Os Quatro Símbolos escrita por Avery Chevalier


Capítulo 5
Capítulo Quatro


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo, gente, espero que gostem ;)



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CAPÍTULO QUATRO

    Saí do banheiro assustada olhando para todos os lados, parecia que qualquer pessoa próxima ao local era suspeita, a vontade de continuar no shopping era nula, mas a Giselle não deixaria eu ir embora tão fácil, ainda me faria ficar lá e comprar algumas roupas, e fora que ainda tem a turminha da Sophie do lado de fora da loja, isso me deixa com menas vontade ainda.

    Fiquei sentada num banco próximo a loja, mas não tão perto de onde estava a Sophie e nada da Giselle aparecer, eu é que não iria me enfiar de novo naquela muvuca, prefiro esperar, e a fila para comprar os sapatos devem estar enormes também, pois do jeito que tinha pessoas ali... 

    Depois de meia hora mais ou menos esperando a Giselle, ela finalmente aparece e está segurando umas cinco sacolas enormes de sapatos e parece fazer uma força enorme para carregar. 

    - Até que enfim, não aguentava mais esperar - disse e peguei algumas sacolas para ajudar a minha amiga a levar. 

    - Tava muito cheio, mas valeu a pena, trouxe até dois pares de sapatos para você, e espero que goste e use. 

    - Tenho medo de saber como são esses sapatos - falei rindo. 

    Em geral, quando a Giselle diz que comprou algo para alguém, é na verdade algo que ela gosta e vai poder usar depois, ou seja, tenho certeza de que são sapatos de salto, ela só usa isso, pois é muito baixa e quer ser maior, já eu, se colocar um sapato alto fico imensa, então nem gosto muito. 

    Quando passamos pelo banco em que estava a Turminha dos Babacas, vi que a Sophie começou a rir da minha cara e cochichar algo com sua amiga com cara de velha e depois puxou o Jonh para mais perto de si, mas vi que ele ficou olhando para minha cara e não entendi nada, só sei que eu não ia ficar encarando e passar o ridículo mais uma vez. 

    Não estava com vontade de continuar no shopping, os eventos algumas horas antes me deixaram com medo e me sentia sendo observada em qualquer lugar que eu fosse, parece que em algum momento ia ver alguém de capa por detrás das pilastras ou algo assim. 

    Tentei de todo custo convencer a Giselle a irmos embora, mas ela me fez ir em algumas lojas de roupas - em promoção - e comprar coisas das quais nem estava precisando, essa minha amiga convence as pessoas a fazer algo que nem querem só falando, ela não cala a boca enquanto não convencer as pessoas. 

    A praça de alimentação estava cheia, como já era de se esperar, então fomos para a Starbucks que estava mais vazia e tinha lugar para colocar as sacolas da Giselle sem que ninguém quando passasse chutasse para longe e fizesse minha amiga arranjar um barraco.  

    - Você viu? Sua irmã idiota com o grupinho zoando os outros, é uma ridícula - a Giselle disse enquanto tomava seu Chocolate Frappuccino. 

    - Claro que vi, e o Jonh idiota estava com eles - eu não queria estar irritada por isso, mas estava. 

    Peguei meu Chai Latte e bebi de uma vez, tenho mania de beber as coisas direto quando estou com raiva de alguém, sei que é uma mania estranha, mas enfim, cada um com suas manias malucas. 

    - Mudando de assunto, já que sei que esse te incomoda, que tal irmos numa festa amanhã? O dono da festa é filho do amigo do meu pai, então sei que nos deixaria entrar, então como sei que precisa se divertir... 

    - Onde é essa festa? - perguntei um pouco desconfiada. 

    - É numa casa abandonada que as pessoas costumam fazer festas escondidas, mas não se preocupe, é seguro. 

    Eu não sou muito de ir em festas e estava com certo medo de ir nessa, mas nem tem como usar uma desculpa como "minha mãe não deixa" ou "vou ver com meu pai", pois não tenho mais pai e a Morgana deixa qualquer coisa, para ela é até melhor quando não estou em casa, a única que se importa é a Sarah. 

    - Como vou saber se é seguro mesmo, vamos para uma festa clandestina e você diz que é seguro, somos menores de idade se a polícia para lá vamos parar na delegacia e tenho certeza de que a Morgana ia me deixar apodrecer lá. 

    - Se você mudar de ideia, me ligue - a Giselle disse com um sorrisinho no rosto, ela sabia que eu ia acabar aceitando antes mesmo de eu nem saber se iria. 

#####

    Ouvia o som do meu celular tocando em algum lugar no meio das minhas cobertas, tentava ignorar o barulho, mas não dava, estava inconveniente. 

    Procurei revirando a coberta onde eu tinha deixado o celular, fiquei até tarde ontem ouvindo música e depois não sei onde foi parar o aparelho. Depois de alguns minutos eu o achei jogado lá no pé da cama quase caindo no chão, esse celular um dia se suicida, ou talvez eu o mate. 

    Já sabia que era antes mesmo de atender e como sempre, essa minha amiga sempre me liga cedo. 

    - Então, você vai? Diz que sim, pois já tenho até uma roupa separada para você usar e eu já disse para meu pai que ia dormir na sua casa, então é ou sim ou com certeza. 

