Hoje – dentro da cela com a Kurama mulher – a sensei ta me ensinando os principios da sua técnica de espada usando uma espada de madeira. Isso depois de ter feito vários clones para vigiarem as meninas e o Lee. E, claro de ter posto uns seis estudando, na realidade, sobre matemática e essas outras matérias chatas da academia em que eu nunca prestava atenção. Quanto ao meu treino com a sensei Kurama mulher, dentro da cela...

Toda a vez que ela termina de ensinar um movimento, ela se vira pra mim com a espada em punho pronta pra uma luta usando estes movimentos que já foram ensinados. Eu, com a minha espada de madeira, tento segui la nos ataques e defesas, mas sempre acabo com muitos galos na cabeça.

—Kurama-sensei... To morto, ‘ttebayo!

—Preguiçoso!

—Mas, já é tarde! Olha, já é noite!

—Yare, yare! Vá logo, mas não se esqueça de praticar com a chibi!

—Ela é uma raposinha! Como posso praticar com espada contra ela, ‘ttebayo?

—Voce tem uma capacidade imensa de apontar o óbvio e deixar de ver o essencial!

—Que? – Kurama suspira.

—Ela é minha parte, idiota! Tudo que sei, ela sabe e lhe mostrara se estiver fazendo algum movimento errado. Alem disso, ela é rápida, é forte, tem nove caudas e garras bem afiadas que serão usados contra voce e voce so podera usar de velocidade, a força e a espada para escapar dela.

—E meus jusus e taijutsus?

Kurama acerta na minha cabeça, tendo uma veia saltada na testa.

—Voce prestou alguma atenção no que disse antes? – abri minha boca — Não responda! – fechei imediatamente a boca porque ela tava me olhando como se quisesse arrancar a minha lingua ou abrir a minha cabeça, provavelmente ambos — So podera usar velocidade, força e a espada! NADA MAIS DO QUE ISSO!

—Hai, sensei!

(...)

Depois de duas horas treinando – le se fugindo e apanhando – com Chibi Kurama, arrastei me pra perto da barraca e peguei um pacote de lamen e o levei ate a fogueira que já estava com a água fervendo. Em tres minutos estariam comendo. Kurama estava por perto me olhando com aquele sorriso cheio de dentes que dava me arrepios, assim que terminei de comer Kurama pulou em mim, com suas caudas prontas pra me mandar pro espaço.

—Por que fez isso, ‘ttebayo? – disse ofegante enquanto me esquivava das garras e caudas da chibi Kurama.

—Sinta se agradecido por eu espera lo terminar de comer! Um inimigo de verdade teria atacado o enquanto comia distraidamente! Mantenha se sempre alerta a tudo que te cerca ou em um descuido voce morre!

—Hai, sensei! – respondi de cabeça baixa.

Kurama usou isso pra me acertar um golpe com as caudas super forte.

Senti me sendo esmagado por uma montanha... Fui arremessado por entre as arvores e bati em alguma pedra.

Quando abri meus olhos só tive tempo de cruzar em X meus braços protegendo meu rosto quando percebi a Kurama em cima de mim girando como uma roda em torno de seu centro e dando mais velocidade ao golpe de cauda que veio em minha direção.

(NA: Esse movimento é parecido com a corrida do Sonic. Quem já viu ou jogou com ele sabe que movimento é esse.)

Juro que ouvi meus ossos quebrando e antes que eu apagasse de vez ouvi minha sensei dizendo:

—Humpf! Vai ser preciso muito treino para fazer esse moleque aprender a ficar atento!

(...)

Acordei no outro dia no meio de um monte de pedregulhos, minha costa estava arrasada pela noite mal dormida e pelo local que fui cair desmaiado. Chibi Kurama logo rosnou no meu ouvido.

—Levanta! Já esta claro. Se banhe e venha tomar o cafe da manhã.

—Voce fez café da manhã pra mim? – perguntei com os olhos brilhando. – Então por que me atacou daquele jeito?

—Cacei um coelho e tirei a pele. As coxas são minhas! E voce deveria sempre estar preparado! Eu já disse: Um inimigo não vai esperar que termine sua refeição para te atacar como eu fiz.

—Hai, sensei! – falei de cabeça e voz baixos porque ela tinha razão.

Mas aí eu percebi o que Chibi Kurama tinha dito a respeito de café da manhã... Meu estomago embrulhou. A ideia de Kurama de um café da manhã não era o mesmo que o meu.

—Vou acender uma fogueira e deixarei a minha parte assando enquanto tomo banho. Voce pode vigiar pra que nenhum bicho e nem voce comam a minha parte?

