Someone Like You - Alguém como Você escrita por AliceCriis


Capítulo 15
Capítulo 10 - parte 1


Notas iniciais do capítulo

Bom... este capítulo é beeeeeeem comprido. então vou mandar por partes.



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Capítulo 10 – Jhon, acabou.

 

Entrando no grande gramado da casa dos Cullen, pude observar Alice, sentada na escada, fitando meu carro com uma impaciência evidente.

 Estacionei onde os carros normalmente ficavam – á alguns metros das escadas.

Alice correu para a porta do passageiro, me deixando confusa.

 - Oi. – disse ela com pressa, e fitando meus olhos lacrimejados.

 - Olá..-  retribui o comprimento e quando eu mal acabava de dizer ela já estava me interrompendo.

 - Prefiro conversar com você longe daqui... – disse ela batendo a porta e se acomodando no assento.

 - Pra onde vamos? – perguntei atônita.

 - Nenhum em específico... – disse ela dando de ombros.

 - Ok...  – disse estreitando os olhos.

 Dei  a partida no carro, e voltei para a estrada.

 - O que quer Alice? – perguntei sem olha-la.

 - Leah... tem muita coisa acontecendo... – disse ela fechando os olhos.

 - E você acha que eu não sei disso? – disse acelerando mais.

 - Você não sabe do que estou falando... – disse ela cruzando os braços.

 - Então... pare de enrolar Lice! Você está me deixando maluca! – reclamei arregalando os olhos e fitando seu rosto com uma expressão ilegível.

 - Estacione. – afirmou ela, apontando para o canto da estrada. Coloquei o carro, na pequena estrada de chão, e a chuva começava a cair.

 - Ok. – disse desligando o motor, e me virando em direção á ela.

 - Pronta? – pediu ela sentando em cima de suas pernas.

 - Mais do que isso. – eu disse mudando a expressão para séria.

 - Você não pode fazer o que vai fazer! – disse ela estreitando os olhos.

 - hã? – perguntei perdida no assunto.

 - Você não pode deixa-lo! – disse ela segurando minha mão.

 - Você não pode me ver... em suas visões! – eu exclamei.

 - Agora posso... dez de sua noite passada... eu posso ver todos... os lobos...Néss... Todos. – ela terminou fechando os olhos.

 - O que aconteceu Alice? – perguntei arregalando os olhos e segurando sua mão que pegava a minha.

 - Eu não faço idéia... mais essa não é o assunto pauta. – disse ela mexendo a cabeça para espantar o pensamento.

 - Então qual é? – perguntei, já desesperada para saber o que ela queria me dizer.

 - Você não pode deixar Jhon. Você não pode! – ela chacoalhava meus ombros.

 - E por que não? – pedi como uma criança mimada.

 - Por que existem mais de uma pessoa que precisa de você... – disse ela olhando para minha barriga.

 A essas alturas, a chuva dominava a parte de fora do carro. Eu e Alice ficamos nos olhando... e tentando entender o que ela havia me dito á pouco.

 Alice abriu a porta do carro, saltou para fora, sorriu, acenou e sumiu em meio a floresta chuvosa.

 Me estiquei para que alcançasse a outra porta e fechei-a. Depois de isolar-me da chuva, fiquei deitava na mesma posição desconfortável.

 O que Alice queria me dizer? O que ela não clareou em minha mente? Como ela conseguia ver meu futuro? Deixei as perguntas pairarem em minha mente.

 Voltei para minha posição de motorista, e me dirigi para minha casa.

 Os pensamentos estavam ficando desconfortáveis, peguei meu pen-drive de minha bolsa, diminuindo a velocidade do carro, e coloquei-o no USB do rádio.

 A primeira musica foi de minha banda preferida: Green Day – 21 Guns

 

Do you know What's worth fighting for,
When It's not worth dying for?
Does it take your breath away
And you feel yourself suffocating?
Does the pain weight out the pride?
And you look for a place to hide?
Did someone break your heart inside?
You're in ruins

One, 21 guns
Lay down your arms
Give up the fight
One, 21 guns
Throw up your arms into the sky
You and I

When you're at the end of the road
And you lost all sense of control
And your thoughts have taken their toll
When your mind breaks the spirit of your soul
Your faith walks on broken glass
And the hangover doesn't pass
Nothing's ever built to last
You're in ruins

One, 21 guns
Lay down your arms
Give up the fight
One, 21 guns
Throw up your arms into the sky
You and I

Did you try to live on your own?
When you burned down the house and home?
Did you stand too close to the fire?
Like a liar looking for forgiveness from a stone

When it's time to live and let die
And you can't get another try
Something inside this heart has died
You're in ruins

One, 21 guns
Lay down your arms
Give up the fight
One, 21 guns
Throw up your arms into the sky


One, 21 guns
Lay down your arms
Give up the fight
One, 21 guns
Throw up your arms into the sky
You and I

 

-         - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -  Tradução - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

 

Você sabe pelo que vale a pena lutar,
Quando não vale a pena morrer?
Isso te deixa sem ar?
E você se sente sufocando?
A dor pesa como o orgulho?
E você procura por um lugar para se esconder?
Alguém partiu seu coração por dentro?
Você está
em ruínas

Um, 21 armas
Abaixe seus braços
Desista da luta
Um, 21 armas
Levante os seus braços para o céu
Você e eu

Quando você está no fim do caminho
E você perdeu todo o sentido do controle
E seus pensamentos aceitaram seus pedágios
Quando sua mente quebra o espírito de sua alma
Sua fé caminha sobre cacos de vidro
E a ressaca não passa
Nada é construido para durar
Você está
em ruínas

Um, 21 armas
Abaixe seus braços
Desista da luta
Um, 21 armas
Levante os seus braços para o céu
Você e eu

Você tentou viver sozinho?
Quando você incendiou casa e o lar?
Você ficou próximo demais do fogo?
Como um mentiroso buscando o perdão de uma pedra

Quando é tempo para viver e deixar morrer
E você não pode ter outra chance
Algo dentro desse coração morreu
Você está
em ruínas

Um, 21 armas
Abaixe seus braços
Desista da luta
Um, 21 armas
Levante os seus braços para o céu
Você e eu

 

- - - - - - - - - - - - - - -  - - - - - - -  - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

Eu coloquei a musica no máximo de volume, e aquilo impedia que meus pensamentos fluíssem. 

