I'll Always Come For You escrita por Bia Stowe


Capítulo 99
Banho de amido


Notas iniciais do capítulo

Hey !! voltei... e ai como foi o natal ? comeram demais ? bom, o meu foi bom, trouxe mais um cap, espere que gostem, desculpem pelos erros de ortografia, não tiver tempo de revisar, boa leitura e até o próximo cap o/



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Logo pela manhã, Madeleine acorda sentindo um leve peso sobre o seu corpo, ela coças os olhos e desperta de vez, ao ver que Eva ainda dormia nos braços dela, a mulher abre um grande sorriso. Eva aos poucos vai despertando e se coçando, Madeleine mas do que de pressa segura as mãos da moça para que ela não coçasse tanto. Eva resmunga ainda sonolenta.

– Deixa eu coçar – ela choraminga.

– Não, vai ficar marcado – disse Madeleine com a voz serena.

– Umas manchinhas não vão fazer mal.

– Não Regina. Acorda – ela a balança de leve.

– Mãe... – ela volta a dormir.

– Eva acorda.

– Só mais cinco minutos mãe.

– Eva... – Madeleine fica um pouco assustada por Eva a chamar de mãe – isso soou tão bem – ela pensa.

A mulher coloca a mão na testa da moça para sentir a temperatura, Eva estava um pouco quente, Madeleine se levantou e se sentou.

– Eva ? Acorda, agora – ela a sacode de leve.

– Mãe... Mady ? O que foi ?

– Você está com febre, precisa tomar um banho para baixa-lá.

– Estou bem – ela tenta se levantar mas desiste.

– Vamos, eu te ajudo a subir as escadas. – Madeleine a ajuda se levantar.

– Onde está a minha mãe ?

– Eu não sei, eu acabei de acordar, acho que ela está dormindo.

– Meu corpo está todo dolorido.

– É a catapora, você vai tomar esse banho que eu vou procurar alguma coisa para fazer um chá, você vai melhorar. – disse ela subindo as escadas com Eva.

Ao chegarem no andar desejado, Madeleine leva Regina até o banheiro, onde a moça se senta perto da banheira.

– Muito bem, agora tire essas roupas – Madeleine liga a torneira da banheira.

– Onde a minha está ? – Eva parecia uma garotinha pedindo colo.

– Eu não sei Evy, agora você precisa tirar essas roupas e entrar na banheira.

– Tá. – Ela tenta tirar a camiseta, mas não consegue.

– Deixa eu te ajudo, levante os braços – Madeleine não estava pensando em Cora ou na hipótese de Eva ser sua filha, naquele momento ela estava preocupada com a febre de Regina.

Ela tira camiseta, e logo depois a bermuda, a deixando somente de peças intimas, depois Eva entrou na banheira, onde Mady a enxágua deixando que a água caia bastante no corpo de Eva.

– Está quente.

– Isso é bom, a febre está baixando. Espere aqui, vou pegar o amido de milho.

– Pra que ?

– Para a catapora.

Madeleine desce as escadas e vai até a cozinha, abre o armário e pega a caixinha de amido de milho, quando ela passa pela geladeira ela percebe um bilhete.

– “Evy tive uma reunião de emergência na editora, seu pai levou Ruby e a Jack para o médico, você deve estar melhor, qualquer coisa me liga, não devo demorar, beijos Mamãe”

– É Evy, então é só você e eu. – ela arranca o bilhete da geladeira.

Enquanto isso Eva estava na banheira, pensando e tentando sentir o cheiro que sentiu na noite passada. Era algo estranho, ela nunca se apegou a alguém assim como Madeleine, ela se sentia bem ao lado da mulher.

– Cheguei... e com o amido – ela balança a caixinha.

– E o que você vai fazer ?

– Eu vou jogar isso na banheira. – ela despeja.

– Eca !!

– Ainda não acabou, vem cá – ela coloca um pouco nas mãos e passa nas costas da moça.

– A água está engrossando – Eva se remexe na banheira.

– Fique ai por uns 5 minutos, enquanto isso eu vou separar a sua roupas e trocar os lençóis.

– Tudo bem.

– Ah é... tente não coçar.

Depois de 5 minutos Eva sai da banheira e toma uma ducha para tirar o amido de milho do corpo, logo depois ela vai até o quarto onde Madeleine a espera com um frasco de talco nas mãos.

– Ah... chega – ela faz beicinho.

– Vem logo – Madeleine sorri.

Eva deixa a mulher passar o talco e ajuda-la a colocar a roupa, depois ela tomou o chá que Mady tinha preparado.

