Os Quatro Símbolos escrita por Avery Chevalier


Capítulo 20
Capítulo Dezoito


Notas iniciais do capítulo

Voltamos para 2013, o ano atual da história o/ kkkkk
Escrevi esse capítulo mas confesso que sinceramente fiquei com preguiça de revisa-lo e ajeitar algumas coisas, então me desculpem os erros T.T rsrs
Espero que gostem :)



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CAPÍTULO DEZOITO

    O quarto estava todo bagunçado, com os móveis jogados pelo chão e coisas escritas na parede com alguma tinta preta... e isso não era mesmo coisa da Sophie, acho que ela não teria coragem de destruir o próprio quarto só para me dar um susto, sei que gosta de implicar comigo, mas sem que ela sofra alguma coisa.

    Estava meio incerta de entrar no ambiente, vai que a qualquer momento surja uma pessoa voadora com olhos vermelhos e me jogue em um buraco negro? Nunca se sabe do que essas coisas que me perseguem são capazes, se destruíram uma escola cheia de pessoas, uma casa só com algumas não iria fazer diferença.

    - C-como... - eu ainda estava boquiaberta na porta do quarto.

    - Eu também me pergunto isso, saí do meu closet e quando me deparei com meu precioso quarto ele estava assim...Não foi uma brincadeira sua não né? Porque se for... - ele deixou sua frase em aberto, mas eu sei que ela seria capaz de qualquer coisa assim como quem quer que esteja me perseguindo.

    - Não fui eu, porque não sou como você - retruquei.

    Dei um passo vacilante para frente e entrei no quarto, o ambiente estava com um cheiro de uma mistura de perfumes importados que chegava a dar náuseas, os vidros estavam quebrados por toda a parte e só vi a Sophie indo em direção a seus perfumes que não existiam mais e se lamentando.

    A cama estava virada de cabeça para baixo, a cômoda com duas gavetas quebradas do outro lado do quarto, a prateleira pendendo e com os vidros dos perfumes todos no chão, a penteadeira destruída cheia de maquiagem esmigalhada no chão...E tipo, eu sei que não era um momento para rir, mas só pensei em como a Sophie ia fazer aquela "máscara" que ela faz na cara todo dia sem as maquiagem dela.

    As cortinas estava rasgadas com marcas de garras e aquela cena tirou meu sorriso da cara rapidinho. Aquelas marcas de garras eram as mesmas que estavam na minha porta naquele dia que fique sozinha em casa e tenho certeza de que não era algo humano.

    Olhei para a parede em que estava escrito meu nome em letras de forma e a tinta ainda estava escorrendo, estava fresca e borrada. Tinha outros desenhos na parede que eu não reconhecia, mas me fizeram ficar com medo assim como tudo naquele ambiente.

    Ainda estava observando as coisas escritas como mortem, rituali e non potest effugere palavras em latim traduzidas como morte, ritual e não pode fugir, quando ouço um barulho vindo do closet. Eu e a Sophie nos viramos automaticamente ao mesmo tempo, podia ver os olhos assustados da minha irmã e os meus também deveriam estar porque eu estava com bastante receio.

    O barulho era de como algo arranhando e tipo um gruído. Eu é que não ousaria ir até o closet ver o que tinha ali dentro, mas isso não foi preciso, pois o que tinha lá dentro saiu correndo numa velocidade assustadora. 

    Era um animal, disso eu tinha certeza, mas não era um simples animal que dá medo, era uma mistura de vários animais e que dava mais medo ainda. Parecia um cachorro só que bem maior - um pouco maior que um leão -, tinha dentes enormes que ficavam para fora da boca e seus olhos eram de um vermelho vivo, se eu estava com medo daqueles cães daquela rua Guimel, aqueles pareciam filhotes na frente desse.

    Ele veio correndo na nossa direção destruindo as paredes do quarto enquanto avançava rapidamente. Eu e a Sophie saímos correndo do quarto dela, só que ela foi em direção as escadas e quando eu ia fazer a mesma coisa aquele animal se postou na minha frente. Mas que maldita falta de sorte essa minha!

    Eu estava sem ter para onde ir, minha única rota de fuga estava tampada por um animal gigante babante e que não parecia nem um pouco disposto a brincadeira.

    - Calminho, calminho... - tentei dizer, mas isso só o fez ficar mais furioso.

    Eu nunca fui boa com animais e parece que eles sempre me odiavam e com esse enorme na minha frente não foi diferente, não sei o que me deu na cabeça de achar que ele ia ficar calmo.

    O cão grandão foi se aproximando enquanto eu ia andando para trás em busca de algo que pudesse me defender e a primeira coisa que achei foi um pedaço de madeira que quebrei de um quadro e aquilo era um pouco hilário, parecia que eu ia matar um vampiro e não um cão infernal gigante.