Eu sibilava com a musica, e percebi que eu tinha ido para fora dos limites de Forks, naquela estrada de chão.

 Mesmo com a musica, eu percebi que aquilo era como uma narrativa de minha vida... que aquela musica era o que eu precisava ouvir.

 Coloquei-a mais uma vez, e deixei meus versos se perderem em meio ao som.

 A musica acabou mais uma vez, e foi seguida por outra do Green Day – Know your enemy:

 

Do you know the enemy?
Do you know your enemy?
Well, gotta know the enemy (right?)
(x3 times)

Violence is an energy
Against the enemy
Violence is an energy (right?)

Bringing on the fury
The choir infantry
Revolt against the honor to obey (right?)

Over throw the effigy
The vast majority
Burning down the foreman of control (right?)

Silence is the enemy
Against your urgency
So rally up the demons of your soul (right?)

(chorus x2)

The insurgency will rise
When the bloods been sacrificed
Don't be blinded by the lies
In your eyes

Violence is an energy
From here to eternity
Violence is an energy
Silence is the enemy
So gimme gimme revolution

(chorus x2)

Over throw the effigy
The vast majority
Burning down the foreman of control (right?)

Silence is the enemy
Against your urgency
So rally up the demons of your soul (right?)

 

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Tradução - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

 

Você conhece o inimigo?
Você conhece o seu inimigo?
Bem, tenho que conhecer o inimigo
(x3 vezes)

A violência é uma energia
Contra o inimigo
A violência é uma energia

Trazendo na fúria
O coral infantaria
Revolta contra a honra de obedecer

Destruir a efígie
A grande maioria
Derrubando o capataz de controle

Silêncio é o inimigo
Contra a sua urgência
Então reúna os demônios de sua alma

(refrão 2x )

A revolta irá subir
Quando o sangue foi sacrificado
Não se deixe cegar pelas mentiras
Nos seus olhos

A violência é uma energia
Daqui para a eternidade
A violência é uma energia
Silêncio é o inimigo
Então me dê revolução

(refrão 2x )

Destruir a efígie
A grande maioria
Derrubando o capataz de controle

Silêncio é o inimigo
Contra a sua urgência
Então reúna os demônios de sua alma.

 

  - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

 

Sim... eu conhecia meu inimigo... o inimigo que ficava dentro de mim... o inimigo que causaria minha morte... eram meus inimigos.

 A musica foi seguida por Kings of leon – Use somebody:

 

I've been roaming around
Always looking down and all I see
Painted faces, build the places I can't reach

You know that I can use somebody
You know that I can use somebody

Someone like you, and all you know, and how you speak
Countless lovers under cover of the street

You know that I can use somebody
You know that I can use somebody
Someone like you

Off in the night, while you live it up, I'm off to sleep
Waging wars to shape the poet and the beat
I hope it's gonna make you notice
I hope it's gonna make you notice

Someone like me
Someone like me
Someone like me, somebody

Someone like you, somebody
Someone like you, somebody
Someone like you, somebody

I've been roaming around,
Always looking down at all I see

 

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Tradução - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

 

Eu tenho andado por aí
Sempre menosprezando tudo que vejo
Faces pintadas, preenchendo lugares que não posso alcançar

Você sabe que eu posso usar alguém
Você sabe que eu posso usar alguém

Alguém como você, e tudo que você sabe, e a maneira que você fala
Amantes incontáveis disfarçados nas ruas

Você sabe que eu posso usar alguém
Você sabe que eu posso usar alguém
Alguém como você

Pela noite, enquanto você vive, eu vou dormir
Começando guerras para sacudir o poeta e a batida
Espero que faça você notar
Espero que faça você notar

Alguém como eu
Alguém como eu
Alguém como eu, alguém

Alguém como você, alguém
Alguém como você, alguém
Alguém como você, alguém

Eu tenho andado por aí,
Sempre menosprezando tudo que vejo

 

 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

 

Peguei-me com o rosto úmido, encharcado por minha lagrimas. A musica representava á mim, minha vida antes de Jhon.... tudo... e ainda a frase que ele falara á mim em nosso primeiro encontro... que focou marcada em meu coração em brasa quente e dolorida :

“Alguém como você....”

Meus olhos se inundaram mais uma vez... Me inundaram a lembrança da noite passada... de nosso primeiro encontro... de tudo que marcou minha estada ao lado dele....

 

 - - - - - - - - - - - - - -  - - - - Lembrança - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

 - Tem algum filme meloso aí? – perguntou Jhon, enquanto eu revirava minhas gavetas em busca de um DVD.

 - Eu não sou muito fã desse estilo... mais tenho muitos... – eu  disse rindo de minha própria estupidez.

 - Acha mesmo que precisamos de um filme? – perguntou ele, pulando na cama como uma criança de 5 anos.

 - Não... e pare de pular em minha cama... eu tenho ela dez dos meus 7 anos.. – reclamei, ainda revirando minhas coisas.

 - Você me lembra minha mãe as vezes... – disse ele me agarrando por trás.

 - Hm... está me chamando de velha? – eu disse rindo enquanto ele beijava minha nuca com seu hálito ultra gelado.

 - Não... mais estou chamando você de autoritária de mais... – murmurou enquanto me virava em seus braços.

 - Autoritária...? eu..? – questionei, enquanto fazia uma careta.

 - Já que a senhorita não encontrou DVD nenhum... eu vou te contar uma história... – me agarrou e pulou em minha cama.

 - Tudo bem sabichão... comesse... – disse revirando os olhos.

 - Vou te contar a história do sol e da lua... – contou pensativo  - era minha história favorita quando pequeno... minha mãe me contava sempre.

 - Estou esperando... – disse rabugenta.

 - Ok..ok... – ele estava respirando com calma – tudo aconteceu, ainda quando a terra vivia em penumbra... onde a luz e a escuridão não se separavam... onde as trevas e o bem, conviviam em eterno conflito.

 “Onde haviam dois lados de um só mundo. O lado em que cultuava a lua e a noite. E o outro em que era temente ao sol. Os dois lados viviam em eterna guerra. Uma guerra sem motivos aparentes...

