Amargo E Doce Amor escrita por Tricia


Capítulo 15
Decisão


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal!!! Demorei , mas consegui escrever mais um capítulo ufa! A verdade é que eu fiquei completamente sem ideias, nada resolvia, nem música, nem filmes românticos, um verdadeiro horror rsrs. Enfim, espero que vocês gostem, beijos.



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Narrado por Tanya

Olhei para o homem deitado a meu lado que ressonava tranquilamente. Eu nem ao menos sabia seu nome. Cansada demais daquele clima pesado que se estabelecera em minha casa desde o dia em Edward tinha descoberto minha traição e que se agravara com a doença de papai, eu tinha decidido sair para uma noitada. Eu estava desesperada para esquecer aqueles dias horríveis causados pelos meus próprios erros. Onde estava com a cabeça quando decidira ter um caso? Eu amava Edward apesar de tudo. Tinhamos nossas brigas, mas no fim ele sempre acabava aceitando meus pedidos de desculpa. Ele era um homem bom, além de lindo. E eu sempre tinha tido muito ciúme dele. Na verdade o ciúme me corroía a ponto de eu viver causando brigas entre nós. Mas dessa vez eu tinha passado completamente dos limites. Numa tentativa insana de chamar sua atenção e de me sentir desejada, eu decidira traí-lo. Quem sabe assim, com minhas desculpas esfarrapadas e demora para chegar em casa ele não ficaria inseguro e me daria um pouco mais de atenção? Infelizmente não foi o que aconteceu e no fim tudo acabou culminando naquele flagrante degradante e na doença de papai. Burra que eu era! Edward sempre seria o único homem que eu amaria na vida.

Infeliz demais, acabei indo para uma festa disputadíssima, onde tinha muita gente famosa e rica como eu. Alguns drinks depois eu já estava completamente bêbada e as luzes, que não paravam de piscar, estavam me deixando completamente zonza. Decidi tomar um ar e no estacionamento acabei esbarrando sem querer neste homem, que estava agora deitado ao meu lado numa cama de motel e do qual eu não me lembrava sequer o nome.

Dei um boa olhada nele, a noite tinha sido ótima, ele era muito bonito e não me parecia completamente estranho. Suspirei, ainda assim era um estranho. O que eu estava fazendo da minha vida? Quantas loucuras mais eu faria quando o que eu mais queria era meu marido de volta? E nesse momento eu decidi. Reconquistaria Edward. Eu tinha errado mas ele também, afinal sempre tinha colocado o trabalho em primeiro lugar me deixando de lado. Nós conversaríamos, eu pediria perdão e uma nova chance. E ele aceitaria como já tinha aceitando tantas vezes antes, afinal eu tinha certeza que ele ainda me amava.

Silenciosamente coloquei minhas roupas, deixei algum dinheiro numa mesinha e saí antes que aquele atraente estranho acordasse.

Narrado por Edward

Eleazar estava chorando abraçado a mim feito uma criança.

–Acalme-se pai, não tem ninguém aqui, somos apenas eu, você e Eric.

Ele olhou para mim, para o enfermeiro e um pouco além dele, com medo.

–Você não as vê? questionou-me nervoso Sua mãe e Carmen estão bem ali, vieram me atormentar.

E começou a chorar de novo. Eu olhei para o enfermeiro que meneou a cabeça. Eleazar estava realmente ficando louco, mas como eu queria poder ver minha mãe mais uma vez, tinha muita saudade dela e de dona Carmen também. E a última fala dele me deixou perturbado.
– Pai porque elas fariam isso? resolvi dar corda para ver se ele dizia algo que fizesse sentido, mas ele me olhou assustado.

– Não posso dizer meu filho...é um segredo...sua mãe queria contar...mais tarde Carmen descobriu... vieram os soluços eu sou um homem mal, Deus não vai me perdoar...

–Pai você é um homem bom ...- eu tentava acalmá-lo mas estava assustado com o seu desespero, pois tinha a sensação que tinha algo muito errado no passado de Eleazar que envolvia dona Carmen e minha mãe, mas também podia ser apenas um delírio.

– NÃO! ele gritou Sou mal, elas têm razão! Eu devia ter previsto...devia ter contado a vocês... Mas nunca imaginei...depois já era tarde... Meus Deus, que pecado...Vocês têm toda a razão, eu mereço o inferno...

Ele tinha se levantado e falava olhando para uma das paredes, prevendo uma crise mais grave o enfermeiro começou a preparar a injeção calmante e eu me aproximei para contê-lo. Eleazar então, com uma força surpreendente empurrou-me num movimento ágil fazendo-me ir ao chão. Rápido como um raio abriu a gaveta da mesinha que ficava ao lado da cama tirando de lá uma arma.

