The Orphan - Season 1 escrita por Stéfane Franco


Capítulo 16
Capítulo 14 - The Game


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde!!! Como eu disse antes, estou compensando o capítulo anterior, esse ficou bem grande...

Obs.: não sei ao certo os detalhes de um jogo de Quadribol, portanto, reinventei as regras... :D

Espero que gostem!!



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– Violet –

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– Finalmente! – exclamei frustrada.

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– Finalmente o que Violet? – perguntou-me Minerva, que se aproximava ao lado dele.

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– É que amanhã os alunos começam a voltar e...

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– Você não aguenta mais ficar aqui sozinha não é? – apostou

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– Na verdade eu não me incomodo. – corrigi – O que me deixa animada é que as aulas finalmente vão começar.

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– Você é a primeira, depois da Srta. Granger, que fica feliz por voltar às aulas... – riu

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– Ninguém ganha da Hermione... – ri – Mas eu gosto de estudar, de aprender coisas novas...

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– Está completamente certa... – sorriu. – Já acabaram seus treinos? – perguntou.

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Snape olhou-me com extrema curiosidade, como se não soubesse do que se tratava.

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– A parte mais pesada sim... Meus braços ainda não se recuperaram... – ri – Agora estou fazendo exercícios apenas para não perder o ritmo. – garanti.

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– Hmmm... Espero que Harry esteja treinando também... – falou com um ar pensativo, fazendo-me rir.

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– Eu também... É sempre bom um desafio... – pisquei.

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– Por que será que isso não me surpreende? – ironizou, olhando de soslaio para Snape.

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Será que ela sabe?

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– Agora preciso ir, tenho meus “exercícios” matinais... – sorri - Com licença. – falei, seguindo pelo corredor.

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Dormia tranquilamente, até que senti mãos me empurrarem.

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– Eu não acredito! Nós voltamos e ela está dormindo? – falou Alessa.

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– Só estou descansando as pálpebras – respondi, com um sorriso no rosto.

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Imediatamente levantei-me e abracei-as, uma por uma.

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– Finalmente voltaram! – gritei.

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Coversamos por horas, rimos, brincamos, escrevemos... Tudo!

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Como eu senti a falta delas...

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– Vamos subir? Acho que nós não somos as únicas com saudades de você... – falou Sophie.

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– Mas primeiro você tem que trocar de roupa. – mandou Alessa.

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– O quê? Por quê? - perguntei

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– Você vai até o salão principal de camisola?! – brincou ela, gargalhando.

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Assim que entramos percebi que o salão estava novamente repleto de alunos por todos os cantos. Atentamente procurei pelo pessoal da Grifinória, mas a única que encontrei foi Gina.

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Estranho... Onde eles estão?

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Logo senti alguém me pegar pela cintura e levantar.

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– Ah! – assustei-me. – Fred, me solta! – brinquei.

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– Calma Eileen Jr.! – falou Jorge.

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Assim que me soltou percebi que todos eles estavam ali, logo atrás de mim.

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Harry foi o primeiro a me abraçar, seguido por Rony, Hermione, Fred e Jorge.

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– Senti sua falta... – confessou Hermione, como sempre sentimental.

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– Eu também. – sorri - Mas e então, como vão meus grifinórios prediletos? – brinquei, abraçada à Alessa.

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Durante o jantar inteiro rimos e nos divertimos. Vez ou outra meus olhos corriam para a mesa dos professores, sempre encontrando os de Snape no caminho. Logo fomos mandados novamente para os dormitórios, encerrando o dia.

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Na manhã seguinte voltamos a acordar cedo, mas dessa vez era para a primeira aula.

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– Vocês sabem quando são os testes para o time de quadribol?

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– Acho que amanhã, por quê?- respondeu Sophie.

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– Porque vou participar. – falei simplesmente, surpreendendo-as. – Mas por enquanto é segredo, só vocês e a Minerva sabem...

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Passamos o dia todo discutindo sobre quadribol e o quanto o jogo é inapropriado para meninas. “Eu não tenho medo”, afirmei. Entre uma aula e outra adiantamos todas as tarefas e assim ficamos livres para conversar no jardim.

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Minha ansiedade aumentava a cada momento, por que tinha que demorar tanto?

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Acordei cedo e fui direto para a quadra de quadribol para os primeiros testes da Sonserina. O capitão olhou-me de cima abaixo.

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– Você é muito pequena para ser batedora, talvez apanhadora, mas o cargo já é do Malfoy. - debochou.

