Amargo E Doce Amor escrita por Tricia


Capítulo 16
Forks


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, mais um capítulo para vocês :) . Esse capítulo foi muito legal de escrever pois já tive várias ideias para os próximos. Espero que gostem, boa leitura!!!

Obs.: Comentem e se estiverem gostando, recomendem! Ah notei também que no capítulo anterior o texto ficou sem muitas pontuações, mas foi algum problema aqui no Nyah, então infelizmente pode acontecer de novo, uma pena pois fica muito estranho para ler...



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Narrado por Bella

Devagar Edward avançou por entre a multidão de câmeras que, como previsto tinha nos rodeado assim que saímos da garagem. Fiquei aliviada por ter colocado meus óculos de sol, pelo menos eles não flagrariam os meus olhos assustados.

– Que loucura! – murmurei quando conseguimos deixá-los para trás.

–Você está bem? – ele murmurou de volta preocupado.

–Sim, apenas assustada. Acho que preciso ir logo a Forks conversar com meus pais.

–Quanto antes melhor. E Bella...eu vou junto – ele declarou firme, sem chances de contestação.

Eu suspirei. Não achava aquilo uma boa ideia.

–Tudo bem – concordei, recebendo dele um sorriso deslumbrante – mas saiba que meu pai anda armado – brinquei, apesar de ser a mais pura verdade.

–Eu não tenho medo do seu pai Bella- ele falou sério - mas tenho medo que ele não me aceite...e o que isso pode fazer com o nosso relacionamento...

–Ei –protestei – eu não me importo. Já está na hora dele aceitar que tenho minha própria vida e que sou inteiramente capaz de fazer minhas próprias escolhas – falei confiante.

E era exatamente assim que eu me sentia. Meu amor por Edward e a certeza de que ele também me amava me dava forças para lutar pela minha felicidade.

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Edward me deixou em casa prometendo que ia dar um jeito de me ver a noite.

– Só não sei como vamos despistar os paparazzi Bella – reclamou.

–E isso importa? Hoje mesmo já seremos notícia. Ou pelo menos você, pois eles ainda não sabem quem eu sou –brinquei tentando aliviar a tensão.

–Não fique muito feliz, não vai demorar muito tempo para eles descobrirem. Talvez já tenham nos seguido até aqui, e descobrir o seu nome e todos os detalhes da sua vida é muito fácil para eles.

Engoli em seco olhando em volta.

–Tão rápido assim? Talvez então seja melhor irmos ainda essa semana para Forks. A nossa situação vai ficar muito mais difícil se meu pai ficar sabendo pela mídia.

–Por mim podemos ir hoje mesmo depois que eu sair da Denali’s... vou ter que cancelar alguns compromissos...mas e você, a faculdade?

Pensei um pouco sobre o assunto. Perder mais um ou dois dias de aula não ia me prejudicar. Tomei coragem.

– Vamos hoje então. Se sairmos à noite chegaremos lá de manhãzinha, e se correr tudo bem podemos ficar lá até sexta ou sábado de manhã – falei animada, pois apesar do medo de meu pai, estava com saudade de mamãe e dos amigos de Forks.

Dei um beijo em Edward e entrei feliz por ter finalmente tomado as rédeas da minha vida.

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Saímos por volta das onze horas da noite rumo a Forks. Emmett tinha entendido a minha situação e me dado total apoio.

–Vai na fé Bellinha. A gente se arranja lá no bar.

–Obrigada Emm, fico te devendo uma – falei dando um beijo em seu rosto.

–Ah com certeza eu vou cobrar.

Na despedida todos nos desejaram sorte e ouvi Edward dizer a Alice.

–Pode entrar em contato comigo quando precisar Alice, quanto aos paparazzi, diga a eles a verdade: que viajei, que já estou separado de Tanya há algum tempo..., e tudo mais que eles quiserem saber e que você achar sensato revelar está bem? Sei que você é extremamente capaz de lidar com eles.

