O Casamento Do Meu Ex - R/Hr escrita por Verônica Souza


Capítulo 2
Goodbye


Notas iniciais do capítulo

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Goodbye


“... Prefiro magoar a mim mesmo

Do que algum dia fazê-la chorar.

Não sobrou nada para dizer, exceto adeus”.


xx



Hermione daria tudo para aparatar naquele momento. Estava exausta de tanto olhar vestidos de noivas. Não achava que existiria noiva pior do que Fleur, mas ela estava enganada. Só não estava a beira de ter um ataque de nervos, porque ela deixou um pouco para Gina. Só de olhar para a amiga dava para perceber que a próxima vez que Isabelly mostrasse um tecido florido, Gina ia vomitar.

– Eu acho que podemos fazer uma pausa para o chá. – Molly disse se levantando. – Não acha querida? – Ela olhou para Isabelly.

– Ah, tudo bem... Mas Senhora Weasley, eu queria conversar sobre o Buffet... – As duas foram conversando e entraram na cozinha, seguidas por Fleur.

– Eu não sei se posso aguentar isso! – Gina colocou as mãos na cabeça. – Eu vou explodir! Ela é muito pior do que a Fleur! – Gina sussurrou para Hermione. – Não é atoa que as duas são melhores amigas!

– E eu que pensei que Fleur era neurótica. – Hermione deitou a cabeça no sofá. – Eu acho que nem fazendo tantos relatórios eu fiquei tão cansada mentalmente.

– Eu juro Hermione, se eu não gostasse tanto de Rony, eu não estaria fazendo esse sacrifício. A minha vontade é de pegar aqueles tecidos e enfiá-los no...

– E como estão as madrinhas mais lindas? – Harry entrou na sala, sentando-se ao lado de Gina. – Pelo visto...

– Eu vou MATAR essa Veela Harry! Escute o que estou dizendo! – Gina olhou para ele furiosa.

– Ela é tão ruim assim? – Ele olhou para Hermione, que abriu a boca para responder, mas foi interrompida por Gina.

– Ruim? Ela é horrível! Faz Voldemort parecer um perfeito cavalheiro!

– E aí, como estão os preparativos? – Rony também entrou na sala.

Hermione e Gina ficaram em silencio.

– Bom... – Hermione começou dizendo. – Acho que estamos indo bem. Conseguimos escolher o buquê.

– Não Hermione, ela desistiu por fim. Disse que lírios não combinam com ela. – Gina cruzou os braços.

– Mas ela tinha gostado da ideia! – Hermione disse desapontada.

– Mas só porque você falou que sempre quis se casar com lírios. – Gina suspirou. – Na verdade, permanecemos no zero.

– Pensei que com Hermione aqui as coisas seriam mais fáceis. – Rony olhou para ela. – Afinal, ela costuma saber tanto dos assuntos, que pensei que seria uma ótima conselheira.

– Bom, se ela ao menos aceitasse nossa opinião, teríamos feito muita coisa hoje. – Hermione reclamou.

– Vocês tem que dar uma chance a ela. Estão nessa família a muito mais tempo do que ela. Ela está se sentindo rejeitada, está tentando se acostumar com a família. Se vocês não a ajudarem, as coisas não vão melhorar.

– Ah Rony qual é. Qualquer pessoa consegue se acostumar com a nossa família. É só ser um completo louco de pedra. – Gina disse irritada.

– Isso é verdade. – Harry falou.

– Olha Rony, o que queremos dizer, é que estamos de todas as formas possíveis tentando ajudá-la. Você se lembra quando sua mãe te obrigou a ajudar com os preparativos da Fleur. Ela nunca concordava com nada.

– Isso é coisa de mulheres, vocês deveriam se entender. Eu só peço que não fiquem bravas com ela por isso. Tenho certeza que a mamãe e ela já estão se dando muito bem e...

No mesmo instante, Molly apareceu na sala completamente vermelha. Estava tremendo e prestes a explodir. Harry se levantou do sofá, para o caso de ter que amparar a sogra caso ela tivesse um ataque de fúrias.

– O que foi mãe? – Gina perguntou preocupada.

– Ela... Ela... Não quer... – Molly balançou a cabeça e saiu furiosa de casa. Todos se olharam sem entender, até que Isabelly e Fleur apareceram.

– O que foi que aconteceu? – Rony perguntou.

– Acho que ela ficou um pouco brava porque vamos contratar um Buffet Frances. – Isabelly disse inocente. – É que minha família não está acostumada com... Comidas caseiras sabem.

– O que quer dizer com comidas caseiras? – Gina perguntou ficando vermelha.

