Someone Like You - Alguém como Você escrita por AliceCriis


Capítulo 22
Capítulo 10 - parte 8




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Ponto de Vista da Leah.

 

 - Você está me irritando, Néss.. – reclamei cruzando os braços.

Ela acelerou. Eu me recostei no banco e mentalizei Jhon;

Jhon... eu preciso de você... eu sé conseguia pensar nisso. Eu estava mesmo grávida...

Aquilo era perfeito.. mais do que isso... era fantástico.

Nós precisamos... Corrigi meus pensamentos... e senti um aperto em meu peito... eu estava sendo torturada pela falta que Jhon me fazia.

 - Néss... – chamei.

 - Que foi? – ela pois a mão em meu ombro.

 - Alice te contou tudo? – perguntei receosa. Alice tinha visto até que eu abandonaria Jhon.

 - Sim... á mim... Jake...e as novas garotas... – disse ela envergonhada.

 - O que? – minhas palavras pularam para fora de minha boca.

 - Na-ão v-vamos fa-falar á ninguém! – garantiu ela sem me olhar.

Eu temi que elas me impedissem de deixar Jhon... eu temia mesmo.

 - Promete? – perguntei abraçando meu ventre.

 - Pro-prometo... – disse, sem me convencer.

 - Renesmee... – chamei, mostrando que ela não havia me convencido.

 - Sem. Eu prometo. – engoliu seco.

Recostei minha cabeça na cabeceira do banco, e fechei meus olhos. Pude apenas pensar em meus pequenos, e desenhar um futuro á eles... um futuro improvável... pois eu não estaria aqui para vê-los crescer e protegê-los no decorrer de suas vidas. Eu imaginava como eles seriam... cada pequeno milímetro de seus rostos, e qual o ritmo de seu crescimento.

 Isso já podia se imaginar... filha de uma loba com um vampiro... eu sorri com os olhos fechados.

 E tudo aconteceu apenas ontem... e eles já cresciam dentro de mim...

Lágrimas de felicidade escoriam de meu rosto mais uma vez. Tudo era tão surreal! Eu mal podia acreditar que eu me tornaria mãe... Eu me prometi. Eu me prometi que não pensaria mais em nada que levasse-me ao sofrimento... como por exemplo minha morte... e o abandono de meus pequenos e Jhon.

 E mais uma coisa... como eu o deixaria? Como eu esqueceria meu passado, se carregava uma parte dele em mim?

 Preferi continuar meu plano... eu os teria longe de Jhonny, e depois os deixaria... com Seth. A pessoa em que eu mais confiava no mundo, e já que iríamos para a faculdade daqui uma semana... eu poderia fugir de minha vida daqui...

 Mais onde estava minha cabeça...? Eu nunca conseguiria esconder minha gravidez de Jhon... – principalmente com seu poderzinho irritante... ele me faria confessar o que eu escondia...

 Seria realmente difícil... uma decisão soou em minha cabeça, eu deixaria acontecer. O que estivesse guardado, não seria tão ruim quanto eu esperava;

 - Lê? – chamou Néss.

 - O que foi? – abri os olhos.

 - Chegamos...

 - Vamos, então? – chamei.

 - Claro.

Descemos do carro, e avistei a enorme casa – que se compararia com a dos Cullen, sem medo nenhum – com uma perfeita vista para o mar. Eu estava abismada, por existir uma casa assim em LaPush.

 - Você tem certeza que é aqui mesmo que Aley mora? – exasperei.

 - Tenho... vamos logo! – reclamou, revirando os olhos.

 - Ok... mais se estiver errada, não culpe á mim! – levantei meus braços e continuei a caminhar pela areia.

Nos aproximávamos cada vez mais da casa e avisei.

 - Você é quem vai falar! – avisei mais rápido que ela.

 Ela bufou, e cruzou os braços. Em frente á casa, éramos recepcionadas por uma enorme escada. Subimos sem palavras. Ao seu topo, uma porta prateada e entalhada. Renesmee  tocou a campainha.

  Em alguns segundos, uma garota muito parecida com Aley – e com a cabeça enfaixada – atendeu a porta.

 - Olá. – disse com um sorriso que era como o de Aley.

