– Respira... inspira...respira...inspira – Eva estava examinando Madeleine.

– Eu estou bem, não precisa se preocupar – disse a mulher sentada na cama.

– Você ficou mais branca do que papel, e soou frio, é claro que você não está bem – disse ela pegando o estetoscópio.

– Você carrega tanta coisa nessa mala – ela sorri.

– É, eu sempre trago, vai saber quem vai ser o abençoado que vai se machucar – ela ri.

– Eu já disse que estou bem Eva – disse Madeline enquanto Eva posicionava o instrumento no peito dela.

Depois de examinar Madeleine, Eva se senta ao lado da mulher.

– Mas o que foi que você viu para ficar daquele jeito – disse ela sorrindo.

– Nada... acho que foi um súbito – disse Madeleine sorrindo de volta.

– Procure comer direito, e tomar mais água, não quero que você morre – disse Eva chegando mais perto da mulher.

– Obrigada pela preocupação. Mas volte para o quintal, vá se divertir, eu vou ficar um pouco aqui.

– Ainda está passando o mal ?.

– Não, eu estou bem, só quero descansar um pouco.

– Tudo bem, eu fico aqui com você – disse ela se deitando no chão.

– O que ? Vai ficar ai deitada no chão ?

– Por que não ? Apenas me passa o travesseiro.

– Tá brincando.

– Não é sério...

– Posso te fazer uma pergunta ? Por que se importa tanto comigo ? Nenhum dos seus outros irmãos e irmãs ligam para mim.

– Madeleine eu não sei porque mas me sinto bem quando fico perto de você, desculpe se eu encho muito as suas paciências mas eu acho tão confortante quando você sorri, desculpe mas você me parecia tão triste quando te conheci, eu pensei que tinha a obrigação de colocar um sorriso no seu rosto, mesmo que seja um sorriso fraco.

– Eu agradeço isso que você faz por mim, mas eu acho desnecessário que você fique se importando tanto comigo.

– Bobagem, eu vou quero me importar com você, agora faça shiii – ela usa os dedos – para que eu posso dormir.

Enquanto isso do lado de fora da casa, Henry e Cora ainda estavam deitados no chão. Troy tinha voltado a brincar.

– Cora ????.

– Sim, Henry ?

– Meu bebê vai casar. – disse ele desanimado.

– É... – ela responde.

– Cora ????.

– Sim, Henry ?

– Eu vou matar o David...

– Não faça isso, Eva vai ficar muito zangada com você – ela responde calmamente.

– Cora ???

– O que é Henry ?

– Vamos sequestrar a Eva no dia do casamento dela, daí o David desiste.

– Henry... Eva já é adulta e sabe o que faz.

– Não, ela ainda é o meu bebê, ela ainda é a menininha que dormia com a cabeça no meu ombro quando chovia forte.

– Henry, Eva não tem mais 2 anos, ela já está com 30 anos.

– Ela ainda é o meu bebê, não interessa o que diga – disse Henry.

– Mas Henry...

– Mas nada ! Entrar eu preciso tomar um banho.

Passadas algumas horas Madeleine acordou e viu Eva dormindo no chão, a moça estava, com uma das mãos segurando a orelha.

– Não seria possível … – foi tudo o que Madeleine conseguiu falar.

Há muitas coisas que Eva fazia que Madeleine desconfiava. Depois que as duas acordaram, Eva desceu e foi brincar com Troy e Madeleine estava arrumando as malas a mulher estava triste, uma tristeza de repente se fez presente no coração de Madeleine a mulher estava chorando, Jack que passava pelo corredor viu a porta entre berta e percebeu os soluços de Madeleine, Jack pensou em entrar no quarto mas achou melhor deixar a mulher sozinha, ela precisava desabafar. Mas segundos depois a moça desistiu e entrou no quarto, ela não disse nada, apenas a abraçou, o abraço foi longo, Jack queria passar a segurança de estar lá, ela queria dizer que intendia o que Madeleine passava. Depois do abraço Jack sorriu para a mulher e saiu do quarto.

– É isso me aliviou também – disse Jack enquanto andava pelo corredor.

Já estava na hora do pessoal ir embora, Peter fez questão de passar por lá para dar um tchau para todos e Ruby.

– Então você já está de saída. – disse ela caminhando com Ruby pela pequena estrada.

– É... foi bom passar esses dois dias aqui – ela sorri – foi bom ter visto você de novo.