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– Você já está aqui, o que custa fazer o teste? – falei autoritária – Posso ser pequena, mas as aparências enganam... – garanti.

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– Você não vai fazer teste nenhum. Se quiser pode assistir – piscou, deixando-me sozinha na arquibancada.

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Como é?!

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Enquanto pensava em formas de vingar-me, Alessa e as meninas apareceram. Logo atrás estavam Dumbledore e Madame Hooch.

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– O que ele disse?! – inconformou-se Sophie.

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– Ele quer ser azarado não é? – brincou Mary.

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– O que vai fazer? – insinuou Alessa.

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– Ainda não sei, mas por isso não vai ficar. – garanti, com o bastão nas mãos.

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Permanecemos por alguns minutos no treino, os batedores eram muito lentos.

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– Violet cuidado! – gritou Alessa, apontando atrás de mim.

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Rapidamente virei-me e rebati o balaço mandado na minha direção com toda a força que tinha. A bola lançou-se rapidamente até o “gol”, marcando 10 pontos.

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– Uau! – exclamou Sophie – Belo reflexo...

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Já tomada pela raiva levantei-me e encarei o capitão, que me olhava com cara de idiota e a boca aberta. Pelo canto dos olhos percebi Dumbledore e Madame Hooch observando-me surpresos.

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– O que você pensa que estava fazendo?! Ficou louco garoto?! – gritei, fazendo-o passar vergonha – Da próxima vez mire no gol e marque um ponto pra variar!

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– Como... – gaguejou. – Como você...

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– Eu avisei. – garanti.

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– Marc, acho que deveria dar uma chance... Viu o que ela fez? Conseguiu acertar um balaço em alta velocidade sentada e distraída, e ainda marcou ponto! – falou um dos jogadores.

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– Eu...

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– Fecha a boca Marc, assim não entra mosca. – debochei. – E agora, posso ou não fazer o teste?

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– Tá, mas não pense que seremos “gentis” apenas por você ser uma garota.

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– Eu nunca pedi isso. – garanti com um sorriso irônico.

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Com a expressão vitoriosa dirigi-me ao centro da quadra levando minha vassoura. Coloquei as proteções necessárias e subi para junto dos outros.

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– Tente tirar o balaço de mim e marcar ponto. – falou Marc.

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– Tudo bem.

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E assim começamos. Marc voava pelo campo e eu o seguia. Em poucos segundos consegui a posse da bola e arremessei. Ponto!

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– Prince! – gritou outro jogador.

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Assim que virei percebi que este mandava outro balaço na minha direção. Rapidamente rebati, mandando-a no “gol”. Ponto novamente!

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Todos os jogadores decidiram jogar bolas e objetos para eu me desviar. Em determinado momento percebi que as meninas observavam-me atentamente, preocupadas. Rebati tudo que me foi lançado e marquei pontos em cada lance.

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– Já se cansaram? – gritei para o time, que lentamente descia.

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– Bem vinda ao time batedora. – sorriu, oferecendo-me a mão.

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A partir desse dia treinamos todos os dias para o primeiro jogo pós-férias. Por ordem do capitão ninguém sabia da “nova batedora”. Segundo ele, seria uma surpresa.

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O único problema era o tempo, que piorava conforme o jogo se aproximava.

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– Acho que teremos que adiar o jogo. – falou Marc no último treino. – O tempo não está bom o suficiente. Vamos trocar com a Lufa-lufa.

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– Então está com medo? – aticei.

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– Como é Prince? – perguntou-me

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– Isso mesmo que ouviu. Está com medo de perdermos para a Grifinória?

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– É claro que não!

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– Então por que vamos desistir? Pensei que estivéssemos treinando para isso!

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– Meu braço ainda dói... – reclamou Draco.

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– Cala a boca Malfoy, nós dois sabemos que é mentira. – rosnei. – E então Marc? Vamos fugir logo no primeiro jogo por um probleminha desses? Onde está a honra da Sonserina? – provoquei.

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– Sua... Sua...

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– Para de gaguejar e fala logo. Vamos desistir Sonserina?! - gritei

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– Não! – gritou um dos jogadores – A Sonserina nunca desiste!

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– A Sonserina nunca perde! - gritou outro.

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– Então vamos entrar naquele campo e acabar com a Grifinória! – afirmou Marc, caindo na minha “armadilha”.

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Homens...

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Finalmente o grande dia chegara!

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Entrando no salão principal percebi Olívio Wood e os gêmeos Weasley conversando sobre o jogo, pareciam preocupados. Aproximei-me de Harry e começamos a conversar.

