Bad Karma escrita por IsaaVianna LB, Cristina V


Capítulo 10
08. Providências Ilícitas


Notas iniciais do capítulo

HEEEEY ! Gente, primeiro de tudo eu quero me desculpar pela demora! É pq a fic vai mudar de nome e tals e eu queria postar quando estivesse com a nova capa! Porém, tá demorando! E vcs têm sido tão lindas que eu não resisti! Obrigaada por todos os reviews! E DUAS RECOMENDAÇÕES? OMFG! Obrigada Naia Isabela (/u/341373/ que lindo nome c tem! *-*)e a A C Branco (/u/263367/ Parceeira! lol) Boa leituraa! *-* Ahh, desse cap pra frente sempre vai ter um pouco da vida dos personagens principais, ok? Devoradora de Livros, sinta-se a salvadora! Esse só veio pelo seu apelo! aushauhsuaLEMBREM-SE QUE A FIC VAI PASSAR A SE CHAMAR BAD KARMA!



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~*~

−Filho, eu não sei por onde começar... – Eu disse. Eu já estava o encarando há tempos.

−Que tal pelo começo...? – Ele disse com aquele jeito prepotente de sempre. Que orgulho! – Hades Di Ângelo em pessoa, no meu quarto? Isso não está certo...

Era verdade... Eu não me submetia a esse teste de sobrevivência. Poderia não sair de lá vivo, por isso estava com a arma escondida. Que foi? Nunca se sabe o que se pode encontrar no quarto do Nico. Eu estava completamente embaraçado enquanto o inútil se segurava para não rir. Mesmo assim, eu precisava conversar com ele, ou Maria me colocaria pra dormir na casa de Poseidon, meu irmãozinho desprovido de massa encefálica.

Chegara o grande momento, teríamos “A Conversa”. Nico já estava grandinho, e eu não queria nenhum neto catarrento enquanto eu ainda o sustentava.

−Então é... – Pigarreei. – Filho, você está crescendo... Tem chegado tarde em casa...

−Será que você pode parar de me enrolar?

Eu o fuzilei com o olhar.

−Não pense que eu estou gostando dessa situação, criança. – Eu rebati- Eu só não quero ter que escutar seu tio falando sobre suas aventuras em alto mar. Sua mãe decidiu que está na hora de termos “A Conversa”. Ele teve com Bianca e Hazel, agora é a minha vez.

−Ah não pai, pelos deuses!

−Não vai demorar Nico... – Droga! Sabia que tinha esquecido alguma coisa... – Você pode esperar enquanto eu pego uma banana?

...

...

...

Espero que Zeus nunca saiba disso. O queixo do Nico caiu, ele arregalou os olhos.

−Não pai! Isso realmente não é necessário!

Ufa...

−Filho... Você tem agido estranho nos últimos anos. Sabe, desde que o seu tio saiu da cidade. – Há, eu ia arrancar uma confissão daquele garoto. Meu pequeno pegador. Nem a prima escapou. – Eu sei que não é fácil ter o coração partido, mas você está se tornando um irresponsável! Passa dias fora de casa, suas notas estão péssimas... Ok, sua mãe colocou isso na pauta da conversa, eu não me importo realmente. – Ele revirou os olhos. – Espero que você não esteja usando drogas em público... Isso seria horrível para a nossa imagem. Voltando... O que eu estou querendo saber filho, é... Você está se protegendo?

Silêncio mortal.

−Sabe Nico, essa é a parte que você me responde... Eu preciso saber se estou correndo riscos de ser avô. Eu sou muito gostoso pra ser avô!

Ele suspirou. Desviou o olhar. Me encarou abrindo e fechando a boca algumas vezes.

−Pai eu... Eu tenho uma confissão. Eu não vou engravidar nenhuma garota.

−Por favor, não me diga que você engravidou uma garota... – Eu fechei os olhos.

−Não, -Ele parecia aterrorizado. – Chame a mamãe e as garotas...

Eu pisquei tentando absorver. O que havia de errado com aquele garoto? Tanto pesar na voz...

−Você tem câncer e está vivendo loucamente seus últimos dias? – Tentei mais uma vez, mas ele me fuzilou com o olhar, respondendo silenciosamente. Aquele garoto estava me assustando mais do que quando usava aquele delineador nos olhos.

−Ok, vamos descer.

***

−Eu sou gay.

...

...

...