 “ a criatura que atravessasse o lado inimigo, era condenado á morte por traição. Os homens-leão faziam parte do lado lua, e os homens-lobo do sol.

“ e havia apenas um castigo pior que a morte... um castigo que dava a imortalidade e a rejeição dos dois lados... aqueles que pelo Grande Criador, seria castigado sendo transformado por um bebedor... – ele fez uma breve pausa e logo continuou – duas crianças... duas esperanças. Sentavam cada um em um lado da divisa. Observavam-se o dia todo... sem liberar qualquer palavra; O menino leão: Pritam. A menina loba:Vatsala.

 “ E o decorrer do tempo, levava ao crescimento desses dois garotos. A menina estava sendo treinada para ser a Senhora do sol. O garoto, um soldado do sol. Mesmo com tantos compromissos e afazeres, eles ainda se colocavam no mesmo lugar de sua infância para se observarem.

 “ A menina loba, não desejava o trono. O garoto cobiçava sua espada....

 A garota, cansada de seu destino, resolveu arriscar... arriscar sua própria vida. Ela caminhou até a linha que dividia os lados e logo avistou Pritam. Como sempre, se encararam por horas. Um silêncio perturbador unia os dois jovens...”

 - Isso é uma história ou um livro...? – interrompi sua narração.

 - Quer ficar quieta e ouvir? – pediu ele exasperado.

 - Não está mais aqui quem falou...  – disse tentando apagar minha burrada.

 - Num súbito movimento, a menina estendeu sua mão ao jovem á sua frente. E foi prontamente aceita... Pritam e Vatsala, se tornavam o que o destino os mandava, e em segredo mantinham sua união. Para que eles pudessem ficar juntos... Pritam teria de abandonar sua esperança de ser um guerreiro, assim como Vatsala abandonara seu posto de Senhora da lua.

 “ Eles detinham de um romance... detinham de um amor incondicional... que nem as palavras lhes faziam falta.

 

 

“ Seu destino não era algo que eles queria pensar... mais apenas aproveitar um ao outro enquanto podiam...

“ Planejaram fugir... para o canto mais remoto daquele mundo... Para que pudessem viver longe da guerra inútil, que se cercavam.

“ Estava tudo planejado. Eles iriam partir durante a celebração dos dois lados, para se comunicar com o Grande Criador.

 “ Vatsala já estava á beira da fronteira... Pritam estava quase chegando. Quando um entrou na visão do outro, algo inevitável aconteceu... um beijo. Á sua volta não haviam mais ninguém. Eles seguiram por toda a fronteira, até não estar a vista de nenhum humano. A floresta que era o marco 0 dos lados, lá eles dormiram em meio as gotas que caiam num repente.

“ Uma luz, brotou em meio ás arvores, acordando os jovens. O medo que abalava as expressões dos garotos.

“ – Um guerreiro da lua... e a Senhora do sol... – comentou a voz que vinha em meio a luz.

 Pritam imediatamente se prontificou á frente de Vatsala para protege-la.

 - É inaceitável! – estremeceu a voz que vinha do meio do monte de luz.

 - Não importa! – berrou Pritam em resposta.

 - O castigo está decidido. – falou a luz.

 - Quem és? – pediu Vatsala em meio aos tremeliques.

 - Sou o Grande Criador... e irei resolver o problema que os dois lados criaram.

Pritam, percebendo o fim de suas vidas, beijou Vatsala.

 O Grande Criador, sibilava algumas palavras imperceptíveis aos dois.

 - Vatsala, lhe proclamo o futuro da deusa Lua. Que protege a noite dos males. Que levará o escuro e a paz á todos os lados. – proclamou o Grande Criador. – Pritam, lhe desejo o futuro de astro rei. Do guardião do dia e da luz. Que apaga as diferenças e as guerras. Que apagas os limites e divisas.

 “ E assim, o Grande Criador, abriu os braços e separou os jovens de seu beijo. Os elevando ao céu cada um de um lado, e os transformando em dois astros.

 - Estarão separados... e provarão de seu amor. Se encontraram uma vez por ano. Durante o eclipse... e com a existência de vocês, acabarão com a existência do eterno crepúsculo... Vatsala... recebe as estrelas á tua volta. Para que resista á solidão. Pritam... recebe o vento para que carregue o calor á todos os cantos.

“ e assim o Grande Criador subiu aos céus, fazendo com que a terra girasse.

Pritam e Vatsala, vivem separados porém, seu amor ainda resiste á distância... resiste ao tempo e ainda brilham aos céus...”

 

Jhon terminou a história e eu percebi que estava emocionada.

 - É...é lindo... – eu disse soluçando.

 - Eu sei... me lembra muito minha mãe... – disse ele beijando meus cabelos.

 - Espero que nossa história não seja assim... – eu disse secando minhas lágrimas.

 - Não vai ser... não vai... – disse ele com a voz calma – agora durma meu anjo...

E com essas palavras meu sono chegou num repente, e meus sonhos narravam a história que eu acabara de ouvir.

 

 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Fim da lembrança - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

 

Percebi mais uma vez, que havia chorado com a lembrança. Estava sendo embalada por I gotta feeling – Black eyed peas:

I gotta feeling that tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good, good night

I gotta feeling that tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good, good night

I gotta feeling that tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good, good night

I gotta feeling that tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good, good night

Tonight's the night, let's live it up
I got my money, let's spend it up
Go out and smash it like oh my God
Jump off that sofa, let's get, get off

I know that we'll have a ball if we get down
And go out and just lose it all
I feel stressed out, I wanna let it go
Let's go way out spaced out and losing all control

Fill up my cup, mozoltov
Look at her dancing, just take it off
Let's paint the town, we'll shut it down
Let's burn the roof and then we'll do it again

Let's do it, let's do it, let's do it, let's do it
And do it and do it, let's live it up
And do it and do it and do it, do it, do it
Let's do it, let's do it, let's do it

'Cause I gotta feeling that tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good, good night

I gotta feeling that tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good, good night

Tonight's the night, let's live it up
I got my money, let's spend it up
Go out and smash it like oh my God
Jump off that sofa, let's get, get off