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– Tome cuidado sim? O tempo não está muito bom e com certeza choverá mais forte. – afirmei.

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– Não se preocupe, ficarei bem. Só torça por mim. – piscou

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– Sem chance, hoje é a Sonserina quem ganha – brinquei.

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– Claro... – riu.

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Assim que deu o horário os jogadores desceram os jardins em direção ao campo, as cabeças curvadas contra a ferocidade do vento. Malfoy como sempre ria de Harry.

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O time vestiu o uniforme esmeralda e aguardou o discurso do capitão. Marc foi patético, falou coisas como “temos que vencer”, “eles não são um bando de perdedores”, “nós somos superiores”... etc. Logo em seguida fez sinal para que todos o acompanhassem.

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– Você espera na entrada Prince, só aparece quando te chamarem. – avisou ele.

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– Tudo bem.

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Assim que as portas foram abertas um vento cortante invadiu o lugar, lançando um frio na espinha. Fortes roncos de trovões eram ouvidos, assim como a chuva caía impiedosamente.

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Como os professores autorizaram um jogo nessas condições?

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– Hoje as casas Grifinória e Sonserina se enfrentam numa eletrizante partida regada a muita adrenalina!! Onde está a torcida?! – gritou o narrador. Todos aplaudiram e gritaram o mais forte que puderam. – Agora vamos a uma novidade: Sonserina tem uma nova batedora! Isso mesmo, ela é rápida, feroz e muito, mas muito explosiva!

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– Jordan! – exclamou Minerva.

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– Desculpe Professora, foi apenas um detalhe. – comentou – Mas vamos ao que interessa! Apresento a vocês: Violet Eileen Prince!

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Logo que gritou meu nome sentei-me na minha vassoura e entrei em campo com segurança. Todos gritavam e aplaudiam, e por um momento pude perceber Harry observando-me assustado. Após a apresentação Madame Hooch mandou os capitães se cumprimentarem e, em seguida, levou o apito até a boca e soprou, num som agudo e distante.

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A partida começou.

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Os jogadores começavam a se movimentar rapidamente, porém a chuva forte impedia qualquer manobra. Depois de cinco minutos todos os integrantes estavam molhados, quase não se viam os alunos, eram apenas vultos. Com um movimento de minha varinha lancei o feitiço “Impervius”, repelindo a água no meu rosto. Minha visão melhorou significativamente. Consegui rebater três vezes, marcando ponto em todas.

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Ouvi-se um trovão, acompanhado por raios e luzes, a partida ficava cada vez mais perigosa. Adrenalina corria nas minhas veias. Então vi Harry subindo cada vez mais.

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O pomo.

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Assim que ia descendo os olhos percebi que sombras se aproximavam.

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– Prince! Direita! – gritou Marc.

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Imediatamente virei-me com o bastão para a direita e rebati o balaço.

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– Mais 50 pontos para Violet! E Sonserina continua na dianteira com uma diferença de 300 pontos! – gritou Jordan, acrescentando algo que não ouvi.

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Um frio terrivelmente familiar invadiu-me. Olhei para cima e vi Harry se desviando de algo, sem sucesso. Um dos vultos estava quase o alcançando. Não pensei duas vezes e voei o mais rápido possível em sua direção.

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– Prince! O que está fazendo? – perguntou-me alguém, mas não dei ouvidos.

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Desviei de todos os jogadores eximiamente e subi cada vez mais.

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Foi então que vi.

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Cerca de 50 dementadores rondavam-no.

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– Harry! - gritei, aproximando-me.

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Nesse momento um deles começou a sugar suas memórias.

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– Não!

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Com lágrimas nos olhos apanhei minha varinha

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– Expecto Patronum!! – gritei com todas as minhas forças.

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Um raio branco brilhante saiu de minha varinha, e para minha surpresa tomava forma. Uma enorme Águia se levantava, fazendo um ruído alto e forte. Apenas com o bater das asas espalhou um raio de luz pelo céu, espantando todos os dementadores.

nn

Harry perdeu a consciência e começava a cair.

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– Não! – gritei.

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Manobrando a vassoura desci o mais rápido possível, estendendo a mão para pegá-lo.

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Só... mais um pouco...

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Por mais que eu me esforçasse não conseguia alcançá-lo. Numa tentativa desesperada, inclinei-me para frente e finalmente agarrei o colarinho de sua blusa. Nesse momento minha mão escorregou do cabo de madeira e me desequilibrei.

nn

Eu estava caindo.