Tudo parecia em câmera lenta. Hazel e Bianca alegavam que já sabiam, e pediram desculpas por terem acusado uma a outra todas as vezes que suas calcinhas sumiam. Eu juro que senti meu coração parar de bater, mas não ia morrer... Ah não... Não deixaria minha fortuna para aquele garoto atrevido! Como assim!? O Percy era o gay da família!

−Ah meu filho, não se preocupe – Disse Maria, disfarçando a surpresa. – Vamos dar um jeito nisso...

−Mãe, não tem como “dar um jeito nisso”! – Ele disse, se sentando- Eu tentei...

−MAS COMO ASSIM, NICO? – Eu me exaltei. Sabia que não deveria ter ido até aquele quarto. – EU CRIO UM GANSO E ELE VIRA UM CISNE? VOLTE JÁ PRA DENTRO DESSE ARMÁRIO!

−Calma, Hades! – Maria interveio – É uma situação temporária.

−Temo que não mãe... Eu nasci assim! – Agora ele tinha lágrima nos olhos... Baitola. Como eu nunca percebi isso antes? Eu só podia esperar que ele fosse ativo, feriria menos o meu orgulho.

−Querido, você só nasceu porque o gato comeu meus anticoncepcionais...

−Vocês precisam me aceitar! – Ele exigiu- Ou eu danço “I Will Survive” de calcinha na frente da Companhia da família!

Meu queixo caiu. Ele seria mesmo capaz de fazer isso na frente de todos os funcionários da empresa?

−Você não ousaria...

−Experimenta! – Dito isso, ele pegou a chave de um dos carros e saiu sabe-se lá Deus pra onde, batendo a porta atrás de si.

−Que ousado. – Disse Bianca.

Eu ainda estava absorvendo.

−Total... – Hazel completou. – Hey Bianca, hoje na aula, ouvi dizer que Leo Vadez dará uma festa de boas vindas. Nós vamos?

−Boas vindas? – A número um perguntou. – Pra quem?

−Ah qual é Bianca! – Número dois respondeu- Para nosso priminho que voltou para a cidade!

−Ah é verdade... Tinha esquecido que eles eram amigos. – Ela sorriu – Mas é claro que vamos.

−Que negócio é esse de “priminho”? – Eu questionei franzindo o cenho.- E também não me lembro de ter sido consultado!

Elas reviraram os olhos.

−Porque você não foi. E em qual caverna você vive, papai? – Número um perguntou- Tio Zeus está de volta com a família, não sabia? A festa é pro Jason.

−Claro que eu sabia! – Mentira. – E vocês não vão.

−Mas pai! – Uma delas disse. – TODO MUNDO VAI!

−Vocês não são “todo mundo”. – Elas bufaram. – Ponto final.

Eu precisava ser cruel. Não estava psicologicamente programado para ter um filho homossexual! Sim, porque se era da família, era homossexual, se não fosse, era “baitola” mesmo. Precisava proteger as minhas filhas! Garotas só andam em bandos! Era uma área de risco.

Espera... Zeus na cidade? Ok, em outras circunstâncias, eu odiaria isso, mas àquela altura, era perfeito.

Produção, coloquem uma lâmpada na minha cabeça. Eu tive uma ideia.

−Garotas, subam. – Eu olhei para Maria com um sorriso um tanto quanto perverso no rosto. – Precisamos conversar sobre nosso “Problema Temporário”, querida.

***

Festa!

Se não fosse por toda a sujeira que isso gerava, eu faria uma todos os dias. Olá, pessoas! Então, vocês devem se lembrar do que aconteceu comigo mais cedo, certo? Do meu encontro super embaraçoso com o Charles no banheiro...?

Ahhrg não gosto nem de lembrar! Ele devia me odiar! Eu chamei ele de “Leo”... Cruzes, eu não aceitaria tamanha ofensa. Pois é, por um lado foi bom...

Ele disse que eu estava bonita de toalha e que não precisava ter vergonha dele... Então ele sorriu e me abraçou. Então, eu o beijei e agora viveremos felizes para sempre. Fim!

Seria uma boa história, não? E seria mesmo... SERIA! Porque tudo isso é mentira, claro. O destino é uma vaca e a vida não tem mais pra onde ficar pio-

Silena...

Ok, Sheila! OK! Não desafiar Murphy, o Capitão Óbvio... Entendi. Fui salva pelo gongo... Ou melhor, salva pelo “mongo”. Sim, o Vadez. E foi no momento que ele entrou no quarto, que eu quis me jogar pela janela. A expressão dele era cômica, como se escondesse um segredo, mas eu sabia que o desgraçado só estava rindo internamente.

