Os Quatro Símbolos escrita por Avery Chevalier


Capítulo 4
Capítulo Três


Notas iniciais do capítulo

Gente, esse capítulo não ficou muito bom, escrevi um pouco rápido, mas o próximo vou tentar fazer beeem melhor e esse capítulo ficou meio grande, não sei se vocês preferem ele maior ou não, mas vou tentar fazer mais ou menos rsrs Sério, me desculpem pelo capítulo ruim ;( Mas não desistam, o próximo espero ficar melhor rs



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CAPÍTULO TRÊS


Ainda estava intrigada com tudo que aconteceu, será que aquele garoto punk me conhecia e eu não me lembrava? Acho que não, porque ele teria falado, mas não sei como soube que eu morava aqui. E outra coisa estranha é aquele papel com o símbolo, já é o segundo hoje. Será que é mais uma das brincadeirinha da minha "querida irmã"? Se for, dessa vez ela vai se ver comigo, não aguento mais ela, e falando no mal em pessoa, ainda bem que ela não está em casa, aposto que deve estar em alguma boate da vida junto com os amigos rindo da minha cara, mas ainda bem que eu não apareci lá e isso eu agradeço ao Jonh, mesmo assim ainda estou muito, muito brava com ele, e por sua culpa nunca mais vou confiar quando alguém me chamar para sair, sempre vou achar que é uma pegadinha.


Me joguei no sofá enorme branco e fiquei estatelada ali, precisava descansar desse dia completamente estranho, apesar de que a sala não é melhor lugar da casa para isso, o ambiente é todo branco e com vidro, ao mesmo tempo que me sinto numa sala de hospício, me sinto desprotegida com a entrada toda de quebrável, parece que estou sendo observada o tempo todo, não é bom morar numa casa com a maior parte sendo de vidro e nem é bom morar com a Morgana, aquela ali se alguém sujar uma coisinha nos móveis brancos dela, dá um surto que para até o FBI aqui em casa.

– Elo, ligaram para você - a Sarah disse aparecendo na sala, ela segurava um pano de prato na mão e estava com a aparência cansada, também, ninguém aguenta ficar ouvindo a Sophie gritar o dia inteiro, não sei como os vidros da casa nunca quebraram.

A Sarah é a empregada da casa e a pessoa mais próxima que considero como família, sempre cuidou de mim desde que vim morar aqui e estava assustada com tudo, então é a pessoa que eu me comunico melhor na casa.

– Quem era? - Será que era o Jonh querendo se desculpar? Uma fagulha de esperança brilhou dentro de mim.

– Não sei, a pessoa tinha uma voz estranha, sabe? Parecia que estava rouca ou algo assim e não disse quem era e nem deixou recado, só disse algo antes de desligar como "num momento qualquer" . 

Mesmo eu achando que tudo deve ser uma brincadeira da Sophie, lá no fundo sinto um certo receio, aquela pessoa de capa me seguindo e sem dar para ver seu rosto e esse telefonema...não sei, mas prefiro esquecer essas coisas e me concentrar na minha vida de azarada.

– Então, como foi o encontro? - a Sarah se sentou ao meu lado me olhando com expectativa.

Eu fixei meu olhar numa escultura de prata colocada numa estante ao lado da televisão, me lembro que quem deu aquela coisa feia para a Morgana foi meu pai e é de prata verdadeira, então a chata da minha "mãe" adorou só por isso. Sei que só estou pensando em coisas nada a ver para me livrar da pergunta da Sarah, não queria contar do encontro para ninguém.

– Me conta, querida, como foi? Se divertiu?

– Sabe se ainda tem aquele bolo de chocolate incrivelmente bom que você fez ontem? - perguntei mudando de assunto e não sendo nem um pouco discreta para isso.

A Sarah revirou os olhos e segurou minha mão.

– O que houve, ele te destratou? Se quiser vou lá na casa dele e dou uns golpes de karatê nele, sei que já estou de idade, mas ainda me lembro muito bem dos golpes.

– Calma, não precisa de tanto - eu disse rindo - Mas eu não quero falar disso, ok? Depois conversamos.

Me levantei e sai da sala, e até que não seria tão ruim a Sarah dar uns golpes de karatê no Jonh, ia ser legal vê-lo sofrendo só um pouquinho, acho que ele merece.


