Bad Karma escrita por IsaaVianna LB, Cristina V


Capítulo 25
22. Os Devaneios De Um Koala Asmático


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeey!
Aqui está o novo capítulo... :3 Não é um capítulo incrível, maravilhoso, pika das galáxias, mas é essencial pros próximos acontecimentos (: Espero que gostem!
Boa leitura!
PERCY JACKSON NO GIF! (uiuiui)



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POV Leo Valdez

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— Então ela disse “eu espero que esses seus peitos falsos ainda estejam na garantia, porque eles vão amassar E MUITO enquanto eu estiver esfregando a sua cara no asfalto!”

Percy terminou e todos os caras caíram na gargalhada, exceto por Beckendorf, que ainda fazia careta em um canto do vestiário. Isso só me fez rir mais ainda.

— Caramba, eu ainda não acredito que a minha irmã fez isso! – Jason diz um tanto quanto incrédulo, mas a faísca de divertimento era bastante óbvia pra mim. – Cara, vocês tinham que ter filmado isso. Já imaginou o quanto seria cômico um vídeo desses rodando na festa de natal?!

— Com toda certeza seria melhor do que os vídeos do acervo da tia Héstia. – Começou Nico, enxugando o cabelo com uma toalha- O traseiro do Percy depois de ter ficado preso na chaminé da casa do tio Zeus com toda certeza não é uma visão muito agradável!

Mas que criatura fingida. Todo mundo sabe que dessa fruta ele lambe até o caroço e provavelmente adorou ver o primo do jeito que veio ao mundo. O fato é que ele é mais falso do que as felicitações de aniversário da Silena. E do que os peitos também! Mas ele era uma criatura que deveria ser analisada...

Esperem pelo meu documentário e vejam como essa criatura falsa consegue enganar todo mundo e pagar de machoman.

 Nico Di Ângelo: Homo, sexual, lânguida e pirigótica.

Eu mesmo que vou dirigir.

E quem sou eu?

Esse segredo eu não conto para ninguém. Vocês sabem que me adoram.

Beijinhos.

A Garota do Blog.

— Hey, seu babaca! – Percy protestou. – A minha bunda é incrível, ok? Mas esse não é o caso. O chato é que depois de tudo, o nosso grande apaziguador arruinou toda a diversão e, de alguma forma conseguiu livrar a irmãzinha dele de uma bela surra. Muito obrigada, Leo.

Revirei os olhos.

Ele tinha mesmo que arruinar o mistério, certo? Tinha que ser o Percy...

Acalmem os nervos, garotas! Tem Valdez para todas. 

Estávamos nos vestiários depois de horas de treino. Os campeonatos estavam muito próximos e os treinadores – de todos os times- estavam exigindo tanto que eu não tenho ideia de como ainda nos aguentávamos em pé. Sinceramente, tudo isso mais a tensão com Jason, os planos malucos da Silena e todo o dever de casa estavam me deixando mais exausto do que um koala asmático depois de correr uma maratona.

Mas que tipo de comparação é essa, meus deuses?

— Muito obrigada mesmo, Leo. – Charles finalmente resolveu se pronunciar. Assim que lancei aquela carinha para ele, resolvi jogar a intriga.

— Vem cá, Charlie, e esse seu encontro com a Silena? Sai ou não?

O nível de arregalamento de olhos dentro do vestiário se tornou altíssimo. Travis parou de se ensaboar, Percy abriu a boca por um instante, Jason sorriu marotamente, Chris deixou a toalha cair e Nico, bem, o Nico só começou a encarar a bunda do Chris.

Pirigóticas serão pirigóticas.

— Leo! – Charles disse em tom de súplica, corando fortemente.

— Ah, qual é! – Eu digo rindo. – Não é como se ninguém soubesse que isso aconteceria uma hora ou outra. Mas, vamos lá! Desembucha...

­– Hmmmmmmm, nosso Charlie está finalmente virando um homenzinho! – Zombou Will, aplicando desodorante nas orelhas.

SIM, NAS ORELHAS.

O motivo? Não tenho certeza, mas provavelmente é alguma doença mental.

— Charlie e Silena, dentro da livraria, o que eles estão fazendo? – Gritou Connor, saindo de dentro de um box, apenas de toalha.

— PU-TA-RIA! – Completamos todos juntos, fazendo com que Charles enterrasse a cara na toalha que antes usava para secar o cabelo.

— Babacas... – Murmurou ele, começando a colocar seu equipamento dentro da sua mochila do Ben 10.

