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– Hey... isso tá gravando ? – perguntou Hook com a câmera apontada para si.

– Hook, o que tá fazendo ? Larga essa câmera – disse Jack com um balda e um pano na mão.

– Estou gravando... e o que é isso ?

– Hoje é dia da faxina, anda logo, a Evy não está e eu preciso arrumar isso tudo antes dela voltar.

– Mas ela só volta daqui a duas semanas.

– É a ultima faxina antes do ano que vem, eu prometo, agora vai... – Ela joga o pano.

– Tem alguma coisa pra dizer Evy ?

– Claro – ela pega a câmera da mão dele – Evy volta logo pelo amor de deus, o Hook é muito bagunceiro e os casacos estão em promoção !.

– Ei já chega, não é hora de propaganda, vamos arrumar aqui.

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– Pronto já arrumamos tudo, agora podemos descansar ? – Hook perguntou.

– Pronto agora podemos gravar – disse Jack.

– Tudo bem, então pega o álbum ai.

Jack se levanta e pega o álbum, ela abre....

– E foi assim que a minha historia feliz começou – disse Hook apontando a câmera para a pagina no álbum.

– Só a sua ? – Jack pergunta.

– Tudo bem, a sua também – ele a abraça – me faça um favor, leia a descrição da foto ?

– Claro... olha, essa foto foi aquela que você tirou onde eu e a Evy estávamos desprevenidas.

– Isso.... agora leia.

– Tudo bem. Pronto ?

– Sim.

– Era uma vez... Sério Hook ? Era uma vez ? – ela debocha.

– Só leia...

– Era uma vez, um cara que não tinha dinheiro, casa, ou comida, era um total ferrado na vida. Um dia esse cara sofreu um leve acidente de carro, mas ele não achou isso uma coisa ruim, porque ele conheceu uma das garotas mais lindas que já vira na vida. Jackqueline era seu nome, uma moça sorridente, e alegre, Jack tem a personalidade forte, e é amiga para todas as horas, Anthony ficou feliz por ter conhecido Jack. Logo depois de conhecer Jack, ele conheceu a sua melhor amiga Eva, a amiga que é mais que uma simples médica, é a amiga protetora, e que se importou muito com Anthony. Logo de cara, ela lhe ofereceu abrigo. Anthony não estava acostumado a ter tanta atenção assim, principalmente de duas pessoas que ele nunca viu na vida.

– E muda de foto – disse ele.

– Olha a Emma... – ela sorri – pega desprevenida também !

– Leia !

– Anthony conheceu também uma dama muito bonita, ela era forte e independente. Tinha um sorriso lindo e olhos perfeitos, seu nome era Emma Swan, tinha o toque delicado, essa moça era sua médica, Anthony logo de cara se apaixonou por ela. E também pensou que nada sairia da li. – Mas o amor é um mistério, Emma e Anthony sem saberem tinham muita coisa em comum.

– Agora vira a pagina... – ele pediu.

– Vamos fazer de um jeito melhor – ela levanta e vai até o computador – vamos assistir essa historia, mas para isso vamos voltar no tempo certo ?

– Jack o que vai fazer ?

– Verás meu caro Hook.

Ela levanta a tampa da impressora, e coloca o álbum para escanear, e com um “toque de magia” o livro começa a ser reproduzido como filme...

__________________Minha família nada convencional_______________

– Eva desça ! Venha conhecer seu primo Jefferson ! – Cora gritou da escada enquanto Henry segurava a câmera.

– Já vou mamãe – disse Evy descendo as escadas.

– Cora onde está a Ruby ?

– Ela está dormindo – Cora responde com o pequeno Jeff no colo.

– Deixa eu ver mamãe – a menina fica nas pontinhas dos pés para ver o bebezinho.

– Aqui está – ela se agacha.

– Ele tá dormindo ! – ela reclama.

– Ele é um bebê, e bebês dormem muito Eva – respondeu Henry.

– Tia Lilah !! – a menina grita ao ver a tia e corre para abraça-la.

– Oi pardal ! – a mulher responde com um sorriso fraco, sua expressão era cansada.

– Tudo bem com a senhora tia ? – a menina pergunta, enquanto se senta no chão de frente para mulher que estava na cadeira.

– Estou, só um pouco cansada, a tia esta com sono só isso – ela sorri.

– Ah... então suba lá pra cima, e vá dormir, nós faremos shii ! – ela usa os dedinhos.

– Eva deixa a sua tia quieta ! Vá brincar com o Graham – sussurrou Cora.

– Tudo bem, até logo tia – a menina abraça a tia e sai correndo.

– Você está bem Lilah ? – Henry pergunta ainda gravando.

– Estou, e você... pare de bancar o câmera-man – ela sorri e tosse.

– Ei sem esforços, lembre-se do que o médico disse – a irmã a repreende.

– Qual é Cora, todos nós, sabemos que não vou durar muito, então deixa eu aproveitar – Lilah rebate com humor.