    O animal deu um grande salto parando bem na minha frente e fazendo-me ficar assustada e enfiar aquele pedaço de madeira bem na sua perna. Ouvi-o dar um gemido de dor e depois algo começou a acontecer...

    Aquele animal que estava bem na minha frente estava se modificando...estava se tornando uma pessoa e bem ali diante dos meus olhos. Ok, o que estava acontecendo?

    - Nossa, você é rápida - uma voz disse.

    O que era antes um animal gigantesco, se tornou um garoto, eu estava pensando em que ele poderia ser um lobisomem ou algo assim, mas quando ele se transformou em pessoa não ficou nu, pelo contrário, estava vestido impecavelmente com suas roupas pretas sem nenhuma dobra como se sempre tivesse sido uma pessoa.

    - O que é? Você não fala? - ele perguntou dando um sorriso de lado.

    Olhei para sua perna onde eu tinha enfiado a madeira a poucos minutos atrás e ela não estava machucada e também não tinha uma gota de sangue em sua calça de alfaiataria preta. Ele ainda segurava na mão a madeira que tirou de sua perna e a segurava ameaçadoramente.

    - Que-quem é você? Como fez isso? - eu achei minha voz e enfim perguntei.

    O garoto estava me rodeando andando devagar, ele tinha os olhos de uma cor violeta que eram incrivelmente brilhantes, seus cabelos eram de um tom de loiro bem claro batia na altura do pescoço, mas eram bem ajeitados para trás com gel e ele era bonitadoramente assustador.

    - Bela pergunta essa sua e é incrível que o efeito ainda esteja funcionando e que não se lembre de mim.

    O que aquele cara estava falando? Eu nunca o vi na minha vida, não que eu me lembre.

    - Ainda não me disse quem é você - falei ainda sem coragem de me mexer.

    - Sou Frederic, você não vai se lembrar de mim, mas eu me lembro de você e nossa, você mudou bastante hem...Está mais bonita - ele disse falando próximo do meu ouvido e aquilo fazia cócegas.

    O Frederic saiu de perto de mim, deu uns três passos e depois se virou de frente.

    - Pena que vou ter que te levar de volta para onde você deveria já ter ido.

    Ele disse isso e depois seus olhos mudaram de cor, do tom violeta foram para o vermelho vivo e suas unhas viraram garras enormes que quase chegavam ao chão.

    O Frederic esticou suas mãos em minha direção e suas unhas chegaram até meu pescoço, senti aquela unha pontiaguda "acariciar" me pescoço e eu não conseguia respirar, a qualquer momento eu iria morrer e isso era horrível.

    - Você vai...

    - Morre desgraçado - ouvi uma voz dizer e logo depois um barulho alto de um tiro sendo disparado.

    Vi o Frederic cair no chão e uma poça de sangue saia de sua cabeça. Olhei para a minha frente e vi a Sophie ainda com a arma erguida e eu automaticamente levantei as mãos como se ela pudesse atirar em mim também e isso eu não desconfiava.

    - Sua idiota, eu não vou atirar em você e fique sabendo que só atirei nesse cara por ele ter quebrado o meu quarto todo. Não conte mais comigo.

    A Sophie abaixou a arma e olhou para baixo, seus olhos estavam arregalados quando ela perguntou:

    - Onde...para onde ele foi? Como assim?

    Olhei para o chão e onde era para o Frederic estar caído, não tinha mais nada, nem um único vestígio de sangue no chão tinha. Fiquei embasbacada assim como a Sophie.

    - O que está havendo? Primeiro aquele cachorro estranhão, depois ele virou aquele cara que era para estar caído aqui no chão e que agora desapareceu...É tudo MUITO estranho!

    Eu ainda estava tentando encontrar palavras para falar, mas não podia responder algo que nem eu sabia o que estava havendo. Tudo MUITO estranho, como disse a Sophie.

    Olhei para as escadas e vi a Sarah subindo os degraus correndo. Ela parou ofegante quando chegou no corredor e nos olhava assustadas, ainda mais quando viu a arma na mão da Sophie.

    - Meu Deus, o que está havendo aqui? O que faz com essa arma menina, larga isso! - a Sarah tirou a arma da mão da minha irmã e depois nos lançou olhares interrogatórios.

    - Não se preocupe, não estava tentando matar a Eloísa - a Sophie disse - era que...

    - Tinha um ladrão que entrou aqui em casa - interrompi-a antes que ela dissesse que tinha um cachorro gigante que se transformou em um garoto, e eu não queria que mais alguém soubesse disso.

    Lancei um olhar para a Sophie e ela entendeu que não era para falar nada e ficou calada.