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Juntando toda a minha força agarrei-me no Harry. Levantei meu braço e logo senti minha vassoura colidindo com minha mão. Em uma só manobra subi na madeira e deitei-me, segurando Harry com a outra mão.

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Estávamos caindo cada vez mais rápido, em poucos metros bateríamos no chão e com certeza nos machucaríamos, ou pior, morreríamos. Usando as forças que me restavam manobrei a vassoura e consegui pousar Harry lentamente. Com ele seguro no solo desabei de encontro ao chão, fechando os olhos para a escuridão.

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– Pensei que eles estariam mortos agora...

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– Mas nem o óculos ele quebrou...

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Ouvi vozes murmurarem, mas nada fazia sentido.

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Onde estou? O que aconteceu? Como cheguei aqui?

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Meus braços doíam. Instantaneamente abri os olhos e vi Luna, Alessa, Sophie e Mary em pé de frente para a cama. Minha visão ainda estava embaçada, fazendo-me piscar repetidamente por conta da luz.

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– Violet! – exclamou Luna – Como você está? – perguntou preocupada.

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Logo todos voltaram seus olhos na minha direção. Mary e Alessa sentaram-se cada uma em um lado da cama.

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– Meus braços doem... – reclamei – O que aconteceu?

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– Você enfrentou dezenas de dementadores e caiu da vassoura. – resumiu Alessa.

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– Podia ter morrido... – sussurrou Sophie com os olhos vermelhos.

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Percebi que todas elas estavam pálidas e com os olhos inchados.

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– Vaso ruim não quebra... – brinquei, ganhando fracos sorrisos de todas.

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– Você não tem jeito mesmo... – reclamou Mary sorrindo.

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– E o jogo? – perguntei.

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– Vencemos. – comemorou Alessa. - Malfoy conseguiu pegar o pomo afinal de contas... Agora está se gabando pelos corredores. – revirou os olhos.

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– Mas todos sabem quem a Sonserina só ganhou com o pomo porque você marcou quase o dobro de pontos que a Grifinória sozinha! – falou Luna.

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Todas riram. Logo a cortina que isolava minha cama se abriu e mostrou rostos Grifinórios preocupados. Hermione foi a primeira a me abraçar.

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– Que bom que você acordou! Ficamos tão preocupados! – exclamou.

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– Ela quase morreu de ver vocês dois caídos... – debochou Jorge.

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– Você está bem? – perguntou Fred

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– Fora a dor nos braços, ótima.

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– Isso é normal quando se é um batedor. – piscou Jorge – Aliás, que surpresa hein!

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– Você é muito boa! Melhor que esses dois – falou Rony, arrancando risos de todos.

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– Se eu te jogar um balaço no corredor você consegue desviar? – brincou Jorge.

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– Jorge! – repreendeu Hermione e as meninas.

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– Que foi? É só curiosidade... – falou Fred.

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– E o Harry? – perguntei

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– Estou aqui... – disse ele na cama ao lado.

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– Você está bem?

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– Graças a você sim. – falou – Obrigado por me salvar... – agradeceu.

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– Sabe, Dumbledore ficou furioso, nunca o vimos assim. – começou Hermione – Assim que viu vocês dois caindo juntos ele correu para o campo, mas a Violet foi mais rápida e te segurou – falou apontando para o Harry – Quando você voltou para a vassoura e segurou o Harry ele meio que estagnou no lugar...

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– E então vocês caíram – completou Fred, rindo.

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– Ele ficou furioso que os dementadores tivessem invadido a escola, nós ouvimos... – falou Rony.

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– Dumbledore usou magia para colocar Harry numa padiola e saiu em pé até a escola ao seu lado com a padiola flutuando. – disse Fred.

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– E o Snape fez o mesmo com você – disse-me Hermione. - Todo mundo pensou que vocês tinham... – sua voz foi morrendo aos poucos.

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– Espera, foi o Snape que me trouxe aqui? A pé? – perguntei surpresa.

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– Sim, ninguém esperava que ele fosse fazer isso. Eu cheguei a pensar que a Minerva é que ia te ajudar, mas ele foi mais rápido que ela e até mesmo que o Dumbledore. – afirmou Fred.

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Isso não faz sentido...

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– Muito bem, vocês não acham que é muita gente aqui dentro? – disse Ponfrey, entrando na enfermaria acompanhada por Snape, Minerva e Dumbledore. – Vamos, podem sair. Você também Harry, já pode ir – concluiu com a expressão fechada.

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– E eu? – perguntei.

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– Você fica. – disse McGonagall com o ar severo.

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Oh não...

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Todos perceberam a bronca que viria e saíram.