—Vá, gaki. Mais cedo comi um coelho sozinha. Eu só quero as coxas por serem a minha parte favorita de qualquer animal.

Fiquei branco e paralisado feito pedra imaginando as minhas coxas sendo devoradas por aquela raposa... E ela sorria do mesmo jeito que esta fazendo agora olhando as coxas do coelho que estavam perto dali.

Ao voltar ao normal, corri pra longe dela a procura de mais lenha pra fogueira – não que eu estivesse correndo de medo e usando a tarefa como desculpa – enquanto Kurama me olhava sem entender minha pressa inesperada.

(...)

Senti o cheiro maravilhoso da carne assada enquanto voltava do lago e apressei o passo pra chegar ao acampamento antes que aquele cheiro tentasse o controle da Kurama.

Esta roía os ossos da sua parte do coelho e nem deu atenção pra mim. As caudas dela balançavam de um lado pro outro. – Muito fofa aquela imagem dela. Não que eu fosse louco de dizer isso pra ela! Ela arrancaria minha lingua e diria que eu não preciso desta pra realizar as mudanças futuras. – E, agora que ela tá aqui fora, isso é mais que uma ameaça é uma certeza!

—Hum, o cheiro tá ótimo, ‘ttebayo!

—Gaki, se voce demorasse mais um pouco eu comeria a sua parte!

—Oh, eu não demorei tanto assim!

—Demorou demais... Ou por acaso se esqueceu que hoje voce irá atrás dos outros moleques?

—Não esqueci! Primeiro vou procurar o Lee, pois o Sasuke é fácil de achar e seguindo este acho o Itachi.

(...)

Depois que comi, apaguei a fogueira e fiz cinquenta clones e os deixei na floresta treinando um pouco de jutsus elementais com os pergaminhos que peguei da torre do Hokage.

Hoje vou pra vila, mais especificamente o local de troca de clone. Não podia simplesmente entrar na vila e correr o risco de dar de cara com o clone “boa vida”!

(...)

Assim que recebi as memórias do “boa vida” soube aonde ir pra encontrar o Lee e fui correndo pra lá. Pelas lembranças do meu clone o Lee vai estar numa viela com outros garotos por aquela hora.

—É aqui que volto pra dentro de voce, gaki. – disse Kurama tristonha e com as caudas abaixadas. Ela odiava voltar pra cela. Infelizmente, ainda não consegui estender o meu chakra o suficiente pra que o poder dela vaze em maior quantidade pra que ela possa usar sua forma humana aqui fora tambem. Mas eu gosto de sua forma chibi – Ela fica tãooooooo fofa! (NA: Tambem acho!)

“Só espero que isso não me faça um segundo emo-Sasuke. Um já é demais!”

(NA2: Idem!)

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Avistei o Lee assim que cheguei na viela e durante alguns minutos, escondido na esquina desta encostado na parede de um prédio que fazia uma imensa sombra sobre mim. Observei o que ele fazia.

Ele estava brincando na area mais pobre da vila, perto de onde ele vivia: O Orfanato! Estava cercado de garotos da mesma idade e brincavam de futebol. O Lee era goleiro. Provavelmente por não ser muito habilidoso. – Estava ali somente alguns minutos e vi o Lee fazer algumas besteiras muito bestas.

—“Voce tem um vasto vocabulário, gaki!”

—“Não enche, Kurama!” – ela ja tava na sua forma Kyuubi gigante.

—“Voce tera que ler um pouco mais de literatura para ver se melhora!”

—“Não quero um jinchuuriki inculto, alem de maior baka do mundo!”

—“Isso é um insulto?”

—“O que? O “inculto” ou “o maior baka do mundo”?”

—“Ambos!”

—“São, absolutamente, elogios!”

—“Ah, tá!”

(NA; Kurama fica com uma gota na cabeça, não acreditando em Naruto. Se na burrice ou na ingenuidade ou na ignorancia de Naruto, nem mesmo eu posso definir.)

“Definitivamente: Naruto é o maior BAKA do mundo!”

Nunca parei pra pensar no sobrenome dele. O “Rock” nunca me chamou a atenção, assim como Hyuuga, Uchiha, Yamanaka, entre outros.

Na maioria das vezes só me dava conta da importancia de um sobrenome quando escutava os cochichos e o entusiasmo dos outros ao falar sobre algum clã. Se isso não acontecia pensava logo que era porque o clã não era famoso, rico ou poderoso.

E foi nestas tres ultimas classes que imaginei o sobrenome “Rock”, tambem do Iruka, da Sakura e o meu. Jamais imaginei que seria um sobrenome inventado pelos administradores do orfanato que não sabiam quem eram os pais de alguma criança.

