03 - Três escrita por Sensei Arê


Capítulo 1
Capítulo Único - 03


Notas iniciais do capítulo

Atenção crianças, para quem quiser um fundo musical, eu preparei uma play list muito fofa para cada momento da fic! Ah, e só uma curiosidade: Maho Gekijo é "Teatro Mágico" em japonês, hehehe!
Então aqui vão os link's com a ordem para colocar:

Começo e fim da história - "Fiz uma Canção pra Ela" - http://www.youtube.com/watch?v=jSieX5dsmuM

9 Anos - "A Bailarina e o Soldado de Chumbo" - http://www.youtube.com/watch?v=QK5WNBqZsUY

18 Anos - "O Anjo Mais Velho" - http://www.youtube.com/watch?v=VURcxTpvWM8

23 Anos - "Menina" - http://www.youtube.com/watch?v=xsvJy-mY_Yk

Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/385292/chapter/1

Aquele era o 30º aniversário de Neji, aquele que era conhecido por muitos como o Gênio Hyuuga. Aquela – na maioria das vezes – era uma data feliz, mas não hoje. Não... Nesse dia, 03 de julho, o moreno estava com seu coração e sua mente aturdidos, sem ter a resposta para a situação em que se encontrava.


– Eu não consigo acreditar... – resmungou para ninguém em específico, passando as mãos nervosamente pelos longos cabelos castanhos – Mais de 300 pessoas trabalhando nesse hospital, e não tem nenhuma alma pra me dizer o que acontece naquela sala!



Seus olhos perolados miravam a porta da sala de cirurgia com aflição e expectativa. O amor de sua vida estava ali dentro, e ele sentindo-se um inútil do lado de fora. Achando impossível que, o fato de andar quase um quilômetro em voltas no extenso corredor branco fosse adiantar a vinda de notícias, o homem sentou-se em uma das cadeiras dispostas naquele mesmo local. Ele apoiou seus cotovelos nas pernas, escondeu o rosto com as mãos e suspirou longamente, estava realmente cansado. O Hyuuga estava no hospital desde a tarde anterior, sendo que não conseguiu pregar o olho nenhuma só vez. E hoje era a manhã do seu aniversário. Mas quem se importa...?!


Fechando seus olhos, Neji recostou-se na cadeira e respirou fundo. Ele precisava tentar se acalmar. Gênios não ficam nervosos, nem ficam sem saber o que fazer... Portanto, naquele momento, Neji decidiu que seria apenas “Neji”, um homem simples e confuso, mas que precisava se acalmar.


~*~*~*~


Dia 03 de Julho aos 9 Anos


Neji acordou com o gracejo dos passarinhos em sua janela. Seus olhos lilases se abriram com dificuldade por conta da luz forte que incidia sobre a janela. Sentindo um desconforto na garganta, o garoto tossiu com força por algum tempo. Sua febre ainda não tinha baixado.


Respirando fundo para tentar recompor-se, o gênio Hyuuga sentou-se em sua cama e olhou para o despertador. 10h25min da manhã do dia 03 de julho, um sábado de sol e temperatura amena. Era o dia do seu nono aniversário. Olhando em volta, ele viu que o seu quarto estava frio e vazio, sem nenhum presente ou qualquer sinal de que alguém tivesse passado por ali. Se fosse como o do ano passado, sua mãe viria lhe dar um beijo de parabéns quando o relógio batesse 00h00min, para ser a primeira pessoa á lhe felicitar, e seu pai lhe daria o presente antes mesmo que ele acordasse, o presente que ele mais desejasse no ano. Mas nesse ano, seus pais não estavam lá e nem iriam aparecer mais. Depois do acidente de carro que levou á morte de seus pais, Neji foi morar com seu tio – o irmão gêmeo do seu pai – e sua priminha de 8 anos, Hinata.

