The Orphan - Season 1 escrita por Stéfane Franco


Capítulo 24
Capítulo 22 – Reunion


Notas iniciais do capítulo

Bom dia!!!

Aqui estou com o tão esperado capítulo.... Espero não decepcioná-los!!



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Capítulo 22 – Reunion

“Reunião”



– Violet –

– Shhh... Está tudo bem... Está tudo bem... – repetia ele enquanto abraçava-me.

Não sei quanto tempo ficamos assim. Enquanto lágrimas corriam pela extensão do meu rosto, Snape afagava meus cabelos, embalando-me como a uma criança. Pouco a pouco meus soluços foram cessando-se e a cada minuto voltava a me acalmar.

– Está melhor? – perguntou-me ele.

– Sim... – acenei – Obrigada...

Permanecemos em silêncio por alguns segundos. Era incrível como um simples abraço podia me transmitir tanta segurança!

– É melhor sairmos daqui... Logo o Ministério aparece. – disse ele.

Acenei novamente e, sem tirar os braços do meu redor, conduziu-me através do caminho repleto de móveis e tecidos queimados.

– O que aconteceu Violet? De quem estava fugindo?

Sua voz estava carregada de preocupação. Pela primeira vez vi um Snape diferente, mais...humano.

– Eu... – suspirei – Eu não aguentava mais ficar no mesmo espaço que os outros... Me sentia sufocada. - confessei - Então saí para caminhar, mas não deu muito certo... Na correria um pedaço de madeira acabou caindo em mim e eu desmaiei...

– O quê?!

– Eu estou bem... – afirmei – Acordei há alguns minutos atrás...

– De quem fugia? – insistiu.

– Um homem apareceu e tentou me levar para outra mulher... Só não me pergunte o porquê, pois não sei...

– Ele não vai chegar perto de você... Está segura agora. – garantiu-me, apertando o abraço– Já aparatou alguma vez?

– Não... – respondi confusa.

– Ótimo, considere esta como uma primeira vez. – disse sarcasticamente.

E então tudo ficou turvo, senti uma tontura horrível e, se não fosse o braço de Snape me segurando, pensaria que estava caindo num espaço sem fim. Em questão de segundos estávamos em frente à casa dos Weasley.

– Está se sentindo bem?

– Só um pouco enjoada... – falei

– É normal nas primeiras vezes... – disse ele, levando-me pela mão até a porta da casa desengonçada. – Tente não se meter em confusão novamente...

– Obrigada... – sorri verdadeiramente.

Snape parecia não querer me soltar, assim como eu não tinha vontade alguma de me afastar.

– Eu preciso ir... – disse ele, soltando-me a contragosto.

– Tudo bem... – suspirei

Snape virou-se relutante e começou a se afastar. Sem ao menos pensar, corri em sua direção e o abracei, sendo bem recebida.

– Obrigada. – disse eu com um sorriso no rosto.

– Tome cuidado. – pediu, beijando o topo da minha cabeça e afastando-se segundos depois, aparatando e desaparecendo.

Senti uma vibração boa correr em minhas veias. Com o abraço em mente, entrei na casa tumultuada.

– Violet! – gritou Harry, vindo ao meu encontro.

– Eu sabia que ele a encontraria... – disse Hermione com um tom vitorioso.

– Onde estava? – perguntou Fred.

– O que aconteceu? – disse Rony, saindo de sua poltrona rapidamente.

– Você está bem, querida? – indagou-me a Sra. Weasley.

– Está machucada? – falou Arthur.

– Por que não voltou quando a confusão começou? – disse Harry num tom imperativo.

– Você é louca?! – gritou Jorge.

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– Chega! – gritei – Acalmem-se, por favor... Um por vez!

E aqui estou novamente...

– Onde você estava? – repetiu Harry.

– No campo do festival.

– O que aconteceu? – voltou a falar.

– Eu desmaiei e fiquei por lá um bom tempo... – suspirei, sentando-me num dos sofás.

– Você está bem? – perguntou Molly novamente.

– Estou com dor de cabeça, então... Se não se importam, eu gostaria de subir...

– É claro querida...

– Só me diga uma coisa: foi o professor Snape que te encontrou? – indagou Arthur.

– Sim... Como sabem?

– Hermione sugeriu que pedíssemos ajuda a ele...

– E por incrível que pareça, ele foi te procurar... – disse Fred num tom debochado.

– E encontrou. – completou Jorge.

