Juntos Somos Mais Fortes escrita por Well Number 8


Capítulo 35
Capitulo 5 – Vida ou Morte


Notas iniciais do capítulo

Olá Lorienos, ontem não pude postar, mas aqui está o capitulo da semana.
Espero que gostem :D



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Adamus

Estou dentro de um equipamento de ressonância magnética. Eu não posso fazer esse procedimento anestesiado ou com correntes me amarrando e a única maneira que o doutor encontrou para fazer esse experimento era com dez mogadorianos bem treinados na sala junto comigo para tentar impedir qualquer coisa que eu tente fazer para escapar.

Varias luzes começam a acender e fecho meus olhos.

Tento voltar para a ultima lembrança que tenho de Um em minha cabeça. Ela está com seu sorriso cativante, o sol forte reflete em seus lindos olhos. Estamos em uma praia da Califórnia. Ela se senta na areia e eu me sento ao lado dela. Seguro em sua mão e ela me encara com um olhar bravo.

– Pare de sonhar seu imbecil! – ela diz – Não deixe ele tirar o que eu te dei.

– O que?

– Acorda! – ela grita

Abro meus olhos assustado e vejo os dez mogadorianos apontando suas armas para mim. Olho ao meu redor e vejo que tudo está fora do lugar. Eu devo ter criado um terremoto sem querer enquanto estava dormindo. O Dr. Zakos está distraído com suas anotações e os guardas por mais que estejam com suas armas apontadas para mim não estão cem por cento concentrados em meus movimentos.

Então aproveito minha oportunidade única.

Bato com forca meu pé no chão e tudo começa a tremer, alguns dos soldados caem no chão e outros começam a atirar. Consigo desviar de alguns tiros e me escondo atrás da maquina de ressonância.

– Parem de atirar na maquina seus imbecis! – grita o Dr. Zakos

Bato outra vez meu pé no chão só que dessa vez com mais força e o piso que estava embaixo de mim cede e eu caio no andar de baixo.

Estou em uma sala grande e cheia de gaiolas. Levanto-me devagar e começo a caminhar com cautela entre as gaiolas. Acerco-me a primeira jaula e ela parece vazia, exceto por um tipo de gosma espalhada no fundo. Mas, quando chego um pouco mais perto, a gosma vai se levantando devagar e assume a forma de um esquilo magro e pequenino, sua pelagem é escura e espessa e ele me olha nos olhos e é como se ele estivesse pedindo socorro, depois ele muda sua forma para pássaro azul.

Dou um passo para traz assustado e então me dou conta de que essa é uma das Chimaeras perdidas de que Ella sempre dizia. Aproximo-me da gaiola para tentar abri-la, mas ela está muito bem trancada.

– Adam? – escuto uma voz feminina e quando olho para a direita vejo Kelly.

– Que demônios está fazendo aqui? – ela diz brava

– Kelly você tem que me ajudar.

– Eu não ajudo traidores.

– Mas você é minha irmãzinha. – digo tentando convencê-la, mas sei que Kelly não será convencida tão facilmente. Pelo o pouco que conheço dela, ela já está tramando algo para me prender. Ela é igual meu pai.

– Você tem razão. – ela diz com um sorriso extremamente falso – Eu sou sua irmãzinha. – e de repente ele joga uma adaga em mim e me acerta o ombro.

Solto um gemido.

Kelly corre até mim e sem que eu perceba ela pega um pedaço de pau e me acerta meu queixo e tudo fica preto.

Acordo outra vez na minha cela.

Minha cabeça dói e sinto gosto de sangue na boca. Aos poucos vou abrindo meus olhos e vejo um mogadoriano parado na minha frente.

– Finalmente acordou. – ele diz com uma voz sombria

– Quem é você? – digo levantando meus olhos – É meu novo doutor?

– Não. – ele diz – Você não terá mais médicos, você é perigoso demais para ser deixado com simples doutores.

– O que aconteceu com o Dr. Zakos?

– Deve estar morto agora.

Não consigo esconder meu sorriso.

– Não fique tão feliz...

– Por quê?

– Por que com as coisas que eu farei com você, com certeza você desejará estar no lugar dele.

Olho bem para o mogadoriano e reparo em uma cicatriz roxa em seu pescoço.

