The Orphan - Season 1 escrita por Stéfane Franco


Capítulo 25
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Boa noite pessoal!! Desculpem a demora, tive alguns probleminhas...

MAS, vamos ao que interessa não é?

Esse é o último capítulo da fic (Nãaaao!!!)....

Espero que gostem!!



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– Violet – 20 de agosto de 1994 -

Estou a poucos dias de voltar para Hogwards e ainda não comprei meu material...

É claro que tinha minhas economias, afinal, antes de ir para Hogwarts minha tia mandou-me um grande valor em dinheiro de bruxo, porém guardei-o para futuras necessidades.

Mesmo tendo uma quantia considerável, obviamente não conseguiria pagar tudo que os alunos de 4º ano precisavam. Os livros tinham dobrado e as exigências também.

–-----

Prezado Aluno.

Temos o prazer de recebê-lo para mais um ano letivo na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Estamos anexando uma lista dos livros e equipamentos necessários.

O ano letivo começa em 1º de Setembro. Aguardamos sua coruja até 25 de agosto, no mais tardar.

Obs.: em anexo um formulário de autorização para visitar o povoado de Hogsmead, este deve estar assinado por seu pai ou responsável, caso contrário, sua ida ao povoado não será permitida.

Atenciosamente,

Minerva McGonagall

Vice-diretora

Escola de Magia e Bruxaria de Hogwards.


Formulário de autorização:

Eu, ............................................, responsável pelo aluno (a) ....................................., autorizo a visitar o povoado de Hogsmead que ocorrerá sob a supervisão de um professor ou responsável uma vez a cada semestre.

–----

Formulário de autorização... O que eu faço? Legalmente, Bella é minha responsável... Mas Snape é meu pai e Minerva minha madrinha... Eles podem assinar não podem?

– Ele poderia...

Mas não vai. Ele já aceitou que sou sua filha... Assinar o formulário se responsabilizando por mim seria como assumir para o Ministério, ou seja, para todo o mundo bruxo, que Severo Snape tem uma filha com a “doce e imaculada” Lillian Potter.

Não, pedir a ele está fora de cogitação...

– Acho que posso sobreviver sem ir à Hogsmead duas vezes por ano... – suspirei enquanto acariciava as penas da minha coruja.

Tenho 14 anos, quase 15... Faltam poucos para eu me tornar maior de idade...

Mas então já estarei fora de Hogwarts... Que plano de mestre Violet!

– Minerva com certeza deve ter alguma solução... – falei à mim mesma enquanto pegava uma pena e escrevia um bilhete.

Assim que terminei, prendi no bico de minha querida coruja mestiça e pedi que levasse à Hogwarts.

Querida Minerva,

Acabei de receber a carta de Hogwarts. Quanto ao material, garanto que até o 1º dia de aula terei tudo que foi pedido, só preciso pensar em como...

Mas tenho um probleminha... Legalmente, Bella é a minha responsável... E como ambas sabemos, ela nunca assinará um formulário... Nem ano passado que éramos mais próximas ela aceitou! Mas não se preocupe, eu posso sobreviver sem ir à Hogsmead... Se precisar de alguma coisa de lá peço às meninas para comprarem para mim quando forem...

Um grande beijo,

Violet Eileen.

– Violet? – surpreendeu-me Hermione.

– Hermione!

– Chegou uma carta para você...

– Sério? – disse eu, praticamente pulando da cama.

– Isso é o que eu chamo de ânimo matinal... – sorriu – Vou descer... Boa leitura... – piscou

– Obrigada! – gritei assim que saiu.

Violet,

Não sou homem de meias palavras, portanto, serei direto. A partir de hoje sou seu responsável perante a escola. Por enquanto ninguém deve saber sobre nossa relação, por isso já conversei com Dumbledore e resolvemos que seus documentos serão mantidos em sigilo absoluto. Não se preocupe, em breve pretendo adicionar o ‘Snape’ no seu nome, mas até lá, ninguém pode saber, entendido? Qualquer coisa que precise é só falar comigo, afinal, todas as suas despesas passarão para mim. Pretendo arcar com tudo que precise financeiramente.

Peço que venha até a escola amanhã pela manhã, tenho outro assunto para tratar. Use a lareira dos Weasley, já está conectada à minha sala particular.

Não se atrase.

Severo Snape.

Minha boca abriu-se num grande “O”, porém, não saía som algum.

Ele... Ele... Não... Ele...