#####



O sol no meu rosto me fez despertar, nem me lembrava de ter deixado a cortina aberta ontem quando fui dormir, mas estava tão cansada de sono que acho que nem reparei nisso. Levantei para fechar a cortina e quando já ia me jogar novamente na cama para dormir até uma hora da tarde já que é sábado e posso descansar, o meu celular toca e quando atendo, a voz estridente da Giselle no outro lado da linha me faz despertar completamente.


– Garota, você já está acordada? Pois vai despertar num segundo quando ouvir o que tenho para dizer!

– Na verdade já despertei com a sua voz gritando...mas pode dizer - me joguei na cama desarrumada e fiquei olhando para o teto esperando a Giselle dizer algo, ela adora dar um clima de suspense no ar.

– Está tendo uma promoção de sapatos na loja Shoe's Fashion e temos que ir!

Ok, eu realmente pensei que fosse algo mais interessante, mas se bem que vindo da Giselle eu não poderia esperar muito isso.

– Mas você sabe que eu não gosto muito de ir em shoppings.

– Eu gosto e você é minha amiga, então nós vamos...E lembre-se de levar seus sapatos velhos para doar, essa promoção da loja é que cada par de sapato que você doa tem 20% de desconto em um novo sapato. Passo aí meio dia, tchaaaau.

Ela falou isso e desligou, só a Giselle mesmo para me tirar da cama 9 e 30 da manhã num sábado e me levar para um shopping completamente cheio.

Sei que tenho muitos calçados para doar, mas não sei se vou comprar nenhum sapato, tenho certeza de que minha amiga vai ficar feliz quando descobrir que vou dar esses sapatos para ela doar e assim ter mais descontos.

Cheguei na sala de jantar para tomar o café da manhã e já estavam lá cobra mãe e cobra filha sentadas na mesa e assim que me sentei a conversa que falavam parou imediatamente. As vezes prefiro tomar café da manhã quando as duas já saíram da mesa e cada uma foi para o seu canto do que ficar no mesmo ambiente que as duas.

– Bom dia, queridinha - o "queridinha" na voz da Morgana foi em tom de desprezo, ela sempre fala assim comigo.

– Bom dia - disse e nem olhei na cara dela mais, peguei umas torradas e um copo com suco e saí da cozinha, não estava afim de atrapalhar a conversas das víboras.

Me sentei numa cadeira transparente - longe do sofá branco, pois se sujar algo a Morgana me mata - e fiquei ali, me sentindo bem melhor do que no ambiente da outra sala.

A campainha tocou e a Sarah veio da cozinha para atender a porta, quando ela abriu e ouvi a voz de quem era eu me engasguei. Era o Jonh procurando pela Sophie. Comecei a tossir feito uma louca entalada com uma torrada na garganta, se eu não queria chamar a atenção dele para mim, esse não era um jeito muito bom.

A Sarah começou a levantar meu braço e a bater nas minhas costas e o Jonh me olhava com uma cara de assutado. Depois de maior tapão que a Sarah deu nas minhas costas, um pedacinho da torrada que estava na minha garganta voou lá no outro lado da sala quase atingindo o Jonh. Eu não sabia onde enfiar minha cara, parece que coisas constrangedoras só acontecem quando ele está por perto.

– Meu Deus, Eloísa, que susto você me deu agora - a Sarah disse me olhando com um olhar preocupado - Vou buscar um copo de água para você.

Assim que a Sarah entrou na cozinha a Sophie saiu de lá andando toda se rebolando de um jeito extremamente falso e jogando seus cabelos ruivos enquanto andava.

– Oi, meu fófis - ela falou dando um beijo rápido no Jonh - Então, pronto para ir no shopping rir da cara da pobretada igual uns loucos na loja de sapatos que vão estar na promoção? Tipo, eu vou rir muito.

A Sophie se virou para mim no momento em que eu ia sair dali de fininho sem querer atrapalhar o "casal".

– E você Eloísa, deve ir para a promoção, né? Pois sei que está precisando de sapatos novos, aliás, acho que você precisa de tudo novo, nascer de novo séria uma ótima opção e de preferencia tinha que ir parar em outra família. Acho que você nunca deveria ter saído do orfanato da onde veio e estragar a minha família. E mudando de assunto, foi ótimo rir de você querendo se arrumar toda para encontrar o meu Jonh ontem. Né, lindinho - a Sophie disse e puxou o Jonh para o lado de fora da casa, ele me deu um último olhar indecifrável e saiu atrás da cobra filha.