−Vão devagar! Ou pelo menos tranquem o quarto... – Ele disse- De preferência, um quarto que não seja o dos nossos pais, Silena...

−Cara, não é nada disso. – Charles nos defendeu envergonhado. - E-eu ouvi ela gritando, então a energia acabou e...

−Okay, pode parar por aí. Sem putarias no horário nobre, por favor.

Eu já estava ficando vermelha de raiva. Alguém aceita o Valdez? Eu estou dando ele de presente! Só pra me livrar. Melhor do que matar, certo? Não posso me dar ao luxo de assassinar animais domésticos, meu carma negativo já está ruim o suficiente.

Então eu saí do quarto sem falar nada ainda podendo ouvir as risadas do Valdez do cômodo. Dei a outra face. Me parabenizem! Desconsiderem que a verdade é fiquei tão envergonhada que não conseguiria dizer nada naquele momento e me parabenizem...

Não era uma boa ideia sair andando de toalha pela casa, mas meu quarto era no fim do corredor então...

***

Eu havia ficado e agora descia às escadas. As luzes exageradas do Valdez já estavam incomodando meus olhinhos. Mas quem liga? Eu adoro exageros! A música era alta, mas eu não conhecia... Os irmãos Stolls estavam cuidando dessa parte. Algumas pessoas pararam para admirar a minha beleza, mas logo voltaram a dançar. Provavelmente se sentiram ofuscadas com todo o meu brilho.

Olhei mais cuidadosamente. E não, eu não vou descrever a decoração... Porque não tinha decoração. Aparentemente, a única diferença no andar de baixo era a quantidade de pessoas e os móveis que estavam afastados para os cantos.

Jason estava dançando no meio da “pista”. Tipo, loucamente. Junto com ele, Valdez, Percy e Nico. Devo admitir que esses primos são bem quentes. Ah que genética boa...

Estava começando a pensar no entretenimento da noite... Da última vez que eu bebi, eu acabei com Percy e Annabeth. Não seria legal se fizesse algo parecido. A festa estava legal, mas o que eu poderia fazer para me divertir estando sóbria e solteira?

−Olá Si! – Disse Rachel- Pensei que não ia descer nunca!

−E perder essa festa? – Eu disse por cima da música- Só se eu estivesse louca!

Ela sorriu.

−E então... Quer beber alguma coisa? – Ela convidou. Estranho, muito estranho. Eu costumo ouvir essa frase de garotos, não de ruivas hippies.

Hesitei.

−Olha Rachel, eu não curto essa fruta sabe...

−Cala a boca, Silena! – Ela gargalhou- Você sabe que não foi nesse sentido! É só que eu gosto mais de você quando está bêbada!

−Concordo. – Disse uma voz conhecida atrás de nós. Clarisse. – Fica menos amarga...

−Ah, olha só quem tá falando! – Revirei os olhos – A garota que dá trezentos foras diários em um cara super gato, só por causa de um problema antigo! Além de ser amarga, você não sabe perdoar!

Ela sorriu com sarcasmo.

−Ele me fez de boba na frente do meu pai! – O tom de voz dela se elevou. – E eu sei sim perdoar! Ou você esqueceu que foi você que mandou ele fazer aquilo?

−A gente tinha sete anos! – Argumentei.

−Porque não foi você que ele jogou naquela piscina. – Os olhos dela estavam assustadores. – Aquilo foi traumatizante!

−Mas veja pelo lado bom, Clarisse... Se ele não tivesse te empurrado, você não teria frequentado àquelas aulas de natação que te fizeram a ótima nadadora que você é hoje...

Gente, isso parece a Sheila falando... Mas foi só a Rachel.

−O único lado bom disso é que ele me inspirou a fazer aulas de luta, isso sim. – Ela revirou os olhos castanhos sem nenhuma maquiagem. – Eu ainda tenho uma foto dele no meu saco de pancadas... – Murmurou a última parte para si mesmo.

−Ahan sei... – Eu prendi uma risada. – No saco de pancadas, certo.

−Vá se-

−Opa! Não se exalte. Foi uma brincadeira. – Eu disse, me defendendo. – Agora me ajudem! Precisamos fazer algo legal. Essa festa precisa de algo mais...

Elas franziram o cenho.

−O Beckendorf já está aqui, Silena... – Disse Clarisse.

−Eu sei! – Respondi corando.

−E desde quando você precisa de mais do que isso...? – Foi a vez de Rachel.