– Acho que ela quer dizer que não quer dar nenhum trabalho para Molly, não é? – Hermione tentou amenizar a situação.

– Exatamente! Finalmente alguém me entende. Obrigada Hermione.

– Mas minha mãe adora cozinhar! – Gina continuava irritada.

– Olha Gina, acho que Isabelly está certa... Mamãe ficou em tempo de ter um ataque no casamento de Fleur, com todos os preparativos. Contratando um Buffet seria bem mais tranquilo. – Rony disse.

– Obrigada amor. – Isabelly o beijou rapidamente.

Hermione se mexeu desconfortável no sofá e Gina suspirou revirando os olhos.

– Acho que eu vou conversar com ela. – Hermione se levantou ficando desconfortável com a cena dos dois.

– E eu preciso ir embora. – Isabelly disse. – Eu e Fleur vamos escolher os vestidos das madrinhas.

– Mas as madrinhas não tinham que ir junto? – Gina perguntou.

– Claro que não bobinha. Será uma surpresa. – Ela piscou para Gina. – Vamos Fleur.

– Eu acompanho vocês. – Rony disse saindo da sala com elas.

– HARRY NÃO ME SEGURA! – Gina se levantou pegando a varinha do seu bolso. Harry a segurou pela cintura enquanto ela tentava avançar.

– Gina, você não quer que seu irmão fique viúvo antes do casamento não é?

– Tudo bem, posso esperar durante, ou até depois. Não me importo! – Ela suspirou colocando sua varinha de volta no bolso.

– Amor, porque não vamos para a cozinha tomar um pouco de água? – Harry perguntou carinhosamente.

– Está bem... Estou precisando mesmo.


Xx



– Molly? – Hermione se aproximou dela, enquanto ela tirava as roupas do varal.

– Oi querida. Só estou tirando essas roupas aqui. – Molly sorriu para ela.

– Precisa de ajuda?

– Não querida, muito obrigada, mas já estou terminando.

Hermione observou a matriarca dos Weasley tirar as roupas com o pregador e tudo e embolava os lençóis com fúria jogando-os dentro do cesto. Hermione não quis perguntar por que ela simplesmente não usava a varinha. Percebeu que aquele era um modo dela aliviar o estresse. Em silencio Hermione ajudou ela a tirar os lençóis. Em cinco minutos o varal estava vazio.

– Muito obrigada querida, não precisava se incomodar. – Molly sorriu para ela.

– Na verdade, Molly, eu queria dizer para você não se chatear com a Isabelly. É o jeito dela... Sabe... Veio de uma família rica, tem os costumes diferentes dos nossos. Tenho certeza que ela não faz por mal. Acho que Rony não se sentiria bem casando com alguém que não desse bem com sua família.

Molly colocou o cesto no chão e encarou Hermione, sorrindo e com os olhos brilhando.

– Sempre tão sábia, tão bondosa... – Molly se aproximou dela ainda sorrindo. – Sempre me pergunto por que ele não te escolheu.

– Não era pra ser... – Hermione disse um pouco decepcionada.

– Mas eu daria tudo para ele ter te escolhido. Você com certeza seria a melhor esposa para ele. Gosto de você e de Harry como se fossem da família.

– Eu sei disso. E eu também gosto de todos vocês como se fossem a minha. – Hermione sorriu.

– Eu sei que isso é importante para o Rony... Mas sabe, coração de mãe não se engana... Ela não é a pessoa certa para ele.

– Mas talvez ela o faça mais feliz do que eu.

– Disso eu duvido muito. – Molly sorriu para ela e voltou a pegar o cesto. – Vou preparar um chá. Estamos todos precisando.

Hermione a acompanhou até a casa. Entraram na sala e Rony também acabava de voltar. Molly olhou para os dois e não pôde deixar de sorrir. Foi direto para a cozinha deixando os dois sozinhos.

– Eu... Er... Queria agradecer, por ter acalmado a situação hoje. – Rony disse com as mãos no bolso.

– Tudo bem... É meu dever de madrinha fazer tudo estar em paz. – Ela disse um pouco séria.

– Eu não sabia que ela te escolheria para ser madrinha...

– Tudo bem, eu não me importo.

– Acho que ela pensou que talvez você sendo madrinha também, Gina ficaria mais tranquila.

– Acho que não funcionou muito.

– Gina é cabeça dura, vai entender.

– Eu espero. Odiaria vê-la perder a cabeça antes do casamento.

– Olha... Hermione. Na verdade eu queria dizer que... Você não precisa fazer isso, sabe... Isabelly vai entender se você não quiser mais. Quero dizer... É estranho... Você sendo madrinha do meu casamento.