– Digo o mesmo, será que dá tempo de você voltar comigo até o Vision ? Quero lhe mostrar uma coisa.

– Acho que dá – ela sorri – só vou avisar os meus pais.

– Tudo bem.

Ruby pega o celular e liga para mãe, Cora diz que está tudo bem, mas que ela não demorasse, Ruby subiu na garupa da moto de Peter e os dois foram para o Vision. Chegando lá, ele abre o bar.

– Vem quero lhe mostrar um vídeo que eu achei – ele a puxa pela mão.

– O que é ? – ela sorri.

Ele vai até o telão e o liga, ele arruma uma poltrona para ele e ela.

– Sente-se – ele fala com um sorriso.

– Tudo bem.

Ele aperta o play e um vídeo antigo começa, Peter achou um vídeo caseiro que seu pai fez quando ele e todos os filhos de Henry eram pequenos. O Vision estava a todo vapor, era verão Cora e Henry conseguiram a guarda de Graham e Jefferson, era a primeira vez que eles estavam passando as férias lá, Jeff e Peter estava se divertindo no lago, Ruby e Belle brincavam entre as arvores, Eva e Graham brincavam nos balanços.

– Ruby vem brincar com a gente – Jeff a chama.

– Pode ir Ruby, eu vou brincar com a Evy e o Graham – disse Belle correndo em direção ao balanço mas foi pega no colo pelo pai de Peter – Oi tio Paul – ela ri.

– Ola princesa, sabia que você parece uma princesa ? – ele pergunta.

– Eu gosto de princesas – ela ri – da Bela e a Fera.

– E quem é a Fera ? Seu pai ? – Paul zoa Henry que segurava a câmera.

– Hahaha sem graça, deixe a menina ir brincar.

– Tudo bem, vá lá gracinha, bonita sua filha Henry, graças a deus parece com a mãe. – Cora ri.

– Ei, pare de saçaricar com a minha mulher – disse Henry.

– Tudo bem !!.

– Papai, papai, olha – Peter o chama.

– Fala filho ?

– Olha o que eu sei fazer – o menino corre e dá um mortal e cai na água.

– Parabéns !! esse é meu garoto. – Paul ri.

– Tio Paul podemos andar no jipe ? – Eva pegunta chegando perto do carro.

– Claro tome as chaves – ele entrega as chaves.

– Paul ! A Eva só tem 14 anos, ela ainda não sabe dirigir – disse Cora pegando as chaves do carro da mão de Regina.

– Ow, você quis dizer, eu dirijo e você se diverte ? – ele pergunta para a menina.

– Isso – Eva ri.

– Então tá vamos – ele já ia subindo no carro.

– Paul larga essa câmera – disse Henry.

– Não cara, momentos assim não se repetem.

– Então eu dirijo – disse Cora – vamos Eva.

– Eba !! – a menina comemora.

– Vai lá amor – Henry grita.

– Deixa de ser puxa saco Henry – disse Paul – sua mulher sabe dirigir.

Cala a boca.

Depois do vídeo acabar os dois ficaram conversando bastante, Peter tenta resgatar um ursinho para Ruby mas acaba pegando um lobinho.

– Olha o meu preferido – ela ri.

– Fico feliz que tenha gostado.

– Eu amei tudo isso.

O telefone de Ruby toca, era Cora a chamando para terminar de arrumar as malas.

– Tenho que ir – disse ela triste.

– Ah tudo bem, eu te levo – ele fica triste também.

Ao chegarem em casa Peter e Ruby conversam ainda mais, os dois não queriam dizer tchau.

– É... chegou a hora, acho que te segurei aqui por muito tempo – Ruby sorri desanimada.

– Eu nem vi a hora passar. – ele passa a mão na cabeça.

– Então tchau – ela levanta a mão para o cumprimenta-lo.

– Tchau – ela aperta a mão dela mas não consegue soltar.

– Você precisa ir embora – ela fala e sorri.

– Você não solta a minha mão – ele responde do mesmo jeito.

– Você que grudou e não solta mais – ela se aproxima.

– Meu braço já tá cansando – ele fala.

– Eu digo o mesmo.

– Seus olhos são lindos – ele fala.

– Obrigada – ela fica vermelha.

Os dois ficam tão próximos mas mesmo assim continuam a apertar as mãos, até que Peter se cansa e segura o quadril de Ruby, amoça coloca a mão no pescoço dele, os dois se encaram e finalmente se beijam.