Dois Cafés Com Creme E A Conta, Por Favor escrita por Gio


Capítulo 21
Ressaca e doces-de-nomes-subjetivos


Notas iniciais do capítulo

Olá, minhas meninas (e/ou meninos)! Desculpem-me pelo atraso, sério. Hd deu tilt, aulas e bloqueio.
Mas quem é vivo sempre aparece.
Amo vocês.
Beijus



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Reyna acordou com uma dor de cabeça miserável.

Eram dez da manhã e ela tinha certeza de que não havia possibilidades de chegar a tempo na aula.

Tateou às cegas a mesa de cabeceira e encontrou uma dipirona e um copo d´água. “Perfeito.”, ela pensou, agradecendo imensamente a quem quer que fosse o benfeitor.

Sonolenta e indisposta, caminhou até a cozinha pra tentar começar o dia.

XXX

Enquanto bebericava um copo de café quente e amargo, sentada no balcão frio, tentava se lembrar da noite passada. Coisas como sorvete, chamadas não-atendidas e uísque não tinham nenhuma ligação plausível em sua mente.

Foi quando ouviu o celular tocando e avisando a chegada de uma nova mensagem no What’sApp.

“Como você está? Disse a seus professores que você teve uma infecção alimentar, e eles lhe mandaram melhoras. Annabeth vai passar o dia com Percy, mas não se preocupe. Seu café está na geladeira e pretendo passar aí depois da aula.

Se cuida. Leo.

P.S: Desculpa, mas sem cupcakes por hoje.”

E foi derretendo-se um pouquinho bastante por aquela simples mensagem que ela começou o dia.

XXX

Leo certificou-se de desligar o despertador antes de sair.

Ele tinha passado a noite no sofá da sala da Reyna, com Antonieta aninhada em seus pés. Não foi nada parecido com uma noite numa cama d’água king size, mas foi o mais perto que ele chegou de um final feliz daquele dia.

A verdade é que poucos minutos depois de ter saído, ouviu algo cair no chão e torceu pra que não tivesse sido algum dos vasos multinacionais de Annabeth. A porta estava destrancada e então ele entrou. Ela estava sentada no chão e rindo, porque Antonieta tinha derrubado o varão das cortinas.

Reyna pediu um abraço e ficou pálida de novo. Eles saíram correndo pro banheiro e ela vomitou na pia, e então riu, porque ainda corria álcool em sua corrente sanguínea.

Depois de cinco minutos ela estava melhor, então o abraçou forte porque era o que ela queria fazer enquanto ainda podia pôr a culpa na bebida.

Ele sorriu porque ela tinha cheiro de criança pequena e sono, e ela chorou porque estava feliz. Ou pelo menos ele deduziu isso ao ver que a primeira lágrima vinha do olho direito.

Ela disse que estava com fome, então ele a levou à cozinha pra comer mais sorvete. Ela sujou a camisa e a boca, e ele teve vontade de limpar com um beijo. E quando ela pediu que ele limpasse por ela, ele não resistiu, porque ele queria de novo o gosto de uísque e chocolate. Então ela bocejou e ele perguntou se ela estava com sono. Ela disse que sim e perguntou se ele cantaria pra ela dormir. Ele riu, porque ela não diria isso sóbria. “Vou lá em casa pegar o violão e já volto, tudo bem?”, ele disse, e então ela bocejou e foi pra cama. Ele desceu seis andares, subiu mais seis andares, pegou o violão e fez todo o trajeto de novo. A porta continuava destrancada, então ele entrou fazendo pouco barulho. Leo pensou que ela estava dormindo quando a viu deitada e coberta, mas ao fechar a porta, ela sussurrou seu nome, e ele não teve como resistir.

Ela adormeceu no quinto acorde de uma melodia que ele compôs nos tempos de tédio e ele só sabia que queria ficar lá todo o tempo possível com ela.

Antonieta miou e ele pensou que talvez fosse a deixa para ir embora, mas quando parou no corredor, olhou pro sofá e pra menininha frágil no quarto, pensou que talvez a sala fosse mais confortável que sua própria cama.

XXX

Ela já tinha relido a mensagem umas quatro vezes enquanto bebericava o café que já estava frio naquela hora, e quando foi ao banheiro tomar banho, notou uma camisa esquecida. Tinha uma estampa legal e um cheiro bom que ela resolveu não descobrir de quem era. Então a vestiu porque se sentia bem e foi ver tv na sala.

E a verdade é que quando duas horas se passaram e a campainha tocou, ela torceu um pouquinho por um entregador poeirento e duas pizzas.

XXX

Quando ela abriu a porta e o recebeu com um abraço, ele se perguntou se ela tinha bebido de novo.

“Você está melhor?”, ele perguntou e ela respondeu que sim com um sorriso genuíno.

“Exceto pela dor de cabeça. Mas eu acho que faz parte.”, e deu de ombros.

Mas quando ele riu, ela sentiu seu corpo derreter por dentro.

“Eu trouxe comida italiana e uma fatia de torta holandesa pra sobremesa.”, avisou. E quando ela sorriu daquele jeito que ele tanto gosta, pensou que o mundo podia estar todo em uma sala de 16m².

“Você está com o minha camisa.”, ele comentou depois de uns vinte segundos de silêncio desconfortável.