 - Oi... somos amigas de Aley... – e ao Néss contar, seus olhos se esbugalharam e sua expressão ficou desesperada.

 - Aley? Onde ele está? Ele está bem? O que houve com ele? – as perguntas brotavam de sua boca e me deixavam assustada.

 - Se acalme... Aley só se tornou um alguém mais especial! – eu exasperei. Aquelas perguntas estavam me deixando louca.

 - Hm... Qual seu nome? – perguntou Renesmee balançando seus cachos dourados.

 - Eu sou Henny... irmã gêmea de Aley. – disse ela tentando se acalmar. E logo pude ver que a semelhança com o irmão era imprescindível.

 - Bom. Aley está bem...agora. Ele está com muitas coisas na cabeça... mas não se preocupe. Ele está com desmaios e vai passar a noite na casa de um médico. Fique tranqüila. Provavelmente amanhã de manhã ele estará em casa. – explicou a ruivinha.

 - Sim. Espero que ele possa organizar a cabeça até lá... – complementei em uma voz um pouco mais baixa.

 - Eu achei que estivesse louca... – começou contar Henny – mais eu tinha provas de mais, que aquilo não era...

Ela tinha o olhar perdido no nada, e nisto coloquei minha mão em seu ombro. Tomei um susto – que não deveria – ao encostar minha mão em sua pele. Era tão quente quanto á minha! Seus rosto mostrou confusão á minha reação e mais que de imediato, fingi que nada tinha acontecido.

 - Eu sou como ele... e pelo que vejo... você também será... – as palavras escapavam de minha boca e se espalhavam pelos ouvidos da pobre garota. Seus olhos me penetravam em confusão, e Renesmee metralhava-me com olhares raivosos.

 - Bom... podemos levar algumas roupas para Aley? – perguntou Néss acabando com o silêncio irritante.

 - Sim... querem vocês mesmas pegarem... ou desejam me acompanhar somente? – deu nos uma escolha.

 - Se não se importar... podemos acompanhar-te? – disse Renesmee, impedindo-me de dizer algo antes dela.

 - Claro... sigam-me. – disse entrando casa a dentro. Entramos sem pestanejar. E ao percorrer o caminho até o quarto dele, não era possível não ficar maravilhado com a beleza daquele local – não que a mansão Cullen estivesse abaixo, era apenas uma questão de se acostumar com o local.

 - É aqui... – disse ela apontando para uma porta de dois blocos. As cores  eram um tom de azul e verde misturados.

 - Uau... – soltou Nessie deslumbrada. Eu a cutuquei e ela se encolheu. Henny, abriu as portas rindo e o tamanho daquilo era espantoso... era maior que minha casa inteira junta!

Segurei as palavras que insistiam em sair de minha boca, e a segui.

 - Bom... acho que ele não precisará de muitas coisas para um dia... – pensou alto.

 - Ele tem manias de andar com pouca roupa? – perguntei com uma previsão de resposta.

 - Sim... um calção no máximo... – e assim era Seth... eu o conhecia tão bem como minha mão... lobos novos eram tão...tão...tão previsíveis... eu ri com o pensamento.

 - Pode dizer uma coisa á ele? – perguntou ela com a expressão séria e dolorida.

 - Qualquer. – confirmei.

 - Diga á ele que aconteça o que acontecer... eu, papai e mamãe sempre estaremos com ele... – disse com firmeza e ternura.

  - Diremos... – concordamos, Renesmee e eu.

Nisso ela já detinha de uma bolsa marrom de couro já arrumada e cheia de roupas.

 - Obrigada... temos muito o que fazer hoje... – disse Renesmee roubando a bolsa de suas mãos.

 - Digamos... eu que agradeço... estávamos implorando por notícias de Aley... – suavizou pegando um celular do bolso.

 - Temos que ir agora... foi um prazer. – ofereci minha mão á ela sorrindo.

 - O prazer foi meu. – sorriu como uma loba, e um arrepio involuntário percorreu meu corpo.

Caminhamos de volta para o carro, e acenamos para Henny antes de partir – e como era de se esperar, eu estava na direção do carro.