Ele estava bem diferente do que me lembro de jamais te lo visto. Usava uma roupa bem normal: Uma blusa branca com uma bermuda preta e percatas feitas de couro artesanal. Seus cabelos estavam normais tambem, eram arrepiados para fora e ate sua partinha não era estranha, na verdade, estava dividida ao meio e arrepiada para fora. Se não fosse pelos olhos de boneco eu diria ate que ele esta apresentável.

Os garotos que estavam com ele vestiam quase a mesma coisa com detalhes nas mangas ou na cabeça ou nos braços para diferencia los. Pelo jeito são todos do mesmo orfanato.

Lembro que vestia quase a mesma coisa quando morava no meu orfanato do outro lado do bairro. So que as camisas eram com faixas laranjas claras sobre laranja escuro e as bermudas brancas.

Acho que foi daí que me acostumei a vestir tanto laranja.

Minha lembrança mais antiga não é nítida... Não consigo lembrar de nenhum rosto e a voz é um sussurro e não sei para quem disse aquilo, mas não foi pra mim... O que disse aquela voz é que ficou gravado na minha cabeça:

“—O laranja é cor da determinação, da força de vontade.

—Quem a veste esta fazendo um voto de coragem para o mundo.

—Ele diz que sua vontade pode derrotar tudo que o desafiar e que pela sua vontade realizará todos os seus sonhos.”

Essas palavras ficaram gravadas com fogo na minha cabeça e no meu coração. Jamais esqueci, e nem desisti do voto que fiz depois de ouvir aquilo.

Me pergunto o quão forte o Lee teria ficado se ele estivesse no meu orfanato e tivesse ouvido estas palavras.

Seria um monstro com toda a certeza!

—“Gaki, preste atenção! A bola esta vindo para cá. Aproveite essa chance e comece a aproximar se dele.”

—“Certo!”

Quando a bola parou no meu pe, eu a peguei e fiquei esperando um dos garotos vir pega la, então eu aproveitaria a ocasião e faria amizade.

Dito e feito!

Um dos moleques veio busca la e dei lhe a bola puxando conversa e logo me convidando pra brincar com eles. O pobre garoto nem percebeu a manipulação. – To pegando muitas características da Kurama – e me levou pra perto dos outros garotos.

Aproximei me de Lee e puxei conversa.

—Voce não é muito bom goleiro, não é? – falei com o meu sorriso colgate e minhas mãos atrás da cabeça.

—“Gaki, é para voce criar amizade com ele e não torna lo seu inimigo de cara!” – rosnou Kurama na minha mente.

—“Confia em mim Kurama, sei o que to fazendo, dattebayo!” – falei em pensamento com ela e virei minha atenção pra expressão de Lee e em sua resposta.

—Não sou mesmo.– falou com uma expressão triste e com a voz feito um lamento.

—Então treine comigo no parquinho perto do distrito Uchiha amanhã pela manhã, estarei te esperando.

Ele me olhou como se eu tivesse criado uma segunda cabeça e depois sorriu incredulo.

—Por que voce treinaria comigo?

—Porque sou chamado de perdedor e sou orfão tambem... Voce é o mesmo que eu. – falei serio, abaixando minhas mãos e olhando o nos olhos —Nós perdedores devemos nos unir pra ficarmos mais fortes, e so ficaremos mais fortes com trabalho duro. – completei ao ve lo abrir muito os olhos.

Foi aí que os olhos dele brilharam daquele jeito que eu sempre vi e ele abriu um sorriso verdadeiro.

—Eu vou te encontrar amanhã. Como voce se chama?

—Uzumaki Naruto, o futuro mais poderoso e importante Hokage da folha.

—“Ninguem merece esse tanto de arrogancia e chatice!”

—“Duvida que eu serei o que digo?”

—“Não, gaki. Afinal o velho dos seis caminhos e a deusa da criação te deram essa chance. Quem sou eu para duvidar que tudo é possivel com voce?” – algumas lagrimas quase se derramaram dos meus olhos e, pra disfarçar pro Lee não perceber, fechei os olhos e virei a cabeça pra cima.

—“Brigado, Kurama!”

—“De nada, gaki!”

—Eu sou Rock Lee. É um prazer conhece lo Naruto-san.

—Chame me apenas de Naruto. – ele afirmou com a cabeça e me virei pra conhecer os outros.

Era bom que esses garotos fossem orfãos e morassem num orfanato tão afastado do meu antigo orfanato, assim eles me veriam e tratariam como um garoto qualquer e não como um garoto raposa demonio.