O nível de maturidade dentro de um vestiário masculino só é menor do que o nível de nudez e o de fofoca. Aprendam.

— Então..? – Nico perguntou com certa expectativa. Com toda certeza a expectativa ele era para que fossem apenas boatos, porque eu posso até não jogar no lado colorido da força, mas o Charles não era lá de se jogar fora.

— Vai finalizar a gata quando? – Jason completou. Revirei os olhos novamente. Certamente devo estar desenvolvendo massa muscular nas pálpebras com tantos reviramentos e tal.

— Hey, Jason! Não acha que esgotou a cota de babaquice por hoje? – Perguntei o encarando. – É da minha irmã que estamos falando aqui...

Ele me dirigiu aquele sorriso irônico típico.

— Qual é, Leo! Ela nem é sua irmã... – Ele riu um pouco, colocando a camisa.

Graças aos deuses. Aquele peitoral era desanimador de se olhar...

Um dia eu chego lá.

Foco, força e fé. E Donnuts. Muitos donnuts com cobertura e... 

É, talvez eu não chegue lá. Pelo menos não com esse espírito de gordo.

Respirei fundo e preferi não discutir. Desde a briga que tivemos no dia da festa por causa dela, as coisas não pareciam melhorar. A hostilidade estava presente em todas as conversas e o fato de ele estar no pé da minha Rainha da Beleza não estava ajudando em absolutamente nada.

— Bem, - Começou Charles em advertência. – Temos um encontro daqui umas semanas... Já deveríamos ter saído, mas com todos esses treinos eu acabei tendo que cancelar, o que de certa forma foi bom, porque pelo o que eu entendi ela anda bastante ocupada com uns projetos... 

Troquei um olhar cúmplice com Nico e começamos a rir discretamente. Tentei olhar para Percy também, mas ele é muito lento para esse tipo de percepção. Trágico, mas verídico.

Antes que alguém pudesse fazer qualquer tipo de comentário inútil,

— MOÇAS, VOCÊS VÃO ACABAR ESSA CHUVEIRADA OU PREFEREM QUE EU ENCHA A PISCINA DA ÁREA DE NATAÇÃO COM PÉTALAS BRANCAS PARA UM BANHO RELAXANTE?

E esse, senhoras e senhores, é o nosso adorável preparador Hedge.

O motivo dessa atitude (além da falta de sexo, óbvio), provavelmente estava relacionado ao fato de estarmos três minutos, repito, TRÊS minutos atrasados para a reunião que trataria sobre os novos horários de treino.

— VOCÊS TEM UM MINUTO PARA ARRASTAREM ESSAS BUNDAS PELUDAS DE VOLTA AO CAMPO! NEM UM SEGUNDO A MAIS, CAPICHE?

— Sim, Hedge. – Respondemos em uníssono. Hedge era o preparador físico do Olympus, então independente do esporte que jogávamos, ele estaria envolvido. Com os jogos dali a menos de um mês, trabalhávamos a preparação do que as habilidades em geral.

Mas é isso aí, vida que segue. Deus no comando!

***

A noite chegara.

Depois de uma reunião super entediante que tratou dos horários dos próximos treinos, estávamos todos caminhando para o estacionamento o mais rápido possível, antes que o preparador nos forçasse a correr mais voltas em volta do campo.

Eu juro que se tivesse que fazer isso mais uma vez naquele dia, precisaria de um transplante de pernas. Alguns garotos começaram a se dirigir aos seus respectivos carros, se despedindo com acenos de cabeça e poucas palavras enquanto outros de nós, - Charles, Percy, Chris, os Stoll, Will- nos aglomerávamos em volta da picape de Beckendorf.

— Hey, onde o irmão de vocês se enfiou? – Percy perguntou. Mesmo com a pouca luz do estacionamento, era óbvio a quem ele estava se dirigindo: Travis, Connor e Chris.

— Compartilho de sua ignorância. – Disse Travis, encostando na lataria do carro. – Tentamos falar com ele o dia todo, mas ele faltou a todas as aulas e ignorou todas as mensagens...

— Será que ele morreu? – Perguntou Percy, com um tom de esperança na voz.

Connor o fuzilou com o olhar.

— Acho que já teriam nos avisado se algo assim tivesse acontecido... – Retrucou. – Se bem que ele pode ter sido jogado em um bueiro qualquer sem nenhuma identificação... Talvez ainda nem encontraram o corpo dele e-

— Não tem corpo nenhum! – Chris revirou os olhos. – Pelo o que eu ouvi por aí, ele se deu bem noite passada e não conseguiu nem comparecer aqui hoje.