Ela franziu a testa confusa e só depois notou. “Ah sim, desculpa. Eu posso tirar se você quiser.”, e deu de ombros porque estava bastante envergonhada.

“Está se insinuado pra mim?”, ele implicou com aquele tom zombeteiro que ele sempre implicava.

Ela deu um tapa na coxa dele que ficaria bem dolorido, mas na hora ele não se importou, porque o riso dela era anestesiante. “Você é ridículo.”, e ela riu enquanto murmurava.

A tarde passou com tictacs rápidos porque é bem verdade quando dizem que o tempo voa enquanto a gente se diverte.

E quase de noite eles pediram pizza, porque finais felizes acabam assim.

XXX

Eram quase duas da madrugada e Reyna não se sentia bem.

“Leo?”, ela falou depois que ele atendeu a ligação.

A voz dele parecia sonolenta. “O que foi?”

“Estou com febre. Você pode vir aqui?”, ela pediu enquanto checava mais uma vez o termômetro.

“Você faz ideia de que horas são?”, ele perguntou no meio de um bocejo.

Reyna checou o relógio. “Duas e duas. Quer dizer, eu sei que está tarde e tal..”, e então ele a interrompeu com risadas.

“Você sabe o que isso significa?”, ele riu de novo e perguntou com a voz mais desperta.

“Que minha febre é uma filha da puta?”, ela retrucou.

“Óbvio que não. Duas e duas significa que beijos acontecerão em breve. Isso é um sinal.”, ele respondeu com paciência e uma alegria exultante.

“Onde raios você viu isso?”, ela franziu o cenho porque não fazia sentido.

“Num site chamado horas iguais, ué.”

“Pa-té-ti-co.”, ela resmungou.

Ele riu. “Já estou indo aí.”

Ela pigarreou. “Se você tentar se aproveitar de mim mesmo que eu esteja doente, eu tenho a plena certeza que um chute entre as pernas dói do mesmo jeito.”

“Pode ficar tranquila que eu não farei nada que você não queira.”, ele avisou com uma ênfase em não queira pra dar sempre aquele toque de flerte. “Mas me diz, por que Annabeth não te ajuda?”

Ela suspirou. “Uma palavra. Percy.”

Ele balançou a cabeça concordando mesmo que ela não estivesse lá para ver.

“Nem cogite a ideia de se aproveitar.”, ela avisou.

“Eu jurei, certo? Não confia em mim?”, ele perguntou, e depois de não ter resposta, não quis insistir. “A chave está debaixo do tapete?”

“Óbvio que não. Por que estaria?”

“É o que todos fazem”, ele argumentou e deu de ombros pra si mesmo.

“Ninguém faz isso.”, ela retrucou entre risos.

“Eu faço.”, ele murmurou.

“Porque você é estúpido.”, ela respondeu e sentou-se na cama pra ,medir mais uma vez a temperatura.

“Que droga! Acabei de te contar onde estão minhas chaves reservas!”, ele xingou.

“Eu não vou visitar seu apartamento sorrateiramente. Camisinhas, sujeira e profiterole não são coisas que me aprazem.”, ela resmungou fingindo-se enojada.

Ele gargalhou. “Você sabe o que é isso?”

“Camisinhas? Óbvio que sim. Eu tive aulas de ciências, se quer saber.”, ela retrucou.

E a esta altura, ele já estava se dobrando de rir. “Profiterole, Reyna. Você sabe o que é?”, ele a indagou.

“Não, mas depois que ouvi o time de futebol falar tanto sobre isso, deduzi que era alguma coisa do gênero pornográfico.”, ela admitiu.

“Não é, a não ser que você tenha algum desejo sexual relacionado à massas açucaradas recheadas com creme de chocolate, sorvetes e calda.”, ele riu mais ainda quando explicou.

“Profiterole é um doce?”, ela se surpreendeu, e por um momento se sentiu a pessoa mais burra do universo.

“Sim, e eu acho que não venda em nenhum conjunto de roupa íntima de padeira sexy.”, ele ironizou enquanto tentava imaginá-la franzir a testa.

“Você é estranho.”, ela ponderou.

“Já estou indo aí.”, ele avisou. “Quer que eu leve profiterole?”

“Você tem profiterole em casa?”, ela se espantou. “Quer dizer que eu estava certa?”

“Eu gostaria de ter, mas não. Posso passar na padaria e comprar, se você quiser.”, ele sugeriu.

“Mas vende na padaria?”, ela perguntou.

“No sexy shop que não é, querida.”, ele implicou e vestiu uma blusa só pra não aparecer na rua de madrugada só com shorts de dormir.

“Mas você só precisa mudar de bloco pra vir aqui. A padaria não está no caminho.”, ela murmurou com a voz baixinha.

‘ “Eu tenho carro. Esqueceu?”

“Tudo bem, mas não demore. Minha febre vai subir um grau a cada minuto que você se atrasar.”, ela exagerou.

“Vai colocando um pano na testa que em quinze minutos eu apareço aí.”, ele pediu e desligou o telefone, e nessa hora, deu vontade de demorar bastante só pra febre subir e fazê-lo passar a noite lá mais uma vez.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Torço por um sim.
Reviews?
Beijus, amo vcs.