“Por que sera que eu nunca vim pras estes lados e busquei novos amigos?”

—“Se esqueceu, gaki? Nessa idade voce só ia pelas vias mais cheias de gente para não ser espancado ou persseguido por aqueles arruaceiros perto de seu apartamento?”

—“Voce não sabia dos Anbus que te vigiam e nem que as ordens deles de te proteger.”

—O que eu duvido que eles fizessem com eficiencia e de boa vontade. É mais provavel que eles deixassem os outros me espancarem ate a inconciencia e ai me tirassem do perigo.

—“Não duvido disso.”

Depois disso fiquei brincando com eles ate a hora do lanche, já de tão entretidos que estavamos na brincadeira que perdemos o almoço.

Fui embora em direção ao Ichirako pra comer.

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—Ossan, me veja um super lamen de porco que to morrendo de fome! – gritei assim que entrei na barraca.

—Ôoo, Naruto! É pra já! – respondeu o Ichiraku-san.

—Naruto-kun, bem vindo. – Ayame que estava limpando o balcão levantou a cabeça e com um sorriso me respondeu. Ela é muito fofa!

—Olá, Ayame nii-chan! – ela ficou feliz com esse novo cumprimento.

Em tres minutos Ichiraku-san voltava com um imenso pote de lamen pra mim. O cheiro estava tão maravilhoso que minha barriga roncou que nem um monstro e minha saliva estava pra nos afogar num tsunami.

(NA: Ele é muito exagerado!)

Ichiraku-san e Ayame nii-chan ficaram muito felizes com a minha reação.

—ITADAKIMASU!

(...)

Assim que acabei meu terceiro pote igual ao primeiro, estava satisfeito. Foi quando vi o Sasuke passando e me lembrei de segui lo pra encontrar o Itachi.

—Brigadão pela comida, ossan. Ela tava fantástica! E aqui tá o dinheiro.

—Volte sempre Naruto-kun! – gritaram os dois quando sai correndo atrás do teme.

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Estava seguindo o teme ha duas horas e nada dele me levar ao irmão ou ao local que Itachi treina.

— “Será que o Sasuke não sabe onde o irmão fica quando não esta em casa ou em missão?”

—“Preste atenção, gaki! O pirralho Uchiha esta indo para a floresta. Não o perca de vista!”

—“Tá, tá, entendi. Não sou surdo, ‘ttebayo!”

—“Eu tenho minhas dúvidas...”

—“De que? De que sou surdo?”

—“Nãããooo... Isso eu sei que voce não é. Só escuta aquilo que lhe convem.”

—“Então, o que?”

—“Duvido muito da sua inteligencia. Hehehe!”

—“Quieta sua BAKA kitsune!”

—“Eu disse que voce era burro, mas acho que é cego tambem.”

—“O que?”

—“Voce perdeu o emo-gaki de vista!”

Corri atrás do emo(cof)... do Sasuke ate uma clareira na mata que fica no alto da montanha dos rostos de pedra. Ele se escondeu atrás de uma imensa pedra e ficou quieto.

Alguns metros a frente vi Itachi treinando. Ele estava vestido com um tipo de uniforme genin todo preto, com mangas curtas e bermuda, um pequeno simbolo Uchiha na parte de trás colarinho e faixas nas canelas ate o tornozelo e mangas de camisa cortadas e presas no pulso e no inicio do cotovelo dos braços dele. Aquela roupa me lembrou muito a do Sasuke quando eramos genins, só a cor as diferenciando.

“Até o estilo do irmão o teme copiou, não bastava copiar a expressão?”

Itachi estava com aquela cara inexpressiva de quando nos vimos pela primeira vez quando eu tinha doze anos e ele o e o Kisame quiseram me sequestrar. Parece que o Itachi sempre teve essa cara. E o Sasuke fez de tudo pra ficar com a mesma expressão.

Então, Itachi, que estava segurando entre os dedos e nas mãos e na boca um total de desseseis kunais, saltou ficando de ponta cabeça girando em parafuso e lançou as kunais em suas mãos pros alvos espalhados por aquela area. Imediatamente lançou as duas ultimas em sua boca na direção quatro kunais que bateram nas pedras, longe de seus alvos, e estavam no ar sem direção. Quando as duas kunais lançadas por ultimo interceptaram aquelas todas tomaram o rumo dos alvos restantes mais escondidos e, por isso mais dificeis, estes foram atingidos.

Sasuke estava, percebi, de boca aberta com os olhos brilhando de orgulho e deslumbramento (NA: Bicha deslumbrada, não. Ninguem merece!), mas logo em seguida aquele brilho vacilou por um instante com um olhar de inveja.

