Acordo assustada, não vejo nada. Minhas mãos estão amarradas e sinto que estou no porta-malas de um carro. Escuto barulhos de tiros e explosões. Consigo soltar minhas mãos e tiro a venda dos meus olhos. Dou um forte soco na porta do porta-malas e ela voa alguns metros. Quando saio vejo vários homens de sobretudo preto apontando armas para mim.

         - Não atirem. – Diz um homem alto e forte, ele tem tatuagens escondidas em seus cabelos penteados para trás. – Eu sou o General Andrakkus Sutekh e para seu próprio bem é melhor você não resistir.

         - Onde está meu Cepan? – grito.

         O General olha para trás e eles trazem meu Cepan desmaiado.

         - Ele está morto? – pergunto.

         - Ainda não, mas ele morrera. – Diz sorridente o General – a não ser que você o salve.

         Fecho meus punhos.

         - Nós aplicamos nele um veneno mortal para pessoas de sua raça, ele tem apenas quinze minutos de vida. Você pode salva-lo se quiser.

         - O que quer que eu faça?

         - Me diga seu Número? E te aconselho a não mentir.

         - Cinco. – digo e o General abre um sorriso.

         - Meu dia de sorte, estive procurando por você Número Cinco.

         - Solte meu Cepan.

         - Somente depois que você se entregar.

         - Eu não posso morrer, o feitiço está ativado.

         - Temos outros planos pra você. – Ele diz com um sorriso malicioso

         - Solte meu Cepan e você pode me levar.

         - E se eu recusar?

         - Então faremos do jeito mais difícil. – digo a estralando os dedos.

         - Gostei do seu estilo, pequena Loriena. Venha busca-lo – Diz o General jogando meu Cepan no chão.

         - Não confio em você. – grito.

         - Saiam todos daqui. – O General da à ordem e todos os Mogs entram em seus carros e afastam.

         Meu Cepan está caído no chão e suas palavras ecoam em minha cabeça “Lembre-se da primeira regra e esqueça a segunda”, o que ele quer dizer com isso? Como posso estar um passo a frente de todos se sou capturada? Será que ele quer que eu seja pega? O que ele está planejando?

         - Esse soro pode salva-lo, então... quer fazer um acordo? – Diz o General.

         Esteja sempre um passo a frente, penso. Meu Cepan tem um plano e vou confiar nele.

         - Sim temos um acordo. – digo.

         Eu trago meu Cepan com minha telecinese e o General joga o soro para mim e eu aplico no meu Cepan. No momento que injeto a seringa o General aponta para mim sua arma e com minha telecinese eu o jogo para longe. Vários Mogadorianos surgem de vários lugares. Tento usar meu Legado de Ilusionismo, mas são muito Mogs para iludir, não tenho o controle total desse Legado. Temos que sair daqui pela força física. Meu Cepan começa a acordar, coloco ele sobre minhas costas e dou um forte soco no chão e uma cratera de dez metros se abre e todos os Mogs caem. Corro sobre os escombros e me escondo. Meu Cepan começa a abrir os olhos.

         - Você está bem? – pergunto.

         - Sim, obrigado. – Ele responde.

         - No que você estava pensando? Você ficou louco?

         Vejo que meu Cepan tem algo na mão, parece ser uma seringa com um liquido azul brilhante.

         - O que é isso? – pergunto

         - Isso vai te proteger. – ele diz fraco

         - Você precisa se recuperar.

         - Não temos tempo, eles estão chegando.

         - O que tenho que fazer?

         Thomaz se aproxima de mim e fala algo no meu ouvido ao escutar isso meu coração para e sinto um frio na barriga.

         - Vá com eles, se entregue. – Diz Thomaz

         - Eles vão me matar.

         - Eles não vão te matar. – Diz Thomaz colocando a mão na minha bochecha

         - Eu não quero ficar longe de você. – digo com os olhos cheios de lagrimas.

         - Cinco você é forte e corajosa, por isso você foi escolhida para essa missão.

         - Eu não consigo sem você.

         - Claro que consegue, você finalmente está pronta.

         - O que os Mogs farão comigo?

         - Eu não vou mentir para você – Thomaz faz uma pausa – Você sofrerá e fara coisas de que você não vai se orgulhar, mas você vivera.

         Thomaz puxa meu braço e injeta a substancia azul no meu organismo e começo a ficar tonta.

         - O que isso?

         - Isso vai salvar sua vida.

         Thomaz se levanta e me abraça.

         - Eu te amo e sei que você vai conseguir – ele diz chorando.

         - Eu te amo também.

         Começo a caminhar para longe de Thomaz.

         - Esteja sempre um passo a frente de todos, nunca se esqueça disso – grita Thomaz atrás de mim.

         Caminho com os olhos cheios de lagrimas e me sinto um mal estar muito grande, seja lá o for que Thomaz injetou em mim está fazendo efeito. Chego até onde os Mogs estavam e mal consigo me manter de pé, todos eles apontam suas armas para mim.

         - Você é uma garota esperta e nos poupou tempo te buscando. – diz o General

         - Vai pro inferno.

         - Onde está seu Cepan?

         - Morto.

         O General sorri e pede para que os soldados me prendam. Sinto uma dor enorme na minha cabeça e em todo o corpo que não aguento e acabo desmaiando.