#####



O estacionamento do shopping estava uma loucura, foi difícil achar um lugar para estacionar o carro grande da Giselle e qualquer lugar que estava vago, minha amiga dizia que o lugar estava ruim, então perdemos meia hora tentando achar um lugar vago e bom.


Não era só o estacionamento que estava cheio, o shopping em si estava lotado, um monte de lojas estavam em promoção hoje. Só espero não encontrar a Sophie aqui, ia ser muita falta de sorte encontra-la nesse ambiente cheio de pessoas, eu odeio muito ela e o Jonh também, ele é tipo um cachorrinho da minha "irmã".

– Por que eu tive que te seguir e vir aqui? Poderia estar dormindo ainda - resmunguei.

– Deixa de ser chata, vai ser divertido.

Não sei se divertido seria a palavra certa a dizer, tenho certeza de que vai ser bem entediante para mim.

Assim que olhei a fila em que teríamos que ficar, me desesperei, odeio ficar em filas, ainda mais segurando uma caixa pesada de sapatos. Não quero nem imaginar quando aquela porta da loja abrir, é melhor ter cuidado para não ser levada junto.

– Você não me disse que teríamos que ficar em fila.

– Claro, temos que chegar mais cedo ou então os melhores sapatos irão embora - a Giselle disse dando de ombros.

Depois de mais ou menos uns 45 minutos parada numa fila, enfim ouvi uns altos falantes começando uma contagem regressiva e as pessoas na fila começaram a se empolgar contando junto como se fosse uma noite de ano novo.

Quando chegou no 1, uma avalanche de pessoas começou a correr para dentro da loja e a Giselle se agarrou no meu braço e me puxou junto, eu comecei a esbarrar em um monte de pessoas quase derrubando a caixa com os sapatos que carregava, no chão. Dentro da loja era quase que impossível de se mexer, pessoas falavam alto, riam, se empurravam, tinha discussão por causa de sapatos e etc.

O ar-condicionado na loja apertada não estava adiantando, as pessoas se cutuvelavam, gritavam, pisavam no pé dos outros e eu não estava aguentando mais, comecei a me sentir mal e a enxergar as coisas meio escuras, não gosto de lugares muito apertados e aglomerados, começo a me sentir mal e fora o medo de desmaiar ali e ser pisoteada, pois ninguém iria ajudar, só quando fechassem a loja.

– Giselle, eu vou te esperar ali fora, tá? Não estou me sentindo muito bem.

– Ok, mas não vai embora, hem.

Para sair da loja foi complicado também e assim que saí para fora daquele ambiente me senti até mais leve, mas ainda me sentia meio zonza e olhar as pessoas que estavam sentadas no banco em frente a loja também não me fez sentir melhor. Era a Sophie, o Jonh e seus seguidores metidos e chatos e todos estavam rindo das pessoas que estavam na loja. Minhas chances de esperar a Giselle naquele banco estavam esgotadas, prefiro escolher outro lugar, mas antes tenho que lavar o meu rosto.

O banheiro do shopping estava vazio, acho que todos deveriam estar naquela loja de sapatos.

Abri a torneira e quando abaixei a cabeça para lavar meu rosto, escutei um barulho vindo de uma das portas do banheiro. Me virei um pouco receosa, mas não vi nada. Voltei a lavar meu rosto e quando acabei de lavar ouvi um barulho mais forte de porta batendo .Olhei para o espelho, só deu tempo de ver um vulto passar para uma das portinhas, levei um susto, tive vontade de sair correndo, mas minha curiosidade era muito maior, tive que ir até a porta que estava fechada.

Empurrei lentamente a porta com o coração quase saindo pela boca e quando abri.

Nada.

Não tinha nada lá dentro, só um papel colado na porta com um símbolo com uns riscos que o desenho meio que parecia uma árvore estanha.

Olhei em todas as portas do banheiro e não tinha ninguém lá, quem quer que fosse que colou esse papel no banheiro, já tinha saído, só não sei como.





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Notas finais do capítulo

Olha, em relação aos símbolos, assim que completar todos, eu coloco a foto de como é cada um para assim poderem ter noção de como é mais ou menos. Até a próxima :)