Paro de respirar por alguns segundos. Eu estava em frente do Comandante Supremo de Mogadore, Setrákus Ra.

Ele pega uma lança e derrama um liquido verde sobre ela e enterra a lança na minha perna. Solto um grito ensurdecedor e ele me encara.

– Só estamos começando.

Seis

Cinco não respira. Todos nós estamos em choque.

– O que faremos? – pergunta Nove desesperado, eu nunca o vi assim.

Thomaz se ajoelha e começa a fazer uma massagem cardíaca no peito de Cinco, mas John se oferece para tentar curá-la. Ele se ajoelha e coloca sua mão no peito dela. Esperamos alguns segundos e nada acontece.

– Não está funcionando! – grita John

Cinco está muito pálida e seus lábios ficam roxos.

– Quatro de um choque nela! – diz Thomaz

– O que?

– Um choque como em um desfibrilador. – Thomaz diz se afastando – O choque pode fazer o coração dela bater de novo.

– Ok. – diz John tenso – Afastem-se.

– Não pode ser muito forte. – avisa Thomaz

John coloca sua mão no peito de Cinco e libera o choque. O corpo de Cinco se contorce para cima e depois volta ao normal.

– Nove? – grita Thomaz

– O coração ainda não está batendo! – ele responde depois de usar sua super audição

John outra vez da um choque nela e nada acontece. Ele tenta mais três vezes e nada. John olha para nós e faz um sinal negativo com a cabeça.

Nove corre até o corpo de Cinco e John coloca a mão no ombro dele. Nove o empurra e grita:

– Ela ainda não morreu! – e algumas lagrimas rolam de seu rosto – Isso só acaba quando a cicatriz chegar!

Nove começa a fazer uma massagem cardíaca no peito de Cinco e faz respiração boca a boca.

– Vamos lá baixinha! – ele suspira

E segue fazendo a massagem cardíaca e o boca-boca. De repente Cinco solta um suspiro e começa a tossir. Ela está nos braços e Nove e eles se olham profundamente.

– Você... me... salvou? – pergunta Cinco fraca

– Mais ou menos. – responde Nove

Cinco levanta sua mão e dá um forte soco na cara de Nove e ele cai no chão. Todos nos assustamos e ela diz:

– Nunca mais me beije de novo! – ela se levanta e estende a mão para ele com um sorriso – Mas obrigado por salvar minha vida.

– De nada, eu acho. – diz Nove com a mão no queixo

– Ela voltou! – diz Oito brincando

Marina

Caminho por um corredor escuro e vejo uma sombra na forma de uma pessoa. Todos os pelos no meu corpo se arrepiam. Quando a sombra olha para mim vejo um pequeno brilho amarelo surgir de seus olhos. Dou alguns passos para trás e a sombra corre até mim e eu também começo a correr.

Ela foi mais rápida.

Quando ela me alcança sinto uma onda maciça de escuridão me envolver. Começo a ficar sem ar até que uma forte luz começa a brilhar e escuridão se afasta. Uma silhueta se forma no feixe de luz e reparo que essa silhueta usa um pingente lórico que nunca vi antes. A luz brilha muito forte e sou obrigada a fechar meus olhos.

– Você está condenada a levar as trevas dentro de você. – escuto uma voz grossa – Mas isso não significa que elas têm que te dominar.

Abro meus olhos devagar e vejo um homem velho e careca. Ele veste uma túnica amarela e uma faixa vermelha em diagonal no peito.

– Quem é você? – pergunto

– Eu sou o Grande Sábio de Lorien – ele diz – Meu nome é Raavi.

– O que está fazendo aqui?

– Eu quero ver qual será sua escolha.

– Escolha?

– Qual dos lados você escolhera? Bem ou mal? Vida ou morte? Luz ou Trevas?

– Eu jamais escolheria as trevas.

– Mas você está destinada a ela.

– Eu não vou deixar ela me dominar.

– Você precisa ser forte. – ele diz se aproximando – Em breve você será colocada à prova e terá que fazer uma grande decisão.

– Não me entregarei! – digo determinada

– Pelo bem da Terra e de Lorien eu espero que não.

A luz brilha mais forte e volto a tapar meus olhos e quando os abro, eu acordo.