Você me convidou para o casamento.

– Eu sei. Eu quero que você vá, realmente, apesar de tudo somos amigos há nove anos. Mas talvez você não queira ser madrinha e...

– Pois é exatamente por esse motivo que quero ser madrinha. Somos amigos há nove anos. Harry é o seu padrinho, e eu e Gina seremos as madrinhas. Está tudo certo. Quer me dizer mais alguma coisa? Vou ajudar sua mãe com o chá.

– N... Não.

– Certo...

Hermione continuou o seu caminho e foi para a cozinha. Rony passou a mão entre os seus cabelos e andou pela sala. Tinha a sensação de que estava fazendo a coisa certa, mas porque seu coração não dizia isso? Por que a vida amorosa tinha que ser tão complicada?


Xx



– Então... O que queria falar comigo? – Hermione desceu as escadas e parou cruzando os braços.

– Pode se sentar? – Rony perguntou apontando o sofá em sua frente. Hermione suspirou e caminhou até o sofá, cruzando as pernas.

– E então?

– Hermione... Temos brigado muito ultimamente.

– Eu percebi.

– Só que nós já somos adultos. Já nos formamos, acabamos de arrumar um emprego, não podemos mais ficar com essas discussões bobas.

– E você acha que eu não sei?

– Eu não quero ter que viver o resto da minha vida discutindo com você.

Hermione descruzou os braços e a raiva sumiu, dando lugar para o medo.

– Como assim?

– Quando começamos a namorar, eu tinha certeza de que queria me casar com você. Só estava esperando que a gente formasse, arrumasse um bom emprego, tivéssemos nossa própria casa, e assim eu te pediria em casamento. Mas com todas essas brigas, não sei se podemos ter um bom casamento. Entende? Não quero te fazer chorar todas as noites, não quero te deixar com raiva de mim...

– Rony, eu não...

– Por favor, Hermione, não torne isso mais complicado. – Ele escorou os cotovelos em seus joelhos e a encarou, com os olhos vermelhos. – Acho melhor terminarmos aqui.

Hermione prendeu sua respiração e sentiu o seu coração acelerando.

– Não é uma coisa que eu quero, sabe? Mas é necessário. Você... Merece alguém muito melhor do que eu.

– Mas Rony...

– Eu sei que agora parece o fim do mundo, que nós estamos acostumados um com o outro. Por Mérlin, já nos conhecemos há sete anos e meio, e eu sou apaixonado por você desde os treze anos. Não é tão fácil assim... Mas nós vamos conseguir.

– Eu não sei se quero isso... – Ela disse com a voz falhando.

– Você consegue você é mais forte do que eu. – Ele se levantou e sentou-se ao lado dela, tocando o seu rosto. – Isso é para o nosso bem, amor.

Ouvi-lo a chamando de amor fez tudo parecer mais difícil.

– Eu prometo que vamos ficar bem. Você é linda, inteligente, pode arrumar alguém logo, que te faça feliz.

– Mas eu não quero outra pessoa Ron...

– Eu também não quero... Mas talvez seja melhor, tanto pra mim quanto pra você. Veja só... Nós estamos brigando a três dias seguidos. Não queremos essa vida para nós não é? – Ele a olhou. – Não é Mione?

– É... – Ela disse engolindo o choro. – Bem, se isso vai te fazer melhor...

– Nos fazer melhor. Estou pensando mais em você do que em mim.

– Certo... Eu vou... Arrumar as minhas coisas. Melhor voltar para casa. – Ela se levantou e Rony também. Ele a puxou para um abraço inesperado, e aquilo tudo ficou ainda mais difícil. Hermione não sabe de onde tirou tantas forças para não chorar na frente dele.

– Eu sempre vou te amar Hermione. Sempre.

Ela preferiu ficar em silencio a alimentar falsas esperanças. Afinal, eles estavam terminando, não poderiam dizer um ao outro que se amavam. Mesmo que aquilo fosse verdade.



xx




– Ei Rony, sua mãe está chamando para tomar um chá. – Harry entrou na sala. – O que está fazendo?

– Nada... Apenas... Pensando. – Rony olhou para baixo. – Harry, posso perguntar uma coisa?

– Claro.

– Acha que Isabelly é uma boa pessoa?

– Acho... Ela tem o seu jeito um pouco... Digamos... Veela. – Harry sorriu. – Mas ela é uma boa pessoa sim. Por que a pergunta?

– Acho que minha mãe e Gina nunca irão se acostumar com ela.