Aquela exibição de pericia e concentração só não foi fenomenal, pra mim, porque cinco dos alvos faceis não foram atingidos e o Itachi quando se virou no ar pra cair de pé não conseguiu uma boa altura na aterragem e esfolou um dos joelhos.

“Quem diria, o grande Uchiha Itachi não nasceu sabendo tudo!”

—“Gaki, voce sabe que ele nunca se vangloriou ou quis depender do kekkei genkai dos Uchihas. Nem mesmo deixou de sempre dar o melhor de si mesmo para proteger os outros que lhe eram caros! Então, não sinta inveja dele!”

—“Certo.”

—“Voce percorreu quase o mesmo caminho que ele. Com a diferença que voce conquistou a confiança de muitos e, sobre tudo, soube confiar neles tambem.”

—“Hai!”

—“Concentre se no pirralho Uchiha!”

—“Qual dos dois? Hehe, o Itachi deve ser um pirralho de dez ou onze anos.”

—“Que já esta com um time e pronto para ser chunin! Isso o tira da classe dos pirralhos!”

—“Se eu não soubesse que voce guarda um rancor imenso de todos os Uchihas eu diria que voce é afim do Itachi! Hahaha!”

Eu fui puxado pra dentro da minha mente e fiquei cara a cara com uma Kurama furiosa que rosnou/berrou comigo.

—YAMI NO GAKI, SE NÃO FOSSE POR ESTAS GRADES VOCE ESTARIA EM PEDAÇOS AGORA!

Tremendo de medo, quase sem voz respondi:

—Gomenassai, Kurama! Não queria mexer em nenhuma ferida sua! Não sabia que você ficaria tão brava com isso.

Suspirando/bufando, Kurama se acalmou um pouco. Fechou os olhos e de costa pra mim respondeu:

—Gaki, estou presa a mais de um seculo... Passando de um jinchuuriki para o outro. O máximo de atenção e contato que tenho lembrança veio de nossas conversas. Nem sua mãe vinha me ver aqui!

—Sinto muito, Kurama. Prometo que vou dar um jeito de te tirar daqui de uma forma ou de outra! E voce sabe que eu não volto atrás....

—Sei, sei. Não precisa continuar, gaki. Acredito em voce.

—Hahaha, se eu te tirar daqui, pelo menos na sua forma mulher, vai dar pra voce dar em cima dele.

—De quem?

—Do Itachi!

—Humpf! Ele não é o meu tipo!

—Queeeeeeeee!

—Hehehe... Tenho seculos de vida, gaki. Achou mesmo que eu não teria usado a minha forma humana para ter relações?

—O único virgem aqui é você!

(NA: Naruto esta branco e paralisado feito pedra pela surpresa... Naruto se recupera.)

—Se não bastasse ter uma garota no meu corpo, ela ainda é uma hentai-girl!

(NA: Naruto falou assim mesmo. Lembrem que na animação algumas falas em japones aparecem intercaladas por palavras ou expressões em ingles.)

(NA: Kurama fica paralisada e branca feito pedra... Kurama se recupera.)

—RUAAAAAAAAAAAAAR! – rosna Kurama.

Eu sai voando e quicando pelo corredor de minha mente e abri os olhos no meu esconderijo atras de uma moita ainda vendo o Itachi. O Sasuke já saiu.

Por falar no teme eu tenho que agir logo, antes que essa inveja cresça demais e se torne nociva. Vou ter que me tornar o alvo dessa inveja.

Como seu adversário poderei dosar o tanto de inveja e competição que o Sasuke-teme sentirá por mim. Ele pode ate pedir ajuda do irmão pra me superar, tornando-o seu aliado e não mais como inimigo!

Só basta chegar perto dele sem forçar nada.

—“É um bom plano, gaki.”

—“Voltou a falar comigo?”

—“Voce plantou o que colheu. E estou dando crédito pelo seu plano, não pelas besteiras que diz.”

—“Porque voce não se aproxima do Itachi primeiro e faz com que ele o apresente ao irmão? Assim, o emo-gaki ira sentir se ameaçado por voce com o irmão dele. Ele não vai querer dividir a amizade do irmão – que é, ao mesmo tempo, heroi e alvo a ser alcançado – com voce.”

—“Isso pode faze lo me odiar de cara.”

—“Grande novidade. Ele não foi com a sua cara no outro passado desde o começo. E, alem disso, ele o verá imediatamente como adversário a superar sem que voce mostre qualquer habilidade que já possui.”