– Pronto agora espero que você não piore, se não vai ter que ir no hospital.

– Mady...

– Oi ?

– Onde a minha mãe está ?

– Eu não sei. Ela deve estar no mercado, você sabe que a sua mãe agora fazer compras para a casa – ela mente.

– Compras é ? sei... sabe eu amo a minha mãe, mas as vezes parece que ela não liga para mim.

– Por que diz isso ?

– Não é de agora que ela me larga sozinha em casa para resolver assuntos da editora, desde de pequena, ela perdeu o meu recital, perdeu o meu primeiro dente de leite que caiu, quem me ensinou a andar de bicicleta foi o meu pai, aprendi a patinar sozinha, e tudo isso foi enquanto ela estava na editora ou viajando países à fora para a divulgação. – ela fica triste.

– Mas ela fez tudo isso para te dar conforto que hoje você tem, ela te ama e muito, todo mundo vê isso.

– As vezes eu não queria ter esse conforto todo, se eu pudesse escolher entre ter um brinquedo caro e ter a minha mãe perto de mim o tempo todo, eu preferia brincar com gravetos do que ter ela longe de mim.

– Evy...

– Não, tudo bem, eu estou bem, já estou acostumada, meu pai está tão ocupado fazendo não sei o que, que provavelmente esqueceu de mim, mas eu to bem. Obrigada por ficar aqui comigo.

Algum tempo depois, Cora chega em casa. Estressada.

– Oi mãe – disse Eva sentada no sofá assistindo desenho.

– Oi Regina – disse ela.

– Está tudo bem ?

– Sim, tudo ótimo – disse ela mexendo na escrivaninha – Mas onde está essa droga de netbook ! – ela grita.

– Ai – Eva coloca a mão na cabeça – acho que está ali no seu escritório – ela fala se deitando no sofá.

– Mas quem colocou ele lá ?

– Não sei mãe, por favor fale baixo minha cabeça está doendo.

– Eva não torra !

– Mas... – Eva fica quieta.

É certo dizer que Cora não estava bem para conversar, mas ninguém da família sabia, todos menos Eva que percebeu o estado de nervos da mãe. Mas Jefferson estava indefesso de tudo isso. Dois carros estacionam na garagem da mansão. A porta se abre, e a primeira pessoa que entra e Belle, logo depois Graham, Hook e por ultimo Jefferson com a pequena Charlotte.

– Oi Evy – Hook abraça a morena.

– Ei ! Eu estou com catapora.

– Eu já peguei – ele sorri – você está bem ?

– Só estou com uma dor de cabeça do caramba.

– Você vai melhorar.

– Jefferson de quem é essa criança ? – Cora não está de bom humor.

– Então mãe, é sobre isso que eu vim falar com a senhora.

– Diga logo.

Madeleine que estava na cozinha escuta a conversa e vai para a sala, ela vê que o estado de Cora não é dos melhores, e Jefferson está um pouco nervoso.

– Onde está o papai ?

– Está no hospital com a sua irmã, diga logo de quem é essa criança.

Madeleine faz gestos com a mão pedido calma para Jefferson.

– Acho melhor esperar eles chegarem.

– Como quiser, eu tenho que fazer algumas coisas – Cora se retira.

– Mas que bicho mordeu ela ? – Belle pergunta.

– Ela deve estar estressada por causa do trabalho, nada demais – Madeleine olha para Jefferson.

– Podemos conversar ? – ele pergunta.

– Claro – Jeff e Mady vão para a biblioteca – Fica calmo.

– Ela não vai aceitar, viu o jeito dela ? – ele entra em panico.

– Calma, ela só está nervosa, ela vai intender, espera o seu pai.

– Eu não sei... e se eles não aceitarem, o que eu vou fazer sem o apoio deles ?

– Calma, com certeza eles vão tomar aquele baque, mas eles vão intender, seus pais adoram crianças. Respira vai dar certo – ela abraça o rapaz.

Logo Henry chegou com Jack e Ruby.

– Oi... gente, nossa é reunião de emergência ? – ele brinca.

– Quase isso papai – disse Eva.

– Evy amor, você está bem ? Deixe-me ver essa catapora – ele chega perto da filha e olha para as pintinhas vermelhas no rosto.

– Estou bem melhor pai.

– Onde você esteve durante a madrugada ? Procurei você para dar o remédio mas você não estava no quarto.

– Eu dormi aqui na área.

– Ah... desculpe eu não achei você, vamos no médico agora ?

– Não pai, o Jeff tem um assunto para no falar, depois nós vamos pode ser ?

– Claro... Jefferson, pode falar o que é ?