Ela me deu um abraço apertado e cochichou:

–Espero que ele tenha razão. Fique sempre com o celular, vou tentar mantê-la informada sobre as fofocas e a repercussão que isso vai ter.

–Obrigada Alice, se cuida.

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Edward dirigia com habilidade e confiança e o carro era tão confortável e silencioso quanto bonito. Me sentia tão segura que cheguei a cochilar em alguns momentos. Mas em outros, eu pensava na reação de meu pai quando eu chegasse com Edward. E quanto mais eu pensava mais me convencia de que não era uma boa ideia. Ele tinha um temperamento tão forte e era tão conservador que era realmente capaz de se sentir ofendido a ponto de dar um tiro em Edward. Quando nos aproximamos de Port Angeles, a uns quarenta minutos de distância de Forks, eu estava silenciosamente em pânico. Edward notou.

– Você não está muito comunicativa Bella – constatou.

Eu continuei muda.

–Por favor, fale comigo – ele sussurrou – fico inseguro com o seu silêncio... se arrependeu?

Suspirei. Eu não tinha me arrependido, só estava com medo. Um medo opressor.

–Eu não me arrependi – respondi num fio de voz – mas não vai d..dar certo, m...meu pa...pai não vai entender... gaguejei numa evidência clara e vergonhosa do quanto estava nervosa.

Ele ficou extremamente sério.

–Seu pai é um homem violento Bella? Já agrediu você? Desculpe, mas só posso pensar isso quando te vejo assim tão amedrontada. Dei uma risada tensa.

–Não, ele nunca sequer me deu um tapa. Também nunca foi necessário. Meu pai é aquele tipo de pessoa tão íntegra que impõe respeito apenas com um olhar. Na realidade eu sempre me senti inapropriada diante dele. Era como se ele soubesse, sem eu precisar contar, todos os meus erros. Parecia sempre... decepcionado. Era e ainda é constrangedor para mim, encarar meu pai ou simplesmente ter uma conversa normal com ele.

Edward me olhava boquiaberto.

–Deve ser muito difícil se sentir assim amor. Eu sinto muito. Vamos resolver isso e voltar logo para casa.

Num ímpeto decidi:

– Você não vai comigo Edward.

Vi suas mãos apertarem o volante. Isso não ia ser fácil.

– Como assim, não vou? Você não vai enfrentá-lo sozinha Bella!

Mordi o lábio, mas o olhei séria.

–Eu não vou sozinha Edward, Carlisle vai comigo. Depois que cheguei em casa, liguei para ele e expliquei a situação. Ele concorda, que por respeito aos meus pais, é melhor irmos juntos. Depois que estiver tudo esclarecido eu levo você para conhecê-los.

Ele ficou mudo. Uma reação que eu não esperava. Percorremos alguns metros num silêncio constrangedor. Eu não sabia se puxava conversa ou o deixava remoendo a situação. Estava amanhecendo e a paisagem era deslumbrante enquanto descíamos a serra rumo a La Push, o tom dourado do sol nascente refletia nas águas escuras do mar e iluminava a leve neblina que se estendia pela praia.

De repente, num trecho da estrada onde havia um acostamento amplo, Edward encostou e desceu do carro. Eu o observei caminhar de um lado para o outro, como um animal acuado, enquanto tentava extravasar toda sua fúria. Num certo momento ele me olhou e pude ver a mágoa em seus olhos tão nitidamente que doeu em mim. Então ele me deu as costas, cruzou os braços e passou a olhar para o penhasco, talvez admirando a paisagem.

Suspirei. Eu sabia o que ele estava sentindo. Era a mesma coisa que eu sentia ao imaginá-lo com a odiosa ex-mulher. Desci do carro e me aproximei abraçando-o por trás.

– Me desculpe – comecei – mas procure entender. Carlisle agora é apenas um bom amigo. É você que eu amo Edward, precisa confiar em mim.

