Family Portrait escrita por imradioactives


Capítulo 50
Unidos




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– Sabe, Sebastian – eu disse me desvencilhando dele e o olhando nos olhos – seu irmão foi a pessoa que mais me fez bem desde que eu cheguei aqui. Sem ele, talvez eu não tenha conseguido passar por tudo que eu passei. Desde o momento em que nós começamos a nos conhecer melhor, eu soube que ele era o tipo de garoto que eu daria tudo para ter ao meu lado, e quando nós começamos a nos relacionar de verdade, eu acreditei que aquilo daria certo e eu estava disposta a ir em frente o máximo que eu podia. Tanto que eu disse à minha mãe que nós estávamos juntos, pois eu não queria mais esconder uma coisa que me fazia bem. – ele ouvia as minhas palavras com uma expressão dura e fria no rosto, como se eu tivesse jogando em sua cara uma realidade dolorosa. – Mas eu nunca, nunca pude negar que o que eu sentia por você, era muito forte. Eu não sabia o que era aquilo, e eu tinha medo de descobrir, porque você, Sebastian, você me fez duvidar de tudo que eu acreditava até então. Me fez reformular todos os meus princípios e minha opiniões. Você colocou meu mundo de cabeça para baixo. Você me fez enfrentar coisas do meu passado que eu trancava com sete chaves dentro de mim e que me faziam muito mal. Você, Sebastian. Você me tirou daquele meu “casulo anti-social” que você disse que eu me trancava dentro. Você fez tudo isso. Bryan pode ter sido meu companheiro até aqui, mas foi você que me mostrou que um conto de fadas pode ser muito interessante...quando você se apaixona pelo vilão. – eu sorri de lado, o que fez um traço de sorriso brotar no canto de sua boca.
– E você já se apaixonou pelo vilão? – ele se aproximou de mim, perguntando em um sussurro. Eu sorri para ele, e o envolvi em um beijo calmo, respondendo à sua pergunta sem dizer uma palavra.
Voltamos para casa era tarde da noite, e estávamos subindo direto para o segundo andar quando minha mãe surge da cozinha.
– Pensei que vocês não iriam chegar nunca. – sua expressão era séria.
– Mãe, você não está acordada nos esperando até agora, está? – eu perguntei. Ela finalmente se rendeu a um sorriso.
– É claro que não. Patrick me disse onde vocês foram, espero que tenha gostado, filha. – me aconcheguei mais a Sebastian e sorri.
– Eu amei, mãe. Muito mesmo. – ela sorriu para nós dois.
– Que bom. Agora eu vou voltar a dormir, boa noite. – nós devolvemos o boa noite e subimos diretamente para os quartos. Antes que eu pudesse me despedir dele para ir dormir, ele me puxou e me encostou na parede que dividia nossas portas.
– Sebastian...
– Não fala nada. – e então ele me beijou. Com vontade. Foi me levando até a porta de seu quarto, até eu me ver lá dentro coma porta fechada. Ele foi me levando até a cama e nós não partimos o beijo em momento algum. Eu me ajeitei na cama e ele se deitou por cima de mim, descendo os beijos pelo meu pescoço e me fazendo arrepiar. Suas mãos passaram por dentro de minha blusa e a levantou até meu pescoço. Segundos depois ela já estava no chão do quarto. Assim como a sua blusa, junto com a minha calça, seguida pela calça dele, e por último, nossas roupas íntimas.
Ali eu pude sentir que ele era meu, só meu. Eu finalmente o tinha. Só para mim. Do melhor jeito que alguém poderia imaginar.

Acordei com alguma coisa roçando de leve em minhas bochechas. Resmunguei e tentei me virar, mas senti um braço em minha volta me impedindo de me mover. Abri os olhos devagar e pude ver Sebatistan beijando levemente minha face. O quarto ainda estava escuro, devia ser muito cedo.
– Que horas são? – resmunguei.
– Cinco e meia. – ele respondeu. Agora eu estava completamente acordada.
– O quê? Porque você está me acordando a essa hora? – então eu parei, e vi que o real problema não era esse. – Sebastian! Se minha mãe entra no meu quarto e ver que eu não estou lá o primeiro lugar que ela vai vir vai ser aqui. E eu não quero nem imaginar o que ela vai fazer se pegar a gente...desse jeito. – eu apontei para nós. No caso, quis dizer nus.
– Alice, ela está dormindo, para de paranoia. – ele sorriu e deixou um beijo em meus lábios.
– Tudo bem, mas porque você me acordou agora?
– Porque eu quero te levar à praia antes do nascer do sol. – eu estava pronta para qualquer resposta, menos para essa. Me inclinei e o beijei, colocando a mão em seu rosto e o deitando, ficando com o tronco por cima do seu. Depois de algum tempo ele partiu o beijo e me olhou sorrindo – Eu disse antes do nascer do sol.
Me levantei, vestindo minhas roupas e andando até meu quarto, onde fui procurar outras para poder trocar. Sebastian logo entrou atrás de mim e trancou a porta atrás de si.
– Coloca qualquer coisa, você só vai até a praia. – nós andávamos nas pontas dos pés e falávamos um com o outro sussurrando, pois no silêncio que a casa se encontrava, qualquer barulhinho poderia acordar a todos. Vesti a primeira roupa que eu encontrei, e quando nós estávamos saindo, Sebastian parou na porta e voltou a olhar para dentro do meu quarto.
– O que foi? – perguntei. Sem responder, ele foi até minha cama e pressionou as duas mãos contra o travesseiro, bagunçando algumas almofadas e desarrumando o cobertor, deixando a entender que alguém havia passado a noite ali. Ele me olhou e piscou com um olho só, logo depois vindo em minha direção e deixando a porta encostada atrás de si. – Você não vale nada.
Descemos as escadas e atravessamos a casa na ponta dos pés. Saímos pelo imenso portão e fomos andando até a praia de mãos dadas. Poucos moradores que começaram suas rotinas bem cedo olhavam para nós e franziam o cenho. Alguns minutos depois avistamos a praia e começamos a pisar na areia, não cogitando tirar os sapatos por causa do frio. Sentamos próximos de onde tínhamos nos reunido logo em que cheguei aqui. Algumas pessoas passeavam pela praia, casais desfrutando da mesma vista maravilhosa que nós. Ele passou o braço em minha volta e eu apoiei a cabeça na volta de seu pescoço. O sol começava a despontar no horizonte. Ficamos um bom tempo em silêncio o vendo tomar conta do céu.
– Fazia tempo que eu não vinha aqui. – ele quebrou o silêncio. – E sempre que vinha eu vinha sozinho.
– Eu sou a primeira pessoa que você trás aqui? – eu levantei minha cabeça para olhar para ele. Ele assentiu, sem tirar os olhos do horizonte. Voltei a me encostar em seu pescoço. Sua mão saiu de minha cintura e foram até minha nuca, virando levemente meu rosto para que ele pudesse me beijar. O beijo começou calmo e continuou assim até o fim. Quando nos separamos, ele me olhou fundo nos olhos, nossas testas quase se encostando, e eu pude perceber certa hesitação em seu olhar.
– Sebastian? – eu sussurrei – Você está bem? – ele abaixou o olhar por alguns segundos, depois voltou a me olhar.
– Eu não sei como fazer isso. – ele sussurrou de novo, a confusão passando por seus olhos rapidamente. Minha respiração falhou. Eu já sabia o que viria em seguida.


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