Segurei o riso. Espero que esse boato esteja certo, porque não foi tão fácil assim arranjar aquele encontro, e a minha irmãzinha merecia uma bola dentro pra variar...

— Droga... – Murmurou Percy. – Eu já sabia até que roupa usar na festa de comemoraç-, digo, no funeral. – Depois de receber olhares desaprovadores, Percy optou por mudar de assunto. – Então, eu tava pensando...

— E você pensa? – Will sorriu de lado. Alguma besteira enorme viria a seguir, por motivos de: Bem, o Percy nunca tem ideias que se aproveitem.

Percy mostrou a língua em um ato super adulto. Só um minuto, pessoal, deixe-me preparar meus ouvidos para a próxima besteira.

— ... Que não fazemos nada há um tempo e depois de todos esses treinos e testes, nós merecemos um tempo para espairecer... O que vocês acham de irmos para O Aterro no fim de semana?

...

...

Essa ideia era... Boa? Como assim o Percy tendo uma ideia boa? Esse é o momento em que eu penso que deveria começar a construir um bunker, pois certamente não resta muito tempo de mundo.

O Aterro era uma espécie de lago que nós acabamos por esbarrar quando estávamos pedalando nossas bicicletas de trilha em uma região próxima a cabana de campo dos Grace, Jackson e Di Ângelo. A princípio nós achamos que era uma represa feita sobre um antigo aterro sanitário, mas fizemos uma pesquisa sobre o lugar para saber se a água era segura para nadar e descobrimos que era apenas um lugar utilizado ilegalmente para se retirar areia há alguns anos atrás e não era de forma alguma perigoso para a nossa saúde. Apesar disso, o apelido (Aterro) pegou.

Ou seja, pode nadar sim, e se reclamar, pode beber também. 

O lugar agora era bem mais agradável do que antes. Nós construímos uma passarela e até levamos algumas mesas de piquenique. O único problema é que para chegar até lá precisávamos das nossas bicicletas de trilha ou carros capazes de lidar com a densa estrada de terra, como o Jeep de Chris.

— Cara... É a coisa mais brilhante que eu ouvi hoje! – Will comentou sorrindo. Aquele filho da mãe deveria maneirar nos clareamentos. – Estou dentro.

Os garotos começaram então a falar animadamente sobre os preparativos. Se me perguntassem, eu diria que na verdade era um tópico desnecessário já ninguém nunca seguia o plano. Sempre acabávamos correndo de um lado para o outro nos últimos quinze minutos e esquecíamos a maior parte dos suprimentos. Seria trágico se não fosse tão divertido.

Um new beetle azul entrou no estacionamento e parou a alguns metros de onde estávamos. Katie Gardner desceu do carro e encostou na porta oposta a do motorista, sorrindo levemente enquanto retirava o celular do bolso. Ela e o melhor amigo e vizinho, Will, sempre vinham juntos para a escola. Normalmente, ela não precisava voltar à escola para dar uma carona ao garoto, mas com todo o treinamento extra, ela era liberada do ensaio das líderes de torcida muito mais cedo do que nós dos nossos respectivos...

— KATIE, TRAGA ESSA BUNDINHA LINDA ATÉ AQUI! – O escandaloso do Solace gritou, me fazendo quase saltar de susto. Ela ergueu a cabeça, mostrando o dedo do meio e voltando a atenção para o celular em seguida.

Essas crianças de hoje em dia...

— KATIEEEE! – Ela revirou os olhos e caminhou até nós.

— O que foi, coisa chata? – Ela disse quando nos alcançou. – Olá garotos.

Todos respondemos, menos Travis, que parecia desconfortável de uma hora para outra.

— Estamos planejando ir para O Aterro esse fim de semana. Quer vir? – Ele perguntou animadamente. Ela semicerrou os olhos e respondeu:

— Diga-me com quem andas e eu direi se vou junto ou não.

— Nós... – Charles respondeu girando o indicador no ar. – E mais alguns caras do time.

— Claro. – Respondeu ela, dando de ombros. -Qual é o plano?

Katie nunca se importou em estar sempre cercada de caras, dizia sempre que até preferia assim. Ela era uma líder de torcida, mas nunca foi de se misturar com elas totalmente, de modo que sua única amiga no time era Reyna.

Lamentável, porque eu tenho certeza que ela se daria muito bem com Piper, Claire e Rachel.

Não, com a Silena não. Porque aquela lá é difícil mesmo...

