Family Portrait escrita por imradioactives


Capítulo 37
Preocupada por nada




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Fiquei realmente feliz em saber que não precisaríamos fazer o almoço. Existia delivery em Sedro-Woolley. A comida não era das melhores, mas era nossa melhor opção.
- Realmente muito melhor que a comida da Ashley. – Bryan comentou, olhando de relance para ela.
- Você ainda vai precisar dela, Bryan Dixon. Com certeza vai. – Ashley respondeu. Todos rimos.
- E a propósito, - Sebastia começou – onde vocês estavam de manhã? – ele perguntou à Ash e Bryan.
- Bryan estava me ajudando a cuidar dos cavalos e depois saímos para cavalgar um pouco. – Ashley respondeu. – Fico até feliz que você não goste de cavalos, assim você não chega perto dos meus. – ela lançou um olhar para Sebastian, que apenas sorriu, balançando a cabeça.
Depois de todos comermos, Bryan e eu ficamos com a louça.
Nós não trocamos uma palavra ao ficarmos sozinhos na cozinha. Sebastian tinha entrado no banho, e ficaria no quarto por um tempo, Ashley havia sumido. Tenho certeza que ela também tinha um lugar para observar o horizonte e pensar aqui na fazenda, já que era um de seus lugares preferidos.
O silêncio era tanto que podíamos ouvir nossa própria respiração.
Coloquei o último prato na seca-louça, e ele o pegou. Sequei minhas mãos e fiquei olhando o resto da fazenda pela janela à minha frente. Respirei fundo. Estava prestes a me virar para falar com ele, mas não foi necessário. Ele fez o serviço.
Ele me virou, me encostando no balcão com a mãos no meu quadril, a milímetros do meu rosto. Meu coração parecia que iria saltar do meu peito a qualquer momento. Ele cravou seu olhar no meu, de um jeito que eu não conseguia desviar.
- Eles... – eu disse, mas sentia que estava sendo sufocada – podem chegar...a qualquer...momento. – Me ignorando completamente, ele prensou os lábios contra os meus.
Joguei toda minha sanidade para o alto.
Abracei seu pescoço e estava prestes a aprofundar o beijo quando ele afastou o rosto e me olhou, sorrindo.
- O quê... – eu comecei a falar, sem entender. Ele me puxou pela mão e me levou até o corredor, abrindo a porta de seu quarto e entrando junto comigo. Ele trancou a porta e veio em minha direção, me carregando até a parede mais próxima e me beijando novamente.
Talvez minha sanidade ainda estivesse no teto da cozinha, e provavelmente não daria tempo de eu voltar para buscá-la.
Com um impulso, abracei sua cintura com as pernas. Ele desceu uma de suas mãos até minha coxas, me prensando tão forte contra a parede que parecia que iríamos sair do outro lado.
O beijo era urgente, como uma necessidade sufocada há tempos.
Seus beijos desceram até meu pescoço, e eu desci com as mãos até seus braços, depois voltando para os ombros até chegar aos seus cabelos novamente.
Percebi que estava perdendo a noção a partir do momento em que estávamos deitados na cama, ele por cima de mim, e suas mãos brincando com a barra de minha blusa.
Com um impulso nos viramos e eu fiquei por cima, partindo o beijo e o terminando com vários selinhos. Ele riu ao perceber minha intenção.
- As coisas não funcionam desse jeito, Bryan Dixon. – eu sussurrei próximo a sua boca. Ele sorriu e se inclinou, passando a mão pelo meu rosto e juntando nossos lábios novamente em um beijo calmo.
Me deitei ao seu lado, encostando a cabeça em seu peito enquanto ele me abraçava. Ficamos em silêncio por um tempo, até que eu me sentei, prendendo o cabelo em um rabo, e então fiquei encarando o nada.
- Você está preocupada com alguma coisa. – ele comentou – O que foi?
