A Arma Escarlate - As Aventuras Dos Píxies escrita por Erik Alexsander


Capítulo 24
Capítulo XXIII - índio


Notas iniciais do capítulo

Demorou mas chegou pessoal! Vou tentar escrever uma vez por semana os capitulos, á milhares de pedidos e milhares de insistências de vcs fãs lindo e maravilhoso! O grande momento está chegando e o final vai ser muito épico! :D



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XXIII

Índio

Índio olhou para suas mãos. Estavam cheias de calos e bolhas enormes... Algumas manchas amareladas pela palma e pelo antebraço. Esse foi o resultado de três dias angustiantes limpando as escadarias da Korkovado. Mais de setenta andares. Os pixies haviam se dividido na esperança de limpar mais rápido, mas sempre que os anjos passavam e sujavam a escada jogando alguma coisa como pedaços de papel rasgados. Dessa vez a punição não foi tão divertida como eles costumavam fazer. Após os três dias de punição severa, eles estavam exaustos e Viny estava com um ódio nunca visto antes pelos amigos.
– Não vai adiantar nada ocê fica com cara emburrada. - ele sabia que não adiantaria nada advertir Viny, mas pelo menos sentia que deveria, de alguma forma, tirar a ideia de vingança da cabeça do loiro.
Durantes os dias em que limparam as escadas, Viny ficou estranhamente quieto e dentro de seu quarto. Era óbvio que isso não significava muita coisa, mas Índio iria descobrir isso de qualquer forma, mesmo que tivesse de usar os truques que tinha na manga.
– Índio, eu não vou desistir! Aquela velha com cara de urubu loiro vai se arrepender de ter feito isso conosco. - Viny retrucou. Como era possivel existir tamanha teimosia em uma só pessoa?, pensou Índio.
Caimana corou levemente, mas apenas Índio conseguiu notá-la. Era final de semana e eles estavam sentados na areia da praia, aproveitando os ultimos raios solares que teimava em desaparecer no horizonte para dar lugar ao brilho prateado da lua.
– O que essa vingança vai te trazer de bom Viny? Só me responda isso!
– Bom... Eu... - O loiro levou a mão ao queixo em uma ótima imitação de uma estatua pensativa. Ele olhou para dois garotos que surfavam no mar agitado quando desatou á rir muito. O rosto ficou vermelho e ele teve que se deitar para conseguir respirar.
– O que foi dessa vez, garoto maluco? - Caimana perguntou. As gargalhadas de Viny tinha contagiado todos e no rosto de cada um dos pixies era possível ver um sorriso no canto dos lábios querendo dizer "O que esse moleque tá pensando em fazer?".
– Não é nada, mas amanhã vocês vão ver. - ele concluiu o assunto.
– Pode ao menos nos dizer onde esteve esses dias? - Capí perguntou. Estava sério e preocupado.
– Véio! Não se preocupe. - ele pousou a mão no ombro de Capí e chegou bem perto dele. Se os pixies não se conhecessem, Índio achou que Viny daria um beijo no Capí. Mas o máximo que ele fez foi chegar perto, bem perto de Capí e sorrir. Seu sorriso era contagiante, Índio não podia negar. Ele tinha essa facilidade para perceber detalhes nas pessoas.
Caimana derepente saiu vermelha de ódio e saiu em direção da praia junto de sua prancha. Índio olhou no relógio e percebeu que deveria ir dormir. Já estava anoitecendo e na manhã seguinte o professor de Alquimia iria passar uma prova. Tinha que se preparar, pois a doida da Annie estaria lá.
Ele se levantou.
– Já vai Sr. Sou Chato? - Viny perguntou.
– Vou sim e se eu fosse ocêis, também iria. Amanha temos prova de alquimia ás sete e vinte em ponto. - ele pegou o livro que estava lendo e acenou um "tchau" para o Capí que retribuiu a despedida.
– Aaaaah! Agora entendi! Você quer estar todo bonitão só pra Annie né? - Viny deu uma piscada para Capí que deu uma risada contida.
–Afff! Você não cresce neh? - e deu as costas morrendo de raiva por dentro, deixando Capí e Viny sozinhos. Como é possivel eles acharem que ele nutria algum sentimento por aquela menina louca e atrapalhada? Só porque ela tinha uma pele legal e uns olhos lindos e perfeitos em um tom perfeito de verde... Não, ele tinha que tirar esses pensamentos da cabeça.
Ele foi se deitar ainda com os pensamentos sobre a Annie na cabeça. E logo mergulhou em um sono profundo. Sono do qual só acordaria ás 8 horas.