—“É, tá certa, Kurama-sensei!”

—“Agora vá falar com o Itachi antes que este saia. Ele quase nunca fica só ou em algum lugar que possamos falar com ele sem olhos e ouvidos muito atentos.”

—“Como assim”falar com ele”?”

—“Quer dizer isso que voce esta pensando.”

—“Mas e o Jiji-hokage? O Jiraya? Kakashi-sensei? Por que não fomos falar com eles?”

—“O hokage presta contas com o conselho, e é tolerante demais com os abusos e práticas execraveis do Danzou. Por isso não confio nele... E nem voce, já que teve semanas para se aproximar dele e dizer alguma coisa.”

—“É mesmo.”

—“E ele pode mandar nos vigiar mais e nem confiar em tudo que voce dissesse para ele.”

—“E os outros?”

—“Kakashi não esta na aldeia, e muito provavelmente esta sempre em missão.”

—“É verdade. Kakashi-sensei me disse uma vez que as vezes que parou em Konoha antes de nos pegar como sua equipe foram durante os exames para genin e chunin.”

—“Ele tambem reporta se ao Hokage. E mesmo que não o fizesse, com toda a certeza te vigiaria de perto.”

—“E antes que pergunte do Jiraya... Ele não tá aqui e não aparecerá ate que Orochimaru ou algum dos Akatsuki ajam pelas imediações. Nem temos certeza se ele já sabe sobre estes últimos.”

—“Por isso, fale com o Itachi. Ele não se importa com as regras e obedecer seus superiores cegamente. Ele age de acordo com sua consciencia e seu nindo.”(NA: jeito ninja de ser)

—“Assim como voce, ele luta por aqueles que são preciosos para ele: a vila e seu irmão menor; Não em seu clã. Lembre se que nem Danzou ou o conselho pode controla lo de todo. So puderam ter sua colaboração com a ameaça de uma guerra civil que poderia levar Konoha a destruição e com a promessa de que Sasuke estaria protegido e não seria da Anbu raiz.”

—“Hai. Mas, terei que contar tudo?”

—“Não, melhor não. Conte sobre o passado, sobre Madara, sobre seus pais e sobre mim. Isso é mais do que o suficiente para faze lo nosso aliado... Por enquanto.”

—“Então voce não confia totalmente nele? Por que? Por que ele é um Uchiha?”

—“Não. Não confio totalmente nele porque ele não confiou em mais ninguem antes. Só depois ele confiou em voce e não disse nada sobre o que ele fez!”

—“Diferente de voce que, alem de conquistar a confiança de todos que o conhecem, voce é capaz de confiar nos outros. E sobre tudo, confia em si mesmo!”

—“Voce confia tanto assim em mim?”

—“Toltalmente, Naruto.”

—“Então converse com Itachi e faça dele nosso aliado. Ele será de grande ajuda nos próximos anos!”

—“Hai-sensei!”

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POV AUTORA ON

O sol se punha mesclando se com a areia formando um mar de fogo vermelho, laranja e dourado que espelhava as cores da areia de sangue disposta no vivário, neste se via dois ou tres restos de ratos, próximo da ruiva figura estática de frente para a janela observando o espetáculo daquele por do sol no deserto.

—Gaara-kun, terminou seu treino?

—Hai! – respondeu com um um olhar e um sorriso encabulados.

Gaara tinha muitos pergaminhos de jutsus aos seus pés, seu tio havia entrado na sala com sucos para ambos. Antes disso, ele passou as horas anteriores ensinando ao Gaara alguns dos jutsus mais dificeis.

—Yashamaru, veja consigui fazer a armadura de areia! – mostrou lhe as mãos.

Yashamaru era paciente e olhava com amor seu sobrinho que lhe mostrava seu jutsu retirando e repondo a areia das mãos.

—Parabens, Gaara-kun! Muito bem. E o caixão de areia?

Gaara aponta para o vivario com areia ali perto e mostra os restos de ratos.

—Todos os cinco ratos.

—Só vejo os restos de tres, e os outros?

—Fiz o funeral do deserto!

Yashamaru ficou de boca aberta com isso. Todos os tres jutsus eram de niveis de A alto ate classe S! – Gaara, com seis anos, já tinha feito todas elas, mesmo que em um tamanho reduzido.

—Amanhã iremos para a area de treino e faremos estes jutsus em alvos maiores.

—Hai!

“Gaara-kun era um genio! Com esta idade já é capaz de acertar alvos com shurikens e kunais. Alem de já ser perfeito usando todos os jutsus básicos de nivel genin e possuir uma mente brilhante para estrategias.