 - O que achou dela? – pediu Néss, distraída fuçando na bolsa de Aley.

 - Simpática... e você não deveria mexer aí... andou pegando péssimos modos com Jake... – eu ri olhando para ela, enquanto fazia a curva para a cidade.

Ela em mostrou a língua e fez careta.

Piadinhas infames nos levaram pelo caminho.

 - Quem eram aqueles novatos? – perguntei vencendo-me pela curiosidade.

 - Hm... são os novos integrantes do clã! – disse Renesmee elétrica, pipocando em seu acento.

 - Ó...e a família não para de crescer... – eu exaltei a frase e ela riu.

 - É... eles já conheciam os Strew... – contou – E nunca beberam sangue humano... – finalizou.

 - Ponto para eles! – eu sorri de canto.

 - Sim; Giorge é como se fosse um imã de Ana... ele não desgruda dela...  – ela ria e negava com a cabeça.

 - Deu pra notar... – comentei.

 - Sim... lembra-se da menina...que ficou vidrada em Aley? – pediu ela.

 - Um minuto pra eu entender bem... – sacudi a cabeça para organizar a mente. – Você e Alice já sabiam de Aley? – meus olhos a fitaram perplexamente.

 - Bom... sim. Mais não só nos. Jacob também. E ele já virou imprinted... – ela negava com a cabeça e ria.

 - Você é mesmo uma criaturinha diabólica... – eu gargalhava. - E com quem Aley ficou imprinted? – terminei a pergunta.

 - O nome dela é Kristyn... irmã gêmea de Kameron... o garoto da cura.. sabe? – ela contou interessada.

 - Coincidência ou mero acaso? – estreitei os olhos fitando-a.

 - Sobre a coisa de gêmeos? – pediu ela e assenti. – Acho que tudo tem uma razão... e você teve sorte...três... de uma vez? – ela sorriu debochando.

 - Muito engraçadinha você... mais relaxa... um dia você terá os seus...e vou ver a cabeça de Jake voar pelo espaço, sendo lançada por Bella... – caçoei.

 - Você é muito, mais muito, estraga prazeres... – queixou-se.

 - Obrigada, também amo você. – soprei amoras.

 - Voltando aos novatos – contou distraidamente – eles são super incríveis... Ana é irmã deles... de verdade! Eles moravam em um reformatório... e depois conheceram os Volturi. E você já pode ver o que Eleazar previu... Aro os transformou. E depois que eles tinham o tempo á seu favor... – eu a interrompi.

 - O tempo á seu favor? O que quer dizer com isso? – ressaltei.

 - Kristyn... manipula e controla o tempo... uma verdadeira bruxa do tempo... – seus olhos brilhavam com a admiração.

 - Prossiga... – dei a passagem á sua história.

 - Então... tinham Kristyn e Kameron... que como você já deve ter percebido, Kameron cura qualquer um... – fez uma breve pausa. – Ana. Ela é a mais poderosa deles.Ela controla a mente de qualquer um... transforma corpo e alma, em fantoches seus. – finalizou.

 - E agora desejam se unir aos Cullen? – curvei uma sobrancelha enquanto entrava em minha rua.

 - Sim... e graças ao fantástico dom de Ana... eles puderam escapar dos Volturi e de seu rigoroso punho de ferro.

Assenti e estacionei em frente a minha casa.

 - Vai entrar comigo? – perguntei abrindo a porta.

 - Sim... estou com saudade da Vovó Sue... – animou-se. E dez de quando minha mãe era sua avó... espantei o pensamento de minha mente.

 Ela saltou para fora do carro a lá Seth. Neguei com a cabeça... o que a presença desses meninos na vida dessa pobre meia vampira está fazendo...

 Entrei em casa e senti o cheiro de muffins de caramelo... UGH! Que nojo! Eu iria vomitar. E pensar que um dia eu amei esses doces.

 Minha mãe que me via da cozinha, reparou em meu rosto ficando verde e cortou a parte das boas vindas.

 - Filha está bem? – pediu correndo para a porta de entrada.

 - Não! – Corri escadas á cima para meu banheiro.

Pude notar Néss e Sue se olhando assustadas enquanto eu disparava ao banheiro.