Eu o observei, respirando fundo.
- Nada. Eu só... – eu balancei a cabeça – Deixa pra lá. – ele se sentou também, passando minhas pernas por cima das dele e juntando nossos lábios rapidamente.
- Não, não deixo. O que você está pensando? – ele perguntou
- Eu... – eu comecei, tentando não parecer ansiosa ou acelerada – Isso pode parecer estranho, mas é que...bem...eu estou imaginando qualquer seria a reação de minha mãe e Patrick se eles ficassem sabendo...disso. – eu apontei para nós dois. Ele sorriu para mim, tranquilizador.
- Não imagine. Deixe as coisas acontecerem. Nós nem sabemos se... – ele parou, me encarando.
- Se vai dar certo. Eu sei. – eu completei. E iria falar mais se não tivessem batido na porta.
– Bryan, você está aí? – a voz de Ash do outro lado me fez entrar em desespero. – Bryan? – ela tentou abrir a porta, mas estava trancada. – Onde esses dois se enfiaram? – ela murmurou para si mesma, e então nós ouvimos seus passos se afastando. Bryan arrumou a camiseta, o cabelo e se levantou. Ele destrancou a porta e a abriu pela metade, apenas para ele poder passar. Chamou por Ash.
- Bryan! Porque você não me respondeu? – a ouvi perguntando.
- Desculpe, Ash. Estava escovando os dentes. – ele respondeu. Ela ficou um tempo em silêncio, provavelmente analisando Bryan.
- Onde está Alice? – ela perguntou.
- Não sei. – ele respondeu.
- Mas vocês estavam juntos até agora.
- Sim, mas quando terminamos na cozinha eu entrei no quarto e não vi para onde ela foi. – Enquanto eu estava em desespero, ele falava com ela como se nada estivesse acontecendo.
- Ok. Eu vou procurá-la na entrada da fazenda. – ela disse, mas eu não senti firmeza em sua voz. Ele entrou e fechou a porta atrás de si. Sorriu para mim e veio em minha direção. Eu descobriria o que ele estava prestes a fazer se aporta não se escancarasse e a figura de Ashley não aparecesse.
- Eu sabia. – ela cruzou os braços.
- Ashley! – Bryan a repreendeu e a puxou para dentro e fechou, antes que Sebastian notasse que alguma coisa estava acontecendo.
- Porque vocês não me disseram? – ela olhava de Bryan para mim. Eu afundei a cabeça nas mãos.
- Não tivemos...tempo. – Bryan respondeu.
- Não tiveram tempo ou não tiveram coragem? – ela perguntou, rindo. Como ninguém respondeu, ela continuou – Desde quando?
- Sexta. – ele respondeu.
- Não exatamente desde sexta... – eu comecei – Sexta e hoje.
- Ashley... – Bryan começou, mas foi interrompido.
- Presumo que ninguém saiba, certo?
- Não. – eu e Bryan respondemos juntos.
- E não era para ninguém ficar sabendo também! – eu continuei – Nem você! Ninguém mandou ser tão desconfiada. – eu a fuzilei com o olhar. Ela riu.
- Tudo bem, tudo bem. Mas...vocês já pensaram se... – ela parou, olhando para nós dois, e depois balançou a cabeça. – Nada. Continuem o que estavam fazendo. – e assim ela saiu.
- Eu disse, Bryan! Isso não está certo! – eu cruzei os braços, o olhando brava. Ele jogou a cabeça para trás em uma gargalhada. A imagem de Sebastian fazendo o mesmo invadiu minha mente.
Talvez eles não sejam tão diferentes assim.
Ele veio em minha direção, sentando na cama ao meu lado.
- Calma, Alice! É só Ashley. Não é como se ela fosse nos dar um sermão sobre certo e errado.
- Como seu pai e minha mãe fariam. – eu resmunguei, passam a mão pelo rosto.
- Pare de ser assim. – ele me pegou pela mão, me puxando para seu colo, enquanto eu envolvia seu pescoço com os braços. – Nós ainda temos a semana inteira. – ele sorriu de lado e me beijou.


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