Mais do que Um Sonho escrita por caroline_03


Capítulo 2
Capítulo 2-Show.


Notas iniciais do capítulo

geeeente segundo Cap. espero que gostem, e... AAAAAH VAMOS LÁ, COMENTEM! ;m hihihihi



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Alice estava enfiada em minha cozinha e pelo barulho que ela fazia eu realmente deveria ficar com medo. Eu continuei em meu escritório olhando para todos meus livros, deveria ter alguma ali que me desse alguma idéia. Eu peguei o livro de espanhol e coloquei na primeira gaveta da mesa, pois sabia que teria que usá-lo novamente.

Alice apareceu na porta com uma panela na mão eu franzi a testa para ela. O que ela pensava que estava fazendo? Ela se jogou em minha cadeira e ficou olhando para mim, enquanto eu ainda tentava achar algum livro para ler, de novo.

-quer meu brigadeiro mole? –eu olhei para a panela prestando atenção pela primeira vez.

-você fez brigadeiro? –ela riu, colocando a colher novamente na boca.

-tentei, aqui está sua colher. –eu a peguei e coloquei no liquido escuro. Estava mole MESMO.

Ela colocou os pés sobre a mesa deixando amostra as sandálias de salto extremamente altas. Ela parecia um pouco frustrada. Eu a conhecia melhor do que ninguém e sabia o que aquela ruguinha entre as sobrancelhas significava.

-qual o problema? –ela fez careta.

-eu preciso sair. O que você acha de... –eu sorri.

-onde? –ela arregalou os olhos com descrença. Eu não gostava muito de sair, mas eu realmente estava precisando.

-qual quer lugar. –ela riu. –tem show do “the biggest”. –ela falou ainda sorrindo.

-ah, ótimo pode ser. –ela me olhou assustada novamente.

-sendo assim, eu escolho sua roupa. –ela correu para o meu quarto, mesmo com minhas repreensões.

E lá estávamos nós, na frente do clube que era o tal do show. Eu não tinha idéia de que banda era aquela que Alice tinha falado, mas não podia ser tão ruim e com a quantidade de gente que tinha ali deveria ser bom de qualquer jeito. O salto que Alice me fizera colocar estava começando a me machucar e eu queria matar minha amada amiga por isso.

Ela nos levou até bem de frente para o palco e eu ainda pensava no motivo por eu estar ali. Algumas meninas histéricas gritavam em meu ouvido e eu as fuzilava com os olhos a cada cinco segundos. Eu estava sentindo que sairia dali em poucos minutos se essa droga não...

-OLÁ GALEEEEEEEEERA! –Berros, enquanto eu ficava imóvel, fitando a saída. –EU SOU EDWARD CULLEN E VOCÊ VÃO CURTIR APARTIR DE AGORA THE BIGGEST! –eu olhei para Alice que gritava como uma louca.

-EDWARD CULLEN? POR QUE NÃO ME FALOU ANTES? –ela deu de ombros.

-achei que você soubesse. –eu sacudi a cabeça.

O show finalmente começou e tudo o que eu conseguia ver era o meu aluno cantando e correndo de um lado para o outro do palco. Fala sério, THE BIGGEST? Até o nome da banda era metido. Alice estava paralisada olhando para o palco e eu olhei para onde ela estava fitando.

Ele era extremamente alto, loiro e de onde eu estava os olhos pareciam quase brancos de tão claros. Ele tocava o que eu imaginava ser o baixo, usando uma camisa branca por fora do jeans escuro e um tênis preto. Ele era bonito e eu tinha que admitir isso.

-quem é? –Alice berrou apontando para o baixista.

-não faço idéia. –ela franziu a testa e continuou olhando para ele, sorrindo sozinha.

Edward estava até arrumadinho. Uma camiseta preta com alguma coisa escrita que eu não consegui entender as letras, uma calça jeans mais clara do que a do baixista e tênis pretos também. Os cabelos desgrenhados e os olhos verdes fitando toda a multidão atrás de mim. Está certo, não posso mentir dessa forma. Ele era MESMO muito bonito, mas extremamente metido.  E... OLHA ELE SABE TOCAR GUITARRA!

Eu fitei a pessoa que estava na bateria. Minha irmã mantinha um amor platônico por ele há algum tempo, então deveria ser bonito pelo menos. Ele parecia ser bem... Grande. Um armário para falar a verdade. Com os cabelos escuros e enrolados, usando uma camiseta branca e tocava a bateria com um sorriso bobo nos lábios. É, ele se daria bem com minha irmã.

