Watashi No Hime! escrita por Alice


Capítulo 2
Capítulo 02 - Um inferno chamado Goukon


Notas iniciais do capítulo

Não gostei desse capítulo -.-
Droga!
E obrigada a NeverMore, que comentou no capítulo anterior *.* E todos que estiverem lendo essa droga!



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–Hime, arrume essa cara – Aoi disse saltitante, enquanto nos dirigíamos para um famoso bar a dois quarteirões de onde estávamos.

Olhe de relance para as meninas, todas de certa forma belas e dispostas a seduzir algum dos carinhas do tão falado Goukon, com exceção, é claro, de mim e Chii, que só esperava ter uma boa refeição.

–Não posso fazer nada se nasci com essa face – Torci ainda mais o rosto, pronto para manter uma careta durante o encontro inteiro – Se você quer minha presença então aguente calada a visão.

Ela fez um biquinho, magoada com minha resposta. As demais olharam feio para mim, insatisfeitas com meu humor, mas o que mais eu poderia fazer?! Era eu que tinha um negócio no meio das pernas e estava usando vestido!

Suspirei, já sentindo a culpa por ter sido rude, mesmo que a culpa disso fosse delas.

–Desculpa, Aoi – Falei firme, já que apesar da aparência feminina, momentânea, eu ainda era um homem e muito orgulhoso. Minhas amigas insistiam em falar que o que eu tinha de orgulho me faltou em altura... – Mas, por favor, não faça, ou melhor, façam comentários a respeito da minha aparência ou humor. Tentarei interagir da melhor forma possível com os caras, mas não prometo que serei gentil, por isso conto com a ajuda de vocês.

Agora sim elas estavam satisfeitas. E pelo visto estavam adorando a noite, pelo sorriso estampado em cada rosto, já podia até imaginar seus pensamentos. Elas começaram a conversar, ignorando minhas últimas palavras e me deixando de lado com meus pensamentos.

Essas dai só querem me usar! Elas devem ter tramado isso a eras!

Ainda divagando, notei que o movimento da rua aumentava e consequentemente a atenção dirigida a mim também. Eu me perguntava se os diversos olhares que se dirigiam a mim, já haviam percebido que sou um homem. Mas tinha minhas duvidas, tanto pelo desejo expresso em muitos deles como pela... Bem, pelas palavras que eu os ouvia sussurrar. Corei com as palavras.

–Eita Hime! Ta arrasando eh! – Chii, falou já animada ao imaginar os possíveis petiscos que seriam oferecidos naquele lugar... Elegante.

O tal barzinho, era impressionante. Sua imagem imponente explicava sua fama e preferência por aqueles que tinham boas rendas. Era um prédio largo de dois andares, pintado de um tom azul escuro, mas com diversas barras reluzentes distribuídas por sua fachada, de forma que o ar sério dado pela cor, desse lugar a uma imagem moderna e agradável.

Toquei meus cabelos, pronto para bagunça-los com sempre faziam quando estava nervoso, mas a mão de Mika me parou, fazendo-me lembrar que eu estava produzido de acordo com uma jovem, portanto não podia arruinar o trabalho que as meninas tiveram para me arrumar.

Em lugar disso, toquei a barra do vestido que eu usava, este infelizmente era curto. Era desconfortável, constrangedor, quase insuportável, usar aquele vestido preto, que dava curvas ao meu corpo e exibia minhas pernas, coberta por uma meia calça preta que tampava a visão dos ralos pelos loiros (Nem pelos, eu tinha direito!), nos pés eu usava um “saltinho”, como Yano chamava o calçado, vermelho e bem... Meus rostos e cabelos foram arrumados de acordo com a imagem geral: Maquiagem fraca e o cabelo solto, preso apenas por duas presilhas ao canto. Resumindo a situação: eu queria me tacar em alguma lixeira, mas a ideia era repugnante demais.

Suspirei alto, tomando coragem. Eu tinha que ser otimista! Quem sabe eu não acabava gostando da experiência?! ... Difícil. Ou pelo menos da comida...

–Ei, Hime, não fique assim – Yuka disse ao meu lado – Sabemos que você deve estar estranhando, mas tente aproveitar. Apesar de termos feito tudo isso a seu contragosto, saiba que nunca faremos nada para lhe prejudicar ou machuca-lo – Sorri de lado. Eles podiam ser tudo de ruim, mas ainda eram minhas amiguinhas! – E é claro que eu não ia desperdiçar a oportunidade de vesti-lo com uma de minhas criações, além do mais quem sabe você não se descobre nesse encontro e sai logo do armário – E ela desatou a rir...