    - Como assim um ladrão? Jesus, vocês estão bem? E onde achou essa arma, isso é perigoso!

    - Eu não sei como ele entrou, mas foi pelo meu quarto, ele ficou todo revirado e horrível! E bom, eu sei que minha mãe esconde essa arma embaixo do sofá para o caso de precisarmos e então eu a peguei, só que o ladrão já tinha fugido.

    Eu não sabia que a Morgana tinha uma arma, nunca estivesse segura na minha própria casa, a qualquer momento ela ou a filha dela poderiam atirar em mim já que sei que me odeiam.

    - Eles levaram alguma coisa? - a Sarah perguntou olhando para todos os lados.

    - Não, ainda bem - eu respondi.

    Eu queria que a Sarah parasse de fazer perguntas e depois de mais ou menos meia hora dela falar sem parar e querer chamar a polícia, enfim ela se acalmou e voltou lá para baixo. Eu ainda estava sem acreditar no que tinha acontecido e se aquilo realmente tinha acontecido, pois vai que realmente tenha sido um ladrão e minha mente fértil e a da Sophie tenha imaginado aquele ser? Não...acho que seria muita coincidência duas pessoas imaginarem a mesma coisa.

    Ia em direção ao meu quarto, mas parei na porta e fui em direção ao da Sophie. Ela estava tentando dar uma ajeitada no ambiente procurando coisas que não estavam quebradas e digamos que eu senti um pouco de pena dela, sei que não deveria, mas tipo, aquele ser estava procurando por mim e era para ter destruído o meu quarto e não o dela.

    - Obrigada por ter me salvado - disse parando na soleira da porta.

    A Sophie se virou em minha direção e pude ver que seus olhos estavam vermelhos, mas ela secou as lágrimas rápido e me lançou um olhar de raiva.

    - Fique sabendo que só fiz aquilo porque aquele ser destruiu todo o meu quarto e vai demorar muito tempo para montar tudo de novo e não porque quis te salvar!

    - Quer ajuda? - perguntei, mas a resposta foi uma porta batendo na minha cara e uma garota histérica gritando "saí daqui sua infeliz".

    É, a Sophie nunca vai deixar de ser Sophie mesmo.

    Ouvi meu celular tocando no quarto e fui até lá atender. Olhei na tela e não conhecia aquele número, fiquei com medo de ser mais um daqueles seres estranhos, mas achava que se eles quisessem dar um recado dariam pessoalmente e não ligando, então atendi:

    - Alô.

    - Eloísa? - uma voz perguntou no outro lado.

    - Não, é o fantasma dela atendendo - falei revirando os olhos - Quem é?

    - Então fantasma da Eloísa, diga a ela que aqui é a Adélia e que é para nos encontrarmos sexta as dez da manhã em frente ao Darteen Shopp.

    O que a Adélia fazia me ligando? Já não bastava ter enfrentado um monstro hoje, dois eu não vou aguentar.

    - Para quê? E por que você está ligando?

    - Se esqueceu que temos que ir para Denvallu para encontrar o maldito dono do quarto símbolo? E não ache que estou ligando porque quero não, só estou ligando porque o Dan me pediu...O que tu fez com ele sua retardada?

    - Ok, estarei lá, agora tchau.

    Desliguei o telefone na cara dela, acho que não é da conta do Adélia o motivo do Daniel não querer me ligar até porque nem eu mesma sei o motivo, será que é só pelo fato de eu ter beijado o Jonh? O que ele tem haver com isso?

    Cansei dessas coisas, eu não estava afim de pensar em nada, o dia foi muito exaustivo e eu só precisava descansar e dormir e tentar não pensar em nada e nem que a Sophie, não sei como, sabia atirar e que a qualquer momento podia atirar em mim e também não queria pensar naquele ser que se transformou na minha frente, nem no incêndio, nem no Daniel, nem em ninguém...Só precisava descansar.

    Fechei a porta, a janela e as cortinas, desligue meu celular, coloquei um aviso de "não perturbe" e me joguei na cama pronta para dormir até a manhã seguinte.

    O dia seguinte seria cheio e a sexta então seria bem pior, tendo que ir para um lugar que nunca fui na vida e com duas pessoas que eu não queria estar, primeiro a Adélia que me odeia e tem o Daniel que é um tremendo idiota e que agora me odeia também sendo que eu nem sei o motivo.

    É, eu realmente precisava descansar.

    

    Genteeee, agora aqui é a Avery falando! Olha os desenhos versão mangá que a uma amiga minha diva que não quer se identificar - ela disse que estava com vergonha, mas sei que ela não é tímida, deduro logo u.u - fez: 

    Eloísa: 

Adélia:  

Daniel: 

Ficaram tão fofos *-* 

   


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Notas finais do capítulo

R.R.F? :))))