Fill up my cup, drink, mozoltov, lahyme
Look at her dancing, move it, move it, just take it off
Let's paint the town, we'll shut it down
Let's burn the roof and then we'll do it again

Let's do it, let's do it, let's do it, let's do it
And do it and do it, let's live it up
And do it and do it and do it, do it, do it
Let's do it, let's do it, let's do it, do it, do it, do it

Here we come, here we go, we gotta rock
Easy come, easy go, now we on top
Feel the shot, body rock, rock it, don't stop
Round and round, up and down, around the clock

Monday, Tuesday, Wednesday and Thursday
Friday, Saturday, Saturday to Sunday
Get, get, get, get, get with us, you know what we say, say
Party every day, p-p-party every day

And I'm feelin' that tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good, good night

I gotta feeling that tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good night
That tonight's gonna be a good, good night

 

- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - Tradução - - - - - - - - - - -  - - - - - - - -  - - - - -

Eu tenho uma sensação
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa boa

Eu tenho uma sensação
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa boa

Eu tenho uma sensação
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa boa

Eu tenho uma sensação
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa boa

Hoje à noite vai ser a noite
Vamos curtir ao máximo
Eu tenho meu dinheiro
Vamos gastar tudo
Sair e arrasar
Tipo "Oh Meu Deus"
Saia desse sofá
Vamos, vamos sair

Eu sei que vamos curtir
Se nós descermos e sairmos
E simplesmente irmos à loucura
Eu me sinto estressado
Eu quero deixar pra lá
Vamos ficar bem "doidões"
E perder todo o controle

Encha minha caneca
Parabéns!
Olha como ela dança
Apenas tire isso!
Vamos celebrar!
Nós vamos parar tudo
Vamos fazer o teto pegar fogo!
E então nós faremos novamente

Vamos fazer (6x)
E viver ao máximo
Vamos fazer (8x)

Pois eu tenho uma sensação
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa boa

Eu tenho uma sensação
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa boa

Hoje à noite vai ser a noite
Vamos curtir ao máximo
Eu tenho meu dinheiro
Vamos gastar tudo
Sair e arrasar
Tipo "Oh Meu Deus"
Saia desse sofá
Vamos, vamos sair

Encha minha caneca
Parabéns! À vida!*
Olha como ela dança
Balance, balance, apenas tire isso!
Vamos celebrar!
Nós vamos parar tudo
Vamos fazer o teto pegar fogo!
E então nós faremos novamente

Vamos fazer (6x)
E viver ao máximo
Vamos fazer (11x)

Aqui nós chegamos,
Aqui nós vamos,
Nós precisamos agitar,
Fácil vem,
Fácil vai,
Agora nós estamos no topo
Sinta a batida
Corpo agita
Agite e não pare
Em Círculos
Pra cima para Baixo
Dia e noite

Segunda, Terça
Quarta e Quinta
Sexta, Sábado
Sábado e Domingo
venha venha venha venha conosco
Voce sabe o que nós estamos dizendo
Festa todo o dia
Fe Fe Fe Festa Todo Dia

E eu estou sentindo
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa boa

E eu tenho uma sensação
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa
Que hoje à noite vai ser uma noite boa boa

 

 - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -

 

E assim eu sibilava a música e esquecia de minhas preocupações – pelo ao menos... as temporárias...

 Virei a esquina e já estava chegando em casa. Estacionei em frente a casa, ao lado da – velha e abandonada – Chevi de Bella.

 Desliguei o motor, tirei a chave do câmbio, e desci do carro. Lembrei-me de meu bilhete. Entrei novamente e peguei o bilhete do porta luvas. E tranquei a porta e me dirigi para a casa.

 Abri a porta, e senti o aroma de strogonoff de frango... meu prato preferido. A sala estava vazia, e fui direto para a cozinha.

 - Oi mãe! – disse animadamente adentrando á cozinha.

Ela se virou para mim, com o rosto inchado e vermelho, e forçou um sorriso. Aquilo foi um golpe em meu estômago.

 - Oi filha... fiz seu prato preferido... – disse ela olhando para o Strogonoff na panela.

 - Sim... eu senti o cheiro da porta... – disse sorrindo.

 - O que Alice queria...? – pediu ela, com a voz mais normalizada.

 - Nem eu sei... – dei de ombros – onde está Seth..? – perguntei distraída;

 - Está no observatório... – respondeu enquanto eu dava as costas á ela.

Subi para meu quarto e fui direto ao observatório.

 Vi aquela figura pensativa e de cabelos negros desgrenhados, deitado de barriga para cima, deixando a chuva cair em seu corpo.

 - Seth? – perguntei alto, para que o barulho da chuva não atrapalhasse sua audição.

 - Oi... – disse ele abrindo os olhos.

 - Está tudo bem? – perguntei fazendo careta.

 - Sim, está. – disse ele sorrindo.

 - Acho que você deveria sair dessa chuva... – eu aconselhei.

 - Eu acho que não... – disse ele debochado.

 - O que você tem garoto? – retruquei.

 - Eu juro que não sei... – disse ele gargalhando do nada.

 - Você se encontrou com Emmett e andaram fumando umas bolinhas de sinamão? – eu afirmei rindo.

 - Não... eu estava com ele caçando esquilos... – disse ele gargalhando.

 - Ok... você está passando muito tempo com aquele maluco... daqui a pouco vai estar falando com meu cabelo... – continuei com o humor.

 - Bom... Emmett conversa com o cabelo de Rose... ele falou comigo um dia desses... – ele deu de ombros.

 - Com ou sem cabelos falantes, você tem que sair dessa chuva...  – eu comentei.

 - Ok, senhorita Leah mandona... – disse ele se levantando e mostrando a língua.

 - Vamos Seth... e não reclame... – eu disse fazendo minha voz sair fingida.

 - Ok, mamãe. – disse ele me seguindo para dentro do quarto.

Adentremos o quarto e ele se chacoalhou como uma cão enorme e enxarcado.

 - Dona Sue vai adorar limpar esse chão... – eu disse olhando para o piso cheio d’água.

 - Você pode parar de ser tão... tão... responsável? – me perguntou pegando uma toalha de meu armário.