Sem perceber, o rígido e indiferente garoto sentiu seus olhos cheios de lágrimas. Ele agora estava em um lugar diferente do que havia sido o seu lar, com pessoas diferentes que nem sequer lembravam-se do seu aniversário. Tentando reprimir as possíveis lágrimas de fraqueza, Neji jogou-se na cama novamente e enterrou o rosto no travesseiro, tossindo e soluçando.

Foi então que ele ouviu três batidas na porta. O Hyuuga ergueu a cabeça minimamente, surpreendendo-se ao ver sua priminha entrar no quarto segurando uma bandeja. Hinata era uma menininha linda, com os mesmos olhos lilás perolados de seu primo, mas os dela brilhavam de alegria.


– Bom... Bom dia... Neji-nii-san... – disse ela, com as bochechas coradas.


– Bom dia... – respondeu ele, virando-se e sentando na cama mais uma vez – O que faz aqui, Hinata-sama?

– Eu... Eu... Eu... – a garotinha baixou a cabeça fazendo com que sua franja negro-azulada lhe cobrisse os olhos, e ergueu a bandeja em direção ao primo – Pra... Pra você!


Neji pegou a bandeja e colocou-a em seu colo, vendo a variedade de coisas nela. Ali, tinham dois croissants com manteiga temperada, uma xícara grande de chá de hortelã, o vidrinho de xarope e alguns comprimidos antigripais, mas o melhor de tudo era o cupcake. Um cupcake grande – realmente um pouco maior e mais disforme que o normal – de choco-menta e chantilly.


Foi então que Neji percebeu o real estado de sua prima. Hinata estava com o pijaminha cor-de-rosa sujo de óleo e a mistura do bolo, seu cabelo curto tinha um pouco de farinha e seu rosto tinha algumas gotas de cobertura de chocolate. Mas foi ao olhar para as mãozinhas queimadas da prima, que o garoto entendeu que ela tinha realmente feito aquilo tudo por ele.


– Hinata-sama! Você se queimou! – disse ele em um tom quase acusador, pegando as mãos dela para examinar melhor.


– Foi... Um pouquinho só... – respondeu ela em sua defesa, puxando as mãos para evitar uma bronca – Eu... Não achei as luvas... Não me chame por “sama”, nii-san... Parece que está brigando comigo...

– Eu não tive a intenção de brigar com você... – disse ele, olhando para ela ainda um tanto quanto incrédulo – Então, você fez tudo isso pra mim?

– Des... Desculpe... – pediu ela, torcendo as mãozinhas doloridas – Tal... Talvez o... Gosto não fique... Tão bom... Mas...


Encarando o primo timidamente, Hinata chegou á pensar que Neji simplesmente iria rejeitar o presente, assim como tudo o que ela tentava fazer por ele desde a sua chegada. Para não ouvir a recusa, a garotinha decidiu se virar e sair do quarto. Talvez fosse melhor deixa-lo sozinho...


Mas quando foi dar o passo seguinte, a pequena Hyuuga sentiu seu braço preso por uma mão forte, porém branda. Hinata virou-se novamente e olhou bem dentro dos olhos de Neji. Olhos que agora brilhavam com uma intensidade fraca, mas brilhavam.


– Obrigado, Hina... – disse ele, esboçando um sorriso tímido – Mas, tem coisa demais pra mim aqui... Come comigo?



Com o sorriso mais maravilhoso e feliz que uma criança poderia dar, Hinata se aproximou e abraçou o primo, beijando-lhe a bochecha e sussurrando em seu ouvido:



– Feliz aniversário... Neji-nii-san! Eu te adoro!



O gênio Hyuuga sentiu algo dentro de seu peito estalar. Um sentimento que ele não sentia desde a morte de seus pais. Cumplicidade. Nesse dia, Neji pôde compreender que ele estava naquela “nova família” para somar, ele era desejado e querido por seus familiares. Principalmente por uma pequena confeiteira, com olhos carinhosos e brilhantes, como as estrelas.