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– Fique boa logo viu? – avisou Sophie dando-me um beijo no rosto. Apenas acenei.

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– Como se sente querida? – perguntou Ponfrey carinhosamente assim que todos saíram.

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– Meus braços estão doloridos, fora isso, bem. - garanti.

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– Isso é normal quando se é batedora. – garantiu Ponfrey.

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– Quem vai me dar a bronca? – perguntei depois de alguns segundos.

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– O que deu em você para se arriscar daquele jeito? – começou Minerva, séria – Podia ter morrido!

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– Deveria ter avisado aos professores ou simplesmente gritado sobre a presença dos dementadores – avisou Snape, visivelmente preocupado.

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Preocupado?!

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– Você se arriscou muito hoje Violet – falou Dumbledore serenamente.

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– Eu sei, me desculpem. Provavelmente quebrei algumas regras da escola não é? – arrisquei.

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– Com certeza – Snape novamente.

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– O que não é novidade. – completou Minerva, ainda séria. - Menos 20 pontos para a Sonserina. – disse ela. O que? 20? É muito! – Como fez aquilo? – disse ela assim que abri a boca para reclamar.

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– Conte-nos o que aconteceu. – pediu Snape calmamente.

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Por que parece tão preocupado? Pensei que não gostasse de mim... Ele não estava me ignorando? O que mudou?

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– Quando Marc avisou-me do balaço eu me virei para rebatê-la. – comecei. – Nesse momento vi o Harry subindo cada vez mais. – engoli – Até aí não tinha nada de mais afinal ele precisava pegar o pomo. – completei. – Foi então que vi vultos negros. Marc avisou-me novamente do balaço e rebati, nesse momento realmente percebi que eram dementadores e que estavam atrás do Harry.

nn

– Deveria ter nos avisado – interrompeu Minerva.

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– Naquela hora eu não pensei em nada, apenas em ajudá-lo. Tentei chamar, mas ele não escutava. Então subi o mais rápido que pude. Quando vi um dos dementadores sugando sua energia fiquei desesperada. Saquei minha varinha e conjurei o Patrono. – confessei – Segundos depois todos eles se dispersaram e o Harry desmaiou. Ele estava caindo muito rápido e podia morrer. – estremeci com a lembrança - Desci novamente e, juntando as últimas forças que me restavam, consegui segurá-lo e evitar uma queda ainda pior. Quando o soltei não consegui mais aguentar e cai também. – finalizei. – Depois disso não me lembro de nada...

nn

– Não sabia que podia conjurar um Patrono Corpóreo tão poderoso – falou Snape.

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– Eu também não sabia – admiti. Todos me olharam espantados, então continuei – Eu já tinha feito um Patrono simples antes, mas era apenas um jato de luz... Quando conjurei o Patrono hoje, inicialmente saiu um raio de luz, mas então começou a tomar forma e cresceu tanto... Lembro que a águia fez um ruído muito alto e forte e bateu as asas, espalhando uma luz tão...intensa. Ainda não sei como fiz aquilo...

nn

– Mas o Patrono é matéria de quinto ano... – disse Minerva, surpresa.

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– Eu... – parei.

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Minha tia...

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Snape parece ter percebido meu incômodo e acrescentou.

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– Ela aprendeu muitas coisas com a tia. A Srta. Prince conjurou um Patrono simples no vagão do trem quando vinha para a escola, o próprio Lupin presenciou – falou ele.

nn

Agradeci mentalmente por não ter que falar nela e Snape notou, pois lançou-me um olhar diferente, como se dissesse “Não se preocupe”.

nn

– Para conjurar um Patrono tão poderoso seu pensamento feliz deve ter sido muito forte... – acrescentou Dumbledore.

nn

– Sim... – concordei. – Eu... – parei.

nn

Pensei na noite em que minha tia me mandou o berrador. Pensei no abraço e no conforto que Snape me propiciou. Aquele foi um momento muito importante, o mais feliz de que me lembro, o mais forte.

nn

Agora sei que aquele foi um momento pai e filha.

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Provavelmente o único que terei.

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Severo novamente percebeu minha hesitação e interrompeu.

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– Seus reflexos são muito bons. – elogiou.

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Dumbledore e Minerva o encararam com surpresa.

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– Obrigada. – sorri fracamente.