 Entrei em meu quarto, e focalizei a privada dentro do enorme local privado.

Me ajoelhei já em frente á ele, e larguei meu estômago dentro dele.

 

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Depois de mais de meia hora em frente ao vaso sanitário, eu me senti um pouco melhor. E agradeci por nenhuma das duas  - Néss e Sue – me seguirem até o banheiro.

 Puxei a descarga, e lavei meu rosto na pia. Em meu quarto estavam sentadas Sue e Néss.

 Sue com a expressão assustada e confusa. Nessie, radiante e maliciosa.

 - Antes de que me encham me perguntas... eu devo ter comido algo que não me fez muito bem... – Renesmee fez uma cara de “ ah, claro... eu acredito em você...”, e eu agradeci por Sue não olhá-la em nenhum instante.

 - Sim... ainda bem que passará a noite na casa de um médico... – disse ela mais aliviada.

 - Então você deixa.. ? – pedi como uma criança de 2 anos.

- Claro... aqui está... – me alcançou a mochila e meu celular.

 - Obrigada... não quero demorar muito... está anoitecendo... e vou já...estou preocupada com Aley... – minha mãe me olhou maliciosa juntamente com Renesmee...

Que coisa ridícula... as duas tinham pleno conhecimento sobre o tal imprinting, e ainda tinham esse tipo de desconfiança... e ainda mais Renesmee... que sabia que eu estava grávida de Jhon... que idiotas...

 - Vamos, Néss. – disse já dando as costas ás duas mulheres ridículas.

Desci as escadas e entrei no carro.

 Esperei pacientemente Néss, que se despedia de Sue. Logo ela já aparecia na porta. Peguei o pen-drive do porta luvas e localizei a música desejada enquanto ela entrava no carro.

 Me lançou um olhar implorante, que eu sabia o que ela queria dizer: Strike – No veneno:

 

Ela adora me odiar, não me dá trela não
Se desespera e depois come na minha mão
Se faz de santa mas, é só pra me afrontar

Mulher insana, quer causar meu fim
Se chego, ela derrete, se perde pra mim
Entre quatro paredes nosso caos exala perdição

E perde a linha e a compostura, só falta o juízo, me usa e abusa
Se tua respiração te acusa, a química fluiu, é hora de se entregar
E se aventurar...

Já que me provocou, agora aguenta até o fim, só pra me descontrolar
E ela me enfeitiçou, eu posso te roubar pra mim, não vai querer se enganar
E no veneno eu quero te encontrar
Vou entrar na tua mente, até te provar que já não vai viver sem mim
Pois com você, eu vou até o fim

Finge ser discreta mas depois já vai se abrir
Se quer sair de órbita, é só me abduzir
Em universo paralelo, em qualquer outra dimensão
Convite tentador
Sei que meu passado condena, eu sou o erro que solucionou o teu problema
Aprende o kamasutra que eu alivio a sua tensão

E perde a linha e a compostura, só falta o juízo, me usa e abusa
Se tua respiração te acusa, a química fluiu, é hora de se entregar
E se aventurar...

Já que me provocou, agora aguenta até o fim, só pra me descontrolar
E ela me enfeitiçou, eu posso te roubar pra mim, não vai querer se enganar
E no veneno eu quero te encontrar
Vou entrar na tua mente, até te provar que já não vai viver sem mim
Pois com você, eu vou até o fim

O jogo começou, eu entro em pane, agora o que era mais puro, ferve e fica infame
À noite eu vou despir tua roupa, eu entro em transe, quero te experimentar já sem apego, e sem romance
Você fez do jeito que do céu me desencaminhou
Ela é ninfo, sex simbol, ela que me devorou
Mas quando aperta o play, sei que eu sou mais jogador com sede de aprendiz e malícia de professor

Já que me provocou, agora aguenta até o fim, só pra me descontrolar
E ela me enfeitiçou, eu posso te roubar pra mim, não vai querer se enganar
E no veneno eu quero te encontrar
Vou entrar na tua mente, até te provar que já não vai viver sem mim
Pois com você, eu vou até o fim

Será sempre assim, mas com você eu vou até o fim

Será sempre assim, mas com você eu vou até o fim

 

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Eu e Néss éramos unidas por essa musica. Desde que ela nascera escutávamos em mais alto volume possível.