Se ele ao menos o pai dele o liberasse para ser parte de um time de genins, ele se tornaria jounin aos doze, no máximo.” (NA: O Gaara que estou retratando quase não tem contato com o próprio pai, nem com os irmãos mais velhos. Somente o tio e alguns velhos conselheiros o ensinam e tem contato mais frequente com ele.)

—Yashamaru, não vai comer? Seu suco esta esquentando.

—Hai, hai! – respondeu ele, coçando atrás da orelha, com os olhos fechados e sorrindo encabulado. — Só estava pensando em como vou treina lo amanhã. Gaara- kun é tão bom que fico sem opções de desafios que sejam o bastante dificeis para voce resolver.

—Hahaha. Yashamaru-san, acha mesmo isso?

—Hum. Agora vamos comer.

—Hai. Itadakimasu!

(NA: O Gaara tem seis anos e apesar dele ser treinado como shinobi desde sempre, o tio fez de tudo para que ele fosse uma criança normal. Brincando com ele e mantendo sua ingenuidade, mesmo que para Gaara matar seja normal.)

(...)

Não muito longe dali um shinobi e duas crianças treinavam duramente; a mais velha era uma garotinha loira de olhos azuis e parece ter sete ou oito anos; O garotinho parecia ter um ano menos que ela e os cabelos castanhos dele escapavam de um tipo de capuz branco enfaixado por um turbante preto e seus olhos eram castanhos da mesma cor.

Ambas as crianças pulavam de kunais arremessadas pelo shinobi que tinha o mesmo tipo de capuz e turbante do garoto, só que da cor bege e verde. Seus olhos eram pretos.

Quando a última shuriken se cravou na parede as duas crianças puxaram um arame enterrado na areia e esta acionou uma armadilha atrás do shinobi que teve que usar Kawarimi pra não ser pego pela armadilha.

Mas antes que aterrasse, uma serie de shurikens foi em sua direção. O shinobi fez selos com as mãos e disse:

—Fuuton: kaze no shuriken.

Várias rajadas de vento se chocaram contra as shurikens desviando as, algumas delas em direção das crianças.

Estas se jogaram atras do pequeno muro de madeira que havia naquela arena. Mas isso não impediu que duas ferissem o braço do menino e a perna da menina.

—Chega! Voces conseguiram ate revidar meu ataque e montaram uma armadilha sem que eu visse. – O garoto sorriu pra garota que havia pensado na armadilha. — Mas ainda não conseguiram fazer um simples Kawarimi.

—Neste ritmo voces só poderão se tornar genins quando tiverem doze anos!

—Hai, sensei! – ambos responderam.

—Esforcem se mais. Voces sabem que o Kazekage-sama quer uni los ao Gaara em uma equipe...

—Ele só quer isso porque ninguem na vila quer o Gaara como companheiro de equipe, não é Temari? – sussurrou o garoto.

—Hai, Kankuro! Ele pensa que por sermos irmãos dele, Gaara não será um perigo pra nos! –susurrou em resposta a garota.

—(...)Mas se voces não conseguirem sequer estarem no nivel genin, então voces serão inuteis.

—Hai-sensei! – mais uma vez ambos responderam e igualmente cabisbaixos.

—Voltem amanhã cedo para refazerem este teste e aproveitem hoje a noite para melhorar seus planos e pensar no que erraram. Vão!

—Hai, Baki-sensei!

POV AUTORA OFF

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POV CLONE ON

Estavamos disfarçados de esquilo ha quase doze horas desde que o chefe nos criou e ainda não haviamos visto a Hinata neste parque dos Hyuugas.

O local é grande e muito bonito, mas esteril na minha opinião: As arvores são grandes e verdes, mas parecem ter sido milimetricamente plantadas em ordem!

Cada uma fica ao lado da outra e formam fileiras. Cada uma delas contendo seis arvores e sendo seis fileiras em cada lado do parque em formato quadrado com sessenta centimetros de distancia entre elas.

Horrivelmente organizado!

E ha pedras de tamanhos variados, mas harmoniosamente dispostas em circulo ao redor da area com os brinquedos. E estes postos em formato triangular. Argh!

Como uma criança é capaz de se sentir confortavel pra brincar num lugar que parece que não se pode mexer?

É desconfortavel somente olhar! Não é a toa que a Hinata escapa pro outro parque e é tão retraida. O Neji é a mesma coisa só que o caso dele foi agravado com a morte do pai.

Ah lá estão eles: Hinata e sua sombra Hyuuga.

Nos dois fomos criados com o plano já traçado: Um distrai a sombra e o atrai pra longe da Hinata e o outro fica puxando conversa com ela.

