Juntos Somos Mais Fortes escrita por Well Number 8


Capítulo 38
Capitulo 8 – Darkness


Notas iniciais do capítulo

Olá :D Depois de quase 6 meses voltei o/ Antes de ler esse capitulo peço que leiam o capitulo anterior para se lembrarem onde a história parou.

Espero de Gostem :)



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John

Varias outras feridas aparecem no corpo de Oito. Ele sangra muito e eu não sei o que fazer. Coloco minhas mãos outra vez sobre os ferimentos e nada acontece.

– Oito! – grito dando alguns tapas em seu rosto – Acorda! Acorda!

Ele abre levemente seus olhos e vejo uma pequena mancha negra em seus olhos e quando eu o encaro sinto um arrepio nas costas.

– Marina. – Oito sussurra

– O que aconteceu com ela? – pergunto

– Trevas! – ele diz e logo depois começa a flutuar e suas feridas vão cicatrizando e logo depois ele cai no chão desmaiado.

Corro até ele e ele abre os olhos outra vez.

– Você está bem? – pergunto

– Temos que encontrar Marina! – Oito diz se levantando

– Calma, primeiro temos que ajudar Cinco e os outros.

Ele me encara nervoso.

– Não tenho tempo pra isso! – ele diz e se teleporta

– Oito! – grito, mas ele não estava mais lá.

Seis

Corro até Sam que está caído no chão, uma de suas pernas está totalmente contorcida para cima. É uma cena horrível.

– Sam! – digo me ajoelhando – Calma eu vou te ajudar.

Com muito cuidado movo a perna quebrada de Sam para a posição correta. Pego a pedra de cura em meu bolso e coloco em sua perna. Ele começa a se contorcer de dor, sua respiração fica mais forte e aos poucos vai voltando ao normal. Posso ver os ossos de sua perna voltando para o lugar.

Sam abre os olhos e me encara. Não me contenho e o abraço e ele me abraça de volta.

– Que bom que você está bem. – digo

– Eu não deixaria ninguém te machucar. – ele responde se referindo ao tiro que tomei na perna

– Obrigada, mas não precisa se arriscar tanto. – digo – Essa guerra não...

– Não diga isso! – Sam me interrompe – Eu sei que você me vê como um estorvo para vocês, mas essa guerra também é minha Seis. Eles mataram meu pai, eles querem destruir meu planeta. Eu não vou...

– Desculpa. – digo o interrompendo – Eu sei. Essa guerra é tão sua como minha, mas eu não quero que você se machuque, ninguém mais precisa morrer por nós.

– Eu já me machuquei bastante. – ele diz serio

E é ai que percebo o quanto Sam amadureceu, ele não é mais aquele nerd que encontrei em Paradise. Eu o encaro e coloco a mão em seu rosto e dou um beijo em sua bochecha, mas Sam se vira e beija minha boca.

– Des... desculpe Seis, eu não.... – o interrompo o beijando de volta. Quando me afasto a cara dele é de incredulidade.

– Eu também me machuquei muito. – digo

John

Oito desapareceu. Olho para todos os lados e não o vejo. De longe vejo Cinco caída no chão e Nove perto dela, vejo Seis abraçada com Sam e também vejo Sarah tentando manter o sangramento de Thomaz.

Levanto-me e corro até onde Sarah está. Thomaz está pálido e há uma grande ferida em seu peito. Sarah removeu a adaga e me olha preocupada. Eu coloco minhas mãos sobre o peito de Thomaz e um formigamento desce por meus braços até chegar ao corpo dele. A ferida vai se fechando aos poucos e ele solta um suspiro.

Nove

Cinco começa a fazer força para se levantar. O corpo dela está muito pesado, pois eu alterei a gravidade dela, mas mesmo com todo esse peso ela consegue se levantar. Estou impressionado com a força de Cinco, ninguém seria capaz de se levantar com esse peso.

Ela está de pé me encarando, algumas veias de seu rosto estão saltadas devido a enorme força que ela está fazendo para ficar de pé. Ela levanta sua mão com muita dificuldade e usa sua telecinese e me arrasta para perto dela.

Eu fui descuidado.

Cinco me abraça e logo depois cai sobre mim. O peso é realmente muito grande e quase não consigo respirar. Tento levanta-la, mas não consigo movê-la.

Droga!

Ela usou meu legado contra mim, não tenho alternativa. Altero outra vez a gravidade e voltamos ao peso normal. Com minha super velocidade giro meu corpo e fico em cima de Cinco e outra vez altero a gravidade dela deixando-a pesada outra vez.