O fim do show foi anunciado, e todos gritaram pedindo bis, mas é claro que eles não atenderam ao pedido. Alice parecia perdida em pensamentos, ainda com o mesmo sorriso bobo nos lábios. Eu a olhei, seguindo para meu carro, com a sobrancelha levantada.

-qual o problema? –eu perguntei quando entramos.

-nenhum. Estou cansada só isso. –quem ela estava tentando enganar?

-AHA. –ela sorriu e eu comecei a seguir para a casa dela.

[Edward]

Tudo bem eu estava começando a pirar. Por que eu tinha a impressão que minha amável professora de espanhol estava na frente do palco analisando tudo o que via? Não. Não podia ser ela. Ela não tinha cara de quem gostava de sair, e provavelmente não gostaria também da minha banda. Se bem que seria o estilinho dela ficar prestando atenção nas coisas ao invés de pular como a maioria das pessoas.

Eu tentei reconhecer, mas ela estava maquiada e estava vestida como uma menina e... Bem, não podia ser a tal da Bella. Pelo pouco que eu pude conhecer dela, ela naquele momento estaria em casa lendo alguma coisa, ou escrevendo milhares de paginas de algum livro chato.

Emmett batia em tudo o que via com as baquetas, eu não sabia como ele conseguia terminar um show tão eufórico dessa maneira. Eu me joguei no sofá que tinha no camarim, enquanto Jasper limpava seu baixo. Eu estava começando a me irritar com essa lustração toda, para que tudo isso?

Fomos para o hotel, depois de alguns autógrafos e muitas fotos, e eu ainda estava pensando na pessoa que era o clone da menina. Eu nunca saberia se era mesmo ela, a mesmo que eu perguntasse. Ela estava arrumada de mais, de uma maneira que uma parte de mim duvidava com todas as forças que era a mesma pessoa. Porem outro lado gritava que era a Bella. Parecia ter o mesmo tom de cor de olhos e o mesmo jeito analítico pelo menos.

Eu me joguei em minha cama e só pretendia sair de lá no outro dia a noite se fosse possível. Não pensei por muito tempo, por que logo a inconsciência chegou e me levou para a terra dos meus sonhos, e lá não existia espanhol e nem droga de direitos autorais.

Alguém me sacudia em meus sonhos. Eu lutava para me livrar das mãos da pessoa, mas ela voltava a me sacudir. A voz era extremamente parecida com a do meu primo. Uma sacudida mais forte e então eu acordei. Jasper me olhava com a testa franzida e segurando firmemente meus braços.

-acorda animal, você tem aula em dez minutos. –eu o fuzilei com os olhos.

-você está me acordando por causa da droga da aula de espanhol Jasper? –ele assentiu e jogou minhas cobertas para longe.

-levanta, o futuro da banda depende de você. –eu sentei na cama, completamente contrariado.

-as vezes eu odeio você. –ele riu.

-é recíproco Edward. –e assim ele saiu do meu quarto, me deixando sozinho com meu mau humor.

Eu me arrumei lentamente, não estava nem um pouco empolgado para ter minha aula diária. Eu nem lembrava há quando tempo eu não tinha aula. Eu tinha vinte e cinco anos e fazia muito tempo que tinha deixado a escola.

Bella estava em seu escritório, assim como no dia anterior. Eu fui até lá, como a empregada tinha me indicado. Ela estava lendo alguma coisa em um livro grosso, que eu só pegaria se fosse para jogar na cabeça de Emmett. Ela levantou a cabeça e pela primeira vez eu tive a impressão que ela realmente olhou para mim.

-olá Edward. –ela falou sorrindo fraco.

-olá Bella. –eu sorri também, entrando no escritório.

Ela fechou o livro e o colocou de lado. E se abaixou um pouco, abrindo a primeira gaveta da mesa. Ela pegou o livro que tinha me dado para ler ontem e colocou a sua frente. Ela o abriu e começou a folhar as paginas. Ela parecia um pouco cansada, e parecia mais dentro de orbita do que o dia anterior.

-aqui, você pode tentar ler novamente isso. –ela falou quase com a voz doce, mas não voltou a me olhar.