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– Pesar da irresponsabilidade, você demonstrou total habilidade com o Patrono, extremo controle durante o jogo e exímio reflexo. Também se mostrou altruísta em salvar um colega do time adversário. Arriscou sua vida para salvá-lo e conseguiu sobreviver. – falou Dumbledore – 100 pontos para a Sonserina. – acrescentou sorrindo.

nn

Snape parecia satisfeito e orgulhoso, afinal era o diretor da Sonserina.

nn

– Só não faça isso novamente. – acrescentou McGonagall, fazendo-me rir.

nn

– Obrigada – agradeci, sorrindo verdadeiramente.

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– Agora você precisa descansar. – disse Minerva. – Vamos?

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– Estimo melhoras. – desejou Dumbledore.

nn

Logo os professores saíram, deixando-me sozinha com meus pensamentos e um enorme sorriso estampado no rosto.

nn

– Snape – Flashback -

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– Hoje as casas Grifinória e Sonserina se enfrentam numa eletrizante partida regada a muita adrenalina!! Onde está a torcida?! – gritou o narrador. Todos aplaudiram e gritaram o mais forte que puderam. – Agora vamos a uma novidade: Sonserina tem uma nova batedora! Isso mesmo, ela é rápida, feroz e muito, mas muito explosiva!

nn

Não me disseram que o time tinha uma nova batedora...

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– Jordan! – exclamou Minerva.

nn

– Desculpe Professora, foi apenas um detalhe. – comentou

nn

– Mas vamos ao que interessa! Apresento a vocês: Violet Eileen Prince!

nn

Violet?!!

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Levantei-me imediatamente, mas por conta da chuva ninguém percebeu. Minerva segurou no meu braço e com o olhar mandou-me sentar.

nn

Logo Violet adentrou no campo, exalando total segurança. Todos gritavam e aplaudiam, e outros a olhavam surpresos. Após a apresentação Madame Hooch mandou os capitães se cumprimentarem e, em seguida, levou o apito até a boca e soprou, num som agudo e distante.

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A partida começou.

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Os jogadores começavam a se movimentar rapidamente, porém a chuva forte impedia qualquer manobra. Depois de cinco minutos todos os integrantes estavam molhados, quase não os via, eram apenas vultos. Concentrei-me nela.

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Seus movimentos eram rápidos e precisos, como se tivesse feito isso a vida inteira. Ela estava dominando o jogo.

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Ouvi-se um trovão, acompanhado por raios e luzes, a partida ficava cada vez mais perigosa.

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– Tome cuidado... – sussurrei, olhando-a fixadamente.

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Percebi que Violet ficou parada no centro do campo e observava algo. Potter.

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– Prince! Direita! – gritou o capitão do time.

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Imediatamente virou-se com o bastão para a direita e rebateu o balaço.

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– Mais 50 pontos para Violet! E Sonserina continua na dianteira com uma diferença de 300 pontos! – gritou Addison – Essa menina é um tornado! Em pouco tempo de jogo conseguiu garantir a liderança! Com toda essa força ela vai acabar rachando os balaços ao meio!

nn

– Jordan! – repreendeu Minerva novamente

nn

– Desculpe professora, foi apenas uma observação inocente... – falou – Espera ela está... subindo? Bom, como dizem os trouxas: “Para cima e além!”

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– Jordan!! – gritou Minerva, realmente irritada.

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– Desculpa professora... Foi só uma piadinha...

nn

Violet subia rapidamente, desviando de todos os jogadores. Em determinado momento desapareceu entre as nuvens.

nn

O que ela está fazendo?

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De repente uma luz branca brilhante se fez presente, dissipando as nuvens.

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Ninguém parecia perceber, mas dezenas de dementadores rondavam Potter e Violet. Um raio branco brilhante saiu de sua varinha e tomava forma. Uma enorme Águia se erguia, um ruído alto e forte foi ouvido. Ao bater suas asas espalhou um raio de luz pelo céu, espantando todos os dementadores.

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Ela... Ela conjurou um Patrono Corpóreo! Apenas os bruxos mais experientes conseguem conjurar um daquele tamanho!

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Nesse momento Harry caiu da vassoura em alta velocidade.

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– Oh Merlin! – exclamou Minerva.

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Todos os outros professores levantaram-se imediatamente, surpresos. Dumbledore mantinha uma expressão extremamente raivosa pela atitude dos dementadores.

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Manobrando a vassoura, Violet desceu o mais rápido possível e estendeu a mão para pegá-lo. Por mais que se esforçasse não conseguia alcançá-lo. De repente, inclinou-se para frente e finalmente agarrou o colarinho da blusa dele. Nesse momento se desequilibrou e caiu.

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– Não! – gritei, não evitando o desespero que me invadia.

