A Arma Escarlate - As Aventuras Dos Píxies escrita por Erik Alexsander


Capítulo 1
Capítulo I - Capí


Notas iniciais do capítulo

Gostaria de agradecer inicialmente á nossa querida autora, que trouxe esse excelente e brilhante mundo de magia, que conhecemos em Harry Potter, para o Brasil.

Em segundo, mas não menos importante, á meus amigos Jânio Almeida, Nádia Lima e todos os outros Escarlatinos que ajudaram e me apoiaram para que eu não desistisse de fazer essa Fanfic.

Espero que gostem, em breve postarei os novos capítulos!! :-)



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I

CAPÍ


O sol brilhava fracamente no horizonte, sob as encostas do morro do Corcovado e a Rua Jardim Botânico. A torre do castelinho que ficava entre a vasta vegetação, transmitia um ar medieval, mas com algumas pichações.

As folhas secas das arvores caiam ao chão com a brisa que por entre as mais variadas arvores. Sentado em cima de uma rocha, estava um garoto de cabelos castanhos e com um ar meigo e gentil. Ele era bonito, isso ninguém podia negar.

Era onde Capí deveria estar esperando pelos novos alunos, nascidos de pai azêmolas, que chegariam por volta das cinco horas da tarde e leva-los até a escola. Não apenas os filhos de azêmolas, mas também os de pais bruxos.

Já eram quase quatro e meia, pois todas as crianças guardavam o que sobrou do piquenique da tarde para partirem para suas casas com seus pais.

Apesar de ainda ter 13 anos, Capí cursava o primeiro ano na Escola de Bruxaria Notre Dame do Korkovado, e já era responsável por ajudar seu pai na maioria das tarefas que lhe eram empregadas. Mas ele não ligava, fazia tudo para ajuda-lo. Depois do que havia acontecido na sua terra natal, ele e seu pai vieram para o Rio de Janeiro e desde então moram lá, na escola.

Muitas pessoas, na maioria dos turistas, passavam lá para apreciar a bela vista que dava para o mar. Não antes de visitar a Escola de Artes Visuais, onde os azêmolas criavam varias coisas que os bruxos desconheciam.

Uma certa quantidade de pessoas começou á chegar. Vindas do casarão principal, passando pela trilha que levava á ponte com um grande arco que marcava a entrada, no topo havia um hipogrifo, esculpido na pedra, com seu torso de cavalo, cabeça, asas e patas dianteiras de pássaro e rabo de leão. E, por fim, a ponte dava caminho até a torre.

Muitos já usavam os trajes da escola. Longas capas leves, com as dobras das mangas douradas. Um pequeno emblema no peito parecido com um escudo dividido em quatro partes e uma fênix de cada lado segurando as letras “N” e “S” de “Nossa Senhora” e um grande “K” centralizado abaixo das outras. Estavam separados em pequenos grupos.

Ao olhar no relógio de pulso, Capí se levantou e foi até a entrada da torre, onde ficou parado e gritou.

- Atenção á todos os alunos novos!

Os alunos novos deixaram suas conversas de lado e voltaram seus olhares para Capí.

- Meu nome é Capí e eu vou mostrar á vocês como entrar pela torre até chegar á escola.

O silencio dominou o lugar, cortado apenas pelo canto dos pássaros e o barulho das arvores mexendo com o vento.

- Com licença! – uma garotinha loira levantou a mão.

- Pode falar. – Capí disse.

- É verdade que na Nossa Senhora do Korkovado existem aqueles espíritos e monstros que dizem nas lendas indígenas?

- Não! – respondeu para todos ouvirem. – Nada disso existe, então pode ficar sossegados quanto á isso.

- E quanto ao espírito do Anhangá? Ouvi dizer que ele tomou forma de um feiticeiro e que agora vive entre nós! – um garoto gordinho e de cabelos pretos disse.

- É verdade! – outro menino falou perto do Capí. – Minha tia disse que ele planejou se vingar de todo mundo por destruir a natureza. E que ele veio de São Paulo até aqui para começar sua vingança.

Capí estava ficando louco, mas que absurdo de histórias os azêmolas contam para as crianças? Todos começaram a falara uns com os outros.

- Olhem! Eu vou deixar bem claro! – disse em alto e bom tom. – Isso não existe aqui! Seja lá quem for que esteja espalhando isso por ai, é pura mentira!

Todos pararam de falar, e alguns até baixaram a cabeça, como se fossem culpados pelos boatos.

- Alguém mais tem alguma pergunta?

A mesma garota loira levantou a mão.

- Eu queria saber se nós temos intercâmbio.

-Sim. Porém só é possível fazer intercâmbio á partir da quarta série.

A garota baixou a mão. Capí olhou por entre os estudantes. Ninguém mais faria questões.