Neji deu um espaço para que sua prima pudesse se juntar á ele na cama. Hinata se esgueirou por debaixo das cobertas do primo e também lhe serviu tudo o que estava na bandeja. Os dois conversaram durante a tarde toda, apenas parando para ir ao banheiro, ou quando a pequenina corria até o quarto do pai, onde sabia ter remédios para baixar a febre e a indisposição. Depois os dois caíram no sono. Abraçados com o maior dos sentimentos lhes embalando.

Algumas horas mais tarde, os dois apenas acordaram ao ouvir que Hiashi, pai e tio das crianças, havia chegado do trabalho no restaurante. Poucos segundos depois, ouviram o mesmo gritar num misto de indignação e medo.


– MAS QUE DIABOS ACONTECEU NA MINHA COZINHA?! – só pelo grito, dava para imaginar a cena á baixo – HINATA! NEJI! EU FALEI QUE NÃO QUERIA NENHUM ANIMAL DENTRO DE CASA! Por Deus... Nem o chantilly foi poupado... AHH! MINHAS FOLHAS DE HORTELÃ!!



Os dois primos se entreolharam com os olhinhos arregalados, para depois suavizarem e caírem na gargalhada. Então, eles desceram e foram ajudar Hiashi á limpar a bagunça na cozinha. A noite só ficou melhor depois do jantar, quando o patriarca dos Hyuuga presenteou seu sobrinho com um grande bolo – esse vindo de sua própria confeitaria – e um jogo de estratégia.


Aquele foi o primeiro dos melhores aniversários de Neji em sua vida nova.


Porque todo menino se sente especial quando é lembrado...



~*~*~*~


Dia 03 de Julho aos 18 Anos


Aquela era mais uma tarde de quinta-feira. O mesmo clima quente, a mesma alegria de férias, o mesmo verão cheio de energia.


Neji estava vidrado no computador, verificando se as notas do seu primeiro semestre da faculdade de Economia já haviam sido lançadas. Ele só poderia se considerar realmente de férias se tivesse passado em todas as matérias, por isso tinha ido até o campus para se certificar pessoalmente de seus resultados. E alí estavam elas! Todas as notas variavam entre 9,0 e 10,0. Sentindo-se satisfeito consigo mesmo, o Gênio Hyuuga desligou o computador, pegou a mochila e saiu do laboratório de informática. Ele ainda encontrou com alguns amigos – que não tiveram a mesma sorte nos estudos que ele, mas estavam relativamente felizes por terem passado de semestre – e todos prometeram se encontrar nas férias para fazer alguma coisa. Mas nenhum deles lembrou que dia seria amanhã.

Apenas quando chegou aos portões da faculdade, Neji pôde sorrir mais feliz, vendo aquela garota especial, vestida com seu uniforme escolar azul-claro, que simplesmente emanava felicidade pelos poros. Hinata estava linda, com seus cabelos negro-azulados, agora, correndo como uma cascata por suas costas, seu sorrio amoroso e suas bochechas coradas do jeito mais meigo que sabia fazer.


– Veio me buscar, Hina? – perguntou o rapaz, enlaçando a mão da prima com a sua e lhe dando um beijo no rosto – Não deveria ser o contrário? Eu estava indo para sua escola agora mesmo.


– Ah... É que o professor me dispensou por ter passado direto em todas as matérias... – respondeu ela, sorrindo singela – Então pensei em vir aqui... E aproveitar pra lhe entregar seu presente de aniversário, Nii-san!

– Oras, mas o meu aniversário é só amanhã... – murmurou ele, sorrindo com uma das sobrancelhas erguida.

– Eu sei, mas quero lhe dar antes... Pra que você possa se programar... – disse ela, vasculhando sua bolsa escolar com a mão livre.

– Nossa! Pelo visto é uma coisa muito especial, pra que eu tenha de me programar! – disse ele, com certa surpresa – O que é, Hina?


Hinata abriu um sorriso misterioso quando puxou um envelope pardo de dentro da bolsa. Ainda com uma sobrancelha erguida, Neji pensou que a prima havia feito mais um de seus cartões de aniversários que conteriam pistas para achar o seu presente na casa, como num jogo de caça ao tesouro que adoravam fazer. Ledo engano. Havia sim um cartão de aniversário, porém, dentro dele já estava o presente. Dois ingressos para o show da banda “Maho Gekijo”, uma das favoritas do gênio Hyuuga.