Senti-o estremecer.

– Eu confio – ele se virou para mim me abraçando – mas não suporto a ideia de você perto dele...sorrindo para ele... – ele passou a mão no cabelo – eu nunca senti tanto ciúme na minha vida Bella. Aliás, eu nunca tinha sentido, para mim é um sentimento mesquinho, destruidor – ele quase gemeu – Tanya me atormentou tanto por ciúme, causou tantos problemas e tanta dor, e eu nunca a entendi... não até conhecer você, não até agora.

Eu o apertei em meus braços. Ele já tinha me falado do ciúme da ex-mulher mas naquele momento percebi que existia algo a mais naquela história toda, algo que causava muito sofrimento a Edward.

– Me desculpe – ele continuou – não sei lidar com esse sentimento, não quero magoá-la. Vou fazer do seu jeito, vou confiar em suas decisões.

Eu olhei para ele cheia de amor. Edward era tudo o que eu queria e tudo o que precisava. Ele me aceitava, mesmo quando não concordava comigo. Senti uma necessidade imensa naquele momento de fazer amor com aquele homem maravilhoso. Quando nossos corpos se encontravam, não existiam dúvidas, não existia mais nada. Ele era meu e eu era dele, simples assim. Amor e nada mais.

Ele deve ter visto o desejo em meus olhos pois me arrebatou em um beijo feroz, um gemido rouco saindo de seu peito. Suas mãos percorriam toda a extensão do meu corpo, provocando tremores em mim. Quase que em um ato de desespero levei minhas mãos até o botão da sua calça.

– Bella – ele protestou – estamos à beira da estrada, alguém pode nos ver...

–Eu preciso de você agora Edward... por favor –choraminguei – não me faça esperar.

–Nunca...- ele deslizou a mão por minha perna – ainda bem que você veio de saia anjo, nesse caso isso facilita muito.

Enquanto eu buscava por seu pênis com as mãos ávidas, ele lentamente me levou até o carro me fazendo sentar sobre o capô. Eu estava fora de mim de tanto tesão enquanto o masturbava com força.

–Hum...nossa Bella, calma, desse jeito não vou conseguir me segurar.

Mas ele não fez nada para me impedir, pelo contrário, ajeitando-se entre minhas pernas começou a se esfregar em mim de uma forma que devia ser proibida. Suas mãos estavam em meus seios, onde ele beliscava e puxava meus mamilos provocando pequenos choques por todo o meu corpo.

–Por favor, por favor Edward – choraminguei.

Ele me deu outro beijo sedento.

–Calma amor, antes quero me deliciar com você.

Devagar ele tirou minha calcinha e ajoelhou-se, logo sua boca estava em mim. Gemi alto. Ele me levava à loucura e sabia disso. Logo eu estava quase lá.

–Edward, eu não aguento mais... – supliquei.

–Goze para mim meu anjo...

E eu gozei, tão gostoso que não tinha nem mais noção de onde estava, se era errado, se tinha alguém nos vendo. E não me importava. Eu adorava aquela sensação de perigo e adorava ainda mais o fato de Edward gostar daquilo tanto quanto eu. Agarrando-o pelos cabelos o puxei para cima e com as pernas em volta de seus quadris o acomodei dentro de mim. Gememos juntos.

–Ah Bella, você é tão linda, tão sensual, tão gostosa, tão minha... Ele falava e metia com força, falava e metia, as mãos firmes apertando minha bunda. Ah, ele estava me levando à loucura novamente, já podia sentir aquela sensação crescendo dentro de mim.

–Eu te amo Edward! – gritei em meio a gemidos – Eu sou sua!

Ele me beijou e acelerou os já frenéticos movimentos, indo tão fundo em mim a ponto de doer. Eu não resisti, atingi o clímax novamente. Edward me seguiu, grunhindo selvagem enquanto liberava seu próprio prazer.