Eu estava ficando muito nervosa. E, provavelmente, isso estava óbvio.

−O que aconteceu? – Clarisse perguntou desconfiadamente enquanto prendia o cabelo para trás.

−N-nada. – Menti. Elas me zoariam pelo resto da minha existência se soubessem. – Vamos nos sentar, esses sapatos estão me incomodando.

As duas piranhas a minha frente se entreolharam.

−Definitivamente tem algo de errado! – Acusou Rachel. – Saltos nunca te incomodaram. Vamos sim nos sentar, mas somente para que você nos conte o que se passa.

Bufei, me entregando. Clarisse expulsou um casal que estava se agarrando no sofá e nos sentamos em seguida.

Contei tudo. Elas ficaram rindo por dois dias inteiros. Mentira, mas foi por muito tempo. Tempo o suficiente pra assistir toda a trilogia “O Senhor Dos Anéis” e ainda revisar. Estavam chegando ao nível hienas claustrofóbicas.

−Foi muito vacilo vey – Disse Clarisse – “Você só deveria me ver assim na lua de mel”? – Mais risadas altas- Você assustou o garoto! Ele deve estar te achando-

−Shh! – Interrompeu Rachel sabiamente. Ela sabia que eu não precisava ouvir sobre como tinha estragado tudo com meus comentários inoportunos. – Tenho certeza que vamos superar isso. Pelo menos ele reparou nas suas pernas...

Assassinei ela com meu melhor olhar Serial Killer.

−Okay, vamos interagir pessoal. – Clarisse disse querendo mudar de assunto.

−Interagir? Eu acabei de estragar as minhas chances com o cara mais gostoso, lindo, sarado, sorridente, inteligente...

−Falando de mim, garotas? – Perguntou alguém. Nos viramos e: Chris Rodriguez. Lindo e fino.

−Não... Se estivéssemos falando de você, “egocêntrico” estaria na lista. – Clarisse disse. Que ousada.

−Me ame um pouco mais, Clair... – Ele deu um gole na bebida que estava em sua mão e um sorriso em seguida.

Antes de ele conseguir tirar aquele sorriso lindo prepotente do rosto, a música parou. Os murmúrios começaram e as luzes foram acesas. Como assim estavam acabando com a festa antes de me chamarem pra dançar? Que desaforo do destino!

Um barulho horrível de estática se instalou.

−Ah pelo amor de Deus, - Um tom abafado veio alto da mesa de som. Uma mulher estava tomando o microfone das mãos do Travis Stoll. – Eu só quero falar com o meu filho! E eu VOU falar.

−Essa não... – Chris murmurou baixinho. Será que? Não... Chris Rodriguez? Filhinho da mamãe? Essa era ótima! Antes que eu pudesse questionar, como em um filme, as pessoas começaram a abrir espaço quando ela chamou o nome dele.

−M-mãe?

−Ao vivo e a cores... Pode começar a se explicar! – Ela disse colocando uma mão na cintura. – Eu fiquei te esperando em casa e você nem deu as caras!

Ele percebeu que as pessoas filmavam e riam dele.

−Será que você poderia falar somente para mim?- Ele disse irritado.

−Claro querido! – Olá Bipolaridade, você por aqui?! Ela entregou o microfone ao Travis, mas não sem antes dizer que continuássemos com a festa. Algo na expressão dela mudou enquanto ela se aproximava.

−Primeiro, -Ela disse quando chegou até nós. – por que diabos você está com essa bebida na mão?

Ele abriu e fechou a boca algumas vezes. Queria ver ele se safar dessa! Adoro rir da desgraça alheia, beijos!

−Então é... – Começou se embaraçando. Pigarreou. - Eu estava com cócegas na garganta! Precisava de lubrificação...

Ele sorriu. Aplaudam, ele merece um Oscar! Pela maior cara-de-pau do ano. O mais estranho, foi que a mãe dele pareceu engolir toda aquela baboseira! Além de bipolar, a velha também era ingênua! Ela se disse algumas outras coisas menos interessantes, fez algumas recomendações e deixou o lugar.

−Ela é sempre compreensiva assim? – Eu perguntei arqueando uma sobrancelha. Ele deu de ombros e sorriu.

−Acho que ela prefere engolir qualquer história lavada do que se decepcionar comigo...

−Você é uma decepção Rodriguez. Nem precisa agir mal...

−Gata, por você eu faço cosplay de Madre Teresa de Calcutá.