 - Já que é assim... ta afim de uma boa partida de ps2? – perguntei maliciosa, esfregando as mãos.

 - Bora lá; - sentou no sofá em frente minha tv.

 - Burnout Dominator? – perguntei mostrando meu jogo favorito. Corrida.

 - É... preferia GTA 4 mais tudo bem.... – disse ligando o vídeo game e roubando o DVD de minha mão.

 - 3 2 1 AGORA! – gritei, enquanto acelerávamos e tentávamos detonar um o carro do outro.

 

Passamos horas jogando vídeo game, só paramos quando o vídeo game já estava soltando um cheiro forte de queimado... Depois disso, ele pegou o celular e o not book, para trocarmos músicas.

 - Seth... que quero te dar uma coisa... – eu disse olhando para ele e deixando meu computador ligado em cima da cama.

 - Meu aniversário é só semana que vem... – disse ele estreitando os olhos com desconfiança.

 - Então não quer? – olhei para o teto com uma expressão de inocente.

 - Se não for uma bomba fedorenta como no ano passado... – disse ele arqueando uma de suas sobrancelhas.

 - Fica tranqüilo.. não é isso não... – eu disse remexendo meu armário á procura do presente que eu havia comprado para Seth, algumas semanas atrás... – ACHEI!

  - O que é? – pediu se levantando da frente de seu computador que estava no chão.

  - Abra... – eu disse pulando em minha cama.

  - Irado! – disse ele ao abrir a caixa decorada e tirando o iPhone dela.

  - Gostou? – perdi já sabendo a resposta.

Seus olhos brilhavam como os de uma criança que ganhava um doce.

 - O meu celular foi pelos ares á duas semanas quando eu me transfigurei para correr com Jacob... como... como você sabia? – ele pediu me olhando, e logo percebeu a pergunta idiota que havia feito.

 - Eu vi em sua mente... algum mistério? – eu continuei a rir.

 - Só como eu vou mexer nisso... – ele riu.

Passamos mais algumas horas colocando musicas e walpapers no seu novo celular.

 - Quando você comprou isso? – perguntou curioso.

 - Semana passada em Seatle... – respondi distraída.

 - Leah... – chamou ele com uma voz fraca e com uma tristeza incabível.

 - Seth? – perguntei preocupada por sua súbita mudança de humor.

 - Você ainda vai á faculdade...? – me pegou desprevenida... eu não tinha mais pensado em faculdade alguma depois que Jhon aparecera para mim...

 Os minutos se passavam e podia se enxergar que ele queria uma resposta.

Então eu já havia decidido, deixar Jhon, por mais doloroso que fosse. E para esquece-lo aquele seria o melhor remédio.

 - Sim... eu vou. – eu disse tentando parecer contente com a notícia.

Seth tentou disfarçar a confusão em sua mente. Mais era mais do que visível.

 - Seth e Leah! O almoço está na mesa! – narrou minha mãe da cozinha.

 Nos levantamos num súbito susto, e nos abraçamos por impulso. Ouve algo mais que bizarro ao abraçar Seth... eu podia sentir...

Eu sentia..

Eu podia ver a pulsação de sangue no pescoço de Seth... minha boca estava entreaberta pronta á ataca-lo e sugar seu sangue...

Que horror! Soltei-o de meu abraço imediatamente, o deixando confuso.

 - É melhor descermos... – eu disse disparando escada abaixo.

 - Oi mãe...oi pai... – disse á Sue e Charlie já sentado á mesa.

 - Oi filha... – disseram os dois fitando o próprio prato.

 - Olá... – disse Seth se colocando em seu lugar.

Já estavam se passando mais de cinco minutos de almoço e o clima estava tenso e pesado.

 Seth e eu nos entreolhávamos. Lacei um olhar desesperado á Seth, que prontamente entendeu meu recado.

 Seth, começou com suas piadas, que no decorrer do almoço, todos riam e se divertiam, esquecendo do dia antecessor.

 O almoço foi uma delícia... mais eu senti a falta de algo mais...hm... natural.

Estava lavando a louça com minha mãe.

 - Filha... posso te perguntar uma coisa? – pediu ela envergonhada.

 - Claro... o que quiser... – eu disse arqueando a sobrancelha.

 - Você anda comendo muffins escondido de novo? – ela me olhou com os olhos arregalados.

 - Não... não que eu saiba... – ri e dei de ombros – eu não tenho mais compulsão por esses bolinhos... – eu contei como se tivesse superado  algo complicadíssimo.

 - Então... se não é isso... o que você anda comendo em excesso? – continuou a me olhar com desconfiança.

 - Eu não ando comendo doces mãe... só batata frita no máximo uma vez á cada duas semanas... mais porque todas essas perguntas? – fitei-a enquanto ela se encolhia.

 - Você anda engordando, filha... – disse ela voltando á olhar para as mãos que habilidosamente esfregavam a louça suja.

 - Eu? – perguntei arregalando os olhos. Ela  simplesmente deslizou os olhos para minha barriga, e eu vi um volume maior do que o de costume;

 Eu mesma me espantei com aquilo. Tentei não levar em consideração a primeira coisa que me veio á cabeça... ou seja, eu não poderia estar... grávida.

 - Posso subir? – perguntei depois de terminar meus afazeres.

 - Filha... eu acho melhor você dar umas férias á Seth... ele está no seu turno de ronda, á mais de um mês... – ela me falou com um olhar suplicante e inegável.

 - Claro... vou agora... e a propósito... pra onde ele foi? – pedi me lembrando do sumiço dele.

 - Ele foi ao correio pegar algumas normas da faculdade que chegou para vocês... – contou distraída.

 - Ok... avise ele que eu fui fazer a ronda. – disse saindo pela porta da sala.

Rodeei a casa, e atrás dela, onde estava fora dos olhos humanos, me escondi atrás de uma enorme árvore, e tirei minha roupa deixando-a dobrada encostada á seu tronco.

 Chamei a loba, e logo pude sentir os tremores me inundando e afogando a humana que estava ali. Meu corpo se transformando em um enorme animal, triplicando de tamanho... eu já me acostumara com isso.

 Quando eu estava pronta, saltei e corri para o meio da mata. Procurei sentir o máximo de aromas que cercavam ali, mais nada apresentava perigo. Mas assim como todos “protetor” continuei em busca de alguma ameaça.