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Antes que Dumbledore agisse, Violet levantou o braço e a vassoura foi ao se encontro. Em uma só manobra subiu na madeira e deitou-se, segurando o Potter com a outra mão.

nn

Estavam caindo em alta velocidade. Rapidamente deixei meu lugar e, acompanhado por Minerva, Lupin e Dumbledore, corri para o campo.

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Violet então manobrou a vassoura e evitou uma queda, pousando Harry lentamente. Logo em seguida, já livre do peso extra, desabou de encontro ao chão, fechando os olhos.

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– Violet! Harry! – gritou Minerva, indo de encontro aos dois no chão.

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Não, de novo não!

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– Violet. – perguntei, checando seus pulsos e sua temperatura. Tudo normal. Suspirei aliviado por encontrá-la viva. Imediatamente conjurei uma padiola e a deitei, seguindo para o castelo ao lado da padiola flutuante. Pelo canto dos olhos percebi que Dumbledore fazia o mesmo com Harry.

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– Por Merlin! O que aconteceu no jogo? – exclamou Madame Ponfrey com os olhos arregalados ao ver dois alunos desmaiados. – E vocês estão todos molhados! – completou, indicando a mim, Lupin, Minerva e Dumbledore.

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– Dementadores invadiram o terreno da escola durante o jogo e atacaram o Harry. – explicou Dumbledore com a expressão severa.

nn

– E ela?

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– Violet o salvou – disse eu.

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– É melhor eu ir acalmar os alunos. – falou Lupin.

nn

– Enquanto isso eu e Minerva vamos falar com os dementadores e com o Ministério. – completou Dumbledore.

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– Tudo bem, podem deixar que eu cuido deles. – tranquilizou-nos Ponfrey – Professor Snape, o senhor poderia pegar uma poção para mim por favor? – pediu.

nn

E assim saí em direção à minha sala para pegar o frasco. Logo voltei e Ponfrey medicou ambos os alunos, deixando-nos a sós.

nn

– Por que fez isso? – sussurrei, passando a palma da mão em seu rosto.

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Fiquei tão preocupado...

nn

Espera, o que está acontecendo comigo? Eu... Eu não posso deixá-la entrar...

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– Professor Snape, os amigos da Violet e do Harry estão aqui fora e querem vê-los – avisou-me Ponfrey.

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– Volto depois. – informei, saindo rapidamente da enfermaria para trocar minhas roupas molhadas.

nn

Minutos depois encontrei-me com Minerva e Dumbledore no corredor.

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– Severo, nós vamos conversar com a Violet, você quer vir também? – perguntou-me ela.

nn

É claro que sim.

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Assim que chegamos Ponfrey expulsou os demais alunos.

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– Muito bem, vocês não acham que é muita gente aqui dentro? – disse ela – Vamos, podem sair. Você também Harry, já pode ir – concluiu com a expressão fechada.

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– E eu? – perguntou Violet esperançosa.

nn

– Você fica. – disse McGonagall com o ar severo.

nn

Todos perceberam a bronca que viria em seguida.

nn

– Fique boa logo viu? – avisou uma das meninas sonserinas, Sophie, beijando-lhe o rosto.

nn

– Como se sente querida? – perguntou Ponfrey carinhosamente assim que todos saíram.

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– Meus braços estão doloridos, fora isso, bem. – garantiu.

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– Isso é normal quando se é batedora. – garantiu Ponfrey.

nn

Uma excelente batedora.

nn

– Quem vai me dar a bronca? – perguntou depois de alguns segundos, com o rosto incrivelmente inocente.

nn

– O que deu em você para se arriscar daquele jeito? – começou Minerva, séria – Podia ter morrido!

nn

– Deveria ter avisado aos professores ou simplesmente gritado sobre a presença dos dementadores – “Fiquei extremamente preocupado com a loucura que fez, pensei que te perderia também!” Acrescentei mentalmente.

nn

– Você se arriscou muito hoje Violet – falou Dumbledore serenamente.

nn

– Eu sei, me desculpem. Provavelmente quebrei algumas regras da escola não é? – arriscou.

nn

– Com certeza – falei, controlando meu ânimo.

nn

– O que não é novidade. – completou Minerva, ainda séria. - Menos 20 pontos para a Sonserina.

nn

Não importei com a perda dos pontos, meus pensamentos se resumiam à preocupação com a garota.

nn

– Como fez aquilo? – disse Minerva, interrompendo Violet, que certamente iria reclamar.

nn

– Conte-nos o que aconteceu. – pedi calmamente.