– Deixem-na em paz! Ela precisa descansar agora... – disse Molly – Violet querida, quer que eu te leve um chá?

– Não precisa Sra. Weasley, eu não quero nada – tentei ser gentil – Hermione, você poderia vir comigo, por favor?

– É claro... – disse ela.

– Até amanhã Violet – disse Harry, beijando-me novamente.

Eles já estão exagerando! Me tratam como seu eu fosse uma criança rebelde e irresponsável! Esse grude todo chega a incomodar...

Assim que chegamos ao quarto e fechamos a porta, Hermione sentou-se e esperou que eu começasse.

– Hermione, você pode me explicar o que aconteceu?

– Bom, resumindo... Quando a confusão começou, todos nós voltamos até a chave de portal pensando que você já estaria em casa ou ali por perto. Quando chegamos e vimos que você não tinha aparecido, entramos em pânico... E... Bom, eu pensei que alguém poderia voltar e te procurar...

– E você sugeriu logo o Snape? – perguntei o mais surpresa que eu pude.

– É... Não me leve a mal Violet, mas desde aquela noite na Casa dos Gritos eu passei a te observar melhor e...

– E...?

– E juntado as peças, concluí que ele é uma pessoa muito importante na sua vida, e você na dele... Acho que sabe o que quero dizer... – insinuou um tanto envergonhada.

– O que você sabe exatamente?

– Ele é o seu pai não é? – disse direta.

– Como...? – suspirei – Está tão evidente assim?

– Pra mim sim... Eu percebi que ele te tratava diferente dos demais, era como se estivesse buscando sua aprovação. Quando você se metia em confusão ele estava por perto e te ajudava... Sem contar que, sem ofensas mas, vocês dois são iguais no quesito “gênio”...

Sua última frase rendeu várias piadas sobre meu humor e diversas comparações entre mim e ele. Hermione e eu conversamos bastante no quarto, até que senti-me segura para contar quase tudo a respeito do meu pai. Eu precisava conversar com alguém.

– E o que vai fazer agora? – perguntou-me após um tempo.

– Não faço ideia... Só sei que preciso consertar as coisas que falei...

– Posso dar uma sugestão?

– É claro!

– Eu ainda acho que uma boa conversa faz milagres... Fala com eles, explica seu ponto de vista e diz como se sentiu... Peça desculpas.

– Eu também pensei nisso...

– Se eu fosse você, escreveria um bilhete para a Minerva pedindo um encontro... Diga que vocês precisam conversar urgentemente... – sugeriu.

Nunca parei para observar, mas agora vejo que ela é realmente uma boa pessoa...

– Até que é uma boa ideia... – sorri. – Se eu escrever a carta agora, você envia para Hogwarts?

– É claro! Eu tenho papel e caneta na minha bolsa...

Hermione levantou-se e pegou um pedaço de pergaminho, entregado-me juntamente à uma caneta trouxa.


“Querida Minerva, se é que ainda posso chamá-la assim,

Eu estive pensando muito nesses últimos meses e acho que precisamos conversar...

Sei que é pedir muito, mas será que a senhora teria um tempinho para me ouvir?

P.S.: por favor, não conte nada ainda ao Snape.

Violet Eileen.”


Após escrever o bilhete, entreguei à ela, que desceu as escadas e enviou para Hogwarts em meu nome.

Agora é só torcer para que a Minerva responda...

–---- no dia seguinte ------

Dormi a noite toda... Não tive sonhos ou pesadelos.

Assim que o relógio soou 7 horas todos já estavam acordados e, como era de se esperar, tomavam o café da manhã tempestuosamente. Como o costume recém-adquirido, levantei-me e, após realizar a higiene necessária, desci para a cozinha.

– Finalmente desceu, pensei que teria que mandar esses dois para te acordar... – brincou Harry, indicando os gêmeos.

– Eu já ia pegar um balde – disse Fred

– E eu a água... – completou Jorge.

– Bom dia pra vocês também... – disse eu um tanto sonolenta.

– Violet, chegou uma carta para você... – avisou-me Hermione com um olhar cúmplice.

Imediatamente peguei o envelope e voltei para a privacidade do meu quarto.

“Querida Violet,

Não imagina o quanto fiquei feliz em receber sua carta...

Eu adoraria conversar com você, creio que precisamos resolver muitas coisas não é?

Se puder, venha até Hogwarts hoje pela manhã, e não se preocupe, Snape não saberá...

