Gatos Fazem Miau escrita por Cigarette Daydream


Capítulo 1
Pick The Briefs


Notas iniciais do capítulo

Olááá, essa vai ser uma short-fic Percabeth, o primeiro capitulo é meio curtinho, já que é só uma introdução, para mostrar como ela conseguiu os gatos!
Bom... Enjoy!



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 – Verdade ou consequência? – perguntou Katie, com uma expressão empolgada, de quem sugeria que eu escolhesse verdade.

 Eu sabia que, se eu escolhesse verdade, ela ia me perguntar alguma coisa sobre o Luke e a nossa festinha pré-feriado ficaria um pouco esquisita.  Spring Break bitches! Sim, empolgação sem palavras! A maioria dos estudantes do ultimo ano de outros lugares provavelmente estão juntando as coisas para viajar nesse exato momento, mas não nós, já que vivemos no melhor lugar do mundo.  Califórnia! Aqui já temos praia, festas e famosos, não precisamos de muito mais para nos divertir.

 – Consequência – sorri, estragando os planos de Katie de fazer uma pergunta embaraçosa.

 – Ótimo – ela falou, um pouco irritada, mas começou a pensar numa boa consequência.

 Thalia cochichou algo no ouvido de Katie e Katie riu em aprovação.

 – Vai na casa do Cabeça De Alga... – ela começou e revirei os olhos, sabia que elas iam meter esse garoto no meio. – ... e traz uma cueca dele para gente.

 – Vai ser o dia de sorte do Cabeça De Alga – brincou Luke. –, a primeira vez que uma garota além da mãe dele vai tocar nas cuecas do cara.

 Risadinhas e piadinhas irritantes de todas as meninas que estavam jogando. Por que o Luke tinha que ser assim tão bonito? Já é chato ter um quase-namorado como quase-ex, ainda mais ele sendo esse pedaço de mal caminho!

 – E como vocês pretendem que eu faça isso? – eu disse entre risadas graças a “limonada” que Rachel serviu.

 – Não importa – falou Thalia. –, mas tenta não roubar do varal, ok?

 Era exatamente o que eu tinha pensado em fazer.

 – Você tem meia hora a partir de agora – Katie disse. –, se eu fosse você iria logo...

 Subi correndo para o quarto de Thalia, que ficava no segundo andar, por isso correr nem sempre foi uma boa ideia. Thalia e Cabeça De Alga são vizinhos, só que não do tipo normal, a sacada deles é bem perto uma da outra, fazendo com que, em alguns poucos passos perigosos, cheguemos a casa dele. Usamos essa pequena descoberta de aventura para o infernizar, na maioria das vezes.

 Fui para sacada e retirei meus saltos, pensando se seria uma boa ideia dar alguns passos no “meio fio” que ligava as casas tendo bebido a famosa limonada da Rachel. Sem ligar muito para esse pensamento, continuei indo e logo estava na sacada do vizinho de Thalia. Tentei abrir e estava destrancada. “Yes”, fiz mentalmente.

 Entrei no quarto do Cabeça De Alga, que estava vazio e não acreditei na sorte que tive. Imediatamente acendi a luz e comecei a vasculhar as gavetas que eram muito arrumadas, por sinal, o menino merecia uma estrelinha dourada.

 Passei para a próxima cômoda e notei uma foto num porta-retrato. Era Cabeça De Alga sorrindo exibindo uma medalha que obviamente foi ganhada numa competição de natação, quer dizer, ele estava de sunga! Até que ele não tinha um corpo nada mal... Nada mal mesmo.

  Continuei procurando nas gavetas, mas não achava nenhuma cueca, que droga! Será que esse garoto anda peladão por debaixo da roupa? Continuei tentando em outras gavetas, mas sem sucesso, até que achei uma gaveta menorzinha que estava emperrada. Devia estar ali. Puxei de um lado, puxei do outro lado, mas não saia.

