Amargo E Doce Amor escrita por Tricia


Capítulo 13
O início dos problemas


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, começo pedindo desculpas para vocês pela demora, mas foi quase impossível conseguir tempo para escrever neste último mês. A verdade é que precisei me dedicar inteiramente aos trabalhos da faculdade e quase fiquei louca de tantos que tinha, então me perdoem, prometo que nas férias postarei com mais frequência. Neste capítulo começo a mostrar um pouquinho das dificuldades que essa relação vai ter que enfrentar. Beijos e comentem!



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Narrado por Bella


Passamos o resto da manhã na cama, conversando. Entre carícias e carinhos, Edward me falou um pouco mais sobre sua relação com Eleazar, sobre o respeito e carinho que tinha pelo ex- sogro. Ele não tinha chegado a conhecer o próprio pai, que havia morrido pouco antes dele nascer. A mãe, que já trabalhava como empregada na casa dos Denali o criou sozinha. A patroa, Carmen, generosa e louca por crianças, permitia a presença de Edward – ela se apaixonara por ele desde que o havia segurado pela primeira vez, e ele nutrira por ela o mesmo carinho filial que dedicava a Eleazar - e ele então cresceu por ali, tendo as mesmas regalias que a filha do casal, dois anos mais jovem que ele, e que tinha sido a grande amiga de sua infância e mais tarde, namorada e esposa. Contou-me também, sem muitos detalhes, que sempre brigaram muito por causa do ciúme dela e que tinham perdido um filho no sexto mês de gestação e que desde então, tinha perdido a vontade de ter filhos.

Eu falei sobre a minha vida em Forks, sobre como minha mãe era uma mulher doce e dedicada à família, de como o meu pai era sério e antiquado, e de como eu tinha medo de decepcioná-lo com minha decisão de permanecer em Jacksonville depois da formatura.

–Acha que ele vai criar caso? –questionou-me Edward. -Acho que ele é capaz de vir aqui e tentar me arrastar à força para casa – eu ri um pouco tensa.

Edward franziu a testa.

–Acha que ele vai aceitar nosso namoro, sendo eu um homem divorciado?

Foi minha vez de franzir a testa.

–Não sei bem... na verdade, ele nem sabe ainda que Carlisle e eu terminamos, e até onde sei não estamos namorando e você ainda é casado....- tagarelei logo me calando diante da carranca de Edward.

–Como assim não contou aos seus pais sobre o fim do seu noivado? Ah Isabela – ele passou a mão nervosamente sobre o cabelo – você tem dúvidas quanto a isso?

–Não! Não Edward – tentei contornar a situação – não existe dúvidas. É só que você não conhece meu pai...ele vai fazer perguntas...Carlisle acha que justamente por meu pai ser muito tradicional, devemos ir juntos para dar a notícia a ele e assim eu já aproveito para contar da minha permanência aqui.

–Claro, e ele aproveita para lhe dar apoio – falou bravo.

–Na verdade é isso mesmo. E eu vou realmente precisar de alguém que me apoie Edward – eu estava ficando irritada – e Carlisle é meu amigo e você não. é. meu. namorado!

–Amigo! Sei. Ele quer é tentar uma reaproximação. E sim Isabella, apesar dessa situação desagradável em que coloquei você, eu a considero minha namorada! - ele suspirou – Se você quiser namorar comigo é claro – falou mais calmo. Eu tive que sorrir.

Aquele homem ia acabar me deixando louca. Sua cena de ciúme tinha me irritado, mas também me agradara de uma forma estranha.

–Vamos poder andar de mãos dadas na rua? – brinquei. Mas seu olhar entristeceu e eu tratei logo de corrigir.

–Ei estou brincando! Eu entendo as limitações que teremos até que você possa se separar.