–Vocês venceram, podem me levar!

E antes que eu ou Eric tomássemos consciência do que ele estava fazendo, apontou a arma para a própria cabeça. Por um longo instante pensei que estava tudo perdido, eu não conseguiria impedi-lo de tirar a própria vida. Mas então Tanya adentrou o quarto esbaforida provavelmente atraída pelos gritos quando tinha chegado em casa.

–Ah meu Deus! Papai não faça isso!

Ela gritou e foi o suficiente para distrair Eleazar. Eu me levantei e corri para ele e Eric também. Eleazar, desnorteado, mirou Eric e atirou no momento em que eu me jogava sobre ele. Caímos, de relance vi que Eric não tinha sido atingido e gritei:

–A injeção!

Apesar de pálido e trêmulo, o enfermeiro aplicou-lhe a medicação. Eleazar parou de lutar e enquanto sentia o efeito rápido do calmante me olhou apavorado. Ouvi Tanya soluçar e se aproximar rapidamente.

–Edward você está sangrando!

Só então senti a ardência em meu ombro. Eu tinha sido baleado.

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Foi um caos. Apesar de me sentir bem e estar consciente Eric e Tanya insistiram em chamar a Emergência e a polícia também foi avisada. Pouco depois da ambulância chegar a casa foi cercada por repórteres. Eu nunca ia entender como eles ficavam sabendo das coisas tão depressa.

No dia seguinte éramos notícia em todos os jornais da cidade e na maioria das revistas de fofoca do país. A polícia tomou nosso depoimento no hospital e o médico confirmou que Eleazar não estava bem. Depois chamou a mim, que já estava liberado pois o tiro tinha sido de raspão, e Tanya para uma conversa onde nos orientou a internar Eleazar para nossa própria segurança já que ele havia se tornado violento. Arrasados tomamos as devidas providências e o acompanhamos até uma clínica de repouso.

Tanya o tempo todo se agarrava em mim, pois parecia não ter forças físicas nem emocionais para enfrentar a situação.

Era terça-feira de manhã, um dia depois de internarmos Eleazar. Tanya e eu tomávamos o café da manhã na grande mesa de jantar da mansão. Pelos seus olhos inchados ela tinha passado a noite chorando.

–Você está bem? questionei com delicadeza.

Ela assentiu em silêncio. Suspirei.

–Sei que é difícil Tanya, mas é para o bem dele.

–Eu sei ela disse chorosa mas me sinto perdida Ed...Estou tão sozinha...

E começou a chorar.

–Eu estou aqui não estou? Apesar de tudo Tanya, você sempre terá em mim um amigo.

–Eu sei...o problema é que não te quero apenas como um amigo Ed...sei que errei... mas eu te amo...me perdoe por favor...me dê outra chance, não vou saber viver sem você...

Quase engasguei com o café que estava bebendo. Pensei que já tínhamos resolvido nossa situação. Pensei que ela já não me amasse.

–Tanya não complique as coisas...

–Será que não percebe que tudo que fiz foi por você? Por te amar demais e não ter seu carinho?

Fechei os olhos tentando manter a calma. Não era possível que estivéssemos tendo aquela conversa de novo.

–Você sabe que estávamos arrastando nosso casamento a muito tempo Tanya. Acho que na realidade nós dois somos culpados. Mas simplesmente não dá mais. Eu estou refazendo minha vida e você devia fazer o mesmo. Aliás devíamos aproveitar todo esse escândalo e comunicar a imprensa de nossa separação.

–Não! Por favor Edward, ainda não! Não suportarei mais escândalos. choramingou.

– Estou cansado dessa situação Tanya reclamei vou esperar apenas mais alguns dias, até papai estar bem novamente. Então conversarei com ele e sairei definitivamente desta casa. Sinto muito, mas realmente não da mais.

Saí de casa em direção a Denalis acenando educadamente para alguns paparazzi que estavam por ali. Enquanto eu remoia minha conversa com Tanya não pude deixar de pensar que Isabella não tinha me ligado. Alice sim, preocupadíssima comigo, Jasper também, mas Bella não. Ou ela estava realmente muito brava comigo ou não se importava.

Adentrei o escritório e Alice me recebeu com um sorriso:

–Bom dia Edward, está melhor? E o senhor Eleazar e dona Tanya?

–Bom dia Alice, estou sim, obrigado. Tanya está bem e Eleazar segue internado. Até quando não sei.

–Eu sinto muito Edward.

–Foi melhor assim Alice, não se preocupe. Algum recado para mim? questionei esperançoso.

