Os Quatro Símbolos escrita por Avery Chevalier


Capítulo 2
Capítulo Um


Notas iniciais do capítulo

Primeiro Capítulo, espero que gostem :D



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CAPÍTULO UM



Tempos atuais 

O som do despertador tocando alto uma música de rock pesado me faz despertar completamente desesperada caindo da cama enrolada na coberta, não me lembrava de ter colocado aquele som no despertador. Quando olho para a porta do meu quarto e vejo a Sophie rindo, já sei naquele exato momento quem foi. Odeio essa garota tipo muito e ela me odeia mais ainda. Somos "irmãs", fui adotada por essa família quando tinha três anos e ela e a mãe dela nunca gostaram muito de mim, só o pai dela me tratava bem, quer dizer, meu pai, pois sempre considerei ele assim, mas ele morreu quando eu tinha oito anos me deixando com duas cobras na casa, as vezes desconfio de que foi a Morgana que planejou matar meu pai para ficar com a herança, não confio e não suporto ela.


Depois de colocar gelo no galo que se formou na minha cabeça e me recuperar do susto de acordar com um som tão alto, fui tomar um banho e para minha infelicidade no meio dele a água fica gelada demais me fazendo dar um grito no banheiro. Já chega, aquela garota vai ter que me escutar.

Saí do banheiro de toalha e molhada quase escorregando nas escadas.

– Já chega, Sophie! Cansei de você, porque desligou a luz fazendo a minha água ficar gelada?! E não faz cara de cínica não, sei que é a culpada - perguntei gritando antes de chegar na sala e quando cheguei no local fiquei completamente vermelha, a Sophie não estava ali sozinha, junto com ela sentado no sofá estava o Jonh, que me olhou assustado quando me viu chegar ali do nada e de toalha.

Não sabia onde enfiar a cara, o Jonh é um garoto do colégio que eu sou afim e que nunca me notou, bom, acho que até aquele momento.

– Todos sabemos que você gosta do Jonh, mas não precisava aparecer quase pelada aqui na sala para ele te notar, sua atirada - a Sophie disse com raiva, mas dava para ver que estava se divertindo com a cena, ela adorava me ver humilhada - E não desliguei luz nenhuma e nem deixei a sua água fria, tinha coisas melhores para fazer.

Depois de dizer isso ela puxou o Jonh para junto de si e beijou ele ali bem na minha frente, só porque ela sabia que eu gostava dele, mas quer saber, ela é uma idiota, sempre fica com todos os garotos que eu gosto desde que tínhamos onze anos e eu tenho certeza de que foi ela que deixou meu chuveiro gelado, sei que é uma cínica.

Voltei para o meu quarto completamente constrangida, não era para o Jonh ter me visto de toalha e gritando feito uma louca, aposto que a Sophie vai se fazer de santinha dizendo para ele que eu sou uma irmã muito má para ela, sendo que é ao contrário.

Visto uma calça jeans com uma blusa de manga amarela e pego minha mochila que está jogada lá no canto do guarda-roupa, sei que não deixei ela ali, isso quer dizer que alguém mexeu nela e fez alguma brincadeirinha. Ainda não entendo como vim parar nessa família. Abro minha mochila e lá dentro está cheio de terra.

– Sophieeee eu te odeiooo! - grito, mas sei que ela já saiu para o colégio e não pode me ouvir.

Jogo toda a terra lá no quintal e pego uma outro mochila que tenho, não teria tempo de lavar e secar a mochila suja de terra.

Para completar minha infelicidade desse dia, ainda vou ter que ir andando para o colégio, a Sophie mais uma vez não me esperou e levou o carro. Queria ter meu próprio carro, a Morgana sempre diz que vai me dar um, mas esse dia nunca chega.

Saio igual a uma louca correndo pelo caminho para não chegar tarde, tenho prova no primeiro tempo e não quero me atrasar e a infeliz da minha irmã nem para me esperar. Parece até sacanagem, logo no dia que não posso chegar tarde, nenhum dos sinais fecham e me fazem perder minutos parada e me arriscando a correr no meio dos carros.

Cheguei no colégio completamente cansada e suada, e quando entrei na sala empurrando a porta desesperada, todos os alunos se viraram para minha cara como se eu fosse um alienígena entrando na sala de aula, talvez eu devesse ter entrando com um pouco mais de calma. O professor me olhou com um olhar irritador e indicou uma cadeira para eu sentar, passei por ele e dei um leve "desculpa" e ele me entregou a prova na qual eu me ferraria.

Senti que todos ao meu redor estavam rindo da minha cara e mais uma vez naquele dia me senti ficar vermelha. Tentei me concentrar na prova, mas aqueles números pareciam se embaralhar, acabei esquecendo que tinha avaliação hoje e não sabia nada da matéria.

– Parece que alguém se atrasou - a Sophie disse cochichando atrás de mim e rindo. Maldito lugar que tive que me sentar.

