Family Portrait escrita por imradioactives


Capítulo 51
Quem ele é




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Ele me trouxe aqui para me dar um último momento de felicidade ao lado dele antes de dizer que está tudo acabado.
– Desculpe, Alice. – ele balançou a cabeça e voltou a olhar para frente, dessa vez com as mãos apoiadas no joelho. Em um ato desesperado, eu comecei:
– Eu não acredito que você está fazendo isso comigo. Sebastian, nós podemos tentar, depois de tudo que nós enfrentamos, eu sei que nós podemos dar um jeito nesse medo que você...
– Você aceita namorar comigo? – ele perguntou, apenas virando o pescoço para me olhar e ignorando tudo que eu estava dizendo.
– O quê? – eu perguntei, com os olhos arregalados.
– Você aceita namorar comigo? – ele falou mais alto.
– Eu... – eu não estava esperando nada daquele tipo. Nunca. Não mesmo. Ele me pegou completamente de surpresa. – É claro que sim. – eu finalmente sussurrei. E então ele sorriu. Ah, como eu amava esse sorriso. E ao invés de dar aquele beijo apaixonado que qualquer casal normal faria, ele apenas voltou a me abraçar e ficamos olhando o mar por mais algum tempo.
É, acho que eu já estava me acostumando com as definições de romantismo de Sebastian.

Voltamos para a casa por volta das 7h. Estavam todos dormindo ainda. Ótimo. Quando estávamos prestes a subir as escadas, Patrick emerge do corredor.
– O que vocês estão fazendo acordados? – ele perguntou com uma sobrancelha arqueada, nos olhando de cima a baixo. – E trocados?
– Eu levei Alice para praia. – Sebastian respondeu.
– Às sete da manhã? – ele perguntou.
– Na verdade, nós já estamos voltando. – Sebastian riu – Eu queria que ela visse o nascer do sol. – Patrick levantou as duas sobrancelhas e ficou um pouco boquiaberto.
– Certo. – ele disse, um pouco hesitante. – E o que vocês vão fazer agora?
– Eu vou voltar a dormir. – respondi. – Ele foi me acordar cinco e meia da manhã, sabe? – eu olhei feio para Sebastian e depois sorri para Patrick. – Um bom dia para você, Patrick. – eu disse e ele sorriu para mim.
– Um bom dia, Alice. – e então eu subi as escadas seguida de Sebastian. Entrei no meu quarto e Sebastian foi para o dele. Eu havia trocado minhas roupas e tinha colocado meu pijama de volta, estava deitando para dormir novamente quando Sebastian entra em meu quarto, com uma calça de moletom e uma camisa preta fina de mangas curtas e gola V.
– O que foi? – perguntei. Sem dizer nada, ele apenas se deitou ao meu lado. Me ajeitei e me virei para ele.
– Nada. – ele continuou me olhando. Sorri e me aninhei junto a ele. Ele me abraçou e afundei a cabeça em seu peito.
Algum tempo se passou e por algum motivo eu não consegui dormir, mas continuei na mesma posição, pois não queria sair dos braços de Sebastian por nada.
– Alice? – ele sussurrou contra meus cabelos. Apesar de não estar dormindo, eu estava em um estado em que eu não queria falar nada, pois o sono era muito. Então, não respondi. Ele deduziu que eu estava dormindo.
E foi a melhor coisa que eu fiz.
Ele tirou seus braços do meu redor se esforçando para não me acordar. Ele está indo para o quarto dele, pensei. Então eu senti seus lábios em minha testa. Contive um sorriso. Então ele passou a mãos pelos meus cabelos e beijou minha bochecha.
– Eu te amo. – ele sussurrou. Meu coração quase explodiu. Resisti à vontade de o abraçar ali mesmo e o lotar de beijos. De responder para ele o quanto eu o amava também, e que nada nesse mundo um dia iria nos separar. Ele levantou da cama e estava indo em direção à porta quando eu o chamei.
– Sebastian? – eu chamei com uma voz sonolenta.
– Sim? – ele se virou, indo se desculpar por ter me acordado.
– Eu também te amo. – eu disse. Por um momento ele ficou apenas me olhando. Depois sorriu e voltou a se deitar ao meu lado, me abraçando e nós ficamos como estávamos antes. Não demorei nada para finalmente pegar no sono.

Acordei com o estrondo da porta batendo.
– O que vocês ainda estão fazendo dormindo? – o que? Abri meus olhos para me adaptar à luz que entrava no quarto. Sebastian apenas mudou o braço de lugar. Passei os olhos pelo quarto e foquei na figura ao pé da cama. Mãe.
– Mãe? – perguntei.
– Levantem, já. Nós vamos a uma confraternização do escritório. – olhei para o relógio e era uma da tarde. – Parece que ficaram a noite inteira acordados para dormir até essa hora. – eu olhei para ela e revirei os olhos. Ela balançou a cabeça negativamente e saiu do quarto. Ele ainda dormia profundamente. Passei a mão por seu rosto e o chamei uma vez, nada. O chamei de novo, ele abriu um pouco os olhos e me encarou.
– Vamos, nós temos uma confraternização para ir hoje.


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