–Muitos... de alguns conhecidos seus e funcionários desejando melhoras a você e ao senhor Eleazar, de alguns jornalistas tentando conseguir entrevistas exclusivas...

Ela se calou parecendo contrariada. Eu entendi. Não tinha nenhum recado de Bella e ela se sentia mal por isso. Respirei fundo compreendendo que ela com certeza tinha desistido de mim. Não querendo deixar transparecer meu desespero eu disse:

–Então Alice, o que temos para hoje?

Alice me passou os compromissos do dia e fiquei feliz por ver que tinha muita coisa para fazer, o que manteria minha mente bastante ocupada e com pouco tempo para pensar em Bella. Acertamos alguns horários do dia seguinte e eu segui para minha sala.

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Narrado por Tanya


Depois que Edward saiu me desesperei analisando suas palavras. Ele tinha voltado a afirmar que nosso relacionamento não tinha mais jeito e que estava refazendo sua vida. Eu nunca o tinha visto falar tão a sério comigo. Ele não me amava mais e provavelmente já estava reconstruindo sua vida...com outra mulher.

Ah meu Deus, eu o tinha perdido para sempre! Quem era ela? Será que estavam juntos há muito tempo? Será que já eram amantes antes mesmo de nos separarmos? O ciúme corroeu minha alma e eu senti raiva. O desgraçado tinha feito eu me sentir a mulher mais suja do mundo por tê-lo traído e agora já estava refazendo a vida? Não mesmo, eu não ia permitir! Ele ia voltar a comer em minhas mãos de um jeito ou de outro. E a vagabunda da amante ia entender que não devia ter se metido com Tanya Denali.
Narrado por Edward

Me preparei para ir embora sem nenhuma vontade de voltar para a mansão. Tanya ia querer voltar ao assunto da reconciliação e definitivamente eu estava amargurado demais para conseguir ser educado com ela. Ia passar a noite no apartamento e os paparazzi podiam imaginar o que quisessem, inventar qualquer história. Eu não me importava. Eu e Alice descemos no mesmo elevador.

–Como vai a faculdade Alice?

–Muito bem. ela respondeu sorrindo Na verdade estou ficando louca com a quantidade de trabalhos e provas, mas no fim vai valer a pena.

–E o que pretende fazer depois?

Ela deu de ombros.

–Na realidade, ainda não sei. Eu gosto de trabalhar como sua secretária ela falou sem jeito.

Eu ri. O elevador parou e nós nos encaminhamos para a saída

–E eu gosto muito de você e do seu trabalho Alice, e com certeza não vou perder uma ótima profissional. Termine a faculdade e depois conversaremos. Tenho ótimos planos para você.

Ela assentiu sorrindo.

–Obrigada Edward. Vai para casa enfrentar os paparazzi?

–Ah não mesmo! Vou para o apartamento. Estou precisando pensar um pouco, se é que você me entende.

–Claro, claro. Boa sorte Edward.

Ela saiu do elevador e eu desci até o subsolo para pegar meu carro.

Narrado por Bella

Eu estava desde domingo à noite vivendo um conflito sem fim. Eu amava Edward, mas me sentia fraca demais para enfrentar tantos desafios. Suportar a presença constante de sua ex era insuportável, pois eu me mordia de ciúme, e saber que teria que enfrentar o moralismo de meu pai que era completamente contra o divórcio e o julgamento implacável da sociedade, me amedrontava.

Mas será que isso tudo realmente importava quando quase morri de preocupação ao saber que Edward tinha sido baleado, ou o meu alívio ao saber pelos jornais que não havia sido nada grave? Será que o meu medo era mais forte do que a vontade que senti de protegê-lo ao ver seu rosto desolado quando entrava na clínica para internar o sogro, com a detestável esposa agarrada nele aos prantos, em mais uma cena de intimidade flagrada pelos paparazzi?

Eu morri um pouquinho cada vez que peguei o telefone e não tive coragem de completar a ligação, porque eu sabia que a partir dali era tudo ou nada. Ou eu enfrentaria tudo tendo Edward a meu lado, ou desistiria e teria uma vida diferente, sem Edward.

Sem Edward. As palavras ressoaram pelo meu cérebro me fazendo encolher. A opção era desoladora demais para mim.

Quando Alice entrou no meu quarto feito um furacão com cara de quem ia me dar uns tapas eu já estava pegando minha bolsa para sair.

–Bella sua tapada você está fazendo meu chefão sofrer! O coitado está se fazendo de forte, mas está arrasado e eu com certeza vou te dar uma surra se você não tomar a decisão de consolá-lo! ela gritou.

