Mais do que Um Sonho escrita por caroline_03


Capítulo 21
Capítulo 21 -Em Forks.




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/38517/chapter/21

Estávamos chegando a Port Angeles, já que Forks não tinha aeroporto. As nuvens escuras já chamavam a atenção. Por um segundo eu me perguntei onde o sol teria se escondido, já que parecia que ali nunca houvesse sequer visto o sol um dia. O aviso de desembarco foi dado e antes que eu pudesse me levantar, Edward puxou minha mão, olhando em meus olhos com um sorriso safado.

-preciso te dar uma coisa antes. –ele falou começando a mexer no bolso interno de seu casaco.

O frio já era bem evidente. Tudo bem que Nova Iorque não era exatamente o maior exemplo de sol e calor, mas aquele lugar com toda a certeza batia qual quer recorde dos Estados Unidos... Bem, surpresa... Eu estava no lugar que mais chovia de todo o país, por que será que eu ainda me surpreendia?

Edward tirou uma caixinha preta de veludo do bolso e a pousou em minha perna, me olhando como se esperasse alguma coisa de mim. Estava tão concentrada com o sol, com a falta dele, melhor dizendo, que nem sequer imaginei o que poderia ser. Abri com um sorriso tímido e então minha boca caiu e meus olhos se arregalaram.

-Edward... –ele riu um pouco e pegou o aro dourado com uma pedra e pegou minha mão com delicadeza.

-Isabella Swan, casa comigo? –sorri abobada. Já não tinha dito que sim?

-você sabe que sim! –nós acabamos rindo.

-mas é sempre bom ouvir de novo. –ele falou com seu melhor sorriso torto nos lábios. Eu ri um pouco e sacudi a cabeça.

-sim Edward Cullen, eu aceito me casar com você. –ele sorriu abertamente e me beijou.

Saímos do avião e logo pudemos ver Carlisle esperando por nós em frente a Mercedes preta reluzente. Ele nos deu um abraço rápido e então começamos a viagem de uma hora para Forks. Ele perguntava como estávamos e se a viagem tinha sido boa. Era impossível não gostar dele, e, no entanto, era tão fácil temer Esme que era até impossível imaginar que eles eram casados a tanto tempo.

-Esme está fazendo o jantar para nós. –sorri fraco para ele, ainda temendo como seria nossa pequena visita.

A cidade era pequena. A floresta estava por todo o lado e para minha surpresa Esme e Carlisle moravam afastados da pequena cidade, adentrando na floresta, em uma enorme casa branca, cheias de janelas.

Esme nos esperada, sorrindo, na varanda. Carlisle deixou o carro na garagem e então Esme correu para nos cumprimentar... Na verdade cumprimentar a Edward, já que ela deu apenas um rápido abraço em mim e logo se atirou nos braços do filho.

Fomos levamos para dentro e eu até tentava prestar atenção na conversa, porem estava impressionada com a casa. Eu sabia que Esme restaurava casas antigas, então deveria ter imaginado que ela teria feito um belíssimo trabalho em sua própria casa. O interior era inteiro branco, com o teto alto e os moveis variando em tons de brancos e beges claros. Era incrível, mas mesmo com as variações de cores tudo combinava perfeitamente.

-quanto tempo pretendem ficar? –Carlisle perguntou sorrindo abertamente para nós.

-não muito tempo... –Edward me olhou e puxou uma cadeira na mesa para que eu sentasse e logo se sentou ao meu lado. –Na verdade estamos aqui para fazer um comunicado.

Carlisle e Esme se olharam rapidamente, quase como se nem tivessem percebido e logo voltaram o olhar para nós. Carlisle permanecia calmo e sorridente, quase como se imaginasse o que Edward queria dizer, já Esme meio que me fuzilava com os olhos, como se eu tivesse sendo acusada de um assassinato ou algo do tipo. Por um momento imaginei o que Edward queria fazer? Ele sabia o quão complicado seria minha convivência com sua mãe, e ela sabendo dessa forma que iríamos nos casar, apenas fazia com que as coisas piorassem.

-o que meu filho? –Edward pegou minha mão e sorriu.

-Eu e Bella vamos nos casar! –Carlisle se levantou automaticamente, nos dando os parabéns e nos abraçando de uma só vez. Por outro lado, Esme apenas nos encarava com os olhos arregalados, pálida como uma vela e com uma expressão que parecia que ela tivesse levado um soco no estomago.

-casar...? –ela falou baixo.

-isso é maravilhoso. –Carlisle sorria e me abraçava outra vez.

-estamos muito felizes Pai. –Edward falou segurando minha cintura. Será que ele tinha visto que a mãe dele estava dizendo coisas sem sentido, ainda sentada?