Ele não respondeu, mas eu podia sentir o quanto aquilo o incomodava. De repente tive necessidade de provar para ele o quanto eu o queria. Com um beijo intenso, comecei as carícias que logo foram correspondidas por ele com intensidade. Enquanto nos perdíamos um no outro não pude me furtar a uma pergunta mental. Seria eu realmente forte o suficiente para suportar o papel de amante? Eu desejava que sim.

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Com o passar dos dias Edward e eu estabelecemos uma rotina, almoçávamos sempre juntos, a noite eu ia para a faculdade e ele ia para sua casa, a mansão dos Denali, mas nos fins de semana estávamos juntos o tempo todo. O único problema é que tínhamos que ficar a maior parte do tempo em seu apartamento. A doença de Eleazar de alguma forma tinha virado assunto público e Edward agora era sempre assediado por repórteres querendo informações. Eu por minha vez ficava cada vez mais irritada com tanta falta de liberdade e com medo de ser flagrada com Edward, o que causaria um escândalo terrível e de grandes proporções.

–Eu não imaginava que você fosse tão famoso assim – reclamei certo dia.

–E não sou Isabella – respondeu-me azedo – os Denali são. Apesar de ser “o marido de Tanya Denali” e o presidente da empresa há algum tempo, quase sempre consegui me manter fora dos holofotes, nunca gostei de exposição gratuita, isso sempre foi função de Tanya, que adora ser notícia entre os famosos. É claro que às vezes é inevitável, como numa vez em que uma revista fez uma matéria sobre a tradicional e milionária família. Eles foram até nossa casa, tiraram várias fotos e ela insistiu tanto para que eu participasse, que era bom para a imagem da empresa, que aquiesci – deu de ombros – de certo modo, é mesmo bom para os negócios essa imagem de família feliz.

Fiquei ainda mais irritada com o tom que usou para falar de Tanya – como se ela fosse um ser superior – e com sua reposta sincera, que dei-lhe as costas.

–Então é também por isso que você ainda não se separou, para não prejudicar os negócios?

Ele soltou um suspiro áspero e então me abraçou por trás.

–Eu não ligo a mínima para essa parte Bella, tudo que eu mais quero é poder ficar com você livremente. É apenas por Eleazar que ainda não me separei, mas como ele não tem demonstrado melhoras e não acho justo impor esta situação a você, prometo que logo conversarei com Tanya sobre nossa separação. Mas precisa estar preparada, os paparazzi vão infernizar nossas vidas quando ficarem sabendo, afinal eles adoram um escândalo.

Senti um arrepio de medo. A notícia podia ir parar no ouvido dos meus pais, afinal, revistas de fofocas existiam em qualquer lugar, até mesmo na pequena Forks. Gemi indignada, eu estava presa naquela situação. E muito por culpa própria.

Quem mandou se apaixonar? E pior, que mandou ser tão covarde a ponto de não conseguir enfrentar os próprios pais com a verdade?

–Na na não Edward, não posso ser notícia – sussurrei – meus pais vão acabar sabendo...

Senti-o ficar tenso.

–Sabe Bella, não estou em condições de julgá-la e nem quero isso, mas às vezes acho que você não me quer na sua vida... não como eu a quero na minha.

Me virei para encará-lo e pude ver a dor que ele tentava disfarçar em seus olhos. Eu era mesmo uma pessoa má.

–Me desculpe. Acredite, não é isso. Apenas sou covarde demais para enfrentar meu pai. Prometo que resolverei isso também – e notando sua hesitação acariciei seu rosto com a ponta dos dedos – Edward, você é tudo para mim. Será que não percebe que eu amo você?

Ele então sorriu, aquele sorriso arrasador. O meu sorriso.

–Ama é?

–E por que mais eu passaria por cima de tudo em que acredito, tudo que acho certo?

Foi sua vez de acariciar meu rosto.

– Eu também te amo Bella, muito.

Nos beijamos apaixonados e depois de mãos dadas nos sentamos na varanda. Curtindo a brisa fresca que vinha do mar, traçamos planos para o futuro.


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Notas finais do capítulo

Obrigada e até mais!