–Tudo bem Alice concordei sorrindo fazendo com ela perdesse o rebolado.

–Tudo bem o quê? Eu te dar uma surra?- falou chocada.

Eu ri.

–Tudo bem, eu vou atrás dele.
Ela me abraçou efusivamente.

–Ah eu sabia que você ia tomar a decisão certa Bellinha, vocês são loucos um pelo outro. Já ligou para ele?

–Já, mas o celular está desligado. Então vou até o apartamento e ficar por lá até que ele apareça. Tchau Alice.

– Tchau Bella ela se despediu de mim com um sorrisinho.

Quando cheguei ao apartamento usei a chave que Edward havia me dado. Eu não esperava que ele estivesse lá, mas assim que entrei ouvi a música. Tão melancólica que fez meu coração doer. Eu já tinha visto o lindo piano negro que ficava em uma sala enorme que Edward usava como escritório e que também tinha vista para o mar. Só nunca o tinha ouvido tocar.

Caminhei silenciosamente pelo apartamento e quando cheguei à sala, apesar da tristeza e aflição contidas na melodia, não pude deixar de pensar como ele tocava bem. Detive-me à porta apenas o observando. Lágrimas escorreram pelo meu rosto ao notar o desespero e angústia em seu belo rosto. Sem conseguir me conter soltei um suspiro audível. Foi quando ele ergueu os olhos dando conta da minha presença. Estavam vermelhos.

Ele não parou de tocar, mas chegou para o lado para que eu pudesse sentar-me ao seu lado no banco. Eu apoiei a cabeça em seu ombro e ganhei um beijo em meu cabelo. Só quando terminou a peça foi que ele me abraçou. E choramos juntos por um longo tempo.

É de manhã e eu me espreguiço sentindo o calor gostoso do corpo de Edward junto ao meu. A noite anterior tinha definitivamente colocado nossos sentimentos em seus devidos lugares. Eu tinha me desculpado, reafirmado meu amor por ele e prometido que lutaria por nós dois. Edward então me beijara com amor dizendo que entendia meus medos, que também me amava e que precisava de mim. E fizemos amor de uma forma tão carinhosa que só provou a verdade de nossos sentimentos.

–Bom dia ele sussurra em meu ouvido.

–Bom dia chefão respondo sorrindo.

– Eu nunca poderia ser seu chefe Bella ele ri eu não conseguiria me concentrar, pois ia passar o dia desejando você.

Ele desliza a mão ao longo do meu corpo me provocando arrepios. Como é possível que eu o deseje novamente tão cedo e com tanta intensidade? Devagar ele distribui beijos pelo meu pescoço, meu ombro e vai descendo com a doce carícia pelas minhas costas. Edward se vira e me puxa nos posicionando de lado, de conchinha. Ele toca meus seios com a mão direita, enquanto a esquerda desce pela minha barriga, em direção ao meu sexo. Quando ele me toca, gememos juntos.

–Ah Bella, você é tão gostosa e está sempre pronta para me receber...
Edward acaricia meu clitóris delicadamente até me fazer implorar:

–Por favor Edward, eu não agüento mais...

Ele geme e impetuosamente invade meu corpo e começa a se mexer devagar, me torturando enquanto ainda me toca com seus longos dedos. Gradualmente seu ritmo vai aumentando enquanto eu estou perdida num turbilhão de sensações.

–Goze para mim Bella murmura ele, a voz grave.

Numa obediência absurda, meu corpo enrijece ao som baixo de sua voz, e eu gozo alto, contorcendo-me no clímax intenso.

–Eu te amo Bella ele sussurra envolvendo-me em seus braços e encontrando a própria liberação.

–Está pronta? ele me questiona preocupado.

Estamos na garagem do prédio dentro do carro de Edward. Pouco tempo antes, enquanto eu me trocava, o porteiro tinha ligado para avisar a Edward que tinha um monte de repórteres na frente do prédio querendo informações sobre ele. Eu sabia o que isso significava. Assim que o carro aparecesse milhares de flashes seriam disparados e apesar dos vidros serem escuros, ainda não eram escuros o suficiente. Eles me veriam e a partir daí só Deus para saber o que ia ser da minha vida. Da nossa vida. Para Edward era pior, pois seria taxado de marido traidor e inventariam um monte de mentiras sobre sua vida. E ele estava disposto a enfrentar aquilo por mim. Sorrindo para ele com confiança falei:

– Sim, estou pronta. Vamos enfrentar isso juntos.

Ele soltou um leve suspiro de alívio, me sorriu de volta e deu partida no carro.


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Notas finais do capítulo

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