A Arma Escarlate - As Aventuras Dos Píxies escrita por Erik Alexsander


Capítulo 14
Capítulo XIV - Caimana


Notas iniciais do capítulo

Finalmente as coisas estão começando á esquentar. Agora os Pixies têm uma missão aparentemente impossível, ir até a amazônia e conseguir uma bola de cristal poderosa. Será que eles conseguirão enfrentar os perigos da grande floresta?



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XIV

CAIMANA



Não deixariam Índio ir sozinho nessa jornada arriscada. Disso ela sabia que Viny e Capí tinham conhecimento, mas tinham que agir da forma contrária, como se não fossem juntos.

- Dizia a lenda que o Rio trazia muitas coisas ruins e que de alguma forma ele estava ligado ali, por essa razão.

- Ao menos sabemos onde ele deve ir. – Viny disse.

- Sim, mas temos... Quero dizer, ele tem que saber sobre como fazer para aprisiona-lo.

- Verdade. Não faço a menor ideia de como fazer isso! – Índio falou.

- Precisamos pesquisar. – Capí falou.

- Ah não! Não quero voltar para aquele lugar fedendo á livro e cheio de poeira! – Caimana protestou.

- Mas é o único lugar que vai nos ajudar! – Capí disse.

- E o que você tem contra o cheiro dos livros? É muito bom aquele cheirinho! – Erik falava. Apareceu repentinamente.

- Vocês vão nos ajudar? – Caimana perguntou.

- Claro que sim! – Alicia respondeu aparecendo do nada também. Ela aparentava estar um pouco abatida, mas não estava machucada nem nada.

- Ótimo! Com ajuda, poderemos sair de lá mais rápido.

- E quanto á detenção? Não se passou uma semana ainda! – Índio falou. – Também não estou á fim de voltar àquele lugar, quanto mais para limpar!

- Nós conversamos com a Dalila! Falamos que vocês ficariam doentes com toda aquela poeira e ela conversou com a bibliotecária. – Erik disse.

- E ela os liberou! – Alicia concluiu.

- Ótimo! Mais uma notícia boa! – Caimana falou. Sentiu-se muito aliviada.

- O que estão esperando? Vamos lá! – Alicia chamou.

- Mas a biblioteca não está fechada? – Viny perguntou. – Depois do que aconteceu ontem á noite, me disseram que estava fechada para segurança dos alunos.

- Bobagem! – Erik disse. – Sei de uma passagem secreta! – ele deu uma piscada para ele.

 - OK! Vamos lá então!

Eles seguiram para o pátio central onde estava o enorme troco de árvore que levava aos outros andares e, assim, ás outras salas.

- Por aqui! – Alicia chamou seguindo Erik.

Eles abriram uma das portas e viram o corredor escuro.

- Inferno Astral de novo não! – Caimana protestou.

- Temos de chegar á porta de numero 4!

Mas esse é o caminho que dá para a sala de jogos! O que faremos lá? – Viny perguntou.

- Vocês verão! – Erik falou e correu pelo corredor. Ele viram uma garota esculpida na pedra correr atrás dele gritando coisas que eles não compreenderam.

- Venham! – Alicia correu e eles á seguiram, ignorando os horóscopos que vinham para cima deles. Após chegarem ofegantes na sala de jogos.

- Eles são insuportáveis! – Índio disse.

- Se é! – Viny concordou.

- E agora? – Caimana perguntou após recuperar o fôlego.

- Po aqui! – Erik parou na frente de um sofá de um lilás estranhamente estranho.

- Ele retirou uma varinha do bolso e sussurrou algo. Nada aconteceu.

- Tem certeza que é essa a passagem para a biblioteca? – Caimana perguntou.

- Cala a boca! – Viny falou. Mas ela não teve tempo de chingá-lo de volta, pois o sofá se abriu no meio e um buraco quadrado se abriu.

- Só para informar – Caimana falou. – A biblioteca fica bem acima de nós. E quando digo acima, quer dizer acima MESMO!

Mas ninguém deu atenção á ela, o que a deixou furiosa.

Eles adentraram por uma escada que parecia ser de madeira, após eles entrarem a abertura se fechou. Erik e Alicia acenderam a ponta de suas varinhas para guia-los. O lugar era totalmente escuro e sem paredes como se fosse outra dimensão.

Eles pararam de supetão e Caimana tropeçou em Viny.

- Cuidado Caimana! – ele protestou.

- Desculpe! Não estou enxergando nada.

Ao dizer isso, uma claridade veio de um buraco no chão. Um buraco semelhante ao que entraram quadrado.

Ele os viu pular, apenas ela ficou por ultimo. Antes de ela pular ela olhou para baixo.

O carpete da biblioteca estava lá e também as prateleiras. Mas isso era impossível, eles não subiram nenhuma escada. Ela viu Capí caído aos braços de Viny e este se desculpando.

- Ei! Será que alguém pode me ajudar? – ela perguntou. Não precisava de ajuda, mas queria que Viny á segurasse também.

Ele soltou Capí e gritou para ela.

- Pode vir!

Ela se jogou e caiu em cima dele. Os dois caíram no chão.

- Mas que... Você fez de propósito? – ela perguntou com raiva.

- Não! Foi sem querer!

Ela olhou ao redor e lá estavam eles, na biblioteca vazia. Apesar de não haver ninguém, ela estava toda clareada pela luz que vinha de várias lamparinas de fogo. Ela ficou imaginando se aquilo não seria perigoso, afinal, fogo não se dava bem com papel.

