I'll Always Come For You escrita por Bia Stowe


Capítulo 75
Problema matemático


Notas iniciais do capítulo

Oi gente mais um cap, acho que a historia da Jack ficou bem clara nesse cap, e digamos que nunca foi flores, mas como todo mundo sabe, alegria e ozadia é o lema da nossa doidinha kkkk. Boa leitura :)



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– Podemos conversar ? – ele pergunta colocando o copo na mesa onde moça estava sentada.

– Claro – ela responde puxando a cadeira.

– Ele a encara – Me responde uma coisa.

– Pode falar.

– O que você quer de mim ?

– O que ?

– Por que só me procura quando quer alguma coisa ? Você não dá a minima para mim depois que consegue o que quer – ele articula mexendo no copo.

– As coisas são complicadas... você não iria intender.

– Tenta me explicar porque até agora eu só estou fazendo papel de otário aqui.

– Você é muito novo para mim... – ela abaixa a cabeça.

– É só isso ? – ele fica perplexo – você acha novo demais ? Isso não faz nenhum sentindo Jackqueline, será mesmo esse motivo ? Ou você não quer contar o que é.

– Eu não posso cair de cabeça em um amor que talvez dure alguns meses – ela responde ainda com a cabeça abaixada.

– Então você prefere ficar assim ? Ficar com um e com outro, prefere beber ao ponto de acordar no dia seguinte com um cara que não vai te ligar ? Prefere passar por tudo isso ao ficar do lado de uma pessoa que quer estar ao seu lado ? – ele fala olhando fixamente para ela.

– Você é muito imaturo Jefferson.

– Eu sou imaturo – ele ri sarcasticamente – eu estou aqui me declarando para você. E você só sabe me esnobar, e eu sou o infantil, na boa eu só peço uma coisa. Procura outra forma de me dar um fora porque essa não colou, aliás, não precisa, eu já intendi o recado, vou te deixar em paz Jack. – disse ele se levantando da cadeira – mas uma coisa eu vou ter que dizer, você desperdiça muito seu tempo tentando encobrir esse seu medo de ser amada. – ele sai da mesa e vai para o banheiro.

Jack fica na mesa ainda tentando digerir o que acabou de escutar, fora a primeira vez que ela escutou aquilo, e de certa forma Jefferson estava com a razão, mesmo sabendo que Eva a amava incondicionalmente, ela ainda tinha esse medo se ser amada. Ela tinha um bom motivo, Jack perdeu a mãe quando tinha 9 anos, nunca conheceu o pai, tudo o que ela conseguiu nesses anos todos foi a amizade de Eva, as duas se conheceram quando ela tinha 15 anos, durante 6 anos, Jack ficou sozinha no mundo, ela não tinha ninguém que chegasse até ela e desse um abraço, ou simplesmente um oi. A moça ficou mal por ter essa conversa com o rapaz, e ela não podia fazer nada para evitar mais dor.

Madeleine notou a tristeza no rosto de Jack, então ela pediu licença para Henry e Cora, e foi se sentar com a moça mesmo sabendo que ela não era muito chegada a ela.

– Olá posso me sentar ? – ela pergunta com um sorriso fraco.

– Pode... – a moça responde desanimada.

– Jackqueline... – ela a chama.

– Sim – ela levanta a cabeça.

– Desculpe mas não pude deixar se ouvir, a sua conversa com o Jefferson... – Jack abaixa mais uma vez a cabeça. – olha levante a cabeça – ela coloca a mão no queixo da moça a fazendo levantar a cabeça. – Você é uma moça tão bela, não fique triste, as vezes as pessoas não intendem os nossos medos.

– Eu só... não posso me aproximar dele, eu não sou uma boa pessoa.

– Mas é claro que você é uma boa pessoa, você não errou em momento algum, foi sincera.

– E por que eu me sinto tão culpada ?

– Talvez seja o fato de se importar demais com ele. Olha você deve ter seus motivos para se sentir assim, e quer saber, ele deveria respeitar isso – ela chega mais perto dela – e aqui para nós, eu quando tinha a sua idade fazia a mesma coisa que você faz, não se sinta triste, apenas de tempo ao tempo, e na minha opinião, você deveria tentar alguma coisa com ele, ele já deixou bem claro que gosta mesmo de você.

– Madeleine não é fácil para mim se sentir amada, eu nunca tiver alguém que se importasse desse jeito comigo, e eu não sei o que fazer. Me sinto culpada, eu não sou esse anjo que ele pensa que eu sou. Eu já fiz muita coisa errada.

– Pessoas cometem erros, muitos erros, mas é desses erros que aprendemos, me escute eu cometi um terrível erro no passado, e eu sei que sempre voltam para nos atormentar, mas você deve encarar de frente, erros são sempre perdoáveis se você tiver coragem de admiti-los, e isso não lhe torna uma fracassada, lhe torna uma pessoa melhor.