– Te peguei baixinha! – digo

Sinto uma mão em minha nuca e minha cabeça se enterra na areia. Outra vez cai em uma ilusão de Cinco. Não consigo respirar, estou comendo muita areia e antes de desmaiar escuto um trovão.

John

Deixo Thomaz com Sarah e corro para ajudar Nove. Seis cria uma tempestade e lança um raio em Cinco. Ela cai no chão e parte se sua camiseta está queimada. Um forte vento sopra e Seis faz uma tempestade de areia e lança contra Cinco. Cinco começa a voar e vai contra Seis. Eu crio uma grande bola de fogo em minhas mãos e acerto Cinco. Ela cai no chão e há varias queimaduras em seu corpo; sinto-me mal por ter machucado Cinco, mas não há outra opção.

Cinco se levanta nervosa e me encara. Ela voa em minha direção, quando ela vai me dar um soco, eu o paro com telecinese. A força de Cinco é impressionante. Não consigo manter por muito tempo minha telecinese e deixo de usá-la. O soco de Cinco vem diretamente em meu rosto, mas desvio por centímetros. Segundos depois um raio acerta Cinco outra vez e ela cai no chão. Seis se aproxima de mim junto com Sam e reparo que há um pouco de protetor labial nos lábios dele. Eu os encaro e Seis me pergunta:

– Tudo bem?

Faço silencio, mas logo respondo.

– Tudo bem. Nós não podemos machuca-la. – digo apontando para Cinco.

– Eu sei, mas parece que os raios são a única coisa que consegue pará-la.

– Você pode diminuir a intensidade?

– Acho que não.

– Então acerte o raio em mim.

– Ficou maluco? – diz Seis com os olhos arregalados

– Eu posso diminuir a intensidade do raio com meu legado.

Cinco começa a se levantar e Seis olha para mim, uma nuvem negra se forma e Cinco nos encara. Quando ela começa a correr, um raio me atinge. Posso sentir toda a energia me envolver e logo depois meu corpo está coberto de pequenos raios. Concentro todos eles em minhas mãos e os lanço contra Cinco, mas ela incrivelmente os desvia com telecinese e os lança contra nós. Seis corre para minha frente e o raio a atinge e ela cai alguns metros dali.

– Seis! – grito e Sam corre até ela.

Cinco voa até mim e me levanta pelo pescoço. Tudo ao meu redor começa a girar e estou perdendo o ar. Seguro os braços de Cinco e acendo meu Lúmen e uma luz incrivelmente brilhante se ascende em minhas mãos e inexplicavelmente consigo forças tirar as mãos de Cinco de meu pescoço.

Ela me olha surpresa e logo depois eu dou uma cabeçada em sua testa e ela cai para trás. Vejo que a luz começa a me envolver e lanço um raio de luz até Cinco e ela cai inconsciente.

Cinco (Boa)

Volto a reconfigurar meu chip. Ainda estou intrigada com o que vi naquela arena mogadoriana. Marina parecia muito diferente, tenho que ajuda-la e rápido. Entro na configuração do chip e desativo a armadilha da bateria de lítio. Logo depois desativo todos os GPS e rastreadores, os mogs nunca mais vão me rastrear. De repente sinto algumas descargas elétricas, a batalha lá fora deve estar ficando intensa. Olho para meus braços e vejo algumas queimaduras, tenho que acabar logo com isso.

Desativo todos os componentes mogadorianos e deixo somente o que pode me ajudar. Com esse chip posso expandir meu legado de tecnopatia e ajudar muito a Garde.

Quando termino, volto para onde Ella estava me protegendo e a encontro no chão tremendo.

– Você está bem? – pergunto me ajoelhando ao lado dela

– Mais ou menos. – ela responde – Temos que sair logo daqui.

Ajudo ela se levantar e começamos a correr até o lugar onde está configurado a potencia do chip e a abaixo para 0% e a travo. O chip nunca mais vai subir sua potencia outra vez e finalmente eu volto a ter o controle total do meu corpo.

– Acabou? – Ella pergunta

– Sim. – responde – Finalmente estou livre dos mogadorianos.

– Está na hora de voltarmos.

Ella começa a desaparecer e eu abro os olhos e vejo que todos estão ao meu redor. Não consigo mover meu corpo, Nove deve ter me prendido. John passa a mão sobre meus braços curando minhas queimaduras.

– É ela! – diz Thomaz

– Tem certeza? – pergunta Seis

– Eu conheço minha Garde. – ele responde orgulhoso

Nove me olha me abre um pequeno sorriso e põe a mão em minha barriga e consigo me mexer.

– Obrigada. – digo

– Conseguiu desativar o chip? – Seis pergunta

– Consegui. – respondo

De longe vejo Caya com Ella em seus braços, as duas estão nas costas de BK que está transformado em fera loriena.