nn

– Quando Marc avisou-me do balaço eu me virei para rebatê-la. – começou. – Nesse momento vi o Harry subindo cada vez mais. Até aí não tinha nada de mais afinal ele precisava pegar o pomo. Foi então que vi vultos negros. Marc avisou-me novamente do balaço e rebati, nesse momento realmente percebi que eram dementadores e que estavam atrás do Harry.

nn

Então ela viu os dementadores antes e mesmo assim subiu...

nn

– Deveria ter nos avisado – interrompeu Minerva.

nn

– Naquela hora eu não pensei em nada, apenas em ajudá-lo. Tentei chamar, mas ele não escutava. Então subi o mais rápido que pude. Quando vi um dos dementadores sugando sua energia fiquei desesperada. Saquei minha varinha e conjurei o Patrono. – confessou – Segundos depois todos eles se dispersaram e o Harry desmaiou. Ele estava caindo muito rápido e podia morrer. – Violet pareceu estremecer com a lembrança - Desci novamente e, juntando as últimas forças que me restavam, consegui segurá-lo e evitar uma queda ainda pior. Quando o soltei não consegui mais aguentar e cai também. Depois disso não me lembro de nada...

nn

– Não sabia que podia conjurar um Patrono Corpóreo tão poderoso – falei curioso.

nn

– Eu também não sabia – admitiu. - Eu já tinha feito um Patrono simples antes, mas era apenas um jato de luz... Quando conjurei o Patrono hoje, inicialmente saiu um raio de luz, mas então começou a tomar forma e cresceu tanto... Lembro que a águia fez um ruído muito alto e forte e bateu as asas, espalhando uma luz tão...intensa. Ainda não sei como fiz aquilo...

nn

– Mas o Patrono é matéria de quinto ano... – disse Minerva, surpresa.

nn

– Eu... – parou.

nn

A tia. Naquela noite ela me disse que nunca mais queria pensar nela, que queria esquecer...

nn

Percebi a dor em seus olhos. Ela não queria falar nela.

nn

– Ela aprendeu muitas coisas com a tia. A Srta. Prince conjurou um Patrono simples no vagão do trem quando vinha para a escola, o próprio Lupin presenciou – disse eu, “salvando-a” da lembrança.

nn

Seus olhos olhavam diretamente nos meus num claro “Obrigado”. Sorri mentalmente, satisfeito por poder evitar a dor em seus olhos novamente.

nn

– Para conjurar um Patrono tão poderoso seu pensamento feliz deve ter sido muito forte... – acrescentou Dumbledore.

nn

– Sim... – concordou. – Eu... – parou novamente.

nn

Seus olhos viajavam nas lembranças e brilhavam. Fiquei extremamente curioso para saber do que se tratava. Mas logo a alegria se transformou em pesar.

nn

– Seus reflexos são muito bons. – mudei de assunto, numa tentativa de espantar a tristeza que a estava invadindo.

nn

Que lembrança feliz é essa capaz de deixá-la triste também?

nn

– Obrigada. – sorriu.

nn

– Apesar da irresponsabilidade você demonstrou total habilidade com o Patrono, extremo controle durante o jogo e exímio reflexo. Também se mostrou altruísta em salvar um colega, mesmo ele sendo do time adversário e não tendo obrigação alguma. Arriscou sua vida para salvá-lo e conseguiu sobreviver. – falou Dumbledore – 100 pontos para a Sonserina. – acrescentou sorrindo.

nn

Eu estava extremamente satisfeito. Não pela soma dos pontos, e sim por saber que fora ela quem recebeu. Violet era uma bruxa muito boa, praticava feitiços perfeitamente. Pela primeira vez admiti: eu sentia orgulho dela.

nn

– Só não faça isso novamente. – acrescentou McGonagall, fazendo-a rir.

nn

– Obrigada – sorriu novamente.

nn

– Agora você precisa descansar. – disse Minerva. – Vamos?

nn

Não, eu não queria sair. Queria ficar e abraçá-la, dizer que sou seu pai e que tenho orgulho de tê-la como filha!

nn

– Estimo melhoras. – desejou Dumbledore.

nn

Vencido, deixei a enfermaria pensativo e aliviado. Pelo canto dos olhos percebi que Violet ainda sorria. Fiquei o dia todo com este em mente, imaginando como seria eu ser o motivo de tal felicidade...

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Notas finais do capítulo

E então, gostaram???

O que acharam da nossa nova "batedora"??

Obs.: alguns capitulos atrás alguém me perguntou quem iria dar um tapa no Malfoy.... Digamos que o próximo será bem esclarecedor.... :D

Não deixem de comentar!!