 E ela tinha algum tipo de “queda” pelas músicas um pouco mais...hm...agitadas.

Eu e ela cantamos essa determinada música repetidamente, até a chegada á casa dos Cullen;

Estacionei meu carro o mais próximo as escadas de entrada da casa. Desci do carro, e senti uma fraqueza forte em minhas pernas. E acabei por cair.

 - Lê! – gritei Renesmee, vindo me ajudar á me levantar – Eu e Tia Alice já conversamos sobre essa sua fraqueza... – ela me levantou do chão lamacento, e me apoiou no carro, enquanto foi buscas as duas bolsas – minha e de Aley – dentro do carro.

 - Eu não estou fraca; - tentei me esquivar de qualquer tratamento estranhos delas.

Ela voltou de dentro do carro, e me apoiou para dentro. Fiz cara feia. Na sala estava uma das vampiras novas – Kristyn – sentada olhando para Aley – já acordado – a fitando da mesma forma.

 Ao entrar em seu campo de visão, senti um súbito aperto de mãos geladas á meu redor.

 - Você está bem? – chamou com a voz cheia de preocupação;

 - Sim... é só uma fraqueza súbita, Kristyn. – respondi.

 - Aley..toma! – gritou Nessie, jogando a mochila para ele.

 - Valeu... – disse Aley, colando os olhos novamente em Kristyn.

 - Tia Alice... – Chamou Renesmee.

Alice adentrou a sala e agarrou meu braço que estava sendo segurado por Kristyn.

 - Obrigada, Kris. – disse Alice, me levando para o alto das escadas, junto com Renesmee.

 - Para onde estão me levando? – perguntei meio zonza;

 - Para Carlisle... – contou séria.

Eu não a impedi. Nem sabia o que ela planejava. A fraqueza não me possibilitou pedir alguma satisfação.

 Escada acima, encontramos Edward e Bella, na porta de uma sala branca – a sala onde eu ficava quando passava mal – nos recebendo com um sorriso caloroso.

 - Parabéns Leah! – cumprimentou Edward.

 - Pelo quê? – forcei meus olhos á se abrirem.

 - Pelos seus bebês... – disse Bella em confusão.

 - Alice... – Edward, Bella e eu dissemos em repreensão.

 - Mais eu não agüentei... – ela explicou como uma pobre criança com vontade de ir ao banheiro.

 - Você contou á todos? – perguntei corando.

 - Sim. Ela contou. – respondeu Bella, negando com a cabeça.

 - Obrigada, senhorita vidente... – mandei sarcasmo para ela.

Adentramos a sala, e vimos Carlisle, arrumando uma maca, e algumas bolsas de sangue – que me assustou.

 - Olá, Leah... como vão os... – impedi-o de continuar.

 - Oi Carlisle. Eu vou bem... mais eu não sei quanto a eles...

Ele sorriu e deu passagem á Alice e Nessie, para que me colocassem na maca. Sentei.

 - Eu não preciso deitar....- e uma enorme onda de tontura me atingiu. E fez com que a gravidade não estivesse sendo aplicada á mim;

 E como já era de se esperar... caí.

 - Não... você precisa se deitar sim. – disse Carlisle me levantando com auxilio de Edward.

 - Amor... filha...Alice... – chamou Edward com a voz passiva. – Será mais seguro para vocês descerem...- continuou com a voz repleta de calma.

 - Estamos indo... – disse Alice puxando Bella.

 - Eu não preciso ir... – exigiu Nessie.

 - Filha... será mais fácil. – explicou Edward, enquanto a segurava pelos ombros.

 - Eu sou apenas meia vampira... e posso me controlar... – ela contou e eu estava cada vez mais perdida em seu assunto.

 - Você tem certeza..? – se assegurou Edward.

 - Tenho. Eu tenho toda a certeza. – disse Renesmee a driblando e vindo em direção á maca, em que eu estava sentada novamente.

 - Vai estar tudo bem... – disse ela me abraçando e sussurrando em meu ouvido.