— Bem, com toda a pressão que estamos enfrentando agora, acabamos negligenciando nosso santuário... – Começou Chris. – E o clima vai começar a virar daqui três semanas, então vamos no próximo sábado a tarde e ficaremos lá... Talvez nós tenhamos que armar algumas barracas, já que a cabana é um distante e...

— A única coisa certa é que faremos um churrasco. – Eu interrompi.

— Ótimo. – Ela acenou. – Como chegaremos até lá?

— Bem, isso que estávamos planejando agora. – Percy sorriu abertamente. – Ainda não sabemos ao certo quem vai...

— Sem meninas frescas, por favor! – Connor suplicou. – Se aquela tal de Drew for convidada como da última vez, eu juro que jogo ela dentro do lago com uma pedra presa ao pescoço.

— Sem Drew. – Lancei as mãos para cima em rendição. – Mas a Piper vai!

— E quanto a Silena? – Charles perguntou um tanto quanto rápido demais, arrancando olhares furtivos do resto de nós.

— A epítome de garota fresca... – Murmurou Katie, desgostosa.

— Hey! – Protestei. - Ela vem melhorando bastante ultimamente!

Mesmo que relutantemente, todos acenaram concordando com o que eu acabara de dizer.

 – Okay, amanhã no almoço confirmamos as presenças... – Charles disse sorrindo um pouco. Katie, sem nenhum motivo aparente, saltou sobre as costas de Will e ele segurou as pernas dela, suspendendo-a no ar como se aquilo fosse algo tão comum como respirar...

Sorri para a cena. Alertaria Silena sobre esse possível casal mesmo sabendo que ela provavelmente discordaria, já que ela só gosta das coisas mais difíceis...

Mas eu shippo Kill*... Espera, "Kill"? KILL? 

É... quando o ship não dá certo nem no nome, é melhor procurar outra coisa para shippar, não é?

Não foi dessa vez.

 – Agora vamos para casa, eu estou com fome... -Travis, que passara a conversa inteira mudo, finalmente se manifestou.

— Certo. – Chris disse, jogando a mochila nas costas. – Nos vemos amanhã!

Todos nos despedimos rapidamente e caminhamos para os nossos respectivos carros – Katie ainda estava sendo carregada nas costas de Will.

O dia havia sido longo, mas a semana estava apenas começando.

***

Ao entrar em casa, a única coisa em que eu conseguia pensar era em tomar outro banho quente e me jogar na cama.

Estou ficando velho.

Velho, mal humorado, pensativo demais...

Alguém me reseta, pelos deuses.

Subi as escadas fazendo o mínimo de barulho possível, a probabilidade de Afrodite me matar se eu ousar acordá-la é altíssima, então vamos tentar garantir o mínimo de segurança por aqui...

— Finalmente! – Escuto ao entrar no meu quarto. – Talvez vocês devessem simplesmente levar as camas para aquele campo...

— Hey Rainha da Beleza! – Eu sorri fracamente, tirando a camisa ao encarar Piper. – A que devo a honra?

— Vou dormir com você hoje... – Ela falou com naturalidade. Franzi o cenho por um segundo, mas sorri de lado logo em seguida. – Dormir, Leo...

— Meu quarto, minhas regras. – eu disse, retirando as calças em seguida. Quando virei para encarar ela estava abraçando um travesseiro, com o rosto completamente atolado nele. – Ah, qual é Pipes... Nada que você nunca tenha visto...

Ela ergueu o rosto e deu de ombros.

— A situação era outra... Bem diferente. 

— Podemos dar um jeito nisso. - Mordi o lábio. 

Ela revirou os olhos e ergueu a alça da camisola, que escorregara do ombro e se esparrou ainda mais na cama.

É o que eu sempre digo: Dê dinheiro, mas não dê intimidade.  

— Como eu ia dizendo... – Ela recomeçou. – O insuportável do Jason não me deixa dormir com aquelas músicas horríveis que mais parecem pornografia para cego! 

Ri, balançando a cabeça. O gosto musical do Jason era extremamente duvidoso, e ele certamente só estava fazendo isso para provocar a pobre Piper. Desde que ele colocara os olhos nela, ela não teve um dia sequer de paz...

— Mi casa és su casa... – Disse piscando e ela sorriu para mim. Me aproximei da cama, e a cobri, dando um beijo em sua testa. – Boa noite, Rainha da Beleza.

— Boa noite, Leo. – Ela fechou os olhos e eu a observei por alguns segundos antes de virar as costas e caminhar até o banheiro. Eu amava Piper, mas não do jeito que um homem deveria amar uma mulher... Não do jeito que eu amava ela.

