Bad Karma escrita por IsaaVianna LB, Cristina V


Capítulo 18
15. Castigos e Tio Suquinho


Notas iniciais do capítulo

Uma eternidade já né pessoal? asuhdaishd
Peço mil desculpas e informo que vou usar esse mês de férias pra finalizar essa fanfic :') Muuuito obrigada pelo apoio e as postagens voltarão a ser frequentes.
Boa leitura!!
Silena Beauregard no gif!



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POV Silena  Beauregard

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Bem, a vida não está mesmo fácil, e sabem por quê?

Minha querida mamãe está de volta, e mais esticada do que nunca. Sério, já está passando da hora de ela parar com isso, porque, eu juro, se ela colocar mais botox no rosto, nunca mais correrá o risco de se afogar. A bóia estará na cara.

Falo mesmo.

Você deve estar se perguntando que tipo de monstro eu sou por falar assim da criatura que me lançou nesse mundo, mas se tivesse a vida de sofrimento que eu tenho, tenho toda certeza que iria falar o mesmo tipo de coisa.

Silena...

Ok, Sheila!

Veja bem, normalmente eu até que estaria feliz por estar vendo a minha digníssima mãe depois de a mesma ter passado tanto tempo fora do país aprendendo sobre culinária e técnicas de massagem com algum tailandês com a metade da idade dela – Tenho certeza que ela se empenhou muito e com toda certeza “pôs a mão na massa” nos dois casos-, mas a verdade é que ela tem feito da minha vida um inferno!

Sim, Afrodite está furiosa comigo por ter descoberto sobre o incidente com o seu secador e banheira. Acreditam que ela não acreditou que a culpa era da Puta Que O Pariu?

Enfim...

Aqui estou, Silena Magnífica Beauregard, em um trabalho nada magnífico, conhecido como “polir as taças para o brunch de amanhã”. Será que ela tem noção do quanto é difícil fazer esse tipo de coisa? Tudo bem, eu sei que deveria estar muito feliz pelo fato de ela ter poupado a minha vida, mas não é bem assim que a gente trabalha.

SCRASH

Ah não!

— Silena, pelo amor de Deus, é a sétima taça que você quebra! – O demônio disse enquanto massageava as têmporas. – Se continuar assim, Afrodite vai ter que servir os convidados usando copos de requeijão!

— Não enche o saco, Valdez! – Bufei. A culpa toda era desse inútil! Se ele não tivesse... Ah, sei lá! A culpa é sempre dele, e como eu não sou adepta do princípio “Me Ferrar Sozinha”, eu arrastei ele comigo pro fundo do poço. Não me julgue.

— Olha Silena, você pare de descontar a sua amargura em mim! – Ele pegou outra taça e começou a polir. – A culpa não é minha se você resolveu tentar fazer o cosplay invertido do Mel Gibson em Do Que As Mulheres Gostam.

Não Leo, ninguém nunca entenderia essa referência, mas eu preferi me manter calada enquanto juntava os cacos com a ajuda de uma pá e uma vassoura.

— Tanto faz... – Eu respondi em tom seco. – Eu não consigo entender, Valdez, como ela pôde ser capaz de nos colocar de castigo! Isso não é justo comigo e nem com as minhas unhas!

— Você quis dizer garras...

— Cala a boca, Valdez, ou eu juro que vou mostrar o estrago que minhas “garras” podem fazer nessa sua cara. – Eu realmente estou estressada demais para ouvir as gracinhas desse garoto, penso enquanto deposito os cacos sobre a lixeira que já estava ali sob o mesmo propósito. – O que eu estou dizendo é que eu não merecia isso! Eu deveria estar fazendo compras para deixar todos no brunch com a boca aberta!

— Bem, você está trabalhando para deixá-los de boca cheia... Ou bêbados! – Ele me lança aquele sorriso e eu tenho vontade de quebrar todo o seu conjunto de dentes utilizando apenas uma pá! – Além disso, você deveria estar irada por ela não ter se preocupado com a sua integridade física...

Pffffff.

Explodi em gargalhadas. Leo me acompanhou.

A verdade é que o dia que Afrodite se importar com outro ser humano, será o dia em que a Terra começar a girar em torno de Vênus. Ou seja...

Continuamos a limpar todas as taças enquanto nos agredíamos e trocávamos insultos... Apenas um dia qualquer na nossa vida - com um pouco de trabalho escravo adicionado-, mas quem éramos nós para contestar? Falamos sobre o que acontecera nos dias anteriores e de como o destino parece finalmente estar me ajudando com essa vadia, o Karma. Acontece que, Clarisse finalmente aceitou sair com Chris e, segundo os relatos dele para Leo – ela não faz o tipo que fofoca sobre encontros, a vaca- talvez ele consiga alguma coisa com ela dentro de uns quatro anos ou cinco.

Bem, pode até não parecer tão animador, mas com certeza já estivemos mais longe...

YAY!

— O que eles fizeram? – Perguntei curiosamente, enquanto pegava outra taça.

