Born To Die escrita por Suzanna Stark


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

hey, ho, let's go.
Postando dois capítulos no mesmo dia por culpa da Little Salvatore, hehe.
Já respondo os comentários.
Espero que gostem.



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Era uma aula de poções do segundo ano, agora me lembro, que eu primeiramente olhei para Remus -ou, que eu saiba, ele olhou para mim- de uma forma diferente do que amizade. Eu sei, eramos crianças, apenas no segundo ano de escola, ainda com nossos pensamentos bobos e sem a malicia da vida.

Se bem que, para o segundo ano, alguns sonserinos e corvinais eram bem maliciosos.

Nos sentamos na mesma bancada, juntamente com James e Sirius. Apesar de Lílian e Alice fazerem parte do nosso grupo por serem minhas amigas, eu era, aparentemente, considerada uma junção adicional ao grupo dos futuros marotos. Como diziam para implicar alguns sonserinos metidos a besta: "Olha só, se não é a garota deles".

E isso sempre gerava uma pequena discussão, mas sempre levei esse titulo pelo lado positivo, é claro. Os meninos que sempre foram -e são- muito super protetores. Isso vocês vão ver com o tempo, tenho certeza. E me desculpem por dar sempre essas voltas e voltas explicando tudo, não é realmente proposital.

Talvez só um pouco.

Mas voltando a história, era aula de poções, com a nossa nada amada sonserina. O professor passou então para entregarmos até o fim da aula, pelo menos dois pergaminhos completos sobre os efeitos e riscos de um antídoto. Não estava difícil, na verdade, tínhamos dois capítulos sobre aquilo para podermos nos basear e a tarefa era em dupla.

Sirius e James ficaram juntos, o que se arrependeram um tempo depois, ao notar que deixou eu e Remus -digamos que mais estudiosos que eles- para fazer dupla junto, em vez de cada um pegar um de nós para ajudar. Enfim, até que eles conseguiram entregar até o final e o resumo ficou descente o suficiente para garantir a nota deles.

Eu e Remus fizemos o nosso sem nenhum problema, relemos algumas partes importantes dos capítulos e passamos as melhores e mais detalhadas partes para o pergaminho. O acontecimento narrado a seguir, que por mais incrível que pareça, pode ter mudado bastantes coisas na minha vida:

Eu fui pegar a pena para escrever um explicativo paragrafo encontrado sobre os efeitos, mas não percebi que minha pena estava a minha esquerda e não na minha direita -até hoje não sei como ela foi parar na esquerda, já que sou decididamente destra-. Mas Remus teve a mesma ideia de transpassar um paragrafo, e foi pegar a pena dele a esquerda de seu pergaminho -o que acontece com essas penas? sério mesmo, elas nunca estão no lugar certo- e foi nesse momento que nossas mãos se tocaram. E eu olhei automaticamente para seus olhos ao toque, e tirei minha mão sem problemas, com um leve arrepio ao toca-lo.

Mas o que vi no rosto dele foi o que me manteve acordada a noite com um milhão de perguntas me rondando.

Remus Lupin estava com vergonha! Pude notar uma coloração avermelhada nas maçãs de seu rosto, ele desviou os olhos rapidamente do meu e retirou a mão se acanhando para o lado oposto. O que foi engraçado de se ver, até riria na hora se não tivesse estranhado tanto, eu nunca tinha visto Rem com vergonha. E meu melhor amigo era decididamente terrivelmente adorável nessa situação. Eu poderia escrever milhões de "mentes" aqui, e ainda não definiriam o que aconteceu naquele momento.

Essa lembrança me rondou novamente agora. Enquanto estou parada na bancada vendo nosso professor de poções caminhar de um lado ao outro na nossa frente enquanto falava e gesticulava sem parar. Eu deveria estar anotando, como as outras pessoas, meu material estava na mesa, era apenas eu pegar o pergaminho e a pena de pavão, mergulhar na tinta, prestar atenção e escrever.

Mas não conseguia, minha cabeça se inundou na memória, enquanto poderia sentir o calor dos dois corpos do meu lado. Um era Remus Lupin, o outro, Sirius Black.

Também podia sentir de cinco em cinco minutos o olhar de Alice em cima de mim, acho que ela estava intercalando de Sirius para Emily, de Emily para Remus e de Remus para Sirius novamente.

Isso era -me desculpem o palavreado- fodidamente irritante.

Qual era o problema dela? Ah, se ela soubesse, se ela soubesse a verdade, ficaria ligando para coisas tão fúteis quanto o fato de Black ter me chamado para sair? Afinal, eu disse que não sairia com ele todas as vezes, ela sabe sobre a minha -que ainda irei chamar de queda- por Lupin. Por que ela se importa tanto?