-e serão sempre. Sempre torcemos por vocês, não é verdade Esme? –EPA!

-casar... –ela repetiu outra vez e se levantou brutamente. –eu... Esqueci a carne no forno.

 

Nós três nos olhamos. Carlisle e Edward deram de ombros e voltaram a conversar, e eu imaginei se era melhor correr atrás dela ou talvez deixar que ela se acalmasse... Afinal ela estava na cozinha, nunca se sabe o que ela poderia fazer comigo...

-FIQUE LONGE DO MEU FILHO OU ENTÃO EU ASSO VOCÊ E SIRVO COMO PERU DE NATAL! –Esme vem para cima de mim com uma faca de carne longa e afiada.

Sacudi a cabeça, ela não seria louca o suficiente para me matar, não é?

-mas vocês pretendem se casar antes do natal? –Carlisle perguntou a Edward, que ainda segurava minha cintura firmemente.

-o mais rápido possível, já estamos morando juntos, só queremos que seja oficial. –ele falou com um sorrio lindo e então deu um beijo em meu rosto, fazendo com que eu me esquecesse do meu maior problema atual, fazendo barulhos estrondosos na cozinha.

-fico feliz que tenham decidido isso juntos. –Carlisle sorriu para mim e deu um tapinha de leve em minhas costas. –E seu pai Bella?

-ele está bem. As coisas estão melhorando para ele. –eu falei sorrindo animadamente.

Não era mentira pela primeira vez. Por algum milagre, Charlie estava começando a voltar a ser aquela pessoa que era antes do acidente. Não gosta de pensar naquilo, mas era necessário, ainda mais se fosse fazer com que ele superasse de vez e voltasse a vida.

-Isso é ótimo. –Esme volta da cozinha segurando uma travessa de salada. Ótimo, ela não tinha ido buscar a carne?

O jantar se seguiu sem mais coisas estranhas. Quando terminamos de jantar e eu de ajudar Esme a tirar a mesa, ela me arrastou até um sofá enorme e branco na sala e começou a me mostrar fotos de família. Eu sabia que ela pretendia alguma coisa com isso, mas tudo bem. Quem não tem um passado?

-aqui é Edward com a primeira namorada. Jessica, não era Edward? –ela olhou para o filho que fazia careta para a foto.

-sinceramente não me lembro. –ele falou dando de ombros. Esme bufou e voltar a mexer nas fotos.

-olha, essa é a prima Tânia, você gostava tanto dela, um amor de menina. Uma santa. Por que terminaram? –Edward riu alto.

-tão santa, que só não me traiu com o papai, por que até mesmo Emmett e Jasper estavam no meio. –Esme fez careta mais uma vez e Edward e Carlisle riam.

-e essa... –lembrei de uma coisa que poderia me ajudar.

-sabe, minha irmã, Rosalie, está namorando Emmett. –eu falei sorrindo. Esme logo ficou branca, depois vermelha, roxa e até que voltou a cor natural. Eu não sei o que Rosalie fez, mas com toda a certeza tinha dado certo.

-isso é ótimo querida. –Ela falou sem me olhar, ainda fitando as fotos em suas mãos.

A campainha tocou para minha sorte. Estava começando a me sentir sufocada com as palavras de Esme tentando me deixar constrangida. Com toda a certeza eu sabia que Edward não fora santo. Ele tinha um passado e tinha todas as meninas do mundo aos seus pés no momento, mas ainda assim não me importava. É claro que não me sentia a vontade com todas as cartas e telefonemas anônimos que ele recebia, mas sabia que eram apenas fãs.

-deixa que eu atendo. –eu falei, tentando respirar ar puro e principalmente que estava me sentindo bem ali.

Fui andando rapidamente até a porta. Ainda podia ouvir a voz de Edward e os resmungos de Esme, porem não sabia exatamente sobre o que estavam falando. Abri a porta com um sorriso tímido, apenas tentando imaginar quem faria uma visita a essa hora da noite e foi então que meu coração acelerou e meu sorriso se abriu. Ele sorriu abertamente para mim também e então eu pulei nele, e o abracei com força.

-HEY, também senti sua falta. –Emmett disse rindo e me abraçando com força também.

-Emmett, Emmett, Emmett. –eu cantarolei rindo.

-qual a bagaça? –ele falou com uma sobrancelha levantada.

-ah...

-deixe me adivinhar... Tia Esme? –mordi o lábio inferior.

-uhum. –ele riu alto e entrou.

-ela não é fácil, mas daremos um jeito nisso. –ele piscou e então eu olhei para fora.