 Já irritada com aquilo tudo, dei um puxão de uma vez só, que me vez cair para trás com as cuecas e meias de Cabeça De Alga na cara, fazendo um estrondo enorme. Acho que meu ombro não teve essa posição desde sempre, ou teve? Tentei me levantar, ciente que uma cueca estava como uma touca na minha cabeça. Quando estava quase conseguindo, o dono do quarto entrou.

 Eu poderia tirar aquela touca da cabeça e dizer um olá bem empolgado para ele, já que ele era lindo. Eu não lembro a ultima vez que eu realmente olhei para Cabeça De Alga, mas tinha certeza que já fazia um bom tempo, mas, deuses! Por quantos anos eu dormi? Ele entrou com uma tigela de cereal na mão, uma calça de pijama azul, sem camisa e aqueles olhos verdes, parecendo mais um deus grego do que qualquer outra coisa.

 Ele parou com a colher de cereal no meio do caminho da boca quando me viu, coberta por suas cuecas e meias, com uma gaveta em cima da minha perna e uma cara de “oh, meus deuses”. Primeiro ele levantou a sobrancelha e depois começou a rir descontroladamente.

 – O que você está fazendo com minhas cuecas na cabeça, Annabeth? – ele sabia meu nome? Eu só sabia o apelido dele, assim como todo mundo.

 – Pesquisa antropológica – soou mais como uma pergunta do que qualquer coisa.

 – Que aposta vocês fizeram dessa vez? – ele perguntou me ajudando a levantar.

 Uma vez de pé eu falei: – Não foi uma aposta – ao notar o olhar irônico dele, acrescentei: –, tecnicamente.

 – Seu ombro parece bem ruim – ele falou me analisando.

 – Eu posso sentir isso – respondi. –, que droga, acho que vou ter que ir no hospital.

 Eu sempre odiei hospital, além de ser a coisa mais chata do mundo as pessoas ficam falando como se te observassem com câmeras vinte e quatro horas, o que é bem irritante.

 – Acho que não – ele disse. –, vem cá, deixa eu olhar.

 Ergui uma sobrancelha e o olhei com uma expressão irônica.

 – O quê? – ele perguntou rindo. –, sou bom com essas coisas, vejo isso quase sempre nos treinos de natação.

 – E eu achando que era um esporte mais leve roubar a cueca dos outros – ironizei, me virando para ele acertar meu ombro.

 Ele colocou uma mão na parte da frente do meu ombro, a outra mão na parte de trás e perguntou: – Pronta?

 – O que você vai...? – meu grito interrompeu a fala. – Droga, o que você acha que está fazendo? Eu preciso do meu ombro!

 – Eu só coloquei no lugar – ele deu de ombros. –, agora pode ir.

 – Mas eu preciso levar uma... – comecei.

 – Sem chance – ele falou tirando a minha touca-cueca. –, você não vai levar nenhuma cueca minha.

 Olhei para a sacada próxima e as cuecas no chão, decidindo o que fazer. Fiz tão rápido que nem prestei atenção no que peguei. Catei uma cueca no chão e corri para sacada, Cabeça De Alga veio atrás de mim, mas eu já tinha chegado na sacada de Thalia, ele me olhou com raiva e começou a passar pelo meio fio, indo para casa de Thalia.

 Corri para o andar de baixo e assustei todos gritando ahá, com a meia no alto, feliz. Perai, meia? É, Annabeth, você pegou uma meia no lugar da cueca, gênio!

 Percy chegou logo atrás de mim e olhou para minha mão rindo.

 – Mas você pegou uma... – ele começou, rindo muito.

 – ... meia – completei irritada. –, é uma meia.

 – Acho que está na hora de pensar na penitencia da Annie – cantarolou Travis.

 – Quer se juntar a nós, Cabeça De Alga? – convidei, aceitando minha derrota.

 – Sim, se junte a nós, por favor – completou Rachel avaliando como ele havia mudado.