Com carinho,

Minerva”

– Ela aceitou! – exclamei

Guardei a carta entre minhas coisas e desci para informar à todos que iria até Hogwarts, porém, assim que sentei-me à mesa, a Sra. Weasley passou a falar sobre o novo ano letivo e o material que precisaríamos.

– Nós vamos hoje ainda... Quanto mais cedo, maiores as chances de pegarmos materiais bons... – disse ela.

– Você vai adorar conhecer o Beco Diagonal Violet! – exclamou Harry. – É incrível!

– Lembre-se que eu já conheço Harry... – observei - Além do mais, não vou com vocês hoje...

– Como assim não vai? – indagou ele.

– Por quê? – perguntou Rony.

– Eu preciso encontrar com uma amiga, temos que conversar e resolver algumas coisas...

– Amiga? Qual amiga?

– Sem ofensas, mas só porque você é meu irmão não quer dizer que eu tenha que dar satisfações... Além do mais, eu sou mais velha por aqui...

– E como você vai comprar o material depois? – perguntou num tom vitorioso.

É... Ele não me conhece mesmo...

– Não se preocupe, dou um jeito... – pisquei – Agora preciso me arrumar. Aliás, todos vocês precisam não é? – ri.

– Tudo bem... – suspirou vencido – Se é assim que você quer...

Logo que terminamos o café seguimos até nossos respectivos quartos e nos arrumamos. Cerca de 1 hora depois estavam todos prontos em frente à lareira na sala.

– Vamos lá então... Rony querido, você primeiro – disse Molly.

E assim um a um foi entrando na lareira e, dizendo “Beco Diagonal”, desapareceram.

– Tem certeza que não quer ir? – perguntou-me Harry, o último que ainda restava no ambiente.

– Tenho. Agora vá... – sorri, dando-lhe um abraço e me despedindo.

Logo estava sozinha no centro da sala. Voltei para meu quarto e peguei algumas coisas, descendo e adentrando na lareira.

Em segundos estava novamente em Hogwards.

Como senti saudades desses longos e úmidos corredores!

Passei a percorrer os enormes caminhos de pedras até a sala onde a professora de Transfiguração deveria estar.

Duas batidas.

– Entre – disse ela

Assim que abri a porta da sala, vi uma mulher sentada à escrivaninha abarrotada por pergaminhos e canetas.

– Com licença... – falei

– Violet! – seu rosto encarou-me e abriu-se num sorriso terno. – Que bom que veio...

Como senti falta desse sorriso!

– Não estou interrompendo nada não é?

– Não, é claro que não... Sente-se.

– Obrigada...

– Violet, primeiro quero pedir desculpas novamente... Eu...

– Não, não precisa – cortei-a – Quem precisa pedir desculpas aqui sou eu...

Minerva olhou-me com surpresa, então prossegui.

– Fui injusta e egoísta, pensei apenas em mim e ignorei o resto... Fui uma completa idiota... – sorri – Passei minha vida inteira imaginando o que aconteceu comigo e por que fui abandonada e agora que descobri, agi como uma criança mimada!

Sentei-me na beirada da cama, suspirei e continuei.

– Eu pensei bastante em tudo que aconteceu e cheguei à conclusão que a senhora não é a culpada, aliás, ninguém teve culpa... Foram apenas as circunstâncias e certo Comensal... – falei rancorosa.

Ainda descubro quem é esse Comensal que me separou de minha família...

– Admito que, se eu estivesse no seu lugar e a Alessa viesse me pedir o mesmo que Lillian te pediu, eu não hesitaria. – confessei – De todos, ela é minha melhor amiga... Eu faria qualquer coisa por ela... – sorri. – No mundo dos trouxas há um ditado que diz: “você só dá valor a alguém quando o perde”... Acho que agora eu aprendi...

Minerva aproximou-se e sentou-se ao meu lado, segurando minhas mãos nas suas.

– Senti tanto a sua falta... – sussurrei.

McGonagall puxou-me para o seu colo e abraçou-me como apenas uma mãe faria.

– Não se preocupe mais com isso... Apenas prometa que nunca mais fará algo assim...

– Eu prometo – acenti

– Ótimo – sorriu – Me poupa de assinar uma detenção de 3 anos... – brincou.

Ficamos horas conversando e nos divertindo, sentia tanta falta dela!

Ele está em Hogwarts? – perguntei após um tempo.