– Eu não acredito Hina! – bradou o rapaz, completamente absorto – Como você conseguiu?! Quer dizer... Devem ter custado caro. São ingressos para a primeira fileira!


– Eu... Estive juntando dinheiro pra comprar os ingressos, desde que eles anunciaram que viriam fazer uma turnê aqui... – confessou a morena, corando institivamente – Espero que não tenha nada marcado pra amanhã á noite...

– Eu não... – murmurou ele, virando-se para ela com um de seus sorrisos raros – E espero que você também não tenha... Afinal, você vem comigo!

– Eu?! – perguntou ela, surpresa e envergonhada – Não, nii-san! Eu comprei os ingressos pra você poder... Sei lá... Ir com alguma garota que te interessasse...

– Você me interessa, Hina... – confessou o gênio, aproximando-se perigosamente da prima – Você é a minha garota especial. Eu só vou nesse show se você for comigo!

– Bom... Tu... Tudo bem, então... – murmurou a garota, corando como nunca.


Pegando a prima de surpresa, Neji a enlaçou pela cintura e a girou no ar, sendo recompensado com as doces risadas dela. Depois da demonstração de afeto, os dois decidiram voltar para casa para descansar bem para o dia seguinte.


No meio da noite, o gênio Hyuuga não conseguia relaxar por completo. Sua mente brilhante tentava á todo custo analisar os fatos que o cercavam. Ele sempre esteve ao lado de Hinata em sua vida nova, sempre presente, sempre protetor. Mas quando foi que o sentimento de zelo e carinho tornou-se algo maior? Quando foi que ele passou á enxergar a prima não só como sua parenta, mas também como uma mulher á quem poderia se entregar de corpo e alma? O moreno, com os mesmos olhos lilás perolados, via sua semelhante também á noite, em seus sonhos. Sonhos em que as barreiras da sociedade, leis e tudo mais eram quebrados, e ali, haviam apenas “Neji e Hinata”. Ele tinha de contar á ela... E iria ser amanhã, no dia do seu aniversário!

O dia ensolarado de 03 de julho amanheceu belamente, como se todas as energias positivas do mundo estivessem convergindo para tomar conta do dia. Hinata avisou á seu primo que iria até o colégio apenas para assinar uma ata de notas e que logo depois, o encontraria no meio do caminho para o show. Neji estava ansioso. E então começou á fazer coisas que nunca faria por garota alguma: perfumou-se, escolheu uma boa roupa e até mesmo lavou o carro – recentemente comprado por seu tio – para a noite. Foi nesse momento em que seu celular toca:


– Alô?


– Ne... Neji-nii-san... – murmura uma voz chorosa do outro lado da linha.

– Hinata? – seu semblante de preocupação veio á tona – O que foi? Aconteceu alguma coisa?

– Eu... Eu não vou... Poder sair com você... – a voz da morena estava embargada pelos soluços – Me... Me desculpe...

– Mas o que aconteceu? - questionou ele, talvez um pouco mais rude do que pretendia – Onde você está?

– No... No... Banheiro... Da escola...

– Estou indo praí agora! – respondeu ele de imediato – Não saia daí!


Sem pensar duas vezes, Neji pegou o carro e – praticamente – correu até sua antiga escola, onde sua prima ainda estudava. Por ser um ex. aluno, os inspetores não impediram sua entrada, facilitando a chegada até o local pretendido. Á porta do banheiro feminino, o gênio reconheceu uma garota loira – a melhor amiga de sua prima – discutindo com outra garota ruiva.



– Ino, o que aconteceu? Onde está a Hinata? – perguntou o moreno, com seus olhos transmitindo toda a tensão.


– A Hina está trancada no box do banheiro porque ESSA VACA TRESLOUCADA rasgou a blusa! – bradou a loirinha, apontando em direção á rival – Tudo isso por que ela acha que a pobre da Hina fica dando em cima do Sasuke e do Naruto! TEM CABIMENTO?!