— Chris organizou um jantar romântico naquele restaurante chique. – Ele me olhou com deboche. – Dá pra acreditar?

Realmente, esses energúmenos não conseguem fazer nada sozinhos.

— Qual é o problema desse garoto?! – Praticamente berrei. – Levar a Clarisse pra um jantar romântico é a mesma coisa que levar o Justin pra ver um show da Britney Spears! – Continuei indignada. – É a mesma coisa que levar um indiano à uma churrascaria e ainda pedir que leve uma marmita pra família! É... Ridículo!

— Eu sei! – Ele disse caindo na risada novamente, enquanto carregava outra bandeja para depositar em cima do balcão.

— O que aconteceu depois? – Eu quis saber, afinal, o Rodriguez não estava morto então deve ter conseguido fazer alguma coisa...

Ele se virou para mim com o olhar mais maquiavélico que possuía e eu estremeci. Um sorriso maquiavélico de um Valdez nunca é boa coisa. Ah, mas não é mesmo! Da última vez que eu vi esse sorriso, ele colocou o nome do meu cachorro hermafrodita e assexuado de Puta Que O Pariu.

— O garoto tinha um plano... – Seu tom era baixo e de suspense, o mesmo que usam naqueles documentários assustadores da Sy-fy. Na boa, eu não era a pessoa mais corajosa do mundo, mas mesmo Nico, gótico e trevoso, seria capaz de ouvir aquilo sem um tanto de apreensão.

— Que era... – Esperava que fosse o babado do século, porém, assim que o Valdez abriu a boca, fomos tirados de nossa conversa.

— Senhorita Silena.

Eu lancei o olhar mais fuzilante que tinha para a pobre empregada. Olhei para ela como se ela estivesse vestida de laranja dos pés à cabeça, fazendo com que ela se encolhesse um pouco. Com toda certeza ela ouviria poucas e boas! Como ousa impedir que eu escute o desfecho do encontro que vai ajudar a diminuir a minha vadia?

Respire, Silena, não xingue esse estraga-babados.

Respirei fundo e suavizei a expressão. Que fique bem claro que não foi nada fácil.

— Pois não?

— O Senhor di Ângelo deseja vê-la. – Eu olhei para ela como se estivesse brotando um chifre de seus olhos. Por que raios Nico simplesmente não entrou? Não é como se ele fosse um desconhecido!

— E por que raios ele não veio direto até aqui? – Verbalizei meus pensamentos.

— Ele deseja ter com a senhorita em particular. Disse que é um assunto muito sério e que precisam conversar com privacidade.

Arqueei uma sobrancelha.

Oi? Se esse garoto está querendo o meu corpo, ele deve saber que a abordagem não pode ser assim tão direta.

— Ele só disse isso? – Perguntou Leo, em um tom um tanto quanto desconfiado. Claro que não era ciúmes, mas isso me fez olhar a situação com mais afinco. Valdez era inútil, mas tinha até nono sentido para coisas erradas. Talvez isso se devesse ao fato de ele mesmo ser o erro em forma de diabo.

— Alguma coisa sobre o seu filho... – Ela respondeu um tanto incerta. Bem, a menos que Nico tivesse engravidado alguma garota, creio que tinha algo bem estranho nessa história. Meus olhos se arregalaram um pouco e eu já pensava em todas as formas mais sujas e sutis possíveis para espalhar a fofoca pelos quatro cantos da cidade.

E eu que pensei que uma das irmãs puritanas dele seriam as primeiras a jogar um neto nos braços da mexeriqueira senhora Di Ângelo.

— Harpianete, de qual senhor di Ângelo você está falando? – Leo perguntou com certo receio na voz, como se precisasse confirmar alguma teoria. Claro, ele sempre tinha uma teoria.

— Hades.

Eu tive um sobressalto de espanto. O Senhor Hades? O que raios o Senhor Hades queria comigo? Eu tenho certeza que em todos os meus lindos dezessete anos de idade ele não trocara mais do que saudações comigo... De qualquer forma, acho que teria que descobrir por mim mesma.

Olhei para Leo, que me encarava com cara de quem não estava entendendo bulhufas do que se passava. Olha Valdez, você não é o único! Mas, se um coroa boa pinta e milionário está na minha casa para falar comigo, só poderia significar uma coisa:

Quer minha ajuda para encobrir outro dos milhares de chifres que Afrodite coloca em meu padrasto. Dei de ombros e, antes de dizer qualquer coisa, saí pela porta.

Alguma coisa me dizia que essa conversa seria bem interessante.


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Notas finais do capítulo

E AÍ GENTEEE? O que vocês acham que vai acontecer no próximo capítulo? :3
Garaaaanto que não vão demorar a descobrir auiahd Palavra de escoteiro! Ok, eu não sou escoteira e nem nunca fui, mas vocês entenderam.
Beeeeeeeeijos ;** Fiquem com Deus. Por favor, deixem reviews nem que seja me xingando pela demora asudhasuhd