Eu tentara, mas eu não me sentia justo ao incentivar Piper a alimentar um sentimento que eu sabia que nunca conseguiria corresponder completamente.

É por isso que eu odeio o chuveiro. Ele sempre acaba trazendo esse tipo de reflexão profunda sobre a vida.

Trrriiiim trrriiiim trrriiiim – Fui retirado dos meus devaneios pelo toque do telefone fixo. Precisava correr se quisesse atender antes de Afrodite acordar, já que ela também tinha um aparelho conectado a mesma linha em seu quarto.

Fechei o chuveiro – Meio ambiente em primeiro lugar!- e me enrolei rapidamente na toalha lutando para não escorregar nas poças de água que eu deixava pelo caminho, mas quando abri a porta, Piper já levava o telefone à orelha.

— Alô? – Ela disse docilmente. – Está sim, vou passar. - Ela riu. – Não, eu não sou a Silena... Piper... Isso, McLean... – Algo na expressão sempre contente de Piper mudou drasticamente. Raiva.– Você. – uma pausa. – Leo está tomando banho agora, quer deixar recado..? – Ela perguntou ironicamente e olhou para mim. – GAROTA DO POMPOM É A SUA AVÓ!

E ela desligou o telefone sem dizer mais nada. Eu nem precisava perguntar quem era.

— O que ele queria?

— Incomodar. – Ela disse voltando para a cama. – Ah, ele não quis deixar recado, mas antes de eu perguntar, ele mencionou alguma coisa sobre ter te ligado mil vezes no celular...

Ah, claro... As vezes eu até esqueço dessa coisa.

— Não deve ser nada importante. Volte a dormir... – Eu disse, fechando a porta novamente para retirar o resto da espuma do meu corpo.

Terminado o meu banho, coloquei apenas uma cueca samba canção vermelha e caminhei até a minha mochila para procurar o bendito celular.

Dezessete ligações perdidas.

Vinte e três mensagens de texto.

Quatorze ligações eram de Jason, uma do meu pai, uma de Silena e outra de um número desconhecido.

As mensagens de texto eram, em sua maioria, de Piper avisando sobre a sua situação e, por fim dizendo que estava a caminho. Silena mandou algumas para perguntar se eu queria que ela pedisse comida para mim, por fim disse que eu poderia morrer desnutrido, por alguém que ignora suas mensagens "tinha mais era que morrer mesmo".

Dramática.

As de Jason diziam basicamente que precisávamos conversar, outras eram pedidos de desculpas e coisas do gênero. Suspirei. Era verdade. Ele era meu melhor amigo desde sempre, aquela situação já estava ficando insustentável.

A última era do mesmo número desconhecido que me ligara mais cedo. Abri a mensagem, que dizia:

Hey (:

O sorriso é para preparar seu humor, porque eu estou querendo te cobrar um favor.

XXX – Calipso

Engoli seco, meu coração acelerava. Olhei para o teclado durante alguns minutos antes de reunir a coragem para responder. Eu poderia responder que ela mandou a mensagem para o número errado, que eu estava em coma, que eu havia morrido, sido atingido por um raio ou até mesmo abduzido por uma nave alienígena. Infelizmente, de todas as opções, eu escolhi a pior:

Manda ver, loirinha.

Xxx- Leo.

Sabendo que eu estava ferrado, nesse momento eu só poderia esperar que esse favor não fosse a minha sentença de morte.

Yay Leo!

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*Kill: Verbo "matar" em inglês


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Notas finais do capítulo

E aí? Gostaram? Esse capítulo ficou um pouco mais explicativo, porque o Leo é mais observador mesmo. Notem que há detalhes que não aparecem nos pontos de vista dos outros personagens. Como eu disse a vcs, esse capítulo é meramente introdutório... haha Mas garanto que os próximos serão mais legais.
No próximo capítulo vamos conhecer um pouco mais sobre os Stoll e o pandemônio que é a convivência deles... Alguém notou um comportamento estranho por parte de alguém?
Vocês acham que o Leo tem que perdoar o Jason? Eu acho que sim, porque como diria Jessie J e a senhora minha mamãe, "ninguém é perfeito" aisuhduhd
Quem quiser dar uma relembrada na briga deles, voltem no capítulo 9, primeiríssima cena. É importante vcs lembrarem direitinho quando eles forem conversar!
https://fanfiction.com.br/historia/389146/Bad_Karma/capitulo/11/
Beeijos ;** DEIXEM UM REVIEW, PLEASE?
Isaa