– VOCÊ NÃO TEM COMO PROVAR NADA, SUA LOIRA BURRA! – berrou a outra, ajeitando seus óculos na base do nariz.


Passando por entre as duas garotas, Neji simplesmente entrou no banheiro e ouviu o choro baixinho vindo de um dos boxes. Sem dizer qualquer palavra, o rapaz tirou sua camisa xadrez e jogou-a por cima da porta, ficando apenas com uma camiseta branca. Instantes depois, ele vê uma Hinata corada e chorosa, vestindo sua camisa – amarrando em alguns pontos para não ficar tão solta – e carregando o que tinha sido sua blusa nas mãos. O Hyuuga apenas limpou as lágrimas no rosto de sua amada prima e logo depois os dois estavam de mãos dadas saindo do banheiro. Foi quando o olhar mais desprezível de Neji se endereçou á garota que tinha causado todo aquele mal:



– Escute aqui, Karin, essa foi a primeira e última vez que você tocou num fio de cabelo da Hinata, ouviu bem? – a garota ruiva encolheu os ombros diante da voz forte do moreno – O que você fez foi desprezível e desnecessário. Tudo o que você pensa sobre o relacionamento dela com seus amigos não passa se pura invencionice da sua mente. Até mesmo por que, o namorado a Hinata... Sou eu...



Os olhos de todos os presentes se arregalaram com a revelação. E quase estalaram das órbitas quando viram o gênio Hyuuga Neji tomar sua prima amada nos braços, roubando-lhe o seu primeiro beijo. Um beijo extasiante, mágico e totalmente desejado por ambos á um bom tempo. Quando o ar faltou e os primos apaixonados tiveram de se separar, Neji retomou o fio da conversa:



– Agora, se nos dão licença... – disse ele, exibindo um sorriso apaixonado e convencido – Eu tenho que curtir o meu aniversário com a minha namorada!



E assim começou o namoro de Neji e Hinata. Cada dia, descobrindo-se mais apaixonado e mais feliz.



Porque todo rapaz se sente especial quando é retribuído...



~*~*~*~


Dia 03 de Julho aos 23 Anos


Os anos foram se passando. E as felicidades á cerca da família Hyuuga só aumentavam. Hiashi aprovou o namoro de seu sobrinho com sua filha, inclusive fazia muito gosto. Neji não poderia se dizer mais feliz, principalmente agora que estava se formando na faculdade! E para melhorar, sua festa de formatura ficou justamente no mesmo dia do seu aniversário. Ele e Hinata – que também estava se formando em gastronomia – dançaram pela tarde toda e felicitaram os outros formandos.


Aquele estava sendo um ótimo aniversário, porém, a melhor surpresa estava sendo guardada para a noite. Depois da festa, Hinata pediu gentilmente para que Neji á levasse para um hotel de um conhecido de seu pai, pois disse que precisava pegar algo com ele. Sem imaginar o que lhe viria, o moreno dirigiu até o local e até mesmo aceitou esperar que ela resolvesse as pendencias em uma das suítes do hotel. Afrouxando a gravata e largando o terno em cima do sofá, Neji aproveitou para relaxar um pouco na cama king size do quarto, cochilando rapidamente. Ele só voltou á si, quando começou á ouvir uma música com uma batida indiana, lenta e sensual.

Ao abrir os olhos lilás perolados, o Hyuuga encarou a mais bela de todas as visões que pudera imaginar. Hinata estava vestida, não mais com o longo vestido prateado da formatura, mas sim com uma roupa de dança do ventre, feita de seda vermelha.


– Hi... Hina? – chamou ele, simplesmente extasiado – O que... Você...


– Shhh... – ela interrompeu, levando o dedo em riste aos lábios sorridentes – Seu presente de aniversário...


Sem dizer mais nada, Hinata começou á se movimentar como se a música viesse de dentro dela. Neji não ousava piscar diante da bela visão de sua namorada dançando somente para ele. Ele simplesmente amava aquela mulher...


