Bad Karma escrita por IsaaVianna LB, Cristina V


Capítulo 2
00. Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Hey Everybody! (=Estou aqui a postar o prólogo! Rápido, não? Pois é, se assustem.Mas estou aqui a postar (ouvindo Justin Timberlake U_U Meus amigos que não descubram isso. Ah, qualé! Eu preciso encarnar a Silena, ok? #Fail. Ok, ele é HOT. U_U), pois vocês foram incríveis! Sério, eu não esperava! Só tivemos dois fantasminhas D: VOCÊS SÃO INCRÍVEIS. O Lembrem-se de que o prólogo é pra inserir vocês na história e ambientalizar-lhes melhor, ok? Por isso que o cap está parado. =/ Se encontrarem erros, me avisem!One Tree Hill no capítulo!Boa leitura!



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A festa rolava animada... A música era alta e as pessoas dançavam alegremente. As festas na mansão Jackson eram, decididamente, as melhores. Silena tivera outro encontro frustrado na noite anterior e viera a festa para espairecer. Agora conversava com alguns garotos do time quando notou a falta de Percy, o anfitrião. Ela sabia que ele escondia o melhor whisky para o final da festa, mas ela já estava ficando entediada naquela rodinha. Resolveu procurá-lo.

Hey, aonde você vai, Si?- Perguntou Will Solace.

Tomar um ar... Não se atreva a me seguir. –Disse e saiu em passos firmes.

Chegou à porta do quarto do amigo pensando que encontraria lá, mas se enganou. Não havia nem sinal de Percy... Ela revirou os olhos e abriu a gaveta da cômoda de madeira. Sabia que lá encontraria o que procurava afinal, frequentava a casa desde criança e o esconderijo nunca mudara... Bom, o que era escondido variava, mas não o esconderijo. Uma caixa média de metal chamou sua atenção. Tinha uma tranca, mas não estava trancada. Ela pegou a garrafa e colocou-a sobre a cama sentando na mesma para saber o que tinha na caixa. Encontrou alguns comprimidos, uma saca-rolhas, lápis e um envelope cor de rosa que abriu em seguida. Tirou o papel branco que jazia dentro do envelope e leu:

“Percy,

Acreditar que você se dará bem é metade da batalha.

Me ligue se precisar de algo, seja lá o que for!

Carinhosamente, Annabeth.”

Não pôde segurar o riso. Então a nerd usava da desculpa de ser monitora para dar em cima do capitão do time de basquete? Essa era impagável! Ela bebeu algumas doses do liquido da garrafa e saiu do quarto um tempo depois. Assim que cruzou a porta da sala de estar, encontrou Percy e Annabeth conversando animadamente. Isso não estava certo... Essa garota não podia sair da base da cadeia alimentar para se envolver com um do topo. Era errado. Além do mais, se ela não podia se dar bem no amor, ninguém mais podia.

Professorinha! –Ela disse atraindo a atenção do casal.

É Annabeth. –A loira respondeu irritada.

Annabeth, certo... A nova preocupação do Percy. Agora tudo está fazendo mais sentido... Vocês dois são adoráveis! –Ela sorriu- Qual era a minha parte favorita?! “Acreditar que você se dará bem é metade da batalha...” –Silena citou o que lera no bilhete. Annabeth começou a sentir ódio de Percy. Como ele foi capaz?- Ah, vamos lá... Você sabe... O recadinho amoroso da professorinha que você mostrou por aí mais cedo. Aquele mesmo que dizia “Me ligue se precisar de algo... Seja lá o que for!”

−Chega, Silena... –Interveio Percy- Annabeth e-eu...

−Fique longe de mim- Disse Annabeth à beira das lágrimas. À essa altura, todos riam dela. Ela saiu o mais depressa que pôde, sem olhar pra trás, arrependendo-se amargamente de ter ido fazer aquela entrega. Mesmo com a bronca de Percy, Silena sentia-se como tivesse acabado de fazer algo realmente bom.

***

Sorriu quando terminou a unha do mindinho. A dor de cabeça da ressaca da noite passada já passara e suas unhas estavam impecáveis novamente. O sal que usara em seu banho de descarrego coerra todo o esmalte anterior. Deixou os esmaltes em cima da cama macia e nem se importou em tampar a acetona. Conseguira um encontro com Charles, e isso era suficiente para deixá-la com sorriso de orelha a orelha. Estivera o observando de longe durante um tempo, agora só precisava não botar tudo a perder.

Mas, como a alegria de Silena nunca é completa, ela já estava se irritando com o odor do novo incenso de capim-sei-lá-o-quê de Rachel.