– Pare de falar assim ! – Cora retruca – você vai ficar bem !

– Não adianta mentir, sabemos que não vou conseguir ver Graham e Jefferson crescer, e eu agradeço por você estar pagando esse tratamento para mim, mas pare, você está jogando dinheiro fora, eu não vou melhorar.

– Não diga isso Lilah, pense nos meninos – Henry tenta acalmar os ânimos.

– E é pensando neles que eu quero que vocês assinem alguns papeis que estão dentro da minha bolsa – disse a moça de grandes olhos castanhos – se importa de pega-los Henry ?

– De jeito nenhum – ele vai até lá e pega a bolsa – tome.

– Aqui, eu preciso que vocês assinem esses papeis – ela os tira da bolsa.

– Mas o que é isso ? – Cora pergunta.

– São papeis da guarda dos meninos !. Eu quero que vocês assinem, não vou deixar os meus filhos com a família do meu falecido marido.

– Mas Lilah, está muito cedo para pensar nisso, você vai se livrar. – Henry responde.

– Não adianta mentir, nós sabemos que essa doença não tem cura. Agora por favor assinem ! – ela tosse.

– Tudo bem, nós assinamos, mas fica vendo, você vai ver os filhos do Jefferson ! – Cora fala com a voz embargada.

Os dois assinam e Cora abraça a irmã casula, mesmo não querendo aceitar a verdade, ela sabia que esse dia iria chega.

– Pronto agora eu posso partir sossegada – ela fala com um sorriso.

– Fique tranquila, não deixaremos a família do George pegar os meninos – Henry sorri.

Nessa mesma hora Eva e Graham entram correndo.

– Papai, papai, papai, podemos brincar com o Jeff ? – ela pergunta.

– Ele ainda está dormindo – Cora responde.

– Ai ele só dorme ! – ela resmunga.

– Dorme agora para de noite não deixar ninguém dormir – Graham reclama.

– Graham tenha paciência, ele é seu irmãozinho ! – Lilah fala calmamente.

– Ah mamãe, ele só dorme e chora !.

– Você vai se acostumar. Me prometa que vai cuidar dele ?

– Por que está dizendo isso mamãe ? – o garotinho pergunta.

– Lilah...

– Ele tem que saber – ela fala.

– Ele só tem 6 anos – Cora responde.

– Por que está todo mundo bravo ? Eu fiz alguma coisa ? – o menino pergunta.

– Graham vem cá – ela estende a mão e o garoto vai até ela – Você já é um homenzinho e está na hora de você saber da verdade.

– Pode falar mamãe – ele pega na mão dela.

– Olha, logo, logo, a mamãe vai embora e ficar com o papai, e eu espero que você cuide do Jefferson.

– Você vai pro céu ? – ele pergunta com os olhos marejados.

– Vou, mas não fique triste, você ficará com a Eva, Ruby e o Jeff. Você vai ter que aguentar.

– Não ! A senhora não pode ir, eu preciso da senhora aqui, o papai está bem sozinho ! – ele deixa algumas lagrimas caírem.

– O papai está com saudades – ela retruca passando a mão no rosto dele.

– Então vamos todos, ou não vai ninguém ! Eu me leva junto ! Por favor – ele chora.

– Você tem que ficar, o Jeff precisa de você.

– Não ! Ele precisa de você ! E eu também ! Eu não quero que a senhora vá pro céu ! – ele sai correndo.

– Graham ! – Lilah grita.

– Eu vou ver se ele está bem – Cora vai atrás.

Henry coloca a câmera ainda ligada em cima da mesinha e também sai, deixando apenas Lilah e Eva na sala. A menina a olha com carinha de choro.

– Evy...

– Eu não quero que a senhora vá embora tia, por favor fica. – a menina solta tudo de uma vez.

– Vem cá pequena latina – a mulher a chama.

– Oi...

– Você me promete que vai cuidar do Jefferson ? – a menina balança a cabeça.

– Mas por que você tem que ir ?

– Meu tempo aqui já está acabando.

– Então coloca mais ficha na maquina da vida e fica, eu tenho dinheiro, eu estouro o porquinho e te dou o dinheiro mas fica.

– Você tem um bom coração Eva, você vai ajudar muita gente, mas no meu caso não há mais nada que você possa fazer, apenas me deixe ir.

– Mas eu não quero que a senhora vá, e o Graham ? E o novo bebê ? Como eles vão ficar sem a senhora ?

– Eles ficarão bem, porque você vai estar perto sempre que eles precisarem – ela sorri – me faça um favor ?

– Pode falar.

– No dia em que você me ver descer dentro daquela caixa gigante e ver os homens jogando terra em cima de mim, abrace forte o Graham, você pode fazer isso por mim ?

– Posso – a menina chora.

– Então me abrace forte – ela pede e a menina a abraça.