– Todos estão bem? – diz Caya e todos assentimos

– Alguma coisa aconteceu com a Marina. – diz John – Oito gritou o nome dela e se teleportou.

– Enquanto estava reconfigurando meu chip eu entrei no sistema mogadoriano e a vi em uma arena junto com Setrakus Ra.

– Você conseguiu rastrear a localização? – Sam pergunta

– Nova York.

– BK ficou mudando de forma varias vezes e fez um som muito estranho. Eu nunca vi isso em Lorien, mas acho que tem a haver com as outras Chimaeras. – Diz Caya

– Temos que voltar para os EUA. – Diz John

Ella põe a mão na cabeça e se concentra.

– Achei o Número Oito. – ela diz – Ele está dentro dessa pirâmide. – ela aponta

Entramos outra vez na pirâmide e encontramos Oito perto da grande loralite que estava no centro da câmara loriena. Ele está ajoelhado e parece que está chorando. Nós nos aproximamos dele e ele diz:

– Ela se foi!

– Quem? – pergunta Thomaz

– Marina! – diz Oito – Eu não consigo senti-la mais.

Thomaz coloca a mão nos ombros de Oito e o levanta.

– Infelizmente quando viemos para cá, nós não trouxemos somente coisas boas. – Thomaz diz – As trevas vieram junto. – ele faz uma pausa – Marina é a descente de Haduck, hoje conhecido como Setrakus Ra, o lorieno que traiu sua raça e liderou o ataque a Lorien. Dentro de Marina está o poder de Haduck e ele fará de tudo para tirar esse poder dela.

– Como ele vai tirar as trevas dela? – pergunta Ella

– Acho que Loridas te contou, não é? – Thomaz responde olhando para Ella

– Ele precisa de mim para devolver os legados que foram tirados por Loridas. Se eu devolver os legados para ele, Marina ficará livre da escuridão, mas... – ela pausa

– Mas? – pergunta Oito

Ella fica quieta e aperta suas mãos.

– Marina morreria no processo. – responde Thomaz

Todos ficamos em silencio.

– Ninguém mais vai morrer! – diz John – Chegou a hora de atacarmos, nós ficamos muito tempo nos escondendo. Nossos legados estão mais fortes, estamos quase todos reunidos. Nada pode nos impedir.

O que John disse de alguma forma dá força a todos nós. Os seis Gardes damos as mãos e nossos colares brilham. Sinto uma força imensa me envolver, nunca me senti tão forte como estou agora. É melhor os mogs se prepararem, pois chegou a hora da Garde revidar!

Marina

Setrakus me encara com um sorriso podre. Eu penso no Número Oito e me entrego à escuridão. Sinto-me mais forte do que nunca. Das minhas mãos saem pequenos raios negros e quando me dou conta estou envolvida por um manto negro de escuridão. De longe vejo Adamus e estendo minhas mãos para ele e o tiro dali, antes que Setrakus o mate. Sinto que todos meus legados estão de volta, então encaro Setrakus e vejo um pouco de medo em seus olhos. Com telecinese seguro seu pescoço e o levanto, ele começa a sufocar e eu vou perdendo o controle de mim. Sinto que estou cada vez mais dentro dessa escuridão. Ela é forte e me toma por completo.

Olho nos olhos de Setrakus e vejo sua alegria em me ver entregada a escuridão. Aperto mais forte seu pescoço com minha telecinese e ele geme. Ele diz uma palavra que não entendo e minha telecinese é desativada e ele cai no chão. Uma raiva enorme cresce dentro de mim a cada momento estou mais perdida. Setrakus pega seu cajado e aponta para mim e antes que eu possa revidar uma luz vermelha brota de seu cajado e as trevas retrocedem. Ele se aproxima de mim e me encara.

– Acha que pode me derrotar com isso? – ele diz – Eu só não te mato agora porque seria um desperdício desse poder dentro de você. Infelizmente eu preciso daquela fedelha pra recuperar meus legados.

– Você não vai capturar Ella! – grito

– Eles já estão vindo para cá tentar te resgatar.

Um frio desce por minha barriga e Setrakus abre um sorriso.

– Isso! Sinta medo, você é mais inteligente que seus amigos.

– Cinco está do nosso lado agora. – digo – Nós estamos mais fortes do que nunca.

– O que é dela está guardado. – Setrakus diz – Quando seus amigos chegarem aqui eles terão uma grande surpresa.

– A Garde vai vencer essa guerra.

– Vamos fazer uma correção na sua frase. – ele me encara – Uma Garde vai vencer essa guerra para os mogadorianos. Você!

Sinto uma algo muito ruim me envolver.