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Estávamos novamente na estrada. Edward vez ou outra apertava meu joelho e sorria para mim. E eu sorria de volta, saciada e sonolenta.

–Sabe, tivemos muita sorte por não ter passado nenhum carro – falei rindo.

Ele riu de volta.

–Eu sei, que loucura anjo, podíamos ser presos.

–Está reclamando é?

–De jeito nenhum, quando você quiser – ele me deu uma piscadinha safada.

Eu ri um pouco mais. O Edward descontraído e brincalhão era ainda mais charmoso, se é que isso era possível.

Quando chegamos em Forks era ainda muito cedo e a cidade estava silenciosa. Edward olhava com curiosidade minha pequena cidade.

–Tem um hotel aqui?

–Tem sim, é só virar na próxima esquina à direita, Hotel Newton. Mas pensando bem, você devia ter ficado em Port Angeles, lá os hotéis são melhores.

Edward revirou os olhos.

–Vou levá-la até sua casa, depois eu volto.

–Tudo bem então, pode seguir em frente, vamos nos afastar um pouco da cidade.

Quando entramos na estrada vicinal que levava à fazenda eu já estava me sentindo em casa. O cheiro de mato, as grandiosas extensões de plantações, e o ar puro do campo despertavam em mim uma deliciosa sensação de conforto, o que com certeza contribuiu para me deixar mais calma.

–Aquela é a minha casa.

Ao longe, a grande construção de dois andares, com janelas altas e varanda que tomava todo o piso inferior, se destacava em sua brancura simples e elegante. O jardim de minha mãe, que ocupava uma grande parte da frente e laterais da casa estava florido naquela época, criando um belo contraste de cores.

–É um lugar magnífico – ele comentou admirado.

–É sim. E aquela é a casa de Carlisle – apontei a fazenda ao lado da de meus pais.

A casa de Carlisle também era linda, porém mais moderna e mais sofisticada que a de meus pais.

–Hum...moderna – Edward comentou sem muita inflexão.

–Ele a reformou a pouco tempo –sussurrei – eu sempre achei a casa muito severa, então Carlisle resolveu modificá-la.

Ele me olhou apertando os lábios, enquanto reduzia com a intenção de entrar na propriedade de meus pais.

–Não! – quase gritei, percebendo sua intenção. -Que foi Bella? Vou apenas deixá-la na porta.

–Nã.. não, leve-me até Carlisle – sussurrei novamente sabendo o quanto aquilo seria difícil para ele – desculpe, foi o que combinei com ele. Depois viremos até minha casa.

Ele fez o que eu pedi, mas estava muito contrariado. Apertei sua perna numa súplica silenciosa e o ouvi suspirar. Devagar ele nos conduziu até a frente da grande casa.

–Estarei no Hotel Newtons – ele disse contido – por favor, não me deixe sem notícias.

–Eu te ligo Edward e prometo que irei até a cidade hoje a noite para nos encontrarmos, por favor não se preocupe.

Ele assentiu sério. Eu lhe dei um beijo casto e desci do carro. Só então notei o homem de cabelos esvoaçantes e sorriso no rosto, que vinha cavalgando em um puro sangue branco, como um príncipe, em nossa direção. Edward também viu e com uma arrancada forte partiu em direção à saída, cantado pneus ao alcançar a estrada. Uma atitude nada típica dele. Bufei, mas sorri para Carlisle que chegava ao meu encontro.

–Oi Bells – ele desmontou e me pegou num abraço apertado – o esquentadinho é “ele”, Edward Cullen?

–É sim, mas normalmente ele é bem calmo – defendi Edward.

Carlisle me encarou, mas preferiu não fazer comentários.

–Vem, vamos tomar café da manhã. Precisamos estar fortes para enfrentar o Charlie – brincou.

Numa atitude muito familiar, segurou minha mão e me levou para dentro.


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