 E durante tudo isso, eu pude conversar com a loba;

 “ o que eu faço agora? ” perguntei.

“ você deveria se certificar de que está ou não esperando um bebê...” respondeu a loba.

“ e como vou fazer isso?” retruquei.

“ fale com Carlisle, oras...” alfinetou ela.

“ ah sim, eu vou falar com o doutor. – e aí doutor? Você pode ver se eu to grávida do teu filho?” falei sarcasticamente.

“ você é burra ou o que?” xingou-me.

“ aparentemente uma loba” respondi em sarcasmo.

“ estou morrendo de rir” retrucou ela.

“ chega de sarcasmos” dei um basta.

“ o que eu quero dizer, é que você pode fazer um teste de gravidez...” rebateu.

“ você esqueceu que moramos em Forks?” racionalizei.

“ e o que tem á ver filha de deus?” enlouqueceu-se.

“ é que nessa ENORME cidade, existem apenas um farmácia... e se eu comprasse isso, meus pais saberiam em menos de 2 horas...” eu reclamei.

“ você tem razão...” concordou sem ânimo.

Num segundo, pensamentos enraivados e destrutivos invadiram minha mente com muitas imagens de Sam, e algumas suposições, como alguém o desmembrando-o – um sonho que eu já tive.

Que babaca fdp.” Berrava uma voz em minha cabeça. “eu sou um mostro!”

“ Quem é você?” perguntei  assustada.

“ não! Eu devo estar ficando louco... mais um em minha cabeça!” reclamava o estranho.

“Você deve ser um novato, não é?” perguntei compreendendo sua visão.

“Saia da minha cabeça! Isso é só um pesadelo!” tentou-se livrar de mim.

“Ei... se acalme...” eu comecei a passar as imagens de minha transformação.

“Você é como eu?” ele perguntou, e pude ter a visão dele por alguns instantes, tratei de correr até ele.

“Sim... eu sou.” Eu disse ainda correndo. E já conseguindo enxergar sua imagem á mina frente... Era ele! O lobo prateado que aparecia em meus sonhos! O lobo que tentava a todos custos me proteger.

“Eu estou aqui...” forcei mandar minha visão á ele. E que ele pudesse ver que era ele. Deitado e encolhido em meio aos galhos de uma floresta chuvosa.

Voltei á meu estado humano, e me aproximei passo á passo do grande lobo prateado.

 Era precisa muita coragem para se aproximar de um lobo novato. Ele ainda não lidava com suas crises de fúria.

 Seus olhos estavam fechados, e encostei minhas mãos em sua cabeça, transparecendo calma. E aquilo estava funcionando... seu corpo parava de tremer e já voltava á sua forma humana.

 O garoto de cabelos curtos e negros, me lembrava Seth, á 2 anos atrás. Seus olhos se abriram e fitaram meu corpo.

 - Desculpe a minha falta de roupa... não imaginava ter de voltar a ser humana... – aconteceu algo que eu raramente testemunhava: minhas bochechas coraram.

 - Acho que eu não posso falar muito... – disse ele olhado para o próprio corpo sem roupa.

 - Qual é o seu nome? – perguntei oferecendo minha mão á ele, e prontifica mente ele a aceitou para que pudesse levantar-se.

 - Aley Shest... – disse ele retirando a terra e o barro que estavam em seu corpo.

 - Quantos anos tem? – questionei só para que ele se sentisse um pouco mais confortável.

 - Eu tenho 15. – ele fez uma breve pausa – e você?

 - Me chamo Leah Clearwather, e tenho 19 anos. – seus olhos brilharam e sua boca se abriu.

 - Você conhece Seth Clearwather? – seus olhos estavam arregalados e a emoção pairava em sua expressão.

 - Sim... – eu disse gargalhando – ele é meu irmão caçula...

 - É sério? – perguntou admirado.

 - Sim... mais de onde vem tanta devoção á Seth? – questionei sem compreender.

 - Seth e eu estudamos juntos... eu estava dois anos adiantados por meu tamanho... e inteligência... – ele parecia incomodado ao falar disso – e depois de um tempo Seth foi para Forks, pulando mais dois anos... – ele contou decepcionado.

 - Ok... podemos conversar mais em minha casa... você pode me seguir? – perguntei maliciosa.

 - Vamos caminhando, não é? – seu olhar era apavorado.

 - Demoraria mais de duas horas para chegar até lá... pense em um coisa... largue suas emoções... – ele fazia o que eu pedia. – Agora pule.

 E o lobo prateado se lançava ao ar. Soltei a loba para que ela estivesse na liberdade.

“Siga-me... se puder...” pensei maliciosa.

“Não se esqueça de que eu sou novato...” me precaveu.

Minhas patas se enterraram no chão e eu corria velozmente entre as árvores. Pude perceber que Aley estava á meu lado... o que me assustou. Ele não parecia ter dificuldade alguma sobre aquilo...

Eu já podia enxergar entre as folhas, pedaços de minha casa.

“diminua...” ordenei; e assim o fez.

Parei de correr, e voltei a minha forma humana.

Percebi que ele não teve dificuldade em retomar sua forma humana. Encontrei minha roupa, e a vesti.

 - Garoto... você pode tomar um banho e vestir umas roupas de Seth... – eu ofereci, ajeitando meu calção.

 - Sim... eu agradeço... – disse ele temeroso.

 - Venha; - chamei enquanto me dirigia para a escada de trás da casa que levava ao observatório. – Bom... suba. – eu disse apontando para a escada.

Ele estava totalmente desconfortável pelo fato de estar sem roupa, e notando isso, tirei meus olhos de perto dele.

 Ele começou a subir. Esperei ele chegar até o topo, para que eu escalasse.

Quando cheguei ao observatório, ele encolhia-se... não pelo frio – isso era óbvio – mais pela timidez.

 - Bom... você pode tomar banho em meu banheiro... é mais perto. – disse dando de ombros e apontando a porta que se unia ao telhado. Ele assentiu.

 Abri a porta, e indiquei o banheiro, prontamente ele caminhou até ele.