– Ah Rony, elas só estão assim porque já estavam... Bem... Acostumadas com Hermione. Mas aos poucos elas se acostumam.

– Ou talvez não. Bom... Hermione é bem diferente da Isabelly.

– Sim, muito diferente. Mas o que é importa é que você gosta da Isabelly não é?

– Sim.

– E você a ama?

–... Sim.

– Por que demorou tanto para responder?

– Não demorei.

– Certo, então você ama a Isabelly?

– Sim.

– Acha que está fazendo a coisa certa se casando com ela?

– Sim.

– Mesmo ainda sendo apaixonado por Hermione?

– Sim.

Harry abriu um largo sorriso e Rony arregalou os olhos para ele.

– Quero dizer... Não! Harry! Você me confundiu!

– Rony, sou seu melhor amigo e futuramente seu padrinho. Eu sei perceber as coisas. Só não posso fazer você mudar de ideia. Se você acha que está fazendo uma boa coisa se casando com ela, ótimo. Mas acho que antes disso você teria que ser sincero com você mesmo sobre os seus sentimentos. Se ainda ama a Hermione, não deveria se casar com outra. Não é justo com você, nem com Isabelly, e muito menos com Hermione.

Ele deu um sorriso amigável.

– Ainda tem muito tempo pra isso... Vem, vamos tomar um chá. Agora que Hermione conseguiu acalmar sua mãe, não a queremos nervosa de novo.

– Claro que não. – Rony sorriu e se levantou, indo até a cozinha com Harry.

– E quando você mandou aquele cartão de dia dos namorados para o Harry? – Hermione deu uma gargalhada e Gina ficou vermelha.

– Não precisava me lembrar disso. – Ela se afundou na cadeira.

– Ah querida, mas foi muito bonitinho. – Molly disse carinhosamente. – Tenho certeza que Harry gostou.

– Gostei do que? – Harry sentou-se ao lado de Gina, e Rony ao lado de Hermione.

– Do cartão de dia dos namorados que Gina te mandou. – Hermione riu novamente.

– Ah sim... Claro que gostei amor. – Harry sorriu para ela e a beijou. – Foi o melhor cartão de dia dos namorados que ganhei... Apenas por ter me chamado de “Divino”.

– Para Harry! – Gina cruzou os braços emburrada.

– Bons tempos. – Rony disse rindo.

– Ah, mas com você não foi muito diferente Rony. – Molly disse servindo chá para os dois. – Lembra-se do cartão de natal que escreveu para Hermione?

Rony corou completamente. Gina e Harry abafaram o riso com as mãos.

– Que cartão? – Hermione perguntou curiosa.

– Quando tinha doze anos Rony fez um cartão de natal pra você. – Gina disse com lágrimas nos olhos de tanto rir. – Como é mesmo Harry?

– Ahm... “Seus cabelos são como nuvens, seus olhos são como gotas de chocolate, apesar de ser uma sabe tudo, é só por você que o meu coração bate.”.

– Cala a boca Harry! – Exclamou Rony mais vermelho do que o normal. – Não acredito que você decorou isso.

– Por que eu nunca soube desse cartão? – Hermione perguntou sorrindo.

– Ele me fez prometer que ia esconder. – Molly disse. – Mas sabe como os gêmeos são... Sempre acham as coisas escondidas.

– Eles mostraram para toda a família no almoço do mês passado. – Gina se recuperou do riso. – Harry conseguiu decorar o cartão antes de Rony o queimar.

– Ainda bem. – Harry disse limpando as lágrimas de riso.

– Levou um tempo para eu explicar para Isabelly que eu o escrevi quando tinha doze anos...

– Claro, porque é difícil diferenciar um poema de uma criança para um atual. – Gina voltou a rir.

– Eu gostaria de ter visto. – Hermione disse olhando para ele.

– Sinto muito, ele já era. – Rony disse um pouco desconfortável.

– Isabelly ficou muito brava? – Hermione perguntou.

– Não muito. Ela se convenceu de que era coisa de criança. Afinal, era mesmo.

Hermione sentiu que ele estava tentando atingi-la dizendo aquilo. Tentou não demonstrar o quanto estava magoada, e tomou um pouco do seu chá. Sem conseguir se controlar, ela logo cuspiu o chá de sua boca, assustando todos à mesa.

– O que foi? – Gina perguntou assustada.

– Está... Salgado. – Ela disse limpando a boca, vermelha de vergonha.

– Oh não querida... – Molly se levantou apressada e olhou para um pote na pia. – Acho que coloquei sal ao invés do açúcar.

Os três começaram a rir, enquanto Molly não parava de pedir desculpas.



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