haviam duvidas no seu coração.

O Reino estava em chamas.

Um verdadeiro inferno ao ar livre.

...|..*..|...

—Homens! Preparem as armas!

—Rápido, avise o Rei!

—As crianças! Levem-nas para os abrigos!

Um pandemônio se alastrava por todos os lados, pessoas corriam desesperadas tentando proteger suas crianças e seus bens de valor da melhor forma que lhes fosse possível.

—Eles voltaram – Ark sussurrou enquanto via o cenário a sua frente boquiaberto – Os dragões voltaram.

...|..*..|...


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Notas finais do capítulo

(Revisado e atualizado 03/09/2019)

~BellatrixPrincess