Não podia me virar para mandar ela tomar naquele lugar, pois o professor acharia que eu estava colando, mas ele não sabe que colar da Sophie é a mesma coisa que pedir para tirar um zero, ela vive olhando a prova dos nerds da sala e assim consegue se dar bem e eu, bom, eu tenho que estudar porque sou péssima para tentar colar, mas minhas notas não são tão boas, mas dá para passar de ano.


#####



– Fui péssima naquela prova - disse me sentando em um banco embaixo de uma árvore, é o melhor lugar que se tem para relaxar, não gosto do refeitório da escola, lá é muita gente e o cheiro de falsidade no ar me da náuseas.


– Também fui péssima, ontem nem deu tempo de estudar, fique até tarde ajudando meu pai na loja - a Giselle disse, ela é minha única amiga nesse colégio insuportável, somos duas excluídas tentando nos entrosar no mundo da Falsiolandia do Colégio Brenh Lusai.

A Giselle se sentou ao meu lado colocando uma bandeja sobre a mesa que continha uma pizza gordurosa, um doce cor uma cor estranha e uma lata de refrigerante. Eu prefiro sempre trazer me lanche de casa, não sei o que usam naquelas comidas da escola, mas não tem uma aparência muito bonita.

– Eu eu odeio muito a Sophie, por culpa dela cheguei atrasada, aquela garota faz de tudo para me atrapalhar, não entendo por que ela me odeia tanto - falei irritada.

– Ela deve ter inveja de você, amiga, só porque você é mais bonita que ela.

Sei que minha amiga deve estar dizendo aquilo só para me consolar, a Sophie é a garota mais bonita do colégio, não tem nem comparação comigo que sou só uma excluída e que ela faz questão de deixar claro que eu não sou a irmã dela de verdade sou só uma garota adotada.

Olho para a escada onde a Sophie está sentada junto com umas outras pessoas chatas e eles estão olhando para onde eu e a Giselle estamos sentadas e rindo, tenho vontade de pegar a mesa que estou sentada e jogar lá naquele pessoal.

– Eles são uns idiotas, nem ligo mais para eles - a Giselle disse dando de ombros, mas sei que ela liga sim para negócio de popularidade, já tentou umas trezentas vezes entrar para a equipe de líderes de torcida, mas a Sophie que é a capitã nunca aceita ela.

Vejo o Jonh vindo na direção da mesa que estou e tento olhar para todos os lados possíveis, menos para a cara dele, não quero que ele se lembre de mim como uma louca de toalha.

– Posso falar com você, Eloísa?

Não pode não, não pode não, não pode não...

– Claro - não era para eu ter respondido isso.

Ele me leva para a parte da grade da escola, a que separa a floresta do colégio. Se passa mil coisas na minha cabeça, mas nada chega na conclusão de o que ele quer falar comigo, nunca nos falamos nesses três anos que ele estuda nessa escola, só uns simples "oi" e "bom dia".

– É o que? - pergunto ansiosa.

– Então, eu quero saber se você quer sair comigo hoje mais tarde. O que me diz?

Sinto meu coração ficar acelerado e minhas mãos começam a suar, não estava esperando por isso, não sei nem o que dizer. O que será que deu nele para me chamar para sair do nada?

– Eu... eu não sei, você do nada me chamou...

– Vai, aceita.

Ai que droga, por que ele tem que me olhar com aqueles olhos de cachorro perdido? Eu não resisto.

– Ok, mas onde?

– Vamos no cinema, está passando uns filmes ótimos, eu te encontro lá as sete, está bem?

– Sim.

Ele me dá um último risinho e vai embora. Eu esperava que ele me buscasse em casa, mas aí já é querer demais dele, não sei como o Jonh quis sair comigo, mas estou empolgada.

Escutei um som de folhas sendo amassadas vindo do outro lado da grade da escola, me virei, estranhei alguma coisa fazendo barulho ali, é proibido as alunos irem para o lado da floresta, apesar de que alguns devem ir para lá.

Dei de ombros e quando estava me virando para sair dali, vi algo pelo canto do meu olho e me virei de novo só a tempo de ver alguém parado atrás de um árvores me observando. Estava com uma capa escura e não dava para ver o rosto, mas sabia que me olhava. Fiquei com medo naquele momento, ao mesmo tempo que queria correr, não conseguia. Aquela ser de capa desapareceu em um piscar de olhos como se tivesse se dissolvido nas sombras das árvores. Quem será aquela pessoa?

Me virei para ir embora dali, mas um papel voando se agarrou na minha perna, achei estranho já que não estava ventando. Pequei o papel e nele tinha um símbolo tipo com uns caracóis, nunca o tinha visto na minha vida, mas senti a necessidade de guarda-lo. Depois saí daquele local correndo, não queria mais presenciar coisas estranhas.


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Notas finais do capítulo

Não liguem para qualquer erro de português, não sou muito boa nisso, mas me avisem se virem muitos erros, ok? Espero reviews :)