- Já sei como chegar aos andares altos sem subir aquela imensa escada. – Viny comentou.

- Não Viny! – Alicia o advertiu. – Não pode ficar usando a passagem. Apenas as pessoas que são permitidas.

- E porque não somos permitidos? – ele perguntou chateado.

Alicia deu de ombros.

- Apenas nós conseguimos passar pela passagem. Nunca ninguém conseguiu. Pelo menos é o que nós achamos.

- Vamos procurar logo! – Índio disse.

- Tudo bem, mas acho que devíamos marcar um horário para falarmos o que conseguimos encontrar. – Caimana falou. Como eles não se manifestaram ela continuou. – Então, voltamos para o primeiro andar em 40 minutos, tudo bem?

- Por mim tudo bem. – Viny disse.

- Certo. – Capí concordou.

- OK! – Índio confirmou.

- Vamos lá! – Erik e Alicia disseram juntos.

Eles se dirigiram entre as centenas de estantes, todas repletas de livros.

- Venha comigo Caimana! – Erik a chamou. – Sei de um lugar onde podemos começar!

Ela o seguiu. Erik a levou para o terceiro andar enquanto os outros estavam nos andares inferiores. Uma placa grande pendurada no teto dizia:

MITOLOGIAS

BRASILEIRA/ EGÍPCIA/ GREGA e ROMANA


Mitologia Brasileira? Caimana imaginou que se referia ao folclore brasileiro. Mas não tinha tempo para pensar nisso. Eles foram à direção da parede repleta de livros velhos.

Erik analisou os livros pelos nomes. Ela imaginou que seria difícil já que os livros estavam desorganizados.

- Achei! – ele disse. Puxou um grande livro velho com os dizeres “Artefatos Mágicos Brasileiros”.

- Achei que estávamos procurando sobre o folclore! – ela disse.

- Aqui os livros estão todos misturados. Só existem duas formas de acha-los: Convocando-os com um feitiço, ou sabendo onde eles estão. Este livro li recentemente e acho que pode ajudá-los.

Ela olhou para a capa com marcas de caneta e algumas manchas de café.

- Vou ver se acho mais alguma coisa. – e saiu deixando Caimana com o livro na mão.

- Acho que deve servir. – ela murmurou para si mesma.

Ela folheou as páginas até chegar ao índice, onde procurou até que finalmente encontrou o título BOLA DE CRISTAL.

Ela foi até a página que o índice infirmou. A fonte era um pouco estranha, porém legível o suficiente para ela entender o que diziam.


Bola de Cristal

Uma Bola de Cristal é um instrumento usado por muitos bruxos, magos e até mesmo ciganos, que supostamente tem a capacidade de adivinhar ou prever acontecimentos futuros e fatos ocultos do presente.

A Bola de Cristal é usada para adivinhar o futuro , interpretando as imagens que surgem na superfície dos cristais. Diversas culturas e religiões afirmam que os cristais são substâncias com muita energia, e que essa energia é ainda mais presente nos objetos esféricos, pois, devido ao seu formato, centralizam os fluidos.

Além de prever o futuro, a bola de cristal também é usada como prisão para espíritos do mal. Um exemplo disso é Anhangá, um espírito maligno que, á gerações, é aprisionado em uma bola de cristal. O Saci é outro exemplo, sendo preso em uma garrafa de cristal.

A bola de cristal é um artefato mágico muito poderoso e que só pode ser encontrado na Amazônia, sendo assim, é transportado para diversos lugares do país e do mundo. Há boatos de que o famoso Curupira é o fabricante de tal artefato, porém esse não é um fato verídico, pois nenhum bruxo no mundo soube de onde vem tal objeto.


Caimana fechou o livro.

- Não acredito. – sussurrou.

Ela saiu correndo pela biblioteca gritando com o livro ainda em mãos.

- Pessoal! Rápido, acho que encontrei algo.

Eles correram e juntaram-se á ela no primeiro andar.

- O que foi? O que você descobriu? – Índio perguntou.

- Fala logo! – Viny disse.

- Dá pra esperar? – ela ofegou um pouco e recuperou o fôlego. – Eu descobri que as bolas de cristais são feitas para ver o futuro também aprisionar espíritos do mal.

- Nos conte algo que não saibamos. – Índio disse se virando.

- Volte aqui, eu não terminei ainda! – ela agarrou o braço dele. Eu descobri também que elas são raras.

- Mas eu já vi no Subsaara várias! – Capí falou.

- Porque são falsas! Eles não vendem as verdadeiras. – Caimana falou.

- E onde poderemos encontra-la?

- Espere um pouco! – Viny interrompeu. – Por que estamos á procura da bola de cristal mesmo?

- Por que Anhangá levou a dele lembra?

- Ah é! Verdade! E então onde vamos achar uma verdadeira?

- De início, eu pensei em ir ao Subsaara e pedir para alguém a verdadeira, mas eles nunca me dariam! Além disso, se formos até o lugar onde é feito as bolas de cristais, podemos fazer uma mais poderosa para que ele nunca mais saísse!

- E onde fica esse lugar? – Índio perguntou.

- Nossa, eu quase me esqueço de falar isso! – Caimana bateu a mão na testa.

- Fala logo! Eles falaram todos juntos.

- Fica na Amazônia! – ela disse. Todos ficaram boquiabertos.




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