Dois Cafés Com Creme E A Conta, Por Favor escrita por Gio


Capítulo 8
Dois vivas para Báskara


Notas iniciais do capítulo

Aqui está, suas lindonas.
Vou ver Mar de Monstros hojet! ahsuahahsas
Omds, tô ansiosa.
Carpe.
Beijusss



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Assim que ele estacionou da frente da cafeteria mais conhecida do mundo, Reyna abriu a porta do carona e correu em direção às portas de vidro.

                Leo se espreguiçou e olhou no relógio. Ainda bem que tinham chegado na hora certa. Ou ele arriscaria a oportunidade de ouro de passar um tempo, mesmo que forçado, com aquela estranha que ele estava decidido impressionar.

                Fechou a porta, trancou o carro e entrou no Starbucks. Cumprimentou o barista, procurou com os olhos a mesa de sempre e colocou sua mochila sobre a mesa.

                “Um expresso com chantilly, por favor. Leo Valdez.”, ele pediu a nova garçonete ruiva-falsa que se debruçava sobre o balcão.

                A menina assentiu com a cabeça e Leo foi se sentar. Abriu a mochila, tirou o livro que tinha comprado na tarde passada e começou a folheá-lo.

                O capitão Nemo parecia estranhamente psicopata na opinião do garoto de cabelos cacheados que estava apoiando os pés na cadeira de alumínio.

                Mas ele ainda não conseguia afastar a preocupação com o dever de matemática que a faculdade de engenharia mecânica lhe aplicava.

                Porque ele realmente não se lembrava a fórmula de delta.

XXX

                A nova garçonete ruiva tinha acabado de encontrar com Reyna no caminho. Parecia estranhamente feliz por seu encontro com um garoto ‘lindo de cabelos cacheados.’ Tsc tsc tsc, lá vai o Sir. Sedução dar em cima de mais uma menina inocente.

                Reyna revirou os olhos. “Deixa que eu levo o café pra ele. Eu juro que não vou cuspir.”.

                A ruiva parecia decepcionada. Mas quem liga, né?

XXX

                Reyna buscou com o barista o copo de expresso com chantilly e caminhou até a mesa 7, onde Leo estava sentado com as pernas apoiadas na cadeira ao lado e apoiando o lápis na testa com cara de confusão.

                “Pra que merdas eu vou usar a fórmula de delta no concerto de alguma coisa?”, ele resmungava.

                Reyna torceu o nariz.

                “Eu definitivamente não sei como você passou da oitava série, Valdez.”, ela falou.

                Leo pulou da cadeira e derrubou o estojo do Ben10 no chão.

                “Você me assustou, sua coisa perversa.”

                Reyna sorriu.

                “Seu café.”, ela entregou o copo a ele. “E eu juro que não cuspi.”.

                Leo agradeceu com a cabeça e sorveu um gole ruidosamente.

                “Isso é horrível.”, ele murmurou.

                Reyna revirou os olhos e quando estava prestes a voltar para o trabalho, murmurou para ele: “B ao quadrado menos quatro AC.”, e saiu.

                Se é assim, três vivas a Báskara!

XXX

                Eu gostaria de dizer que uma mentira dita cem vezes se torna verdade. Mas isso é falso, até porque se fosse verdade, as milhares de vezes que Leo disse a si mesmo que Reyna o olhava com outros olhos teriam surtido efeito e eu não estaria aqui para narrar a brilhantemente fofa história dos dois.

                Bom, se houvesse algo que Leo odiasse mais do que ter que fazer equações, essa coisa seria o café Expresso do Starbucks,

                Era amargo como a professora de geografia, mas mesmo assim, ele gostava de tomar para provar a si mesmo que era um homem decente. E tentar fazer jus aquela frase que eu comentei agora pouco. Mas eu tenho certeza que o café não ficaria mais doce depois que ele admitisse cem vezes para ele mesmo que aquilo era bom.

                Saindo da linha de raciocínio sobre a amargura ambígua entre o café e a professora de geografia, Leo sugava ruidosamente o chantilly e completava a equação, descobrindo inutilmente que delta não era um número exato.

                Aliás, nada era exato naquela vida.

XXX

                Uma, duas horas se passaram. E Leo continuava firme e forte com aquela promessa de não ir embora até que ela saísse com ele. Pois então que ficasse, ela pensava. Porque não se renderia tão cedo.

                Porque ‘Nunca’, é uma palavra muito forte.

                “Então, Rey, qual é a do garoto, heim?”, implicou Annabeth, dando-lhe uma cotovelada de leve no braço. E piscou o olho daquele jeito malicioso. “Namorado novo?”

                “Por favor, Annie, não fale sandices. Você já conhece o Leo.”, Reyna rolou os olhos e rabiscou um X na poeira do balcão.

                “Ah sim! O menino-que-te-levou-pra-faculdade! Ele estava aqui ontem, não estava?”

                “Sim, ele estava. E provavelmente vai passar um bom tempo. Pelo que eu entendi, ele só vai parar de me perseguir quando eu sair com ele.”, ela deu de ombros.

                “Ah, Rey! Ele é bem bonito. E pelo que me parece, não usa ou fuma drogas e nem tem piercings espalhados pelo corpo. Nem parece ter ido pra cadeia.”

                “Realmente isso é bem difícil de se encontrar hoje em dia. Eu tenho que casar com ele.”, Reyna ironizou. “Falando sério, Annie. Ele não parece fazer meu tipo.”

                “Bom, o problema é todo seu. Agora eu preciso ir, porque o dever me chama e a garçonete ruiva prendeu o dedo na gaveta de reabastecimento.”

                “Você deixou a pobre coitada agonizando com o dedo naquela maldita gaveta?”

                “Sim?”

                Reyna deu um sorriso incrédulo. “Vá logo, Annie. Não quero que você seja responsável pela dispensa de uma semana dessa infeliz.”

                “Por Deus! Eu esqueci disso! Tchau, amiga!”  e então saiu correndo, cozinha à dentro pra socorrer a pobre menina.

XXX

                Reyna se virou e Leo estava encostado no balcão, montando um jogo da velha com seu X recém desenhado na poeira.

                “Se turno acaba as cinco, certo?”, ele perguntou.

                “Sim, por quê? Pretende me sequestrar?”, ela rolou os olhos e apoiou o cotovelo no balcão.

                “Eu o faria, se tivesse certeza de que você não desenvolveria uma Síndrome de Estocolmo.”

                “Parece que alguém anda consultando o dicionário.”, ironizou.

                “Dessa vez você me pegou, ReyRey. Sabia que eu descobri o que significa ironia?”

                “E o que significa, Valdez?”

                “É o aquilo que você usa pra mascarar seus sentimentos por mim.”

                Sério, as cantadas estão indo de mal à pior.

                Vê se aprende Leo! Toma jeito!

                Mas de quê adianta falar?

                Ele não me ouve mesmo.

                Reyna respirou fundo. “Leo?”

                “Sim?”

                “Pegue este café e enfie você-sabe-aonde.”

                “Na minha boca?”, ele se fingiu de bobo, franzindo o cenho em confusão.

                “Sim, na sua boca. Aproveita e se engasga, ok?”

XXX

Enfim, eu espero que o filme seja bom. E eu estou com vergonha de mostrar minha carteira de estudante porque eu estou com cara de lhama. Se bem que lhamas são fofas.

Vou-me suas divas.

XOXO

*Carpe= Aproveite.


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Notas finais do capítulo

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