−Morta, de preferência. – Ela disse ficando vermelha.

Ele ignorou o comentário de Clarisse, lhe jogou uma piscadela e um beijo, saindo em seguida. Esses dois... Luke veio sorrindo, em minha direção. Vish. Minha presença estava sendo muito solicitada nessa festa.

−Então Silena...

−Ah não. Pode parar! – Eu disse sabendo em que ponto ele queria chegar. – Sem chances de eu sair com você.

Ele me olhou com cara de ‘WTF’. Vish. Mais uma ratada pra coleção... Parabéns, Silena!

−Não era nada disso, não é? – Perguntei fazendo uma careta.

−NÃO! – Ele começou a rir. – Céus, você consegue ser mais convencida do que a Drew.

Opa, agora ele apelou. Não suporto o nome dessa vaca. Vaca gorda! Isso... Bom, pelo menos ele disse que eu sou mais do que ela então, vou deixar passar.

−Então desembucha. – Eu disse. – Tenho que achar algo legal pra fazer...

−É justamente isso. – Eu o encarei encorajando a continuar. – Annabeth me contou o que fez por ela e Percy. Foi muito legal, Silena. Mesmo o Percy sendo um idiota de marca maior...

−Vamos logo para a parte que me toca. Que eu sou foda eu sei... – Eu disse encarando minhas unhas.

−Eu preciso da sua ajuda. Precisamos da sua ajuda. – Oh pessoa enrolada... Céus! – Você quer se divertir hoje, digamos que eu também gostaria disso. Mais precisamente, com aquela garota. – Mas desde quando Luke precisava de ajuda com uma garota?- Ela tem aversão a mim, por isso preciso assumir algumas providências ilícitas.

Eu ergui meu olhar para o lugar aonde ele estava apontando. Masoq?

Quem é essa vadia gótica?

Estranho não, Silena? É como se já conhecêssemos.

Balancei a cabeça, não estava com tempo para Sheila e Lilith. A tal garota estava encostada no corrimão enquanto conversava com algumas pessoas. Então nossos olhares se cruzaram e foi como se raios saíssem. Eu conhecia aqueles olhos ainda mais azuis que os meus. Eram os olhos de Jason Grace. Aquela era a Thalia Grace.

E, convenhamos, o tempo te dá rugas, mas quando o corno do destino não tem nada contra você, o tempo também pode ser uma ferramenta generosa.

−E você quer a minha ajuda para...?

−Você topa? – Ele impôs. Eu revirei os olhos e assenti em sinal de rendição. – Ótimo, porque eu vou precisar que você me ajude a ter boas ideias. Como àquelas dos bilhetinhos. Assim como as do Leo.

Ele me estendeu alguns envelopes, sorrindo. Eu não ajudaria, mas meu encontro com Charles estava cada vez mais próximo, não poderia dizer ‘não’ a um necessitado.

−O que acha de jogarmos um jogo amanhã? – Ele piscou e trocamos um sorriso cúmplice. Jogos e envelopes só poderiam significar uma coisa, e eu sabia muito bem o quê. Rachel e Clarisse assistiam a tudo de longe e encaram aquele sorriso como se eu tivesse acabado de fazer um pacto com o demônio.

Bom, de certa forma, era isso mesmo.

−E como convenceremos o Leo?

−...Na verdade – Falando no diabo, ele apareceu esboçando um sorriso perverso. Como se tivesse sede de sangue. – Ninguém quer mais esse jogo do que eu. Isso é uma aliança Silena. Você ganha a sua chance de brincar de cupido, eu ganho a chance de dar o troco, e tudo o que Luke quer para nos ajudar é que você o ajude com a Thalia.

Eu sorri. Aquilo soava bem.

Meu nome é Silena Beauregard, tenho 17 anos e estou prestes a mergulhar de cabeça em uma missão diminuidora de carma com um demônio com músculos, egocentrismo, perversidade, e um corpo que explodira qualquer ovário e com meu irmão postiço que pode ser comparado com o próprio diabo quando quer fazer o mal.

Não poderia ser assim tão ruim, certo?

Foda-se, eu estava adorando.


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Notas finais do capítulo

UM JOGO? OGosh! Façamos nós um jogo, ok? Digam-me a situação mais louca que conseguirem imaginar nos reviews! Talvez a sua situação caiba com um de nossos personagens! uahsuahsuahsu Comentem, recomendem! Ajude a fic a crescer! E cuidado com o Carma! asuhaushua Beeijos ;**Isaa