Não deu tempo para que eu pudesse perguntar a ela sobre o que ela se referia... ela se afastou.

 Carlisle segurava uma seringa.

 - Leah... se lembra de quando Bella estava grávida? – perguntou o doutor.

 - Sim... de fato...- baguncei os cabelos de Néss.

 - E lembra que ela estava anêmica? – lembrou-me ele.

 - Vagamente... – num segundo... tudo fez o maior sentido. Eles me aplicariam sangue... mandar Bella e Alice lá pra baixo... minha anemia... tudo.

 - E sabe que vai precisar de... – eu o interrompi.

- sangue...? – completei a frase.

 - Sim... faça isso por eles... – disse Edward, colocando a mão em meu ombro.

Respirei fundo.

 - Sim... tudo bem. – concordei com aquilo.

 - Tem um método que talvez você não vá gostar... mais seu mal-estar vai passar mais rápido... – começou o doutor.

 - Você esta falando em beber ? – esclareci.

 - Sim. – ele disse dando de ombros.

 - Vai ser melhor para eles? – pedi afagando meu abdômen.

 - De fato... – concordou Carlisle.

 - Farei isso... por eles... – disse olhando para Carlisle.

Ele assentiu. Pegou a bolsa de sangue que estava pendurada num apoiador, e foi para uma mesa, que estavam ferramentas cirúrgicas e alguns copos. Ouvi o som do sangue sendo derramado no copo. Fiquei a observar a reação dos vampiros... e o que eu vi... era que eles não necessitavam daquilo – porém eu sim.

 Ao sentir o cheiro de sangue, meus pelos se eriçaram e meu desejo passou a ser pelo copo cheio do líquido vermelho.

 O doutor, trazia lentamente o copo. E eu notei que eu estava agindo como uma recém criada. Tratei de me controlar.

 Ele alcançou o copo á mim. E o cheiro me inundou... minha boca salivou e perdi a consciência de que existiam mais seres naquela sala.

 Virou o copo em minha garganta – a qual me agradecia pelo líquido – e mais de que imediato, minhas forças retornavam á mim.

 Percebi que Renesmee, Edward e Carlisle, me olhavam com susto.

 - Renesmee... Edward... acho que podem descer... vão ajudar Alice com a festa de hoje á noite... – incitou Carlisle – quero fazer alguns exames com Leah... – terminou.

 - Sim... uma ótima idéia... – disse Edward puxando Nessie para fora.

 - Até mais... – disse ela desanimada enquanto a porta se fechava;

Carlisle me deitou na maca e começou a fazer as perguntas normais... como:

Como está se sentindo?; Alguma dor?; e por aí vai...

 Ele tentou usar o ultras-som, mais foi inútil... a pele dos bebês, incapacitava a visão.

Depois de mais de duas horas com consultas... ele me liberou.

 - Pronto...pode ir agora... – disse ele satisfeito.

 - Obrigada. – disse assenti e me levantei, e saí do quarto.

Num rompante, Alice me atacou.

 - Você! – disse me carregando em seu colo.

 - Está maluca? – perguntei assustada. Bella estava atrás dela e respondeu.

 - Está sendo apenas Alice... – riu.

 - Você tem que tomar banho... olha seu estado! – disse olhando para o barro em minhas roupas.

 - Opa... – eu disse, enquanto ela me levava, ao quarto que eles construíram para mim;

 - Quero que você me deixe te arrumar hoje... – disse ela presunçosa.

 - E adianta lutar contra você? – disse vencida.

 - Nem um pouco... – saltitou.

 - Tem meu consentimento. – respondi mal humorada.

 - Eu meu lembrarei disso...

 - É bom mesmo...

Adentramos o quarto e ela me jogou um par de sapatos, duas toalhas, e um vestido preto com estampas brancas.

 - Tome banho, estarei aqui logo que acabar. – saiu do quarto.

Levei tudo para o banheiro, e me despi. Tomei um banho rápido e refrescante.

Mal saí de lá – de roupão – e já estava Alice, pipocando pelo quarto.

 - Vamos começar logo... já são 5:20, espero ser rápida... – disse me levando para uma cadeira em frente de um enorme espelho.