Eu mal conseguia pensar direito. Um sorriso começou a se formar no canto dos meus lábios.

Ele realmente está disposto a me reconhecer... Ele não só me aceitou como incorporou as responsabilidades de um pai!

– Violet! A Sra. Weasley está chamando para o almoço! – gritou Hermione da escada.

– Estou indo! – respondi.

Eu não acredito... Ele... Por Merlin! Nem sei o que pensar!

Ainda atordoada pela carta, desci as escadas lentamente e sentei-me no lugar de sempre.

– Violet? – perguntou-me Jorge – Ih... Está no mundo da lua... – riu – Violet! – gritou ele no meu ouvido.

– Ah!!! – assustei-me – Jorge Weasley!! Você me paga! – gritei, levantando-me e perseguindo o ruivo pela cozinha até a sala.

– Meninos... – pediu Molly.

Harry, Rony e Hermione riam, Percy nos olhava entediado e Fred fazia apostas. Jorge corria de mim e pulava sobre o sofá, protegendo-se com uma das almofadas.

– Eu aposto 10 galeões nela – disse Fred.

– E eu na mamãe... – falou Rony, fazendo-os rir novamente.

– Ai, calma aí Violet... Nossa você é forte... Ai! – gritou dramaticamente – Estou morrendo... Preciso dizer minhas últimas palavras... – fingiu cair no chão.

– Espero que valham à pena... – avisei

– Violet, você é muito agressiva... – debochou, caindo na risada.

Voltei a golpeá-lo com almofadas enquanto contorcia-se no chão de tanto rir.

– Meninos, chega! Venham para a mesa! – gritou Molly após rir um pouco.

– Sorte sua ela nos interromper – ameacei com um tom infantil, voltando para a mesa.

– Você me deve 10 galeões – disse Rony para Fred.

O almoço e o restante do dia correram normalmente. Passei a tarde toda pensando na carta que acabara de ler.

Será que estou sonhando?

Não é fácil assumir um filho a essa altura da vida... Além dos gastos financeiros, precisamos nos conhecer... Ele terá que adaptar sua rotina, assim como mudar algumas coisas no comportamento.

E se ele não gostasse mesmo de mim, não faria nada disso. A partir do momento que ele assinar aquele formulário e entregar na diretoria, correrá um grande risco de alguém descobrir e espalhar pelo mundo... Seria um impacto e tanto!

– 21 de agosto de 1994 -

– Bom dia... - surpreendeu-me Fred na sala.

– Fred! Você me assustou! – sussurrei.

– Por que estamos sussurrando? – aproximou-se dramaticamente.

– Porque eu não quero acordar ninguém... – respondi no mesmo tom

– Ah!!!! – gritou

– Fred!

– Desculpa... – sussurrou, segurando a gargalhada que estava por vir. – Mas e então, aonde vai?

– Vou encontrar com uma amiga... Faz um favor pra mim? Se o Harry perguntar, diga que volto mais tarde...

– E essa amiga usa roupas pretas e uma capa? – debochou.

– Talvez... – pisquei – Tchau Fred – disse eu enquanto passava pela lareira. – Sala de poções, Hogwarts! – gritei, deixando o pozinho cair de minhas mãos.

Em poucos segundos encontrei-me numa sala escura com todas as janelas fechadas.

Nossa... Fica tão estranha sem os alunos...

– Violet! – surpreendeu-se Snape – Pensei que chegaria depois das nove...

– Eu não consegui dormir... – sorri.

Assim como nas últimas semanas. Assim que fecho os olhos vejo imagens distorcidas, pessoas gritando e a mesma cobra do início das férias... Tornou-se rotina Hermione e Gina acordarem-me à noite.

– Bom, já que está aqui... Vamos?

Vamos? Onde? – perguntei.

– Ao Beco Diagonal. – informou-me. – Venha, iremos aparatar.

– Beco Diagonal? E o que faremos lá? – disse eu enquanto me aproximava.

– Depois eu digo. – disse ele, pegando minha mão e aparatando.

A sensação era no mínimo estranha.

Em poucos segundos estávamos em frente ao Olivaras.

– Certo... O que fazemos aqui? – perguntei desconfiada.

– Vamos comprar seu material. – disparou, passando à minha frente e deixando-me com a boca aberta.

– Espera... O que? – corri para alcançá-lo segundos depois.

– Você leu minha carta não é? – acenti – Pois então, comprar material faz parte do que eu disse. Só não prometo que será... divertido.

– Você está falando sério? – perguntei com um meio sorriso.