-cadê minha irmã?- ele franziu a testa em uma careta.

-Itália. –ergui as sobrancelhas e assenti lentamente.

-entendo... –ele deu de ombros suspirando e então sorriu.

-TIA ESME! –ele gritou e então ouvi um rosnado vindo da sala.

-era bom de mais para ser verdade. –com certeza era a voz de Esme.

Emmett e eu fomos andando até onde estavam todos. Edward olhava para ele sacudindo a cabeça e com os olhos semicerrados. Esme sorriu abertamente e correu para abraçá-lo, enquanto Carlisle se levantava lentamente do sofá e vinha até nós.

Edward pegou minha mão e me puxou para um canto da sala, sempre olhando para ver se todos estavam entretidos na conversa. Ele abraçou minha cintura e me olhou sério, como se estivesse esperando com alguma coisa que eu fosse falar.

-desculpe por minha mãe. –ele falou com a testa franzida. Eu sorri fraco e sacudi a cabeça lentamente.

-está tudo bem.

-não, não está. Ela não tem o direito de fazer isso. –ele olhou para o chão.

-Edward ela é...

-Ciumenta de mais. Não quero que você se sinta mal aqui. Vem, vamos achar um hotel para ficarmos. –meus olhos se arregalaram. Ela me odiaria pelo resto da vida se eu o tirasse dali.

-mas Edward...

-está tudo bem, vou dizer que tenho que resolver alguma coisa na cidade. –ele piscou e me beijou demoradamente, quase me fazendo esquecer que estávamos na sala da casa de seus pais e que todos estavam ali conosco.

Como eu havia imaginado Esme não ficou feliz por ficarmos em um hotel. Mas para compensar Emmett ficaria ali, como um “substituto” se é que posso dizer isso. Carlisle nos deu instruções sobre o melhor hotel de Port Angeles, já que Forks não tinha nada.

Pelo caminho Edward continuou se desculpando e contando como fora difícil sua adolescência e suas primeiras namoradas. Aparentemente, Esme nunca gostou do pensamente de que algum dia Edward formaria uma família longe dela. Assim que chegamos ao hotel, tratei de ligar para Alice. Estava preocupada com ela e com o bebê, já que a ultima vez que tínhamos nos falado fora poucos dias depois do casamento.

-Bella. –ela atendeu animadamente.

-Alice, como está? –ela gemeu baixo.

-bem... –eu ri.

-qual o problema? –ela bufou.

-não agüento mais ficar na cama o dia inteiro. Jasper está tão obcecado pela saúde do bebê que não me deixa nem ao menos levantar para ir até o frigobar. –ri alto outra vez.

-ele está preocupado Alice, apenas isso. –ela suspirou.

-claro, claro. Mas como estão as coisas em Forks?-engoli seco.

-ah... Bem. –ri nervosa.

-acho que posso imaginar. –revirei os olhos. É claro que ela não sabia. Esme adorava Alice.

-tudo bem, me ligue caso tenha algum problema. –desliguei o telefone e deitei na cama.

Estava pensando em todos os problemas, na saúde de Alice, que apensar de jurar que estava bem, eu sabia que deveria estar mais sensível pela gravidez. Em Esme e se algum dia ela passaria a me aceitar como sua nora e, quem sabe com muita sorte, passasse a gostar de mim. No fim da banda de Edward. Em meu livro que estava mais de um ano atrasado e que eu precisava terminar logo... Suspirei, apenas imaginando se algum dia teria paz de alguma forma. Sentia a cama ao meu lado se abaixar e então olhei para o lado, encarando os imensos olhos verdes envolventes.

-não gosto quando fica com essa expressão. –ele colocou um dedo em meu rosto.

-que expressão? –ele ainda me olhava com a testa franzida.

-de preocupada... Parece que está sempre pensando em um jeito de...

-fazer as coisas serem mais fáceis. –eu completei sem querer saber no que ele estava pensando de verdade.

-é apenas isso? –sorri abertamente, diante da preocupação boba dele.

-é claro que sim. Achei que tinha deixado claro que eu te amo. –ele sorriu e se aproximou mais.

-às vezes tenho minhas duvidas. –revirei os olhos.

-quer uma prova? –ele ergueu uma sobrancelha com o sorriso torto.

-quero... –ele se aproximou, quase encostando seus lábios nos meus.

-aqui. –ergui a mão direita, onde estava o anel. Ele riu alto e beijou minha mão.

-faz sentido. –ele assentiu.

-espero que sim. –eu me levantei, encostando finalmente minha boca na sua.

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

deeeescumpem a demora... (de novo), espero que tenham gostado!! ++ mil beijinhos estalados!!! Comentem!! ;)