 – Temos um novo participante, galera – falou Thalia, sem esperar pela resposta do garoto.

 – Mas, perai, eu não... – ele começou, mas Rachel já estava servindo limonada e o sentando em um lugar.

 Olhei aquela cena, o garoto de quem todos estavam zoando ainda a pouco agora faz parte da roda só por que é bonito? Fala sério. Rachel parecia bem interessada nele, talvez fosse até divertido ver Rachel dando em cima dele, então não disse nada.

 – Então, o que a Annie vai pagar? – perguntou Silena.

 – Meus gatos – falou Katie na maior tranquilidade, se servindo de mais limonada.

 – Seus gatos? – perguntei, sem entender.

 – Eu vou viajar e... – ela começou, mas o coro de “aaah” triste, a fez falar outra coisa. –, eu sei é um saco, visitar Londres agora? E o Spring Break? Aquele frio de congelar, nenhuma sunga a vista...

  – Eu ouvi dizer que Londres tem muitos gatos – falou Thalia. –, além disso você tem o resto do ano aqui!

 – Mas o Spring Break é especial – ela falou e todos sabiam que ela tinha razão, no entanto queríamos consolar ela.

 – Nem vai ser tão divertido – falei para animar ela.

 – É claro que vai ser diver... Aí – começou Luke, devidamente interrompido pelo meu beliscão.

 – Ah, qual é, mesmos lugares, mesmas pessoas, eu ia preferir a terra da rainha – falou Cabeça De Alga.

 – Você nunca passou um Spring Break com a gente para saber como é – cortou Luke e se voltou para Katie: – Mas você vai conhecer um lugar bacana, aproveita lá e depois a gente passa um fim de semana com você na praia, ok?

 – Tudo bem – ela bateu palmas. –, agora sim estou começando a me empolgar!

 – E seus gatos? – perguntei distraída, a punição dela não parecia ser tão ruim.

 – Ah, meus seis bebês! – ela exclamou. – São um doce, vou sentir falta deles no Spring Break, mas me atualize direitinho sobre tudo que acontece com eles e...

 – Peraí, volta a fita – falei. – Você quer que eu cuide dos seus gatos no Spring Break? Sem chance!

 – Ah, qual é, Annie – falou Rachel. – É a regra do jogo.

 – Pois é, não aceito não como resposta – ela falou. –, ninguém mandou trazer meia em vez de cueca.

 – Em minha opinião meia pode muito bem ser uma cueca – disse Silena com ar malicioso. –, só que só precisa de uma do par.

 – Ela tem razão – ri com ela.

 Só me restava rir mesmo... Como é que eu ia aproveitar o Spring Break com seis gatos a tiracolo? Colocando ração e nadando ao mesmo tempo? Que saco! Mas, tudo bem, o Cabeça De Alga pelo menos parecia estar se enturmando. Olhei para ele de rabo de olho e ele estava me olhando também. Será que ele queria dizer alguma coisa? Ele não parecia estar mais com raiva, então fui até lá e sentei ao lado dele.

 – Gostando da turma? – perguntei.

 – Mais ou menos – ele falou. –, parece que colocaram dois dedos de suco de limão na vodka.

 – Especialidade da Rachel – falei.

 – Ela parece ser divertida – ele comentou.

 – Em todas horas vagas – falei. –, pena que ela está quase sempre ocupada.

 Ele riu, levantou e subiu para o quarto da Thalia, sem nem se despedir. Não é a toa que esse cara não tem muitos amigos, credo, isso é jeito de sair de um lugar?

 – Que horas você vai sair amanhã, Katie? – perguntei.

 – Oito horas – ela falou. – Chega mais cedo, por que tenho que te ensinar uns truques para cuidar dos gatos depois, ok?

 – Ração e água – falei. –, não é tão difícil.

 – Você que pensa, meu bem – ela falou rindo.


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Notas finais do capítulo

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XOXO