- Peço que me sigam com cautela. E tenham cuidado com os degraus. - e virou se para entrar na torre onde, o que antes era apenas um chão circular, estava uma longa escada que descia cada vez mais, perdendo-a de vista.

Quando desceu, ouviu os passos das pessoas ecoarem atrás de si, acompanhando-o. Quando chegou á uma porta no final das escadas, abriu-a. Ouviu várias vozes falando “Que lindo!”, “Uau!”. Todos estavam impressionados com o aquele refeitório. Mas Capí já estava acostumado com isso, pelos anos que vivera naquele lugar.

Quando atravessou as portas duplas de carvalho que davam para o lado de fora, os gritinhos de felicidade das garotas foram ouvidos por todos.

Uma praia com o Sol brilhando fortemente no alto, as ondas indo e vindo, a brisa morna.  Uma praia dentro do Corcovado.

As paredes de rochas eram quase invisíveis nas laterais da praia. Eram visíveis perto da areia, mas ia se mesclado ao azul do céu á medida que ia subindo até chegar ao alto.

Enquanto as pessoas olhavam para aquele paraíso, impressionadas, Capí estava admirando-as. Aquilo tudo era impressionante para todas elas, e estavam felizes. Capí sentiu uma felicidade crescer dentro de si, junto com a satisfação de apresentar esse mundo para elas.

Uma garota loira se aproximou.

- Olá!

- Olá! – respondeu.

- Você é o garoto que eu vi quando vim visitar a minha mãe!

- Sua mãe?

- Sim.

- Quem é sua mãe?

- Bem, ela se parece bastante comigo. – disse a garota.

Capí olhou melhor para a garota e percebeu que ela lembrava alguém. A imagem da ultima pessoa que pensaria que fosse brotou em sua mente. - A sua mãe é ela?

Não era possível. Mas a semelhança era espantosa.

- Pois é! Isso mesmo! Mas enfim, eu queria saber, porque eu fiquei muito curiosa. Você mora aqui?

- Ah! - disse com um tom de surpresa na voz pela súbita mudança de assunto. – Bem... Moro sim!

- Deve ser bem bacana. Poder surfar nesse mar lindo. – comentou. – E quanto ao que você respondeu para a garotinha? Tem certeza do que disse?

O olhar de Capí caiu até a garotinha que agora estava com algumas amigas ao seu lado. Conversavam. Eu tinha que mentir, pensou. Porém a resposta que deu á ela foi totalmente o contrário.

- Não! Tudo o que falei é verdade.

- Tudo bem então. – disse ela, finalizando o assunto.

- É... Bom, eu tenho que... – disse meio envergonhado. Essa conversa estava ficando estranha.

- Ah sim! Desculpe-me.

Então Capí voltou-se para os alunos.

- Pessoal! Estamos dentro do Corcovado! Nos finais de semana, você podem nadar, surfar, ou fazer qualquer coisa neste lugar lindo! Mas, vou dar um aviso, não vão cabular as aulas hein! Além disso, existem regras, como viram em suas cartas, das quais resultam em punição.

Alguns concordaram e outros deram risinhos sapecas.

- Olha só! Nosso querido Capí! – uma voz vinda de um pequeno grupo disse.

Um grupo de alunos se aproximou. Um garoto de cabelos loiros estava na frente, seguido por um garoto gordinho, outro baixinho e com ar esnobe e uma garota de cabelo preso em um rabo de cavalo, com roupas um pouco estranhas.

Capí ignorou-os e continuou.

- Bem, vocês devem ir agora até o pátio principal onde a diretora os espera para dar as boas vindas.

Dito isso, todos se movimentaram para ir ao salão que ficava do lado oposto ao do refeitório. Quando ele deu meia volta, o garoto insistiu.

- Aonde pensa que vai, filho de fiasco.

Capí ficou parado com a cabeça baixa, enquanto soltavam estrondosas gargalhadas dele.

- Ei! – ouviu uma voz vinda de longe.

- Estou falando com você! – o garoto voltou a falar.

 Capí não gostava quando o chamavam assim. Muito menos quando chamavam o seu pai de fiasco.

- Para com isso! – virou-se para eles. Seus olhos se encheram de lágrimas.

- Me faça parar, filho de fiasco! – retirou a varinha do bolso de dentro das vestes e apontou para Capí.

- Ei! Deixe-o em paz.

Capí olhou para o lado e viu um garoto alto e magro. Os cabelos muito loiros e era muito bonito. De uma beleza que aparece apenas em filmes americanos. Ele estava com uma menina logo atrás.

A raiva podia ser vista em seus olhos por milhares de quilômetros de longitude. A mão se direcionou ao bolso dentro das vestes e uma varinha prata apareceu em suas mãos.













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Notas finais do capítulo

Este capítulo poderá ser alterado, mas não se preocupem que vou avisar quando isso acontecer! ;-)



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