***

– MEU DEUS! O que foi isso? - ele gritou. Acordou assustado com um barulho estrondoso de livros caindo no chão. Os seus livros que estavam em cima de uma estante na parede estavam todos no chão, em cima de algo volumoso e que logo ele descobriria do que se tratava... ou de quem.
– Aih... AIh...
Ele saiu de baixo das cobertas e foi ajudar Viny que tentava se levantar do chão. Mas ao ajudá-lo, Viny percebeu algo de errado. Os cabelos loiros dele estavam grandes demais... Será que ele era... Não, isso não era possível.
– Aih... Foi mal Indiozinho do meu coração!
– Eu não acredito que ocê tá aqui! - Ele não estava acreditando no que estava vendo. Como ela havia conseguido entrar no dormitório sem ele perceber.
– Calma, foi sem querer! A porta estava aberta e... - Annie ia se aproximando cada vez mais. Ela estava parecendo uma lunática. Como se não tivesse dormido á noite. Como se ela tivesse acordada a noite inteira... Índio percebeu que havia alguma coisa de errado ali.
– Peraí! Explique isso direito! - Índio fechou os olhos tentando se acalmar. - Como você entrou aqui? E desde quando você esteve aqui me espionando?
– Bom.. eu...
– Não acredito que você fez isso! - ele olhou para o relógio da parede e foi o horário que o fez se esquecer de tudo e sair correndo para o banheiro se trocar. Nem se incomodou de estar sem camisa na frente da Annie. Ela estava totalmente paralisada olhando para ele.
– Sua maluca! Você vai querer perder a prova mesmo?
Ela saiu do transe em um passse de mágica.Estava com a roupa toda amassada, mas mesmo assim saiu correndo porta afora e deixou um Índio completamente revoltado para trás. Mas ele exigiria que ela explicasse tudo assim que possível. Não acreditando que estava atrasado, ele vestiu o uniforme o mais rápido que pode e disparou pelas escadas. Ao chegar na sala, ele encontrou uma sala vazia e Annie tentava dialogar com o professor. Ela chorava. Não era por menos, Índio sabia que ela amava Alquimia. Um sentimento de afeição tomou conta dele por breves instantes ao olhar pra ela ali, toda delicada com o professor. Mas logo esse sentimento se esvaiu da mesma forma que havia chegado. Ele perdeu o horário por causa dela!
– Professor, eu preciso muito fazer a prova! - ele elevou a voz acima da de Annie.
– Não posso Senhor OuroPreto, o horário da prova já está encerrado. Onde vocês estiveram para terem faltado á prova?
– Nós... - ele começou mas Annie o interrompeu.
– Nós estávamos... Com a Diretora na Biblioteca em busca de um livro super raro que ela havia perdido. Você sabe como a Zô é né professor, ela é um pouco avoada.
Rudji olhou para ela desconfiado.
– Por favor professor lindo-maravilhoso! - ela começou a choramingar, até que ele desistiu.
– Tudo bem Annie, mas só vou deixar porque eu sei que vocês dois são ótimos alunos e que odiaram ficar com notas ruins. Vão para os seus lugares ue eu vou buscar as provas de vocês.
– EBAAAA!!! - ela agarrou o professor e deu-lhe um beijo no rosto.
– Afff!! - Porque ela tinha que ser tão grudenta sem motivo nenhum? Principalmente com o professor.
– Chega Annie! - Rudji se esforçou pra desgrudar Annie do pescoço.
– Okay! Desculpa. - ela se sentou na cadeira como se fosse uma atriz prestes a interpretar seu papel na novela.
– Já volto! Fiquem aqui!
Ele lançou um olhar para Índio e saiu da sala.
– Já pode começar a se explicar.
Ela olhou com cautela pra ele. O clima estava pesado por conta de Índio. Ele não precisava ser tão grosso assim com ela. Mas ela o estressava muito e o que ela fez era imperdoável.
– Eu tinha pedido pro Viny se podia entrar no quarto pra ver se... ver como era seu quarto. Aih um dos amigos dele chegou e ele se destraiu e fechou a porta. Eu chamei mas ele já tinha ido embora. Então decidi esperar você, mas já estava tarde e você é muito fofo dormindo, principalmente roncando...
– Eu não ronco! - ele protestou.
– Eu fiquei olhando você dormir e decidi desligar o despertador para você não acordar...
– Agora tá explicado! - Ele se sentou na cadeira com a cara emburrada. - Você não existe Annie.
– Claro que existo! - a voz dela estava perto demais e quando Índio virou o rosto, seus lábios tocaram nos dela e eles se beijaram por um momento que para ele pareceu uma eternidade. E ele queria essa eternidade mais do que qualquer coisa no mundo. Sua mão deslizou pelo rosto macio dela e nesse momento a porta se abriu rápidamente e de forma barulhenta pegando os dois de surpresa no momento mais romântico possível.


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