– Eu pareço estar brincando? – respondeu-me ironicamente.

Há uma raiz de um sorriso se formando aí...

– Desculpe... É que isso é... Inusitado.

– Eu sei. Bom, vamos começar pelos livros sim? Venha – disse ele, conduzindo-me com uma de suas mãos em minhas costas até à Floreios e Borrões.

Melhor impossível!

Tudo era maravilhoso! As estantes estendiam-se do chão ao teto, de parede a parede, estavam todas recheadas por livros de todas as cores e tamanhos. Fiquei extremamente encantada em ver tudo aquilo, realmente era o paraíso!

– Temos um pequeno probleminha... – comecei – Como eu não sabia que viríamos comprar material, não trouxe a lista...

– E você acha que o professor de poções de Hogwarts não sabe quais são os materiais necessários? – olhou-me ironicamente, como se a resposta fosse óbvia.

E era óbvia.

– Tá, esquece o que eu falei... – admiti. – E por onde começamos?

– Aqui está a lista... – disse ele, entregando-me um pedaço de papel – Sei que você adora livros, então, não se empolgue muito, certo?

– Sim senhor! – bati em continência com um largo sorriso no rosto.

Em uma hora comprarmos todos os livros que precisaríamos e alguns a mais.

– Esses quatro não estão na lista... – disse eu, abarrotada de livros nos braços.

– Leitura extra. Só porque a escola exige o conhecimento básico não quer dizer que você não vá procurar por mais. Nunca contente-se com pouco no quesito conhecimento. – explicou.

– Sorte a sua eu gostar de ler... – ri.

Logo após comprarmos os livros seguimos ao Vassourax, onde Snape insistiu em comprar uma nova vassoura; passamos na Madame Malkin, Loja de Caldeirões, Artigos de Qualidade para Quadribol e Instrumentos de Escrita Escribbulus.

Assim que entramos na Farmácia, uma loja com os mais variados ingredientes para poções, fiquei encantada com os inúmeros frascos coloridos.

– Dessa vez não vou interferir. Vamos ver até onde vai sua inteligência... – provocou.

Andei calmamente entre as estantes, observando atentamente cada frasco. Assim que percebi que a loja era organizada por ordem alfabética e por risco, consegui reunir todos os ingredientes facilmente.

Apesar de não admitir, Snape pareceu satisfeito.

Encerramos o dia no último lugar que imaginei.

Sorveteria Florean Fortescue.

– O que foi? Vai ficar parada na entrada?

– Não... É que... É que eu nunca imaginei um dia te ver entrando numa sorveteria, carregando sacolas... E por vontade própria! – ri

– Caso ainda não tenha percebido, também sou humano Violet. – disse olhando-me nos olhos. – Você realmente vai ficar parada aí? – falou enquanto entrava na sorveteria.

Com um sorriso nos lábios, entrei logo em seguida.

–---

– Está tarde, é melhor irmos... – disse ele.

– Tudo bem... – bocejei

– É... Parece que alguém está com sono... – debochou.

– Onde? – brinquei.

– Vamos logo palhaça. – retribuiu no mesmo tom.

Eu decididamente preciso me acostumar com essa versão dele...

Novamente aparatamos, mas dessa vez não voltamos para Hogwarts, e sim para a Toca. Todas as luzes estavam acesas, era perfeitamente audível a bagunça dentro da casa. Com um rápido movimento, Snape enfeitiçou as sacolas, que couberam em uma única bolsa.

– Como você aguenta isso? – perguntou, referindo-se ao barulho.

– Passo a maior parte do tempo no quarto ou no jardim, lendo é claro... E Hermione é uma excelente companhia. – brinquei – Obrigada, foi um dia muito divertido... – sorri.

– Te vejo na escola então... – deu um meio sorriso e começou a se afastar.

Por que ele tem tanto receio de me abraçar ou demonstrar qualquer tipo de carinho?

Logo Snape desapareceu, deixando-me sozinha. Suspirei novamente e entrei na tumultuada casa.

Violet Eileen Evans Prince!! – exclamou Harry assim que desceu as escadas e encontrou-me fechando a porta – Posso saber onde a senhorita estava? Tem ideia de que horas são?

Assim que disse meu nome, Hermione e os Weasley apareceram, porém, com um sinal da primeira, ninguém se manifestou.

– Eu tive que sair... – disse eu simplesmente.

– Com quem? – cruzou os braços.

– Como assim com quem? – fiz-me de inocente.