– Eu nunca lutarei ao seu lado! – esbravejo

– Pobre criança – Setrakus diz – Se o próprio Pittacus não conseguiu me deter, quem dirá um bando de crianças com poderes mágicos.

– Eu sou sua descendente? – pergunto

– A mais sortuda da Garde – ele ri – Sim, você é.

– Então quer dizer um dos outros é descendente de Pittacus, o que significa que a batalha ainda não acabou.

Setrakus fecha a cara e pede para que os guardas me levem para o cativeiro. Antes de chegar a cela um dos mogadorianos me obrigada a tomar um droga que afeta meus sentidos. Quando chegamos a cela, eles me jogam no chão e eu não tenho forças para me levantar e acabo dormindo.

Horas depois acabo acordando e reparo que estou em uma mesa amarrada. Tento me soltar, mas meu corpo não me obedece. Olho ao meu redor e me dou conta que estou em uma sala grande. Uma luz se ascende e vejo três corpos de mogadorianos a minha frente. Eles são diferentes de tudo o que eu já vi. Eles têm mais de dois metros de altura. O primeiro tem dentes afiados como de um tubarão, suas unhas são grande e afiadas, elas devem ter cerca de quarenta centímetros cada. O segundo no lugar dos braços tem duas asas semelhantes à de um morcego, na cabeça ele tem dois chifres afiados. O terceiro se parece a uma cobra, sua pele é cheia de escamas esverdeadas e ele tem duas presas enormes que não cabem em sua boca. Todos parecem ser geneticamente modificados, como se os mogadorianos misturassem suas criaturas com alguns soldados.

Setrakus entra na sala com alguns mogadorianos com jalecos negros e com luvas brancas. Eu ainda não consigo me mover, acho que isso tem alguma coisa a ver com o chá que eles me deram.

– Dormiu bem? – diz Setrakus se aproximando.

Tento responder, mas não consigo. Não consigo mover meu corpo. Penso que eles colocaram um chip na minha cabeça assim como fizeram com Cinco. Setrakus diz algo no meu ouvido em mogadoriano e consigo falar.

– O que fizeram comigo? – digo

– Você não queria cooperar, então tivemos que tomar algumas medidas de persuasão.

– Vocês colocaram um chip na minha cabeça?

Setrakus ri.

– Isso já é tecnologia antiga. – ele diz se aproximando sua boca do meu ouvido – Nós a aperfeiçoamos.

Ele começa a me soltar e diz uma palavra em mogadoriano. De repente eu começo a me levantar da cama e fico de pé diante dele.

– Não se esqueceu de nada? – ele diz apontando seu dedo para o chão.

Contra minha vontade fico de joelhos e juro lealdade a Setrakus Ra. Todos os mogadorianos começam a aplaudir, eu nunca fui tão humilhada em toda minha vida, preferia morrer a me ajoelhar diante desse imundo.

– Você vai pagar! – digo

Setrakus ri e diz aos outros mogadorianos:

– Vamos começar!

Todos saem da sala e ficamos somente Setrakus, eu e os três mogadorianos híbridos. Eles parecem estar inconscientes ou até mesmo mortos. Setrakus faz com que eu me levante e deite outra vez na cama. Tento parar, mas não consigo. Ele fala outra palavra e sinto as trevas se espalhando por meu corpo outra vez. De alguma forma Setrakus conseguiu ativar meus legados.

Três massas de escuridão saem do meu corpo e envolvem os três mogadorianos a minha frente. Setrakus ainda fala muitas coisas que não entendo, mas tenho quase certeza que ele agora estava falando lorieno. Queria que Adelina tivesse me ensinado minha língua nativa. Ele fala em um ritmo acelerado como se estivesse fazendo uma oração. De repente os três mogadorianos abrem seus olhos e eles estão totalmente negros. Sinto que estou conectada com eles.

– Caminhem! – diz Setrakus e eu repito as palavras dele. Os três mogadorianos caminham para frente. – Ajoelhem-se! – eu repito as palavras e eles se ajoelham.

Setrakus abre um sorriso podre e me encara.

– Que o Progresso Mogadoriano comece!


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado do capitulo :D Não se esqueçam de deixar um review pq é muito importante para mim saber a opinião de vocês ;)

Obs. Próximo capitulo será postado na semana que vem :)

Trecho do próximo capitulo: CAPITULO 09 - MODIFIER

"Acordo com algumas lambidas no meu rosto. Quando abro os olhos vejo um lobo prateado e com olhos amarelos me encarando, atrás dele vejo mais seis Chimaeras transformadas nos mais variados animais. Passo minha mão sobre sua cabeça e ele grunhe."