Eu peguei o livro e dei uma lida rápida e silenciosa antes de ler em voz alta. Ela aguardava pacientemente, sem reclamar e sem dar seus suspiros impacientes e constantes. Por algum motivo ela estava menos... Triste? Eu não sabia o que exatamente ela tinha, mas a primeira vez que a vi ela parecia alguém que realmente estava com algum problema.

Eu comecei a ler o pequeno texto. Eu li uma frase de cada vez, torcendo para que as coisas não saíssem muito erradas. Eu suspirei e olhei para ela. Ela mantinha uma mão na boca e estava extremamente vermelha. Com certeza ela estava reprimindo o riso.

-o que foi? –eu perguntei e ela não conseguia mais reprimir as gargalhadas.

-você... Disse... Estoy embarazado! –ela continuou rindo e eu não entendi nada.

-que quê tem? –ela respirou fundo, e voltou a me olhar.

-a tradução é: estou grávido! –eu arregalei os olhos. Espanhol era mesmo uma língua estranha. Eu acabei começando a rir também, e ela voltou a rir também.

O resto da aula teve um clima mais leve. Até conversamos um pouco. Bella parecia estar mais acessível e nem me respondia mal, ou simplesmente ignorava minhas perguntas. Eu não sabia qual era o seu problema, mas ela certamente tinha algum. Sobre a mesa não tinha nada, alem de alguns livros e canetas espalhadas. O notebook que ela usava sempre ficava em um canto, deixando toda a mesa grande livre para minha aula.

Enquanto ela ainda tentava me fazer pronunciar corretamente o J e os dois R, eu viajava em perguntas como, por exemplo, sobre a noite anterior. Eu queria saber o que ela fez, eu na verdade queria saber se era ela na frente do palco e assistindo ao show. Assim que eu ia fazer a primeira pergunta ela foi mais rápida.

-Edward, quem é o baixista da sua banda? –ela perguntou olhando em meus olhos. Era a primeira vez que eu olhava tão a fundo seus olhos. Eram castanhos de um tom de chocolate.

-Jasper? Por quê? –ela sorriu fraco e sacudiu a cabeça.

-só queria saber, é o único que não sei o nome. –eu sorri para ela, então era a minha chance.

-o que fez ontem á noite? –ela corou. Era tão ruim assim fazer essas perguntas? Ela tentou sorrir novamente.

-sai com uma amiga. –SAIU? Ela não ficou lendo e assistindo a biografias? Eu estava embasbacado. –e você?

-tive um show. –ela sorriu, voltando a olhar para o livro e pegando um CD que estava no verso.

Ela colocou o CD no computador e esperou alguns segundos. Eu estava impaciente e ela voltara a ficar muda, de um modo que me fez analisar melhor o resto do escritório. Só então eu reparei em um balcão escuro atrás de sua cadeira, embaixo da janela que tinha vista para os outros prédios da cidade. Em cima do balcão tinha apenas uma foto. Era uma mulher nova, com os cabelos claros e olhos azuis. Ela era até parecida com a Rosalie, irmã mais velha de Bella. Ela sorria no que parecia ser um campo, ou alguma coisa assim. Os cabelos eram um pouco para baixo do ombro, com um corte reto.

Eu continuava olhando para a foto, achando as características de Bella ali. Não havia muitas semelhanças, eu sabia que ela era alguma coisa da menina. Eram poucas, mas ainda existia uma ou outra semelhança entre as duas. Bella notou meu olhar e se virou para a foto. Eu a olhei, ela deu um sorriso fraco, sem mostrar os dentes.

Ela não parecia querer falar sobre aquilo, então achei melhor não fazer perguntas. Ela ainda não me dava muita moral, para falar a verdade, acho que ela estava sendo mais simpática apenas por que a convivência seria necessária por algum tempo.

Eu ainda não entendia o porquê de, todas as meninas se jogarem aos meus pés, fazerem tudo o que eu quiser, e me ligarem ameaçando de se matarem se eu não saísse com elas, no entanto, Bella parecia completamente alheia a isso. Ela não se importava com quem eu era, ou o que eu fazia. Ela simplesmente ignorava, como se não fosse nada de mais.

[Bella]

Eu fingi que não entendi para onde Edward estava olhando. Eu não falaria para ele nada alem do necessário. Ele era meu aluno temporário e apenas isso, ele nunca chegaria a ser alguém que eu pudesse contar algumas coisas. E se eu contasse, ele provavelmente não entenderia coisa alguma, talvez ele realmente pensasse como eu. E o que importava então, se ele compartilharia a mesma opinião que eu? Talvez por que eu não queria a compartilhar. A verdade já era dolorosa de mais, por mais que todos dissessem que era verdade apenas para mim. Eu sabia que eles falavam apenas para me acalmar, mas eu sabia com todas as células do meu corpo que eu estava certa. Eu sempre estive.