– Eu preciso tomar um ar, você pode vir comigo ? – ela pergunta se levantando da mesa.

– Claro.

– Sabe é bom encontrar uma pessoa para conversar que apenas escute e apenas fale quando eu precisar. – ela sorri.

– As duas saem do bar e começam a caminhar pela estrada de terra batida do campo.

– O que eu estou dizendo é, ele é muito bom para mim – Jack fala enquanto olha para o céu que já estava ficando escuro.

– Não diga isso, olhando desta forma até parece que se você tivesse a chance de ser outra pessoa você agarraria sem pensar duas vezes. – Madeleine fala com um tom de desaprovação pelo o que foi dito por Jack.

– É que mesmo depois de errar tanto, parece que eu ainda cometo os mesmo erros – ela responde passando a mão no braço.

– Esses erros foram tão grandes assim ? – Madeleine pergunta.

– Eu nunca contei isso a ninguém mas já que estamos tento essa conversa... acho que vou ter que contar tudo direitinho, minha mãe morreu quando eu tinha 9 anos, eu nunca conheci meu pai, eramos só eu e ela, ela era o meu tudo, depois da morte dela eu me envolvi em problemas com a policia, digamos, que eu meio que fiz parte de uma gangue, quase fui presa, me fizeram um acorde sobre custodia do governo, eu tinha que andar na linha e não poderia mais fazer parte do esquema de trafico de drogas, morei em Liberty City , tive que me afastar de tudo isso, morei em uma especie de ONG durante a minha adolescência, a única coisa que eu fiz foi estudar muito, no dia em que conhecia a Eva estava voltando para a ONG, tinha conseguido passar no cursinho que fiz, não tinha com quem comemorar então decidi fazer isso por conta própria, estava voltando quando eu vi uma menina muito engomadinha passar na rua, até estranhei uma pessoa usar aquele tipo de rua em um bairro pra lá de pobre em Miami. Não dei muita bola continuei a andar e deixei ela para trás, só que eu escutei um grupo começar a mexer com ela dei meia volta e fui ajuda-la. Um dos caras do grupo queria briga, eu empurrei a Evy para trás de mim e disse que se ele quisesse brigar por mim tudo bem, não tinha nada a perder mesmo, a verdade era que estava morrendo de medo – elas riem – mas eu não podia dar para trás, sorte que sempre passa um guardinha fazendo a ronda, ele dispersou o grupo. Eu estava vindo embora, deixei ela lá parada no meio da rua, ela veio trás de mim. Não nem sempre fomos tão ligadas assim. – ela sorri.

– Ah não ? Eu nunca vi vocês brigarem – Madeleine responde.

– Bom, eu já tinha feito demais por ela, mas seria muita sacanagem deixa-lá ali, eu sabia que aquele lugar era perigoso, nem eu gostava de passar por lá a noite. Eu a chamei de canto e perguntei o que ela fazia ali. Ela me disse que tinha brigado com o pai porque ele não queria dar um carro a ela. Eu briguei com ela, disse que enquanto ela brigava por coisa boba, tinha gente desejando passar nem que fosse um minuto perto de seus pais falecidos. Ela estava assustada, eu vi o medo em seus olhos, e pela primeira vez depois que a minha mãe faleceu eu fiz uma coisa boa, gastei meus últimos 20 dólares para leva-la para casa. Eu fique abismada, ela nunca tinha pegado um metro antes, depois que eu cheguei na casa dela, e a mãe dela estava em desespero, quando Cora a viu, correu e deu um abraço que sinceramente, eu senti inveja dela, eu queria estar no lugar dela para poder ganhar aquele abraço. Depois daquilo eu e ela nunca mais nos separamos, eu consegui ganhar uma bolsa da faculdade, eu fiz musica e ela medicina. E cá estamos, e é por isso que eu não acho que eu seja a pessoa perfeita para o Jeff , acho que se ele procurar mais, vai acabar encontrando uma pessoa melhor. – ela solta um meio sorriso.

– Desculpe tocar de novo nesse assunto, mas quando disse trafico de drogas você...

– Ah não, não, eu não usava apenas vendia, eu nunca intendi a graça de usar aquele treco e depois ficar parecendo zumbis.

– Viu você não é uma pessoa ruim, o perigo bateu varias e vairas vezes na sua porta, mas do seu jeito você se manteve firme.

– É incrível como você consegue ver a luz no fim de cada túnel. – ela sorri – Mas e você ? Qual foi o seu grande erro ?

– Já que você me contou o seu acho justo contar o meu, mas me prometa que ficará só entre a gente ? É que ainda não sabem do verdadeiro motivo.

– Tudo bem, segredo é segredo.

– Eu engravidei quando tinha 16 anos, eu não sabia o que fazer então dei a criança para a adoção, agora estou a procura dela.

– Eita – foi tudo o que Jack consegui dizer.

– É eu sei, muito pesado esse erro...