Ainda estou na cela que Setrákus me prendeu. Escuto um grito muito forte e percebo que é uma voz conhecida. Era a voz de Adamus.

Levanto-me correndo da cama e vou até as grades.

– Adam! – grito e os gritos vão ficando mais fortes.

Coloco minha mão nas grades e elas começam a me dar choque e rapidamente eu as tiro. Estendo minha mão para a cama e tento usar minha telecinese e nada acontece. O bloqueio de Setrákus Ra ainda está funcionando.

Sinto-me inútil aqui sem poder fazer nada. Sento no chão e começo a lembrar dos meus últimos momentos com Garde. Lembro que Oito foi apunhalado por Setrákus e Sam começou a nos defender usando a Xitharis. Lembro-me de curar Oito, o que me dá calafrios só de pensar em perdê-lo. Eu tinha um dilema naquela hora, se eu salvasse Oito, Sam morreria e se eu salvasse Sam teria que deixar Oito. Então decidi sacrificar a mim mesma.

Setrákus diz que tenho uma escuridão dentro de mim, algo forte e poderoso que ele quer muito. Talvez tenha que aprender a domina-la para usar esse poder a meu favor.

Levanto-me em um salto e me concentro na escuridão que sentia às vezes. Sem muito esforço ela começa a crescer e sinto que ela me envolve por completo. Sinto que meus legados estão voltando, mas também sinto que estou me perdendo nessa escuridão. Nunca senti tanta maldade como sinto agora. Sinto raiva, rancor, ódio e uma sede de matar. Tudo isso é novo para mim e odeio sentir essas coisas então eu faço a energia recuar. É muito mais difícil faze-la voltar do que faze-la me dominar, mas depois de alguns minutos eu volto ao normal. Tento usar meus legados, mas eles se foram junto com a escuridão. Sinto-me cansada e me sento na cama.

De repente a trava da porta se abre e um mogadoriano entra com algemas.

– O que vai fazer? – pergunto me levantando

– O uma algema faz? Sua estupida! – ele grita me empurrando e logo depois coloca a algema em minhas mãos.

Caminhamos pelos corredores das instalações e escuto barulho de palmas e alguns gritos eufóricos. O mog me leva até uma porta enorme e quando ele a abre e vejo uma grande arena repleta de mogadorianos. No centro está Setrákus Ra e em uma gaiola acima dele vejo Adamus desmaiado. Todos os mogs gritam e batem palmas de forma sincronizada. Reparo que na primeira fila está o General Andrakkus, pai de Adamus, ele está observando tudo muito serio. Como ele pode ser tão frio? O filho dele está prestes a morrer e ele somente observa. Do lado dele observo duas mulheres, uma é adulta e seu olhar é apreensivo, ela olha diretamente para a gaiola onde Adamus está, ela deve ser a mãe dele. A outra é uma garota que aparenta ser mais jovem que Adamus, ela está com um sorriso diabólico no rosto, desfrutando tudo que está vendo, ela é pior que o General, ela deve ser a irmã mais nova dele. Ao ver a família de Adamus, meu nojo pelo mogadorianos aumenta muito mais.

O mog abre minha algema e me joga no centro da arena, aos pés de Setrákus. Levanto-me devagar e o encaro.

– Pronta para se entregar as trevas?

– Jamais, seu imundo. – grito e todos os mogs começam a me vaiar.

– Morte! Morte! Morte! Morte! – todos os mogs começam a gritar e Setrákus Ra levanta sua espada para o alto.

Sinto um frio na barriga ao ver aquela espada, mas tento disfarçar.

– Ela ainda não pode morrer – diz Setrákus – ela possui algo que nos vai ajudar a ganhar essa guerra.

E todos os mogs começam a gritar e jogar coisas em mim.

– Ela se recusa a nos ajudar, mas hoje ela nos dará o que precisamos.

Quando ele termina de falar a gaiola de Adamus se abre e ele fica pendurado pelos pés. A mãe dele se levanta e quase entra na arena, mas é impedida pelo General. Um poço se abre em baixo de Adamus e lá há vários Pikens e Krauls famintos. Ele ainda está desmaiado e corro para ajuda-lo, mas Setrákus me joga para trás.