−Só estou dizendo, que não posso arriscar o Charlie! –Disse para Rachel, sua amiga vegetariana e zen. –Ele é o capitão do time de lacrosse, Rachel! Fazem mais de dois anos que nenhum dos meus rolos vinga! Eu estou começando acreditar nessas suas teorias de conspiração do universo... –Rachel revirou os olhos muito verdes e tirou a franja inconveniente e ruiva da frente dos olhos.

−Eu já disse que existem forças negativas azarando seu chakra... Devíamos procurar aquele monge do qual eu te falei. Ele saberá como lidar com essa situação.

Silena tinha ouvido aquele mesmo papo durante toda a semana. Desde que aceitou sair com Charles Beckendorf, está realmente preocupada com sua sorte amorosa inexistente. Justin era uma ótima companhia nas suas noites frias e solitárias, mas ela não queria envelhecer dormindo com um pôster do N’Sync!

−Ok, pegue minha bolsa e as chaves do carro. Vamos ver esse cartomante.

Os olhos de Rachel brilharam e ela não pôde deixar de soltar um gritinho de felicidade.

−Você está falando sério?

Silena deu de ombros.

−Espero que não seja preciso marcar horário. –Respondeu Silena.

***

Mais uma vez o destino ria na cara de Silena. Ela aceitara aquela estúpida ideia apenas para se livrar daquele maldito canudo de incenso, e agora entra em um lugar com milhares. Esperavam já fazia uma hora e nada de cartomante charlatão para falar todas aquelas baboseiras e arrancar seu precioso dinheirinho que poderia ser investido em bolsas da mais nova coleção de sua marca favorita. Não era justo. E o lugar tinha uma cor horrível, só pra constar. Laranja. Ela odiava a cor e àquela altura já havia tentado, de todas as formas, convencer Rachel a mudar a cor do cabelo, mas ela era contra essas mudanças afinal, “se nessa encarnação nascera assim, assim deveria ser”. Besteira, se quiser saber.

Ah, e os clientes? E os clientes eram todas mulheres... Ou homens que beijam rapazes. Uma velha gorda e verruguenta acariciava seu gato enquanto lia um exemplar de A Vida Sexual da Mulher Feia... Isso mesmo, pensava Silena, o primeiro passo é a aceitação.

Rachel rezava uma daquelas missas àquelas estátuas super antiquadas e sem sentido, mais especificamente aquela de um elefante. Silena desejava ter mais uma goma pra mascar. Aquela que pegara mais cedo, não tinha mais o gosto de morango de antes... Pelo menos engana a fome. Uma mulher de cabelos castanhos e feições duras finalmente saiu da sala que até então Silena não tinha notado já que estava escondida por uma cortina nada discreta (Sim, também era laranja). Ela estava em um tipo de transe... Seja lá o que ela tivesse visto lá dentro, Silena esperava que não acontecesse o mesmo com ela ou com a amiga.

−Alguém mais deseja os meus serviços? – Disse uma voz que tirou Silena de seus devaneios. Ela o encarou e:

−CREMDEUSPAITODOPODEROSO! –Verbalizou. Todos os olhares na sala, por um momento, se viraram para ela. Ela queria todos os serviços - lícitos ou não - que aquele deus da charlatonisse pudesse oferecer.

−Silena, controle-se. –ralhou Rachel sussurrando.

−Por que não me disse que ele era um gato?- sussurrou Silena de volta.

Rachel piscou.

−Ele se chama Apolo, o belo! Duh!

−Isso não justifica! –Protestou- Podia ser propaganda enganosa! Olha só aquele cantor... Cruzes...

–Olá, Mestre Apolo, o belo! – Interferiu antes que a situação ficasse anda mais constrangedora.

−Oh querida, não precisa ser tão formal... Me chame apenas de “Apolo, o belo”. Vamos, entre, entre... Quero saber em que posso lhes ser útil.

Elas o seguiram para a sala secreta, que até que era normal se desconsiderarmos a quantidade de ratos empalhados e instrumentos musicais pendurados no teto do lado de posters do Village People.

−Perdão, mas o senhor curte Village People? –Perguntou Silena. Talvez também goste de N’Sync, pensou.

−Ah... Só respondo perguntas depois do pagamento. E não aceito cheques, mas se tiver algumas rosquinhas açucaradas, podemos negociar...

Rachel assentiu e deu-lhe algumas notas.

−Então, com o que tenho em mãos, posso responder a três perguntas. Mas, se adicionarmos mais alguns dólares, posso responder à dez com direito a citação de haicais de minha autoria por apenas mais alguns, posso dançar “YMCA”... Vocês escolhem a fantasia. Qual vai ser? O índio é mais caro porque eu realmente não curto ter que tirar aquelas penas dos meus lugares menos nobres e... enfim... O que vai ser?

