Império Dos Sonhos escrita por Kiwriah


Capítulo 5
A cidade do céu


Notas iniciais do capítulo

Snowdrop revê quem pensou que tinha se ido para sempre.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/387634/chapter/5

O tão sonhado céu estava à sua frente e Snowdrop não sabia o que pensar. Na verdade ela não achava que era nada demais, digno de tanto mistério que é feito na terra sobre ele. Mas a verdade é que ela pensava assim porque não podia enxergar.

            A cidade era maior que qualquer uma existente na terra, a fim de abrigar todos os que foram bons pôneis. As ruas eram compostas de pedras preciosas. As casas tinham, cada uma, no mínimo três andares, eram pintadas com cores vivas e tinham vinhas e flores decorando o lado de fora, com grandes janelas. Havia uma praça e nela jardins, bancos, lojas e uma fonte de um querubim.

            Apesar de tudo, os pôneis não estavam nas ruas conversando ou brincando. Eles estavam em suas casas, o que causava um clima de cidade fantasma. Era por isso que Snowdrop não achava a cidade grande coisa: ela não tinha alegria.

            Foi seguindo em frente em direção à cidade e um guarda a abordou:

            - Bem-vinda ao Império dos Sonhos!

            - Obrigada. O que houve por aqui?

            - Parece que está na temporada de troca de estrelas, mas não se preocupe. Alguém fará esse serviço.

            - He he! Acho que esse alguém sou eu.

            - Ahhh! – sua reação mudou imediatamente – Então vá logo trocar aquelas malditas estrelas que eu não aguento mais ficar aqui de mau-humor!

            E o guarda que parecia tão gentil empurrou-a para o meio da cidade. Hunf! Parecia que tudo estava contra ela, mesmo. Foi então que ela se lembrou do que a princesa dissera: ela devia recuperar a visão quando entrasse na cidade. Snowdrop devia ser a pônei mais azarada do mundo.

            Ela devia achar um balão que a levasse para o lugar da troca das estrelas. Decidiu pedir informação (não para o guarda, ele não merecia mais nem um olá). Apertou a campainha de uma casa.

            DIM-DOM

            - Aff... mas quem veio me incomodar? – ela pôde ouvir de dentro. – Olá, em que posso ajudar?

            - Bem, eu... hm... eu preciso de uma informação... oi? Tá prestando atenção?

            - Aaaaaaaaaaaaaahaha! Eu conheço você, potrinha!

            - Desculpe, mas não reconheço sua voz.

            - Ora essa! Como não? Ah, você devia ser muito nova na época. Eu sou sua avó, Giselle, te conheci quando você era bebê! Que da hora! Cada vez mais entes queridos vêm nos encontrar!

            - Puxa, legal! – Ela disse, envergonhada por não se lembrar da sua avó.

            - Me dê um abraço, Snowy, querida!

            Quando elas se abraçaram, Snowdrop percebeu que a avó, além de ser muito moderninha (falava que as coisas eram da hora), tinha aparência de ser uma pônei de meia idade. E mais: tinha asas.

            - Você tem asas!

            - Claro, sou uma pônei-anjo. Também tenho uma auréola.

            - Estranho, he he.

            - Há! Olha quem fala: você também tem!

            - Que besteira e... – ela começou a se apalpar e percebeu que também tinha – que legal!!! Isso é demais!

            - Ah... novatos! Venha, vou te mostrar sua mãe.

            Foi pura emoção. Apesar de já conhecer sua mãe, não a via há anos e agiu como criança:

            - MAMÃEEE! – e abraçou-a.

            - Snowy, que saudades!

            - Senti tanto a sua falta! Te amo, mãe!

            - Também te amo, filha.

            - Tsc, tsc! – disse a avó Giselle. – É sempre assim.

            - Mãe, eu não posso ficar muito porque tenho que fazer a troca das estrelas.

            - Oh! Você foi a escolhida? Geralmente é alguém com muito talento. Parabéns!

            Snowdrop ficou confusa, pois não achava que tivesse um talento muito significante – fazer esculturas de gelo não salvaria a vida de ninguém, certo? Mas decidiu não discutir.

            - Você sabe onde mora a Aurora?

            - Sim, por quê?

            - Porque eu vou ver se ela quer me ajudar com a jornada.

            - Claro que te mostro, mas com uma condição: que eu possa ajudar também.

            - Se você quer tanto... não acho que vá ser interessante.

            - Melhor do que ficar aqui. Venha, vou te mostrar.

Ao chegar à casa de Aurora apertaram a campainha, mas ninguém atendeu. Nossa! Esse período de troca de estrelas deve ser tipo a TPM dos pôneis-anjos! A mãe de Snowdrop simplesmente pegou e arrombou a porta.

- AAAAAH! O QUE É ISSO? – Aurora gritou de seu quarto.

- Desculpe mas é um assunto urgente. – falou a mãe.

- VOCÊS QUEREM MORRER? VÃO PAGAR O CONCERTO DA PORTA! – ela desceu a escada e então viu Snowdrop. – Amiga! É você?

- Em carne e osso(eu acho)!

- Weeeeeeee!

As duas se abraçaram, emocionadas.

- O que tem de tão importante assim que precisem arrombar minha porta? Hunf! Não pensem que só por isso vão deixar de pagar!

- Pode deixar. Eu vim te convidar a participar da troca das estrelas.

- Você foi a encarregada? Que legal! Vou sim.

- Primeiro preciso pedir informações a alguém. Quem você sugere?

- O nosso rei, claro!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!