 - Ok... faça tudo com moderação... – eu estava realmente com sono. Eu não poderia brigar com Alice... ela sempre vencia. Então que fosse assim.

 Eu deixei o sono me levar...

 

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 - Tia Lê! Acorda! – gritou Néss, em meu ouvido.

 - Ah!? – perguntei assustada, enquanto me segurava na cadeira para não cair.

 - Agora pode se olhar no espelho... Bella adormecida... – disse Alice virando a cadeira em direção ao espelho.

 Eu mal havia acordado, e meus olhos estavam um pouco foscos. Tentei enxergar melhor e...

 - Alice... – eu disse olhando mais uma vez para ao espelho. Meus cabelos negros e lisos... estavam curtos e as pontas encostavam em meu queixo.

 Eu nunca pensei que eu ficaria tão...tão...bem com os cabelos curtos. E o estilo combinava bem comigo – melhor que o estilo longo.

 - Lembre-se que você me deu carta branca... – disse ela em sua defesa.

 - Eu...eu...adorei! – exasperei, mexendo meu cabelo.

Eu sempre adorava o estilo roqueira... e aquilo era demais... mexi em meu cabelo, fazendo ele ficar bagunçado e com aspecto repicado.

 - Sabia que adoraria... – disse Nessie satisfeita.

 - Agora, coloque seu vestido e o sapato... – disse Alice arrastando Renesmee pára fora.

- E você...dona Néss...é sua vez de tomar um bom banho e por a roupa que eu sofri para achar para você...  – ouvi resmungos através da porta.

Voltei ao banheiro para pegar o vestido que Alice havia me entregue. Desdobrei-o e vi que não eram estampas brancas, mais sim prateadas. Era lindo. Um tomara que caia curto.

 Vesti. Eu estava linda naquele vestido – o que era algo impossível de se dizer, em outras ocasiões.

 Uma sapatilha dourada e com alguns detalhes, estava colocada perto das toalhas, tratei de vesti-la.

 Dei mais um olhada em meu novo visual, e saí do quarto á procura de Bella.

 - Bella... – chamei.

 - Oi...esta linda. – elogiou aparecendo atrás de mim. Seus cabelos estavam presos, e algumas mechas caiam. Um vestido de ceda branca, encaixavam-se em seu corpo. A deixando linda.

 - Você não tem do que reclamar... – elogiei.

 - Obrigada... Alice pediu para que eu a levasse para o salão. – completou.

 - Tudo bem... vamos. – disse a seguindo escadas abaixo.

Ela caminhava rapidamente, e a segui sem me apressar muito.

 - Isso é uma noite de garotas, não é? – perguntei certa da resposta.

 - Sim... mais temos algumas coisinhas para os meninos... – disse ela maliciosa abrindo a porta.

O salão era mais que enorme. Era gigantesco – e todo pintado de cor-de-rosa. Estava cheio de pufes, e haviam algumas camas espalhadas dentre o quarto, num canto, estava uma TV LCD enorme, e uma bateria, uma guitarra e um par de microfone com baixo.

 Uma pista de dança estava próximo. Juntamente com alguns sofás.

 - Bem vindas. – recepcionou Renesmee vestida como uma anime... Um vestido rosa curto e um coque no cabelo.

 - Obrigada.

 Avistei mais pessoas entrando – Kristyn e Kameron.

 - Leah... – chamou Kameron.

 - Olá... – eu disse sorrindo.

 - Sabemos que você toca bateria... – terminou Kristyn.

Olhei para seus vestuários. E Kristyn se vestia com uma saia curta e uma camiseta colada ao seu corpo, ambas com a mesma estampa de minhas roupas.

 Kameron, vestia uma calça Jeans, colada ás  suas pernas, uma camiseta preta e uma gravata azul claro. Sua calça era branca e com uma cinta prateada.

 - É... bom..hm... eu não toco á dois anos.. – eu disse envergonhada. Eu havia ganhado uma bateria do tio YeahYeah Clearwather. Ele me ensinara a tocar, e passei longe dele.

 - É só uma falta de prática... vamos tentar uma vez... – pediu Kameron sorrindo e me  deixando envergonhada.