O queixo de Rachel caiu, enquanto um sorriso maroto brotava nos lábios de Silena.

−Va-vamos querer apenas a consulta com os astros e afins... Desconfio que minha amiga tenha um encosto.

−Hey! Fale por si mesma... Eu vou querer ver a danç-

−Shhhh Silena!

Apolo suspirou derrotado e começou a cantar para atrair às forças que precisava para fazer a consulta.

−Ah sim, estou vendo!-Ele disse depois de um minuto de silêncio.

−O que? O que você está vendo? –Perguntou Silena- É algum fantasma ou espírito recalcado?

Apolo levantou-se e começou a dançar. Fazia sons que mais pareciam urros e não faziam sentido algum.

−Eu vejo! –Repetiu- Mas não sei bem o que é... Está se formando uma nuvem negra e... Está tampando a minha visão... Isso acontece devido à falta de generosidade.

Então Rachel entendeu. Depositou mais duas notas na mesa.

−Está passando... Dê-me sua mão, querida. –Pediu. –Ahh sim... Essas linhas não são normais... Talvez você precise de um novo hidratante da nossa loja de presentes... Esse tipo de linha pode interferir nas suas relações familiares, mas os astros me dizem que essas foram geradas por suas mãos ficarem tempo demais fechadas... –Ele abriu um só olho.

Silena revirou os olhos e depositou mais algumas notas sobre o forro da mesa. Ser chamada de mão-de-vaca já era demais.

−Será que já poso fazer as minhas perguntas?

−Pode sim, mas uma já foi... –Respondeu Apolo abrindo um sorriso largo.

−COMASSIM?! –Disse Silena. –Você me cobrou por ter perguntado se poderia começar a fazer perguntas?

−Agora são duas...

−Seu charlatão de-

−Chega Silena! Vamos acabar logo com isso! Não é bom elevar seu estado de espírito em uma consulta dessa importância. –Disse Rachel.

−Ok...

−Então, queremos saber o que há de errado com a vida amorosa de Silena. –Foi direta.

Apolo se concentrou, murmurou coisas sem nexo, sambou, urrou, dançou tango, mexeu com as pedras negras, as azuis, as claras, as escuras, as feias, as deformadas, a bola de cristal que parecia um aquário virado de cabeça pra baixo e Silena achava tudo aquilo uma fuleragem. Estava cansada de tanta baboseira.

−E então...? Você vai tirar o pé das minhas compras e falar logo que tipo de vudu jogaram nesse lindo corpinho?

−Esse “lindo corpinho” não é tão lindo por dentro... –Ele disse em voz de mistério.

−Você está dizendo que eu tenho defeitos internos? Ah meu Deus... É contagioso, é isso? Ou talvez eu tenha nós nas tripas e-

−Chega, Silena! –Interrompeu Rachel novamente. A amiga estava passando dos limites. –O que você quer dizer, Mestre?

−O que eu quero dizer é que Silena tem sido fútil, egocêntrica e sempre se coloca acima do bem estar de todos ao seu redor. Não tem empatia.

−Você está dizendo que ela está colhendo o que plantou? –Perguntou novamente Rachel.

−Exatamente. Isso é carma.

Silena não acreditava no que aquele Pai de Santo estava falando. Como assim “Carma”? Ela era uma boa pessoa... Apenas tirava das que tinham, usava para benefício próprio e depois eles ficavam livres e desimpedidos para as menos favorecidas. Era lógico, não? Além do mais, eles adquiriam experiência de vida. Ela era o Robin Hood com roupas de marca e gloss de melancia!

Mas não podia arriscar. Se era carma, ela daria um jeito. Ninguém a impediria de colocar as mãos naquele sarado feat. Bronzeado feat. Popular do Charles.

***

−Mas o que você pretende fazer para acabar com isso? –Disse Rachel. Depois de terem finalmente saído da consulta e deixado quase toda a mesada por lá mesmo, elas estavam comprando roupas.

−Eu vou mudar meu carma. –Disse Silena decidida enquanto pegava uma blusa de alças. Rachel a olhou como se tivesse surgido um olho na bochecha da amiga. –Raciocina comigo... Se eu consertar os estragos que fiz em algumas vidas amorosas, talvez o universo interceda e conserte a minha!


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Quanto mais reviews, mais capítulos, ok? E COMENTEM ou não venham reclamar de Carma depois. Talvez o motivo de suas histórias não receberem muitos comentários, é porque vocês não comentam. kkkkkkkkkkk Tá, parei.Obrigada por ler! Beeijos ;**Isaa