– É então... onde está a mamãe ?

– Eu vou chama-lá. – Graham corre para o quarto, minutos depois os dois descem.

– Pronto estou aqui, agora fala o que é ? tenho muita coisa para fazer. – Cora foi um tanto rude.

– Bom, eu queria que todos estivessem aqui para eu poder apresentar a pequena Charlotte – ele pega a menina no colo.

– Você fez esse Auê todo para apresentar um bebê ? – Cora estava muito impaciente.

– Não é só isso mãe... ela é a minha filha.

– É o que ? – Eva pisca três vezes.

– O que, que ela é sua Jefferson ? – Henry passa a mão na cabeça.

– Ela é o meu bebê...

– Isso é mentira – Cora corta o filho.

– Não mãe, é sério.

– Não, não é, você está brincando, essa menina é filha de algum dos seus colegas e você pegou ela para fazer uma pegadinha...

– Ela é minha.

– Cala a boca Jefferson ! Ela não é sua, você não seria burro o suficiente para fazer isso.

– Ela é minha, eu admito o erro, mas agora não dá para voltar atrás.

– Cade a mãe dessa criança ?

– Ela foi embora.

– Você vai devolver, você não vai ficar com ela.

– Mãe ! – Eva fica espantada.

– Fica de fora Regina.

– Eu não vou fazer isso, eu não vou abandonar a minha filha.

– Você vai devolver essa criança.

– Eu não vou fazer isso ! – Jefferson enfrenta a mãe.

– Então você sai de casa.

– Cora ! – Henry grita.

– Tudo bem, mas eu não vou deixar a Charlotte.

– Mãe, a senhora não pode estar falando sério – disse Ruby.

– Nunca fui tão séria na minha vida.

– É um bebê, e ele é o seu filho, não pode fazer isso – Belle tenta intervir.

– Ele não pensou nas consequências.

– Mãe você não pode fazer isso, não pode abandonar um filho quando ele mais precisa de você. – disse Ruby.

Eva fica revoltada com a reação de Cora, contra o irmão e a sobrinha, e acaba soltando tudo de uma vez.

– Deixa Ruby ! Ela faz isso sempre, porque agora seria diferente ?

– O que disse Regina ? – Cora olha séria para a filha.

– Mãe, a senhora nunca esteve presente na nossa vida, o Jeff errou, mas agora ele está fazendo papel de homem e assumindo o bebê.

– O que você quis dizer com “ você nunca foi presente na nossa vida” ?

– Estou dizendo que você não tem carta branca para julgar os outros pelos erros deles, a senhora nunca esteve presente quando eu mais precisei. Nas minimas coisas a senhora sempre esteve longe.

– Eva ! – Cora grita.

– Não, eu ainda não acabei, se a senhora quer tanto que o Jefferson abandone a Charlotte é porque provavelmente já teve vontade de fazer isso com a gente.

– Regina ! – outro grito.

– A senhora também nunca foi essas coisas todas como mãe então não pode julgar um filho ! – Eva acaba ganhando um tapa no rosto.

– Cale a boca ! – Cora grita.

– Cora ! – Henry entra no meio.

– Está vendo ? A senhora nunca ligou mesmo para mim, prova disso, tive febre durante a madrugada, hoje de manhã ela aumentou e quem me socorreu ? Uma mulher que em pouco tempo fez melhor o papel de mãe do que você !.

Cora avançou em Regina, mas Graham a segurou fazendo com que os pés da senhora ficassem se debatendo no ar.

– Alguém faz alguma coisa ? – Belle pergunta pegando Charlotte dos braços de Jefferson e a levando para fora.

– Eva vem comigo – Madeleine pegou a moça pelo braço.

O clima ficou muito tenso na mansão, Hook e Jack tentaram acalmar Cora, enquanto Graham e Ruby foram para fora ficar com Belle e Charlotte, Henry foi atrás de Jefferson que subiu as escadas para pegar o resto de suas roupas de seu quarto, enquanto Madeleine fazia Eva parar de chorar.

– Eva, vai ficar tudo bem – ela diz e abraça a moça.

– Eu tive que falar isso. – ela chora.

– Eu sei, mas você tem que respeitar a sua mãe, peça desculpas.

– Agora não adianta, eu vou sair daqui. – ela limpa os olhos.

– Onde você vai ?

– Vou voltar para o meu apartamento, o Jefferson vem morar comigo.

– Você não quer esfriar a cabeça primeiro ?

– Não... eu estou bem.

Enquanto isso...

– Jefferson espera ! – disse Henry entrando no quarto do filho.