 - Posso tentar... – disse envergonhada.

 - Ei! – gritou Aley deitado em um puff.

 - O que foi nanico? – perguntei indo até ele.

 - Estou falando com ela...- disse ele apontando á Kristyn.

 - Oh... obrigada. – disse sarcástica.

 - Maninha o que acha?  - perguntou Seth deitado perto de Aley.

 - Uau... virou outra pessoa maninho? – perguntei me aproximando dele e ajeitando seu cabelo ainda mais. Ele vestia uma roupa parecida com a de Kameron, que apenas era mais clara.

 - Obrigada.. – disse ele pomposo.

 - De nada... mais isso não é a noite das meninas? – cutuquei Aley com o pé, enquanto, me jogava em uma dos pufes.

 - O que á de melhor na noite das meninas, se não for os meninos? – perguntou Alice, chamando todas as atenções enquanto adentrava o salão, arrastando Jazz com ela.

 - Haha. – gargalhei.

 - Bom... Esme e Carlisle, vão estar no seu chalé...Então temos a noite toda... – Berrou Alice indo para perto do enorme LCD – e ainda arrastava arrastando Jasper.

 Ela vestia um vestido de lantejoulas rosa e preto – e acima de tudo, era bem curto, mais ainda lindo.

 - Como os meninos querem ficar na noite das meninas tem que passar por um pequeno teste... – ela era diabólica.

 Os últimos participantes da noite, adentravam a sala:

 Giorge, Edward, Jacob e Ana.

Giorge, Edward e Jake, vestiam o mesmo modelo de roupas, apenas mudando de tom. Edward diferenciou a camisa, e usou uma semi-social.

 Ana e Giorge, sentaram – de mãos dadas – no sofá mais próximos de nós. E assim Bella, Edward, Nessie e Jake, faziam o mesmo.

 Eu notei, que Jake, detestava ficar com aquela roupa, mais estar com Nessie o fazia esquecer de tudo.

 Kristyn e Kameron se uniram á nós. Kameron, sentou ao meu lado e sorriu. Kristyn, sentou no mesmo puff que Aley – meio sem jeito.

 - Bom... agora que estão todos acomodados... vamos agitar isso.. – riu Alice como uma apresentadora, abraçada á Jasper.

 - Tia Alice... agora? – perguntou Nessie rindo como ela. Era de se ver os pequenos chifres e o rabinho nelas.

 - Sim, Néss. Agora. – Ela fez uma pausa e mandou Jazz, para o sofá.

 - Garotas. – chamou Kristyn, indo em direção á Alice.

Me levantei, e me dirigi até elas.

 Todas estávamos lá.

 - Lembram-se de todos nossos ensaios? – perguntou Renesmee.

 - Está falando de..? – não tive coragem de continuar.

 - Sim Lê. Ela está falando de Single Ladies... – terminou Ana.

 - E o que pretendem? – perguntou Kristyn.

 - Eu fiz vocês... ensaiarem em menos de uma hora, para isso... – incitou Alice.

 - E vamos fazer os garotos dançarem... – riu Bella.

 - O que? – perguntei entrando na malicia.

 - Sim. – responderam todas em sussurro.

De fato, sabíamos que a maioria deles ouvia-nos – ouvidos de vampiro – mais mesmo assim sussurramos.

 Eu lembrava de quanto Alice e Bella me forçavam á ter aulas de dança com elas. Mais eu nunca achei que fossem úteis.

Eu decorara as danças. E não pensei duas vezes em rir.

 - Vamos? – perguntou Kris maliciosa.

 - Claro. – respondemos todas com os piores escrúpulos.

Nos direcionamos á pista de dança,  e fizemos uma barreira.

 Olhei principalmente á Edward, Jazz, Kameron e Giorge. Eles podiam nos ouvir. Suas expressões chocadas me fitavam imobilizadas.

 - Ei! Não podem começar sem mim! – uma voz cheia de presunção, soou da porta.

Rosalie.

Ela vestia um vestido prateado e comprido. Suas costas eram visíveis, assim como seu decote.

 - Sabia que chegaria... – disse Bella, satisfeita.

Tomou uma posição  em nossa barreira.

 


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