 - Agora vou procurar algumas toalhas e roupas pra você... – anunciei enquanto saia do quarto e ouvia porta do banheiro sendo fechada

 Desci as escadas até a cozinha sentindo o cheiro de bolo... de cereja.

 - Mãe! – gritei ainda me dirigindo á cozinha.

 - Já esta de volta? – ela me fitava com alegria.

 - Sim... – pegando uma colherada do musse de chocolate.

 - Filha... é por isso que está engordando tanto... largue esse musse agora. – disse minha mãe fingindo estar furiosa.

 - Deixa disso... – disse já com a boca cheia de musse – mais não é por isso que voltei cedo... é por um garoto, ou melhor, um lobo... – eu disse distraída.

 - Quil? Embry? Quem? – pediu minha mãe confusa.

 - Aley... um novato... ele estava na floresta.. e está em meu banheiro... - contei como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- É o que? – exclamou minha mãe enquanto virava em minha direção com a expressão apavorada.

 - Se acalme, mãe... está tudo sobre controle... – eu disse segurando-a pelos ombros – e antes de me xingar ou pirar, me diga onde posso encontrar as roupas velhas de Seth.

 - No armário da dispensa... mais tem certeza que Seth, não via se zangar? – disse ela já mais calma e curvando uma sobrancelha.

 - Ah... eu me acerto com ele depois... disse pipocando até a lavanderia em busca do armário.

 Encontrei uma bermuda e uma camisa de gola baixa. Estava bom... inclui mais uma cueca e algumas toalhas.

 Subi as escadas, ignorando os olhares preocupados de minha mãe.

Abri a porta e coloquei as coisas na cama.

 - Ei, Aley... as coisas estão em cima da cama... depois que acabar, estarei na cozinha... – avisei já saindo do quarto.

 Desci mais uma vez, e sentei-me no sofá. Um barulho enorme soou com a batida da porta da sala, quando Seth, abriu-a com um chute, quase mandando-a pelos ares.

 - Ta maluco garoto? – perguntei me levantando do chão que caí, com o susto.

 - Não... eu só não to afim de fazer umas  300 viagens do carro para a casa, da casa pro carro... – percebi que ele estava super-carregado, com sacolas, uniformes, livros, apostilas, cadernos, enfim... todo o tipo de material que se usa em uma faculdade.

 - Você misturou tudo? Você devia deixar que os meus eu pegava! – eu disse agarrando o grande volume que ele carregava e joguei-os no sofá.

 - Eu não misturei... os seus são os de cima... não... os de baixo... acho que os esquerdos..talvez os direitos...ah lembrei! São os feios... ou será os bonitos? – disse ele olhando para o nada e coçando a cabeça.

 - Que droga Seth! – eu disse começando a separar as coisas. Todos os livros de veterinária e arquitetura.

 - Você devia me agradecer... – disse ele cruzando os braços.

 - Pelo que? Por extraviar minhas coisas? – eu disse rindo.

 - É só separar... disse ele se jogando em outro sofá.

 - Seth... está afim de bolo de cereja? – ofereceu minha mãe.

 - Claro! – disse ele esfregando as mãos.

 - Eu também... – eu disse já sendo interrompida.

 - Não... você está engordando demais... eu fiz salada de frutas para você. – continuou ele.

 Seth riu, eu joguei um abajur em sua cabeça, que se espatifou no chão e nem feriu o garoto.

 - Seth. Limpe. – disse minha mãe olhando para ele com ferocidade.

 - Mas... mais... – disse ele tentando se explicar.

 - Sem mais. Leah nunca quebra louças... ao contrário de você... – disse ela me entregando a salada de frutas em uma pequena louça.

 - Foi ela! – disse Seth, frustrado.

 - Limpe. – disse minha mãe voltando para a cozinha.

Seth, foi para a lavanderia socando as paredes e murmurando algo sobre esmagar meu crânio com uma vassorada.

 Eu não pude evitar de rir. E acima de tudo ele ficou sem bolo... fui tirada de meus pensamentos, pelo leve som de Aley, encostado na escada.

 - Tsc.tsc.tsc... não devia culpa-lo assim... – disse Aley, descendo as escadas.

Seth, adentrava a sala com uma vassoura e uma pá na mão e paralisou ao ver Aley.

 - Aley? – disse Seth, abismado.

 - Seth? – estavam naquele famoso e meloso momento de reencontro.

 - Podem se beijar logo... – eu zombei.

 - Cala boca, gorducha. – mandou Seth.

 - Pensaria duas vezes antes de falar assim comigo... – peguei o vaso de porcelana que minha mãe havia ganhado de mim, de dia das mães do ano passado. Simplesmente, joguei o vaso em frete a Seth, e aquilo soou como um chamado para minha mãe.

 - Seth! – disse ela chegando á sala, com o rosto petrificado de um vermelho rubi.

 - Mãe foi ela! – disse ele tentando se livrar da culpa.

 - Por que ela quebraria o vaso que ela mesma me deu de presente? – perguntou minha mãe dando uma vassourada na cabeça de Seth.

 - Pergunte a própria louca! – disse Seth, se encolhendo.

 - Mãe... duas coisas... se continuar você vai quebrar essa vassoura e não vai ter resultado algum... e... temos visita... – apontei para o garoto escorado na parte inferior da escada.

 - Hm... você deve ser o lobo novo... – disse ela soltando a vassoura (para a sorte de Seth) e vagarosamente foi se aproximando do menino.

 - Hum... é acho que sou... – disse ele coçando a cabeça.

 - Então... vai se unir á qual alcatéia? – minha mãe perguntou esperançosa.

 - Existem escolhas? – disse ele com um brilho adicional, á seus olhos negros.

 - Bom... duas. A de Sam Uley e a de Jacob Black... – e nisso, minha mãe foi interrompida.

 - Mesmo sem conhecer esse tal “Black”, quero me juntar á ele. – anunciou com convicção.

 - Estará conosco, garoto... – avisou Seth, sorridente.

 - Algum motivo para essa escolha tão...tão firme? – perguntei. Enxergando algo mais em seus olhos.

 - Existe... – disse ele fitando o chão.

Todos presentes naquela sala, continuaram a olhar em silêncio o garoto misterioso.