Cerrei o punho. Por que eu não estava surpreso com aquilo... Por quê?

Antes que eu pudesse expor minha revolta, vi Yano correr até a entrega do lugar, onde além de um segurança gigante, que permitia a entrada e saída das pessoas, havia também um cara. Um cara moreno, alto e musculoso.

–Keita-kun! – Yano gritou abraçando-o em seguida.

Observei na maior cara de pau o cara. Pelo visto aquele era o tão falado Keita, o cara que a Yano estava de olho há séculos.

Yano nos apresentou brevemente, e de mãos dadas com o carinha passou pelo entrada VIP, a seguimos sem protestar, já que ninguém queria enfrentar uma fila gigantesca.

E em um minuto me vi em um ambiente estranhamente calmo, como mesas dispostas pelo lugar, e varias pessoas conversando amigavelmente. E cadê a bebida? E o povo tirando a roupa? E as meninas se pegando!?

O tal de Keita notando minha estranheza, logo explicou que a balada ficava na parte de trás do prédio e que aquela era apenas uma pequena área reservada àqueles que queria aproveitar a noite de forma sossegada. E sem mais delongas ele nos levou a uma mesa onde outros cinco caras estavam a nossa espera.

Respirei fundo, aquela era a hora! Feito menina no primeiro encontro, passei a mão nos vincos do vestido, segurando a vontade de tacar aqueles saltos para o alto e sair correndo. E ao ouvir as vozes masculinas se apresentando, sai de trás da Chii, onde eu havia me escondido a fim de tentar bolar um plano de fuga.

–Oi, meninas! Eu sou o Eichi e estou à procura de alguém para compartilhar seu chocolate quente comigo nos dias de inverno – Um ruivo meio magrelo e do tipo comediante, disse nos olhando com esperança. Acho que a Chii se identificou com esse dai...

Ri de sua apresentação, já que era cômico ver alguém chegar a esse ponto. Logo, os outros quatro se apresentaram: Isao, Riki, Takao e Yasuhiko.

Bem... Eles eram másculos. Faziam bem o tipo de minhas amigas. Isao era um branquelo meio nerd, Riki era um moreno brincalhão que já estava dando em cima da Yuka (Esse não perde tempo...), Takao um cara estilo príncipe encantado meio arrogante e que ficava me encarando de uma forma constrangedora e Yasuhiko um loiro educado que até então não falará nada. Nos apresentamos, sendo que Aoi me apresentou como Hime, só Hime e aquela foi a única ocasião na qual não me importei com o uso desse apelido.

Ignorando os olhares maliciosos de Takao, me sentei, desejando poder comer rápido e sumir dali. Infelizmente, uma hora se passou e as meninas não davam sinal de quererem ir embora.

Cerrei o punho ao ouvir outra pergunta idiota vindo do estúpido do Takao.

–Então, Hime, essa é a primeira vez que você vem aqui? - Ele disse enquanto se aproximava de mim. O fuzilei com os olhos, xingando internamente Chii que me colocara ao lado daquele ser idiota – Aposto que não, pois caso você tivesse vindo eu com certeza teria ouvido falar, já que dificilmente uma menina tão linda como você passaria despercebida aqui.

O encarei tentado a dar uma bela responda, porém o olhar de Mika em minha direção me fez pensar bem. Eu não vim aqui para estragar a noite e a única oportunidade de minhas amigas saírem da fossa! Eu aguentaria aquele inferno até o fim!

Mas antes que eu pudesse terminar minha linha de pensamento, senti uma mão tocar levemente a área descoberta de minhas pernas por debaixo da mesa.

Soltei a respiração ruidosamente.

Ai já era demais!

Enquanto eu tentava segurar minha mãe de voar na cara alheia, Takao se aproximou e sussurrou:

–Então princesa, eu sei que você me quer ...

Tentei contar mentalmente a fim de manter a calma... 1

2...

– Então pode deixar essa pose de virgem indefesa de lado...

3...

4...

–Que eu quero você só para mim está noite... – Sua mão relou na parte interna da minha coxa e então soltei o ar que vinha prendendo.

AH CHEGA!

Levantei nervoso, surpreendendo todos à mesa – Não ouse tocar em mim novamente. Deixe essas mãos imundas bem longe de mim e vá arrumar alguma boneca para satisfazer seus desejos, por que pessoa alguma merece um animal como você. E não seja tão arrogante, caras melhores que você, eu acho em qualquer esquina!

Sai correndo depois de gritar na frente de todos. A sensação da mão daquele animal em minha perna não sumia e aquilo me perturbava.

E as batidas rápidas de meu coração me perturbavam ainda mais.


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Notas finais do capítulo

Até algum dia!