A Morte Lhe Cai Bem escrita por MahDants


Capítulo 1
|| Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Esse é um prólogo chato e sem graça. É tipo o final da fic, só que no começo. E nem sei porque escrevi, mas ok. Espero que gostem ^^



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Nova Iorque geralmente não é assim como está hoje. Quero dizer, por favor, é Nova Iorque! A cidade que nunca para. Que tem mais carros que habitantes, a cidade barulhenta, onde as pessoas andam sempre com pressa... Mas não hoje. Hoje a cidade está calma. Não tem muito trânsito, poucas pessoas na rua e os motoristas dirigem com calma.

Ou talvez, seja apenas impressão minha. Afinal, ando tão desanimada que nem para ver alegria nas pessoas, eu vejo. Geralmente não ando de cabeça baixa, longe disso. Sou extremamente orgulhosa e é praticamente impossível que você me veja chorando em público. Eu apenas engulo seco e continuo sorrindo. Gargalhando, às vezes. Apenas para esconder as lágrimas que insistem em sair.

Com vinte anos engravidei. Casei acreditando estar apaixonada. Mudei-me pros Estados Unidos. Tudo perfeito, não? Logo veio mais uma filha e depois um filho, apenas para completar minha felicidade. Mas agora, com 34 anos, estou sentada em um aeroporto lotado com três crianças, esperando o voo para Inglaterra.

Nariz inchado, olheiras profundas debaixo dos olhos e completamente arrasada. Um casamento arruinado e agora volto para casa de cabeça baixa. Como eu queria ter ouvido minha mãe... E agora ela não está mais aqui para dizer “eu te avisei”.

Hugo, meu filho mais novo de apenas oito anos brinca em seu tablet, totalmente desligado do que acontece com nossa família. Com cabelos pretos e cacheados, os olhinhos verdes concentrados no jogo e cenho franzido, tentando ganhar. Helena, de dez anos, entende o que se passa e compreende perfeitamente minha situação. Seus cabelos castanhos e longos presos em uma trança improvisada. Ela encara o chão com os olhinhos cinza cheios de tristeza. Enquanto isso, Heloísa, a mais velha, chora mais que tudo.

Eu entendo o lado dela. Quero dizer, falta uma semana para completar catorze anos e estava vivendo seu primeiro amor... Até seus pais brigarem, se separarem e sua mãe decidir ir morar com o avô. E agora, o pequeno coração da morena está destruído, deixando para trás o primeiro namorado. Seus cabelos castanhos estão constantemente bagunçados e olhos verdes sempre cheios de lágrimas.

– Para de chorar, Helô – fala Helena, não aguentando mais ver a situação da irmã.

– Namoro a distância não dá certo. Ele vai me esquecer... – ela soluçou. – Vai me esquecer...

– Helô – chamo-a. – Dói agora, mas isso passa.

– Você é a culpada disso! – ela se levantou, derrubando o livro que estava no seu colo. – E não vai passar! Você não entende. Nunca passou por isso. Seu marido te traiu! Você tá deixando ele porque tem nojo dele, não porque está sendo forçada a isso.

Meus olhos se enchem de lágrimas. Ela está certa. Eu optei pela separação agora, não fui forçada a isso. Mas não quer dizer que isso não tenha acontecido antes. Quero dizer, aconteceu com meu primeiro amor. Peeta Mellark. Ainda me lembro do nome daquele filho da mãe, mesmo depois de dezessete anos.

– Desculpa, mamãe – ela fala apanhando o livro e recomeçando o choro.

Eu fico em silêncio por mais ou menos meia hora, até que chega a hora de entrar no avião e deixar de uma vez por todas os Estados Unidos. Hugo e Helena se sentam juntos no acento da frente e eu fico com Heloísa.

– Mãe? – ela fala cautelosa. – Desculpa, tá?

– Você já falou isso – falo rispidamente. Porém olho no fundo de seus olhinhos e entendo o lado dela. Talvez se ela soubesse o que aconteceu comigo na idade dela... – Quer ouvir uma história? Parece que temos muito tempo até Londres.

– Que história?

– A minha história. E a história de Peeta Mellark - tento sorrir.

Heloísa suspirou, apaixonada e tristemente.

– Não, nem pense que é uma daquelas histórias onde o conheci por meio de uma amiga, o primeiro encontro foi no cinema e ficamos anos e anos apaixonados, até ele decidir que estávamos grudados assim. Essa é a história do seu padrinho.

– Com a tia Annie?

– Eu que apresentei o Finnick a ela. De qualquer forma, você vai ter paciência, Helô? Digamos que a história é longa e eu não era uma pessoa muito... Fácil de lidar.

– Temos até Londres, não temos?

– Temos - respondo sorrindo. - Então tá. Peeta Mellark, o meu primeiro inimigo e, consequentemente, meu primeiro amor.

E lá vamos nós.


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Notas finais do capítulo

É... Extremamente curtinho e uma bosta ^^
Deixem comentários, ok?