Os Quatro Símbolos escrita por Avery Chevalier


Capítulo 1
PRÓLOGO


Notas iniciais do capítulo

Gente, essa é minha primeira fic aqui no site e espero que vocês gostem e deixem reviews :)



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PRÓLOGO


Abril de 1997

O dia estava chuvoso, uma enorme tempestade caía lá fora deixando todos os moradores de Groview trancados em casa e sem luz, um raio tinha atingido o transformador deixando tudo numa completa escuridão, parecia até cidade antiga, tudo a luz de velas.

Theresa estava parada na enorme varanda da Mansão Wiquester, estava agoniada andando de um lado para o outro, dias de tempestades a deixavam nervosa, principalmente aquele dia em particular, sabia que não estava normal tantos raios caírem na cidade, eles não atingiam Groview com muita frequência e quando atingiam eram poucos e não machucavam ninguém. Esses que caíram na cidade naquele dia já tinham atingido três casas e ferido pessoas e agora todos estavam sem luz, a escuridão trazia escuridão, assim pensava Theresa.

Fechou as cortinas das janelas do aposento e se sentou no sofá de frente para mesa onde o marido trabalhava, cansou de ver a chuva lá fora e pensar em coisas ruins que podiam acontecer.

- Fica calma, querida, não vai acontecer nada - o marido disse sem tirar os olhos dos cadernos a sua frente.

- É que o clima está estranho, não estou me sentindo confortável.

Mikael se levantou e foi para o lado da esposa abraçando-a pelos ombros, podia sentir que ela estava fria, o que acontecia quando ficava nervosa, o ambiente ao redor começou a gelar com mais rapidez. Mikael teve que se afastar um pouco de Theresa para não congelar, mas continuou próximo da esposa.

- Nada vai acontecer, se acalme antes que comece a nevar aqui dentro.

- É que eu não consigo...Mikael, nossa filha! - a Theresa disse e saiu correndo porta afora.

Mikael nem teve tempo de perguntar nada, saiu atrás da esposa com cuidado para não cair na escuridão do corredor, a luz das velas tinha se apagado deixando tudo em um breu total. Ele foi se apoiando pela parede e chegou no quarto do filha, estava tudo escuro o que deixou Mikael nervoso.

- Theresa, cadê você?! - ele chamou adentrando o quarto da filha.

Nenhum som se seguiu depois da pergunta, Mikael olhou para a janela e esta estava completamente escancarada, as cortinas cor de rosa embalançavam com a ventania deixando um ar gelado junto com a chuva entrarem no quarto.

Naquele momento Mikael não sabia o que fazer, ficou nervoso pensando o que poderia ter acontecido a sua mulher e a sua filha. Ouviu um sussurro chamando seu nome vindo do canto do guarda-roupa e se viu sendo puxado lá para o canto, quando viu que era a Theresa segurando a filha deles no colo, se sentiu aliviado.

- O que aconteceu? - Mikael perguntou sussurrando.

- Não faça barulho. Eles estão aqui.

- Quem está aqui?

- Disse para ficar quieto.

Theresa se sentia nervosa e com medo, queria proteger a todo custo sua filha, não queria ela metida nisso, achava que naquela cidadezinha no interior não fosse chamar a atenção Deles, mas parece que não foi isso que aconteceu.

Não se podia esperar para ouvir passos, Eles eram silenciosos, não faziam barulho, gostavam de pegar as pessoas desprevenidas e Theresa sabia disso e sabia também que já era tarde demais para tentar fugir.

Sentiu o vento aumentar de uma forma absurda que chegou a arrancar as cortinas e levou o guarda-roupa para o outro lado do quarto, revelando Theresa, sua filha e seu marido, encolhidos lá no canto. Um raio ecoou lá fora bem perto da casa fazendo a árvore do quintal despencar.

Mikael ficou na frente da mulher e da filha de forma protetora, mas foi arremessado longe por uma força que ele não podia ver e muito menos tentar lutar. Theresa sentiu o desespero tomar conta dela, correu para próximo do marido tentando fazer ele acordar, mas Mikael estava inconsciente, tinha batido com a cabeça no berço e sangue escorria de sua testa.

- Vamos, Mikael, acorde, temos que fugir! Acorde, sua filha precisa de você - Theresa sacudia o marido, estava chorando e tremendo sem saber o que fazer.

A quarto ao redor começou a girar, os móveis sendo jogados de um lado para o outro com força. Theresa sabia que não podia mais fazer nada pelo marido, tinha que salvar a filha deles por ele, não podia acabar assim. Ela saiu correndo com a filha no colo pelas escadas no escuro com cuidado para não cair e atrapalhar, a escada atrás de si ia caindo assim como as paredes, era como um terremoto atingindo só uma casa.

Theresa consegui sair de casa bem no minuto em que ela desabou com o som de um trovão retumbando lá trás, mas não tinha tempo de pensar em ver como tudo tinha ficado, tinha que fugir. Saiu correndo pela forte chuva que caiu, sua filha chorava no seu braço e a deixava com mais dó da menina ainda.

- Calma, filha, vamos ficar bem - ela tentou acalmar a criança que chorava, mas não tinha certeza de que tudo ficaria bem.

Theresa entrou dentro da floresta sem saber para onde seguir e quem pedir ajuda, a chuva deixava a visão embaçada das coisas ao redor, mas dava para ver que as árvores atrás de si estavam caindo e pegando fogo. Ela se viu num momento sem saída quando sentiu alguém encostar em seu braço, aquela mão quente a queimava, ela tentou se soltar, mas não deu, sentiu que naquele momento as coisas estariam acabadas, ou talvez não...


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Notas finais do capítulo

Até o próximo capítulo ---->>>