– Ela quer que eu saia ? Eu saio, eu vou pegar a Charlotte e vocês nunca mais vão nos ver.

– Vamos conversar...

– Conversar o que pai ? Ela já disse logo.

– Ela estava de cabeça quente.

– Quente ou fria, isso não é coisa que se faça nem se diga, você viu o que ela fez com a Evy ? – ele paga uma mochila e começa a jogar as roupas dentro.

– Eu sei, eu vou conversar com ela, mas espera, não é assim, para onde você vai com essa criança ?

– Eu não sei, mas qualquer lugar é melhor do que aqui. – ele desce as escadas.

– Jefferson ! Jefferson ! – Henry vai atrás.

Ao chegar na sala de estar, Jefferson, vai até a cadeirinha de Charlotte retira um pacote e entrega para Cora, e sem dizer nada ele pega a mochila, a cadeirinha e sai de casa. Na mesma hora, Eva passa para o quarto, e na calada ela também pega a mala, e desce.

– Ah não ! Você também não ! Por favor Evy ! – pediu o pai.

– Agora não é hora papai, depois nós nos falamos.

– Mas você está doente, onde vai assim ?

– Eu vou voltar para o apartamento.

E Eva vai embora junto com Hook e Jack. Graham, Belle e Ruby levaram Charlotte e Jefferson para o teatro onde Jeff estava ensaiando.

– Cara você tem certeza ? – Graham pergunta.

– Tenho.

– Podemos achar um lugar melhor – disse Ruby.

– Por enquanto vai ser aqui. – disse ele com a bebê no colo.

– Olha aqui tem 100 dólares, não é muito, mas é tudo o que eu tenho no momento, depois eu mando mais – disse Belle entregando o dinheiro.

– Pega ai mano, tem 75 dólares, não gasta com doces – disse Graham.

– Esse relógio vale 400 pilas, pode pegar – Ruby coloca no pulso do irmão.

– Obrigado gente, mas e a Evy ?

– Ela voltou para o apartamento. – explicou Graham.

– Depois eu vou vê-lá.

Já no apartamento de Jack e Eva... A morena estava no celular com o namorado.

– Evy, eu não estou intendendo nada – disse David.

– Ai Evy, passa pra cá –Jack pega o telefone da mão da amiga – David ? Vem pra cá, estamos no meu apartamento.

– O que aconteceu ?

– Apenas venha para cá.

David pegou o carro e foi até o apartamento da namorada, ele toca a campainha e quem o recebe é Eva que chora ao ver o homem.

– O que foi amor ? – ele a abraça.

– Eu... briguei... co-com a minha mãe – ela relata em meio ao choro.

– O que ? Vem vamos entrar – ele fecha a porta.

Depois de muito esperar a namorada parar de chorar David finalmente consegue começar a intender o que ela dizia entre as lagrimas.

– Espera, deixe ver se eu intendi, o Jefferson tem uma filha, sua mãe não gostou da ideia, e expulsou ele de casa, você entrou no meio da confusão e acabou dizendo coisas que deram motivos para a sua mãe te bater no rosto. Agora o Jefferson saiu de casa, e você e a sua mãe estão brigadas ?

– É – ela limpa os olhos – o que eu vou fazer ?

– Bom... primeiro nós precisamos saber onde está o Jeff, depois você senta para conversar com a sua mãe. – disse ele colocando a jaqueta.

– Onde vamos ?

– Procurar o Jefferson, ele não pode ficar sozinho na rua com um bebê. Eu vi na TV que hoje vai chover forte.

– Espera deixa eu ligar para ele – Eva pega o celular, não demora muito para Jeff atender – Alô ?

– Hey Evy você está melhor ? – Jeff sussurra.

– A preocupação aqui é você, onde você está ?

– Estou bem.

– E a neném ?

– Está dormindo, depois do barulho que teve hoje.

– Fala onde você está, eu e o David estamos indo atrás de você.

– Para que ? Eu preciso aprender a me virar sozinho, Evy agora, eu sou pai – ele sorri.

– Você é pai, e eu sou tia, e além do mais, você continua sendo o meu irmaozinho, por favor. Por favorzinho.

– Estou no teatro.

– Estamos indo te pegar, fique ai !

– Tchau.

Evy desliga e vai com David para o teatro. Jack fica em casa, Hook vai para uma reunião que marcou com Phillip. A moça escuta a campainha e vai abrir a porta. Madeleine parecia querer conversar. E a conversa seria longa.


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Notas finais do capítulo

e ai ? quem gostou do barraco ? o que será que a Madeleine tem para conversar ? algum palpite ?