– Fiquei sabendo que você anda recebendo cartas de um homem... – nesse momento gelei. Será que ele já sabe? – Quem é? Foi com ele que você saiu?

– Como assim “fiquei sabendo”? E que tom é esse senhor Potter?

– Isso não importa... Só me responda com quem saiu e por que não avisou a ninguém...

Quem ele pensa que é para falar assim comigo?

Hermione e Rony se olharam, certamente sabiam que eu não iria ficar quieta por muito tempo.

– Harry... Sem ofensas mas... Não te devo explicações... – falei.

Fred e Jorge riram abertamente, Percy olhou-me com reprovação e Rony e Hermione continuavam a nos observar atentamente.

– Como assim “não deve”? Sou seu irmão! – exclamou Harry.

– Exatamente! Irmão, não pai! – elevei o tom da voz – Me responda uma coisa Harry, quem de nós dois é o mais velho?

– Isso não...

– Apenas responda – cortei-o.

– Você. – disse a contragosto.

– Exatamente. EU sou a mais velha, EU provavelmente sei me defender melhor que você... Logo, EU não devo satisfações a VOCÊ. – expliquei.

– Violet, eu fiquei preocupado!

– Eu não estou dizendo o contrário. Entendo que tenha ficado preocupado, mas isso não é motivo para me tratar assim!

– Assim como?! – atacou.

Você quer brincar Harry? Então vamos brincar!

– Como se fosse meu pai! – gritei, já sem paciência.

Nem ele fala assim comigo!

– Violet...

– Já chega! Você vive me tratando como uma criança! Poxa Harry, tenho 14 anos, quase 15! O caçula aqui é você! – me exaltei – Eu que deveria ficar te interrogando e não o contrário!

– Você não precisa me “interrogar”, não tenho nada a esconder! – defendeu-se.

– Ah é? Então vamos mudar o jogo. – comecei. – Onde estava o dia todo?

– Em casa.

– Com quem?

– Com Rony e Hermione.

– Falaram sobre o que?

– Coisas.

– Que tipo de coisas?

– Escola – suspirou.

– E os gêmeos?

– Ficaram conversando com o Percy. – respondeu vitorioso.

Ah maninho... Não cante vitória antes da hora...

– Por que não saiu de casa?

– Porque eu não quis.

– Por quê?

– Eu já disse, porque eu não quis. – Harry começou a mostrar sinais de impaciência.

– E quanto à Gina?

– Não sei.

– Não foi essa a pergunta.

– Como não?

– Por que não assume logo que gosta dela?

– O quê?! – gritou Rony.

– Cala a boca Ron! – sussurrou Hermione.

– C-como assim? – gaguejou Harry.

– Vamos, responda! Estou preocupada com a sua vida maninho... – fiz biquinho.

– Violet, isso é tipo de pergunta?

– VIU! – gritei vitoriosa - Como se sentiu sendo bombardeado por perguntas?! Mal não é? Pois é assim que me sinto!

– Você está exagerando...

– Eu não sou uma criança! Se formos nos termos biológicos, VOCÊ que é a criança entre nós dois! – gritei - As únicas pessoas a quem devo alguma explicação aqui são o Sr. e a Sra. Weasley, os donos da casa. Você é meu irmão, mas parece que não me conhece... Então só vou avisar uma vez – aproximei-me - Odeio que tentem me controlar, então pare de agir como se fosse meu pai, porque você não é!

Assim que terminei subi para o quarto e me tranquei.

Quem ele pensa que é?


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Notas finais do capítulo

Primeira discussão dos irmãos maravilha.... *o*

E então? Mereço reviews e recomendaçoes??

—----
Gostaria de agradecer a todos os 50 leitores, nunca pensei que chegaria a um número tão grande! Fico imensamnte feliz quando vejo que de 1 passou para 2, de 2 para 3... de 49 para 50!! Muito obrigada mesmo!!!

Outra coisa que me deixou muito feliz foram os comentários. Li cada um deles e resondi todos com um sorriso no rosto! Quanto às críticas, obrigada, realmente me ajudaram a melhorar a história.

Espero que tenham gostado da 1ª temporada... Nos vemos na próxima!!!!

Mas antes! Uma perguntinha: O que querem ver na próxima temporada??

P.S.: Quanto à 2ª Temporada, o link está abaixo, espero que gostem tanto quanto eu!!

http://fanfiction.com.br/historia/418973/My_Little_Gift_The_Orphan_-_Season_2/