– Só não sei onde... Ele é o único que consegue sumir pelo castelo... – comentou - Você quer vê-lo?

– Sim... – concordei

– Se quiser posso ajudá-la a encontrá-lo...

– Não precisa... Acho que eu sei onde ele está... – sorri pensativa.

Assim que nos despedimos voltei a andar pelos corredores. Enquanto passava pelas estátuas e quadros ao longo do caminho, senti meu coração mais leve, como se tivesse acabado de tirar um peso da consciência.

Logo estava em frente a uma longa escada, cada degrau deixava-me mais nervosa.

O que eu iria encontrar no topo?

– Minerva, já disse para me deixar sozinho. – disse ele de costas, observando a Floresta Proibida.

– Ás vezes ficar sozinho não é a melhor opção... – falei encostando-me na parede ao meu lado.

Snape virou-se surpreso, certamente não esperava ver-me ali.

– Violet! O que faz aqui? – perguntou-me

– Falava com a Minerva... – expliquei – Acho que estamos bem agora... – sorri.

– Que bom... – disse um pouco cabisbaixo, voltando a observar a paisagem que se formava.

Um silêncio mortal formou-se, enquanto ele observava algo além do castelo, eu procurava as palavras para começar.

– Me desculpe... – suspirei, fazendo-o virar-se novamente.

– Pelo quê?

– Pelo modo como agi quando conversamos... Eu estava nervosa e tinha tanta coisa na cabeça que nem pensei direito... – pausei – Sabe, minha vida toda me perguntei quem era minha família... Sempre quis saber quem eu realmente era... – sorri – E quando descobri, ignorei... Não costumo dizer isso mas... Fui realmente muito egoísta. E por isso peço desculpas... – uma lágrima solitária caiu de meus olhos.

Snape aproximou-se lentamente e tocou meu rosto.

– Desculpe não ter contado antes...

Acenei positivamente. Meus olhos sentiam a necessidade de libertar toda a água guardada dentro deles, mas contive-me.

Quem diria que um dia eu veria Severo Snape se desculpando...

– Você tem os olhos da minha mãe... – observou.

Um sorriso iluminou meu rosto e finalmente as lágrimas guardadas começaram a cair. Severo deu um meio-sorriso e puxou-me para um forte abraço. Snape segurou-me em seus braços de tal forma que fui levantada à centímetros do chão.

– Nunca mais se afaste... – pediu-me com a voz embargada, fazendo-me acentir – Nunca mais...

Ficamos assim por vários minutos. Era tão confortante ser abraçada por ele... Por meu pai!

– O que acontece agora? – sussurrei em seus ombros.

– Agora... – começou ele, devolvendo-me ao chão e segurando meu rosto com suas mãos – Você que não se atreva a se afastar de mim novamente... – sorriu – Você é minha filha, e nunca mais quero te ver longe... Ouviu bem?

– Sim... – garanti, rindo com um sorriso enorme no rosto - ... pai... – arrisquei.

– Ótimo. – concordou – Agora é melhor descermos, está tarde...

Ele não reclamou por eu chamá-lo de pai? Isso quer dizer que estamos bem?!

– Nossa, nem vi o tempo passar... – ri – Molly deve estar preocupada... Preciso ir...

– Não, não precisa.

– Como?

– Está tarde, você não vai sair desse castelo a essa hora.

– Mas vou usar a rede de flú

– Violet, está tarde. Você vai passar a noite aqui e amanhã volta. Aliás, deve estar com fome não é? Está em Hogwarts desde manhã e não deve ter comido nada...

– Eu... Eu pensei que nenhum aluno podia permanecer em Hogwarts durante as férias...

– Você não é uma aluna qualquer, é minha filha. – afirmou – Vamos, você vai jantar aqui e depois passar a noite em seu quarto. – disse ele levando-me para as escadas.

Eu estava extremamente surpresa. Ele se preocupava comigo!

Foi um pouco exagerado, mas mesmo assim...

Ele diz que sou sua filha de boca cheia... É como se tivesse orgulho! Nunca fui tão feliz em toda minha vida, tinha meus amigos, um irmão, uma madrinha e agora um pai.

E o melhor de tudo: eles gostavam de mim.










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Notas finais do capítulo

Infelizmente é o último capítulo antes do "gran finale"....

O que acharam da "reunião"? Faltou algo?

Vejo vocês no próximo capítulo...

Bjjss!!!