Eu devo ter ficado por algum tempo perdida em pensamentos, por que Edward colocou sua mão sobre a minha e me chamou com a voz alterada. Eu sacudi a cabeça um pouco e então o olhei. Ele analisava meu rosto com uma sobrancelha levantada. Era melhor ele se acostumar, por que eu realmente fazia aquilo com freqüência.

-desculpe, eu estava... –eu sacudi a mão e ele sorriu novamente.

-você é normal? –eu ri um pouco. Ele era mesmo espontâneo não é mesmo?

-na verdade não, estou te dando aulas de espanhol. –ele franziu a testa. –não foi uma ofensa.

-ah, obrigada. –ele riu, e eu fiz o mesmo. Ele me olhou por um tempo, como se estivesse vendo alguma coisa pela primeira vez na vida.

-qual o problema? –ele sorriu novamente e sacudiu a cabeça. Eu dei de ombros e peguei o CD do meu computador.

Como ele tinha dificuldades com algumas letras eu achei melhor gravar um CD para ele. Eu sabia que ele ia passar bem longe dele, mas eu tinha tentado, não tinha? Eu coloquei o CD dentro de um pacotinho e coloquei o nome na frente, e o entreguei.

-tente escutar, se for possível. –ele leu o nome e fez uma careta. –acho que não é o seu estilo, mas... -ele riu.

-vou tentar ouvir. –eu sorri novamente e olhei no relógio. Hora de aula acabar.

-está livre por hoje Edward. –ele suspirou e sorriu, e eu não contive o riso. E lá estava ele me olhando como se eu fosse uma anormal mais uma vez.

Eu o levei até a porta, como eu faria com qual quer outra pessoa. A noite anterior foi a primeira vez que eu o analisei de verdade. Ele era realmente bonito, com os cabelos desgrenhados e tudo. Quando ele estava de boca fechada ele nem parecia tão metido, mas era apenas dizer a primeira palavra e lá estava aquela voz cheia de confiança. Fala sério.

[Edward]

Foi á primeira vez em que a vi tão espontânea. Ela sempre parecia estar calculando suas ações e era sempre tão séria. E, no entanto, ela parecia ter sorrido de verdade. Não era apenas fingimento ou apenas para não me deixar no vácuo, o que normalmente acontecia. Seu senso de humor estava um pouco enferrujado, isso é verdade, mas nada melhor do que o tempo.

Quando ela sorriu foi realmente estranho para mim. Era apenas um sorriso, mas foi como se a mascara que ela usava o tempo todo simplesmente caísse. Eu não sabia o que a deixava assim, eu realmente pretendia descobrir, apenas por curiosidade, mas certamente não deveria ser nada de mais. O que pode atormentar uma menina de apenas vinte anos? Muita coisa, eu sei. Mas nesse caso eu não achava que fosse possível.

Eu saía de seu apartamento e ela esperou que o elevador chegasse da porta. Ela deu um tchau educado e então fechou a porta do apartamento, me deixando pensar no que eu poderia fazer. Bem, tanto faz, não era problema meu. Eu fui para o meu carro e só então olhei para o meu celular. Nove ligações perdidas, Jasper me mataria de vez. Retornei a ligação e ele atendeu no primeiro toque.

-EDWARD CULLEN, ONDE VOCÊ ESTÁ? –ele berrou, fazendo com que eu afastasse o celular da orelha.

-que tal, saindo da minha aula de espanhol que VOCÊ arrumou para mim? –ele suspirou.

-vem para cá, por favor? –eu ergui uma sobrancelha.

-com tanta delicadeza assim...

-AGORA CARALHO! –eu arregalei os olhos.

-o que aconteceu? –eu liguei o carro o comecei a pô-lo em movimento.

-eu vou cometer um assassinato, eu to falando! –ele suspirou.

-o que aconteceu? –eu perguntei segurando o riso, só tinha uma coisa que tirava Jasper do sério...

-EMMETT! –eu gargalhei. Não poderia ser mais obvio do que isso.

 

 


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Notas finais do capítulo

vaaamoooos, vai! apenas um Review... ++