Eu quero um ano livre de qualquer coisa negativa com os meus amigos, era nosso sexto ano, no meu plano, iria ser tudo uma versão melhor do habitual. Queria ver os meninos pregando peça no Snape e nos outros sonserinos, queria ver a trama de Lily e James -que é uma das mais engraçadas de acompanhar de perto-, queria até mesmo ajudar a Alice fingir que não se importa quando Black sai com uma garota nova.

Weasley é a minha melhor amiga, e apesar de ela dizer que não se importa, que não esta chateada, eu sei que ela esta. Sei que seu coração esta partido e me sinto horrível só de pensar que tenho uma parcela de culpa. Droga, malditas cartas que enviei para Black!

Mas tinha que me concentrar, tinha que manter o programa, afinal, a culpa não era de toda minha, na verdade, não era de nada minha. Me recuso a aceitar a culpa alheia. Sirius Black que me enviou uma carta em primeiro lugar.

O dia estava bastante quente para uma Londres nas férias, eu até poderia sentir o cheiro do verde no nosso gramado, e as pessoas usavam suas roupas mais frescas ao sair de casa com seus cachorros ou fazer piqueniques com suas famílias. Minhas mãe aproveitara o dia para limpar a casa, como ela diz: "Casa limpa é casa amada. Casa amada é casa com amor." e "Amor é fundamental em uma família."

Eu então, depois de arrumar meu quarto para mantê-lo amado, me sentei defronte a janela com meu livro trouxa favorito: A Culpa é das Estrelas. É claro, havia uma comoção pessoal por me encontrar quase no mesmo lugar que Hazel, a personagem principal. Sentir que sua vida pode durar apenas mais uma semana, apenas mais um dia ou apenas mais uma hora. Conhecer de frente a morte, conhecer um lado sombrio que garotas da nossa idade não deveriam.

Uma diferença era que Hazel tinha seu Gus, seu Augustus Waters. Eu queria um Augustus, alguém para amar intensamente, da forma que ele merecer ser amado, enquanto ainda tenho o tempo. Mas eu não tinha, então nas minhas horas de calma ou nas minhas horas de necessária pré-depressão, eu pegava emprestado seus pensamentos escritos por um estranho, pegava emprestado seu Gus e o amor deles. Eu os lia.

Às vezes você não sabe se foi muita sorte achar um livro como esse, ou se foi apenas muito azar em forma de sorte.

Mas ao chegar à parte em que eles estão bebendo as estrelas em uma noite magica - quem disse que os trouxas não tem magia? - em Amsterdam, uma coruja pousa em meu batente, trazendo uma carta no bico. Fechei o livro o botando aos meus pés, fiz um carinho na coruja e ela deu a carta para mim. Virei-a para ver o remetente.

De: Sirius Black.

Ergui uma sobrancelha e abri a carta, vendo a coruja dar uma bicadinha na madeira como quem se despede e sair voando tarde afora. O conteudo dizia o seguinte.

"Olá, senhorita Prince.

Você deve esta fazendo aquela expressão engraçada de duvida ao ver que lhe enviei uma carta do nada. Vou tentar não ficar magoado contigo, afinal, eu sou seu amigo, também tenho direito de lhe enviar cartas.

Fiquei sabendo que não viajou como todos os outros, e sinceramente, eu estou morrendo de tédio.

Ficar aqui apenas olhando para a cara de Regulus se gabando sobre mais alguma merda da sonserina as férias todas, ou então sobre uma nova namorada sangue puro qualquer, enquanto vejo a face de despreso dos meus pais não é a melhor forma que eu imaginei passar as férias.

Então, eu vou ser a sua diversão de férias. Eu sei, eu sei, tente conter a emoção. Menina, você tirou a sorte grande! Imagina quantas outras meninas de Hogwarts queriam estar no seu lugar?! E não olhe para a minha carta desse jeito! Eu estou apenas falando verdades.

Mas enfim, me conte sobre como tá sendo as suas férias até agora, estão tão chatas quanto as minhas? Se tiverem, que má sorte a nossa.

Espero a resposta ainda hoje, pode começar a escrever e largue esse livro que sei que estava lendo antes de receber a carta, mocinha.

Abraços do seu mais belo e charmoso amigo,

Sirius Black."

E que droga, eu respondi.


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Notas finais do capítulo

Então, comentem sobre o que acharam.
Quem mais ai acha o Sirius o mais belo e charmoso? hehe.
Desculpem qualquer erro,
Até o próximo capítulo, beijos, Mô.
Ps: Sim, eles tão lendo A Culpa É Das Estrelas na década de 70, mas não venham buzinar no meu ouvido que nem a Carol, é só um livro que poderia muito bem ser escrito naquela época, eles não tão saindo com iphone e ipad pelo campo de quadribol cantando eyes of the tiger e Slave for you enquanto o Rem fala sobre a discografia do Michael Jackson.