Watashi No Hime! escrita por Alice


Capítulo 3
Capítulo 03 - Compras no Purgatório


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o capítulo três -.-
Eu sei que há diversos erros no capítulo, porém não tive tempo de revisar.... Então, um dia desses arrumo!
Boa Leitura!



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O que eu fiz para merecer isso?!

Essa pergunta havia criado raízes em minha mente.

Raízes profundas e traumatizantes...

–Você parece estar de TPM, Hime – Yuka falou entre risos, sendo acompanhado pelas demais. Respirei fundo.

Ali estava eu, Kira Nodo, 16 anos, gênero masculino (segundo certidão de nascimento e físico), filho único, aparência um pouco (Quase nada!) afeminada, opção sexual ainda indefinida, vicio em assistir televisão (Principalmente séries de suspense), sonho de um dia ser ignorado por todos (Ser invisível viria a calhar...) e de péssimo gosto para amizades (Ênfase nesse ponto!); novamente vestindo a droga de uma roupa feminina!

–Licença, meninas, que eu vou me tacar daquela escada rolante ali e, se algum deus realmente existir, nunca mais volto – Murmurei, depressivo com o vento entre minhas pernas e o liquido gosmento em meus lábios; aquilo era de acabar com a masculinidade de qualquer um e por consequência com a paciência dos homens mais calmos do mundo.

Novamente elas explodiram em risos. Passei a mão no cabelo, bagunçando-o em sinal de estresse, já que para aquelas ali desgraça alheia era musica para os ouvido, conclusão à qual eu chegará ha um tempo.

–Não se mate ainda não, Hime! – Yano quase gritou, se recuperando rapidamente e limpando as poucas lagrimas que caiam dos cantos de seus olhos.

–É, Hime! – Aoi, continuou, vindo me abraçar pela não sei o que ...gézima vez no dia – Nós ainda temos milhares de outras roupas para você experimentar!

Eu queria gritar ou quem sabe por em prática a ideia da escada rolante, mas em respeito a minha família apaguei esse pensamento da cabeça.

Eu sentia que meu ser afundava cada vez mais num poço de humilhação infinito. E a cada instante que eu passava com aquelas roupas, aqueles cosméticos e aqueles cheiros eu notava como horror que já nem mais me importava com as presilhas em meu cabelo! Ah!

Não!! Eu preciso lutar contra isso!!!

Decidido a recuperar um pouco da masculinidade eu antes eu tinha, tive uma simples, porém efetiva ideia – Meninas! Eu já volto! Não me sigam!

Sem aguardar uma resposta, sai correndo da loja, esbarrando em qualquer um que estivesse em meu caminho.

Primeira parte: ok! Meninas não corriam, elas andavam com graça e delicadeza. Mas, eu não sou uma menina então isso não se aplica a mim!

Com o olhar focado na lanchonete mais popular do shopping, ignorei tudo o mais ao meu redor. Agora, parte dois, vamos lá!

Cheguei no caixa, pronto para pedir o lanche mais calórico e um refrigerante tamanho extra grande.

–A senhorita gostaria de comer o que? – A jovem atendente falou educadamente. Me remexi inquieto com o uso do termo “Senhorita”, eu tinha que tirar aquela roupa!

–Dois X-Tudo cheio de cebola e uma Coca-Cola extragrande – Exagerei um pouco no pedido, porém qualquer coisa que me fizesse sentir menos feminino era bem-vindo – Por favor.

–43,55 reais, no dinheiro ou cartão – Ela perguntou, aguardando a forma de pagamento.

Instintivamente, coloquei a mão onde os bolsos de minhas calças geralmente ficavam, e notei com certo desanimo e vergonha que havia deixado minha carteira com as meninas, já que naquela roupa não havia bolso. Resmunguei, já corando com a ideia de ter que cancelar o pedido.

Sorte maldita...

–Gata como sempre, eh princesa – Tais palavras estupidas e altamente ofensivas, pelo menos para mim, soaram as minhas costas – Precisando de ajuda, Hime?

Senti minha mente travar... A palavra Gata soava repetidamente nela, me fazendo cerrar o punho.

Relutei em tentar descobrir quem era o infeliz, porém sem esperar uma ação, a pessoa passou a minha frente.

–Vai ser no cartão.

Boquiaberto com a pessoa a minha frente e com meu enorme azar, vi Takao, com seus cabelos negros escondidos por um boné, esticar um cartão de crédito para a atendente. Demorei a entender o que ele estava fazendo, porém quando minha mente voltou a pegar ele já se encontrava com uma bandeja com o pedido nas mãos.

Nessas horas, a ideia da escada rolante soava tão, mas tão atraente.

–Então, Hime, você não vai nem sentar? – Ele me dirigiu um olhar de coitado, ao colocar a bandeja em uma mesa qualquer - Eu acabei de te pagar um lanche e você vai me deixar sem nem mesmo agradecer?

Respirei fundo, passando a mão no cabelo sem notar, e sentindo meu coração acelerar pela simples presença do moreno ali. Me aproximei da mesa, porém permaneci de pé.

Senti minhas bochechas corarem, e sem coragem para enfrentar aquele cara que dias antes havia se aproveitado da situação... Para não dizer outra coisa, cogitei a ideia de sair correndo feito doido e me esconder no primeiro banheiro feminino que surgisse pela frente (Única vantagem de estar com um vestido).

Posicionei o pé pronto para derrubar a cadeira e sair correndo, mas ele previu meu movimento e sem grande esforço segurou meu pulso.

–Calminha, princesa, eu até entendo que você ainda esteja com raiva do outro dia, mas fugir não vai mudar nada – Seus olhos azuis claros se fixavam nos meus, me assustando com a proximidade de nossos corpos – Mas já aviso que não vou me desculpar, pois não me arrependo de nada.

Eu tentava em vão puxar meu braço, sentindo-me cada vez mais humilhado pela visível diferença de forças. Sem alternativa, desisti e o fuzilei, querendo mais do que depressa sair dali e me livrar daquela presença incomoda.

Mas aquele não era o meu dia e como o velho e sábio Murphy dizia, “Se algo pode dar errado, dará”. Dito e feito...

No instante em que baixei minha guarda, pronto para tentar entrar em um acordo, senti os lábios quentes de Takao pressionarem os meus. Logo seus braços se encontravam ao redor de minha cintura, me impedindo de afastar nossos corpos.

Com certo desespero, tanto pela situação inesperada, quanto pela língua que tentava entrar em minha boca, perdi o controle do meu corpo, e quando estava preste a fechar os olhos e deixar “rolar” ouvi um “click” estranho. E não fui o único, pois num ímpeto Takao me afastou, e ainda meio confuso com tudo o que acontecia, vi um cara com uma câmera profissional tirando fotos, mais especificamente, tirando fotos de nós.

–Merda... – Sussurrei para mim mesmo – Por que mesmo eu não me taquei da escada rolante...?

Continua...


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo descobriremos o que diabos esse fotografo está fazendo ai e quem realmente é o Takao *.* A história vai começar a ficar interessante!

Minna-san Ja ne!



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