 - Pode contar? – incentivou minha mãe, levantando seu magro rosto.

 - Se houver paciência... – disse ele com seu sorriso de volta.

 - Comece. – ordenou Seth.

 - Bom... á algumas horas... meu corpo estava passando por toda aquela coisa... a transmutação... não sei... – comentou ele, sendo guiado para o sofá por minha mãe.

 - continue... – incentivei.

 - E nisso, Sam fez questão de expor minha fraqueza... minha falta de controle. Meu medo, minha inexperiência... – contou ele com os punhos cerrados e os tremores começaram a passar pelo corpo do jovem. Instantaneamente, eu e Seth agimos. Tiramos minha mãe do lado de Aley, e a colocamos na posição mais afastada dele.

 - E com isso... me vez perder o controle de vez... deixei minha irmã inconsciente... – continuou ele com a raiva exposta em seu rosto e o medo, de si mesmo. Por ter feito tamanha monstruosidade com a própria irmã.

 - Se acalme, Aley. – disse Seth, oferecendo á mão ao menino.

 - Ok; vamos á LaPush. Precisamos ter uma boa conversa com Jacob... e se der... com Sam. – olhei para Seth.

 O garoto prontamente, aceitou a mão que Seth, oferecia e assim o levantou.

 - Estamos juntos nessa? – perguntou ele esperançoso.

 - Sem dúvidas. – dissemos eu e Seth em uníssono.

 - Garotos... – disse minha mão saindo do fundo da sala e se aproximando. – acho melhor irem agora... e resolvam isso de uma vez... – continuou ela fitando a mim. – e Leah... – prosseguiu ela – leve isso para Emily. – respondeu tirando uma pequena caixinha de remédio do bolso.

 - Entregarei... – respondi prontamente.

 - Posso ir? – pediu Seth, esperançoso.

 - Sim... mais se quebrar mais um vaso... você terá que parar de comer para pagar as despesas.. – respondeu ela, com um tom de dar medo.

 - ok...ok... – eu disse pegando a chave de meu carro.

 - Vamos com seu carro? – perguntou Seth, com os olhos brilhando. Ele deu um tapa em minha mão. Que fez a chave voar, e nisso ele a pegou no ar. – Eu dirijo! – disse no ato.

 - Nem pensar! – reclamei – eu tenho amor á minha vida! – eu berrei. E Aley riu.

 - Vá rindo garoto... quando você estiver amassado por esse maluco... quero ver você rir sem os dentes... – eu disse e ele riu mais.

De má vontade, entrei na porta do passageiro. Aley, entrou no banco de trás, ao meio, para que pudesse enxergar mais.

 Seth, como um doido – que realmente é – se jogou para dentro do carro, perdido em êxtase.

 - Lembre-se. Isso é um carro, e não um simulador. – eu coloquei o cinto e me agarrei ao banco. – e o mais importante: o carro é MEU. – sibilei como se ele tivesse algum tipo de problema mental.

 - Hahaha. – riu Seth, sarcasticamente. – muito engraçadinha você.

 - Obrigada. – agradeci.

Seth deu a partida, pisou na embreagem e no acelerador, soltou e embreagem num repente, fazendo o carro pular.

 - Seth, seu imbecil! Pare de basbaquice e dirija descentemente.

Ele deu a partida e seguiu a rua...

 - Seth, está na direção errada garoto! – eu berrei. Aley rachava de rir no banco trazeiro. – Garoto, não tão rápido! Cuidado com a Sr.ª Jones! Ela vive reclamando com a mamãe por você quase atropela-la todos os dias! Ei! O sinal vermelho!, não, não! Está na contramão! Eu não quero levar multa! Caraça garoto, pare de olhar para as lojas de doces e preste atenção no trânsito! – eu xingava Seth, e Aley gargalhava cada vez mais.

 - Leah, cale a boca! Se você não ficar quieta eu vou acabar batendo... – disse ele gesticulando.

 - Acho que você acabou por frasear errado... se eu NÃO calar a boca, você vai bater! – eu gritei.

 - Eu acho que os dois... – disse Aley, suprimindo uma risada.

 - CALA BOCA ALEY! – berramos eu e Seth, ao mesmo tempo e ao mesmo tom;

Nosso olhar se encontrou, e podia sair faíscas.

 Aley, soltou uma gargalhada estrondosa.

 - Vocês se amam! – finalizou ele.

 - Da pra notar? – perguntei pisando no freio e fazendo o carro derrapar na pista vazia.

 - Nem pense que irá dirigir... – avisou Seth.

 - E por que não pensaria? O carro é meu. Esta em meu nome, eu tenho carteira de habilitação. Qual o problema? – perguntei sarcástica.

 - Que você emprestou o carro para um motorista bem melhor que você. – finalizou ele, com um tom de sabichão.

 - Aley... – chamei.

 - O que foi? – pediu preocupado ainda cessando o riso.

 - Você pode me ajudar a cometer um assassinato? – perguntei olhando Seth, com os olhos entreabertos.

 - Se o preço for bom... – disse ele presunçoso.

Fomos tirados da conversa, por uma buzina soando atrás de meu crossfox.

 - Aley, segure Seth. – eu avisei, jogando Seth, para o banco traseiro.

 - Sim capitã. – respondeu com ar de respeito.

 - Isso cadete... – terminei, enquanto me apressava para sentar no banco de motoristas, e colando o pé no acelerador.

O carro que havia buzinado, havia nos ultrapassado, e já seguia em frente.

 - Carinha estressado... – disse Seth, de mal humor.

 - Talvez por que você, tinha parado no meio da rodovia... – eu relembrei.

 - E por que eu parei? – perguntou Seth.

 - E por que você teima em tentar dirigir? – retruquei. Eu já consegui manter mais controle  sobre meu carro.

 - Tudo bem... chega! – disse Aley, serio.

 - Tem razão... – comentei, juntamente com Seth.

O silêncio predominou no carro, em quanto seguíamos para LaPush. Depois Seth, começou com piadinhas sobre minha “suposta” gordura... e para ignorá-lo – e muito mais irritá-lo – coloquei meus fones de ouvido, deixando ele bufando.


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Notas finais do capítulo

Os proximos posts, serão do ponto de vista de Jhon



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