Não demorou muito para Eva realizar o pedido de sua tia, Jefferson estava com 9 meses, aquele dia foi o pior dia da família Zambrano, Graham estava calado, Cora a todo momento ficou perto do sobrinho, Henry estava acertando as ultimas coisas importantes como as flores do caixão de Lilah, a mulher sempre disse que odiava rosas, ela sempre preferiu lírios. E é chegada a hora em que todos queria que não chegasse, os coveiros desciam o caixão da mãe de Graham, o menino chega perto do buraco, ele olha para o caixão e deixa duas lagrimas caírem, Eva que estava do outro lado, perto de seu tio que chamavam de Gold, vai até o menino, olho para o caixão e olha para ele, ela se lembra da promessa que fez a sua tia e abraça, ela deu o abraço mais apertado que seu corpo franzino e delicado poderia proporcionar no quesito força, Graham encosta a cabeça em seu ombro e chora.

– Não chora Graham, o papai do céu pegou ela no colo e a colocou para dormir, na beliche que ela vai dividir com o tio George.

– Eu quero ir junto. Eu estou com medo.

– Eu estou aqui, olha segura na minha mão, assim nós dividimos o medo – eles dão as mãos.

E de repente na tela da TV surge a tarja...

Quatro anos depois...

– Eva, Graham ! Ruby e Jeff acordem ! Rápido ! – disse Henry todo tremulo.

– O que foi papai ? – Eva pergunta.

– Se vistam !

– Por que ? – Graham pergunta.

– A sua mãe está dando a luz ! Rápido gente ! – escuta-se os gritos de Cora no fim do corredor.

– É agora, a neném vai nascer ! – Jeff fala todo feliz.

– Graham segure a câmera tá legal ! – Henry entrega a câmera.

– Certo... o que eu faço ? – o menino pergunta.

– Primeiro... vista as calças ! – Eva responde e pega a câmera, Graham se veste e pega a câmera.

– Vamos meninos ! – Henry já vinha com Cora apoiada em seus ombros.

– Tia como se sente ? – Graham grava.

– Bem, tirando o fato de estar dando a luz – ela sorri. Era visível o suor na testa de Cora.

– Vem Jeff ! – Ruby o chama com o casaco na mão.

– Já vou ! – o garoto tropeça no cardaço solto – ai !

– Levanta ! – Ruby o ajuda e os dois descem as escadas logo atrás de Cora e Henry.

– Graham liga o carro ! – Henry dá a chave.

– Henry ! Ele só tem 10 anos ! – Cora fala em meio as dores.

– Certo... então Graham e Eva segurem a sua mãe, eu vou ligar o carro – ele disse todo atrapalhado.

– Tudo bem tia, segure a minha mão quando sentir dor, aperte – Graham fala.

– Isso mesmo mãe.

Cora sente uma dor e aperta as mãos de Graham e Eva, os dois só faltam desmaiar de tanta dor, Cora espremeu a mão de cada um.

– Por que o Graham tá vermelho ? – Jeff pergunta.

– A Evy tá sem fala ! – Ruby abana a irmã.

Logo depois Henry chega e leva todos para o hospital local. As crianças ficaram na recepção, Henry estava impaciente, passava a mão nos cabelos, andava de um lado para outro, e nada da enfermeira trazer noticias.

– Papai por que está demorando ? – Eva pergunta.

– Não sei, eu também gostaria de saber !

– Estou com fome – disse Jeff.

– Graham vá até a maquina e traga um pacote de batatinha e um refri – Ele dá o dinheiro.

Não demorou muito o menino já estava de volta, as crianças comiam e Henry estava desesperado, até que o obstetra chega.

– Henry Zambrano ? Gostaria de conhecer a sua filha ? – ele fala levantando a mascara hospitalar.

Henry abre um sorriso e assente. Ele deixa as crianças na recepção aos cuidados da recepcionista.

– Oi – ele sussurra ao entrar.

– Oi – Cora fala com um grande sorriso – Vem conhecer ela.

– Ela é tão pequena. – ele sorri e dá um um beijo na testa de sua mulher.

– Como vamos chama-la ? – Cora pergunta.

– Você que teve o trabalho de dar a luz, então nada mais justo de você escolher o nome. – ele sorri.

– Humm, então vai se chamar Belle. – ela sorri.

– Legal, temos uma latina, uma americana e agora uma italiana – Henry brinca.

Escuta-se batidas na porta.

– Podemos entrar ? – perguntou Jeff.

– Claro ! – respondeu Cora e o médico abriu a porta para as crianças entrarem.

– Venham ver a nova irmanzinha – Henry sorri.

Os meninos foram os primeiros, Graham teve que segurar Jeff no colo para ele poder ver melhor, Eva e Ruby vieram depois. Eva abre um grande sorriso.

– Como ela se chama ? – Ruby pergunta.

– Belle – os dois respondem.

Graham levanta a câmera e fala;

– Então bem vinda ao mundo Belle.