Á cada passo que fazia, a morena de madeixas negro-azuladas deixava uma das tiras de seda cair no chão, até que toda a sua saia se desfizesse. O último tecido que sobrara era a calcinha vermelha e uma faixa que envolvia os seios da moça. Foi quando ela se aproximou perigosamente do primo amado, oferecendo a ponta do tecido para ele dizendo:


– Feliz aniversário, Neji... – sussurrou Hinata, com seus lábios á centímetros dos lábios do moreno – Pode abrir o seu presente...



Então aquele tão conhecido e amado sorriso apaixonado brotou nos lábios de Neji, enquanto ele puxava o nó da faixa e revelava o corpo tão desejado de sua prima. Aquela visão maravilhosa foi mais do que suficiente para que o gênio Hyuuga mandasse todo o seu autocontrole para o espaço. Afinal, ele era um gênio, não um monge!


Tomando a morena no colo com uma delicadeza e uma paixão sem igual, Neji tornou o seu 23º aniversário inesquecível. Hinata era completamente sua. Arrepiando-se ao seu toque, gemendo o seu nome, dando-lhe todo o prazer que ele queria poder retribuir á ela. A primeira noite de amor dos primos Hyuuga não foi apenas especial... Foi simplesmente mágica!

Na manhã seguinte, Neji tomou uma decisão que iria mudar definitivamente sua vida. Quando Hinata abriu os olhos, a primeira coisa que viu foi o sorriso amoroso daquele á quem amada mais do que tudo. E então, a pergunta foi feita:


– Hina... Casa comigo?



Os olhos lilás perolados de ambos estavam cheios de lágrimas e sentimentos. “Sim! Eu te amo, Neji!” O mundo era mais feliz e tudo era amor, quando se tratava dos noivos Hyuuga. "Eu também te amo, Hinata..."



Porque todo homem se sente especial quando é verdadeiramente amado...



~*~*~*~



– Senhor... Senhor, acorde...



Neji abriu seus olhos, piscando-os com rapidez. Como num passe de mágica, todas as lembranças se converteram para o presente momento.



– Sim... O que aconteceu? – perguntou o homem, levantando-se da cadeira onde estivera sentado.


– Sua esposa já está no quarto, Sr. Hyuuga. – respondeu a enfermeira de modo amável – Ocorreu tudo bem, pode ir vê-la agora.


Mais do que depressa, o gênio Hyuuga correu para o elevador mais próximo com um sorriso ansioso nos lábios. Todo aquele nervosismo estava á ponto de explodi-lo em mais de mil pedacinhos.


Mas ao abrir a porta do quarto, tudo aquilo que lhe corroía sumiu como fumaça. Sua esposa, sua Hinata, estava linda e exuberante. E no seio dela, encontrava-se o fruto de seu amor e de sua felicidade. Um menininho lindo, com os mesmos cabelos castanhos do pai e o rostinho sereno como o da mãe.


– Venha... Pegue-o no colo, meu amor... – disse a morena, indicando o bebê com a cabeça.



E com todo o cuidado do mundo, Neji pegou o seu menino nos braços, embalando-o com seus olhos cheios de lágrimas peroladas.



– Hiroishi... – murmurou o moreno, sorrindo para a esposa – Obrigado, meu anjo... Muito obrigado!


– Me desculpe, Neji... – pediu Hinata, com um semblante amuado –Acabei não tendo como comprar o seu presente de aniversário...

– Você me deu o melhor presente de todos, Hina. – confessou Neji, abaixando-se para dar um beijo na testa da esposa – Assim está ótimo. Porque três é um número perfeito...


E por que não importa como e em que ocasião... Todos os aniversários de Neji Hyuuga serão especiais.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Ah... Sei lá... Ficou assim... Nem sei se mereço reviws, mas se merecer, fico feliz! Desejo muita sorte á todos que vão participar do concurso!
Obrigada á todos que leram e até a próxima fic!

Kissus, jyá nê!