Tiramos a sorte no Jokenpo e eu ganhei. Escolhi ficar e brincar, claro!

O outro me olha e sinaliza que vai aparecer e iniciar a primeira parte do plano.

Claro que, pra não atrair encrencas pro nosso criador, o outro clone se transformara no moleque da gangue que persegue o Naruto perto do apartamento dele.

Nossos antecessores ficaram de olho nesses moleques pra saber a rotina deles, então, o outro clone irá aonde ficam eles sendo perseguido pelo sombra Hyuuga.

Hahaha... Aqueles moleques irão aprender o que é levar uma surra de verdade de alguem mais forte! Verão que não é tão divertido apanhar quanto é bater.

Naruto poderia te los surrado ha muito tempo, mas se eles dessem com a lingua nos dentes o hokage poderia ficar desconfiado da força dele.

(...)

Ela ficou sozinha, ainda olhando curiosa para os dois correndo. Só que ela não ouviu os desforos que o outro clone disse pro sombra.

Desfiz o henge e apareci atrás da arvore que estava na direção do olhar dela, assim que ela me viu ficou corada e desviou o olhar. Seria mais facil me aproximar do que pensavamos.

—Oi. – disse pondo as mãos atrás da cabeça e sorrindo — Chamo me Naruto e to perdido! Tava fugindo de um garoto mais velho e vim parar aqui. Qual seu nome?

—Hi...hi...Hinata. – ela disse mais corada que antes.

—Ei, lembro de voce. Faz um tempo que te ajudei a escapar de uns moleques encrenqueiros, não é?

—Hai, hai. Eu... eu... – ela suspirou, abaixou se em forma de agradecimento e ainda de cabeça baixa respirou fundo e disse — Arigatou! Não... não tive chan... chance de... de agradecer lhe!

—Voce é estranha... – respondi olhando pra como ela estava, percebi ela me olhar desconcertada como se tivesse sido decepcionada. Pra concertar essa impressão errada completei do mesmo jeito que Naruto fez no outro passado/futuro — Mas eu gosto de gente estranha!

Ela corou mais ainda. Pensei ate que ela iria desmaiar, mas ela se recuperou e sorriu um pouco menos vermelha.

—Tá sozinha aqui? Cade as outras crianças?

—Não ha muitas no clã! Somente minha irmã e meu primo, os outros são mais velhos e preferem treinar a vir aqui.

—Que chato! No outro parque ha muitas crianças por que voce não vai pra lá?

—Meu toosan não deixa.

—Va escondida, então. As regras menos importantes foram feitas pra serem quebradas.

Hinata ficou tão chocada que ficou de boca aberta e me olhando como se eu tivesse criado duas cabeças.

Hahaha. Vou ser a pior influencia pra ela. Eu juro, dattebayo!

—Que... que regras me...menos importantes?

—Todas as que não dizem pra protegerem algo ou alguem importante pra voce, que não te tornem fortes pra proteger eles.

—Alguem importante?

—Hai! Uma pessoa importante pra voce pode ser aquele que reconhece sua existencia ou que voce gosta de verdade. Esse alguem ou algo é que tornam sua existencia importante. Só aqueles que lutam por pessoas importantes se tornam verdadeiramente fortes.

—Quem ou... ou... que é impor...importante pra voce?

—Realizar meu sonho... Meus amigos... Se voce se tornar minha amiga, voce tambem sera minha pessoa importante! – Ela ficou tão vermelha, mas seus olhos eram puro choque e satisfação logo substituiu o choque! —Voce quer ser minha amiga, Hinata?

—Hai!

—Então, vamos brincar!

Corremos para os brinquedos e finalmente vi a Hinata se soltar um pouco e rir. Ficamos por ali mais de meia hora ate que recebi as lembranças do outro clone e percebi que tinha que sair dali o mais rápido possivel.

—Hahaha, já ficou noite e tenho que ir ou alguem do seu clã pode aparecer e me expulsar daqui. Se quiser brincar de novo comigo vá pro parquinho amanhã. To todo dia la e te apresento pros outros que estão la.

—Vou tentar.

—Se não puder ir, não desista de tentar ate conseguir. Porque o importante não é jamais falhar, mas não desistir de tentar quando se falha ate dar certo!

—Arigatou, Naruto-kun!

—Ate, Hinata-chan! - Amanhã seria cheio, se a parte do Naruto original deu certo.

Assim que me afastei um pouco o sombra Hyuuga chegou ofegante e já ia ativar o byakugan quando me desfiz em fumaça.

POV CLONE OFF

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