    - Ok, agora me deixe dormir, tá? - nem sabia o que estava respondendo, estava morrendo de sono, depois via as consequências sobre o que havia respondido. 

    - ISSO AÍ, AMIGA, TEM QUE TER ATITUDE, VAMOS NOS DIVERTIR MUITO - a Giselle disse gritando no outro lado da linha, qual é o problema dela que adora acordar as pessoas cedo e ficar gritando? - Chego aí na sua casa lá paras quatro horas, tchauzinho, e prepare seu glitter que vamos brilhar. 

    Desliguei o telefone e joguei ele nem sei onde, deve ter caído no chão ou pela coberta de novo. Deitei a cabeça no travesseiro e quando ia fechar os olhos e tentar cair no sono de novamente, ouço um estrondo. A porta do meu quarto foi abrida violentamente por uma garota furiosa chamada Sophie, não precisava me virar para saber que era ela. 

    - O que você quer? - perguntei ainda meio sonolenta sem me virar. 

    - Você ainda pergunta?! Levanta, sua idiota - a Sophie disse e tirou a minha coberta puxando o meu braço para eu me levantar. 

    Perai, o que ela faz aqui e que direito tem de invadir meu quarto? Aposto que se fosse o dela já teria tido um terremoto de tanto que ela gritaria. 

    - Ei, me solta, o que está fazendo aqui? - tirei a mão da Sophie do meu braço com nem um pouco de delicadeza.

    - Pare de se fazer de desentendida, sua vadia, o que você fez para o Jonh te defender? Ameaçou ele? - ela me olhava furiosamente, faltava pouco ela soltar fogo pelos olhos. 

    Eu ainda estava meio zonza de sono, mas será que ouvi certo, o Jonh me defendendo? Tem alguma coisa errada nisso. 

    - O que você está dizendo, não estou entendendo nada?! 

    - Você é muito lerda, garota! É claro que sabe e olha só, se você se aproximar dele, juro que arranco seus olhinhos verdes e deixo você sangrar até a morte, depois jogo seu corpo no valão e ninguém nunca mais vai te achar. 

    A Sarah apareceu no meu quarto um pouco assustada e perguntou: 

    - Que barulheira é essa? 

    - Sai da frente, Sarah, ou vai sobrar para você também, acho que a Eloísa não ia gostar se eu decidisse te demitir, já que é a única dessa casa que dá atenção a ela - a Sophie disse e me lançou um sorrisinho malévolo, depois saiu porta afora empurrando o ombro da Sarah ao passar. 

    Essa Sophie é um inferno de garota, como alguém pode ser tão má? E é assim desde criança, acho que aquela ali não tem mais jeito, e eu sou uma babaca que tem que conviver com aquela garota que tenho vontade de xingar de todos os palavrões possíveis. 

    - Meu Deus, que garota horrível - eu falei me sentando na cama ainda me sentindo meio nervosa, do jeito que a Sophie estava brava achei que ela fosse me jogar pela janela. 

    - Eu não aguento mais ela, por que não pode ser como você? Sempre cuidei de vocês desde que eram pequenas e você tomou um jeito, já ela...

    Ainda não tinha entendido a causa dela ter ido reclamar comigo, era algo que eu não tenho culpa, nem falei com o Jonh. 

    - Sarah, você sabe o que aconteceu com a Sophie e com o Jonh? - perguntei, sei que ela é meio fofoqueira e sabe de todos os assuntos daqui de casa e da vizinhança. 

    A Sarah olhou para a porta para ver se tinha alguém ouvindo e depois se sentou ao meu lado na cama e cochichou:

    - A Sophie e o Jonh brigaram, ela estava falando mal de você, e acho que nem vai querer saber o que ela disse, foram coisas horríveis e sem sentido e o Jonh se estressou e começou a falar algo como que não aguentava mais ela falar mal de todo mundo e que você nunca tinha feito nada para ela e coisas do tipo.Então eles discutiram e foi isso, ela ficou brava demais, ainda está, né. 

    O Jonh me defendendo? Isso realmente aconteceu ou foi só um mal entendido da Sarah? Pois isso é quase impossível.

    Depois de conversar mais um pouco com a Sarah, a voz da Morgana chamando ela nos tirou da nossa conversa. 

    - Vou lá atender a bruxa Morgana - ela disse rindo e depois saiu do quarto me deixando ali sozinha. 

    Será mesmo que a Sophie seria tão má a ponto de demitir a Sarah? Provavelmente sim, não dá para desconfiar quando ela diz algo e sinceramente fiquei com medo da ameaça dela de me lançar num valão. 

    Já estava indo em direção ao banheiro quando algo me chama a atenção, algo como uma intuição me guiando a um lugar. Fui andando em direção ao meu guarda-roupa, abri ele e peguei minha caixinha de jóias lá no fundo, quando abrir, um dos papéis dos símbolos estava brilhando. Peguei-o e atrás do desenho do símbolo tinha uma palavra escrita em latim dizia "Invenient me" em tradução, "Encontre-me". 

      


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Notas finais do capítulo

Esperavam o 4° símbolo? Mistério...Acompanhem e saberão a causa dele não ter aparecido ainda rsrs
Espero reviews, recomendações, favoritamentos e qualquer coisa kkkk