– Para salva-lo você terá que se entregar a escuridão. – ele diz com um sorriso podre – A única maneira de passar por mim e por meus soldados é usando seus legados e você só conseguira utiliza-los e se você entregar a escuridão.

Olho para os lados e estou cercada por mogs por todos os lados. Alguns deles portam armas, outros espadas e o restante estão sem nenhuma arma, visível pelo menos. Eles se movimentam até fazer um circulo em minha volta e Setrákus está no centro.

– Você tem dez minutos para vencer todos nós e salvar o traidor. – ele diz – E como eu já disse, você terá que entregar-se a escuridão para usar seus legados.

Olho para os lados e reparo que os mogs estão preparados para atacar. Um frio desce por meu estomago. Eu sei que não posso vencer sem meus legados, mas eu não vou me entregar à escuridão.

Lembro-me do treinamento de Seis e fico em posição de luta e todos os mogs correm em minha direção.

Ella

Caya acelera pelas ruas de Cairo e entra no deserto para nos encontrarmos com a Garde. Enquanto estamos fugindo lembro-me do treinamento que deixei para trás. Das palavras de Loridas que eu nunca mais poderia voltar ao Centro Espiritual de Lorien. Pego meu pingente e o seguro forte, fecho meus olhos e me concentro e nada acontece.

O que será de mim agora? Será que conseguirei trazer o equilíbrio para os Gardes? Será que vou conseguir fazer os feitiços? Será que conseguirei deter Setrákus Ra e mogadorianos? E Marina? Será que estarei preparada para fazer o certo quando chegar a hora?

Ao pensar em Marina penso em algo que já devia ter feito antes. Tenho que me comunicar com ela por telepatia.

“Marina?” “Marina você está me escutando?”

Escuto um zumbido em minha cabeça e ele vai se aclarando até que escuto uma única palavra.

Escuridão

Sinto algo que nunca havia sentido em minha vida e abro meus olhos. Estamos em frente a uma pirâmide e por onde olhamos vemos sinais de luta e pequenos montes de cinzas.

Os mogs atacaram os Gardes primeiro.

Descemos do carro e começamos a procurar por eles e Caya encontra um rastro de pneu que ia em direção à cidade de Cairo.

“Seis você está bem?” – pergunto por telepatia

“Ella? Ella é você?” – escuto a voz de Seis em minha cabeça

“Sim sou eu. Onde vocês estão?”

“Que bom que você está viva. Nós acabamos de sair do hotel ou que sobrou dele, estamos procurando por vocês.”

“Nós viemos para as pirâmides procurar vocês e percebemos que você tiveram problemas por aqui.”

“Vocês também aqui no hotel. E os outros estão bem?”

“ Sim estamos todos bem.”

“Temos que nos encontrar.”

“O mais rápido possível. Eu descobri algo terrível.”

“O que?”

“Marina está correndo risco de vida, se não formos rápidos talvez não poderemos salva-la.”

“Onde ela está?”

“Ainda não sei.”

“Então vamos encontra-la!” – Escuto a voz Seis de uma maneira determinada.


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Notas finais do capítulo

1- Adamus encontrou as Chimaeras :D
2- Kelly #Bitch
3- Nove salvando a Cinco S2 #NincoForever
4- Cinco como sempre sedo muito doce e amável com o Nove. #NuncaMaisMeBeijeDeNovo #ObrigadoPorSalvarMinhaVida o.O #Bipolar
5- Sonhos tensos de Marina
6- Ela se encontrou com Raavi D:
7- Qual será a escolha dela? Será que vai se entregar as trevas? #Darkness
8- Família do Adamus #Bad :/ Ps. Com exceção da Mãe.
9- Será que ela fará algo para defender Adamus?
10- Ella perdeu sua conexão com Loridas :(
11- Encontrem a Marina rápido!!!!

Espero que tenham gostado do capitulo e que deixem seu review contando o que gostou e o que não gostou tbm. Quem ainda não favoritou a fic e puder favoritar ou recomendar eu ficaria muito agradecido :D

Trecho do próximo capitulo:

CAPITULO 6 – Perdendo o Controle – Parte 1
Olhamos para todos os lados e não vemos nenhum sinal de Cinco. De repente sinto uma mão em meu pescoço e sou levantada uns dois metros do chão. Não consigo respirar e não vejo a mão de quem está me sufocando...