– Não olha, você tinha apenas 16 anos, não tinha como ficar com um bebê, e tenho certeza que o pai fugiu não é ? – Madeleine faz que sim com a cabeça – então o que você poderia fazer ? E sabe-se deus se esse bebê não está bem agora ?

– Espero que sim.

– Mas você já tem alguma ideia de onde está esse bebê, que já não é mais tão bebê ? – ela sorri.

– Sei que ele está aqui em Miami.

– Só isso ?

– Só, foi por isso que vim passar uma temporada com os Zambranos, eu conheci o Henry na marinha, e eu descobri que ele morava aqui então...

– Ah... então quer dizer que você está a procura da sua filha, como sabe que eles moram em Miami fica um pouco mais fácil de procurar se tiver um lugar fixo...

– Isso mesmo – ela sorri.

– Mas por que não quer contar a eles ?

– Digamos que eu tenho um certo orgulho, e eles já fazem demais em me aceitar na casa deles, não quero mais ajudas, e depois se for para mim encontrar a minha filha que seja por conta própria assim como eu a deixei, quero encontra-la... sozinha.

– Então é uma menina... mulher por quem você procura ?

– Isso.

– Tomara que você a encontre, estou torcendo por você, sério mesmo. – ela sorri e a abraça.

– Obrigada Jack. – ela retribui o abraço.

– Agora vamos embora, aqui está cheio de mosquitinhos – Jack se estapeia.

– Vamos...

Ao caminharem de volta para o bar, Jack sente calor, então a moça resolve tirar a blusa, ao fazer o movimento Jack deixa a mostra um pequeno pedaço de sua pele, onde tinha uma pequena marca, Madeleine estreita os olhos e consegue enxergar, tinha formato de um pequeno pardau um pouco mais debaixo do braço esquerdo perto do quadril.

– Jack... onde consegui isso ? – ela pergunta como não quer nada.

– Ah... eu tenho desde que nasci – ela sorri.

– Ah... vamos, acho que estão nos esperando – a mulher apressa os passos.

E não é que a mulher tinha razão, estavam todos esperando as duas para poderem ir embora. Ao chegarem lá todos subiram no carro menos, Ruby e Eva.

– Tchau Ruby... foi bom vê-la de novo – disse Peter com um sorriso fofo.

– Tchau... espero ver você antes de irmos embora. Alias, não quer ir amanha no rancho ? Será o nosso ultimo dia lá então... – ela o convida.

– Claro, estarei lá – ele responde.

– Então até amanhã.

– Até...

Nisso Ruby se vira e faz menção de entrar no carro, logo atrás veio Eva.

– Uhh parece que tem alguém apaixonado – ela cantarola.

– Para Eva, eu não estou apaixonada – disse Ruby entrando no carro.

– Ah não magina, a Belle é quem está – Eva retruca também entrando no veiculo.

– Tchau Ruby – e mais uma vez Peter se despede.

– Tchau – ela solta um sorriso.

– Tchau pra mim também né little B. – Eva brinca. Cortando o clima.

– Tchau Evy.

E assim a família voltou para casa, chegando lá, o pessoal tomou banho e foram comer alguma coisa, David aproveitou o momento para “sequestrar” Eva.

– David, vão senti a nossa falta – ela ri.

– Não vão não, eles estão comendo, vem. – ele a coloca em suas costas.

– Onde vamos ?

– Quando eu cheguei aqui viu um lugar muito bonito e hoje é noite de lua cheia, vai ficar perfeito.

– O que ? – ela não intende.

Eles finalmente chegam no tal lugar, David coloca Eva no chão e espera dar alguns minutos, ele não tira os olhos do relógio de pulso.

– David...

– Espera – ele sinaliza com o dedo.

– Mas o que você está fazendo ? – ela sorri.

– Só mais um pouquinho.

– Fala logo...

– E... pronto – ele sorri e pega na mão dela – já passa da meia noite.

– E o que isso quer dizer ?

– Que já é outro dia – ele sorri.

– David o que foi que te deu ? Eu não estou intendendo nada. – ela sorri.

– Hoje completamos 2 meses de namoro – ele sorri mais ainda.

– Serio ? – ela sorri e o abraça – eu tinha me esquecido.

– Eu não acredito nisso Regina – ele brinca.

– Mas por que você me trouxe aqui ? Fora esse motivo especial.

– Você é péssima com datas hein ? – ele faz careta.

– Anda logo – ela o belisca de leve.

– Hoje não só completamos dois meses de namoro, como completa 10 meses que nos conhecemos... bom deve ter sido mais, mas eu estava desacordado então não conta – ele ri.

– Eu não acredito que você guardou esse dia ? – ela sorri.

– Eu nunca poderia me esquecer, aliás eu tenho uma coisa para você.

– Outro presente ? – ela resmunga mas feliz.

– Ao menos você é boa de matemática, não é ?

– Sou.

– Ótimo, então eu vou lhe dar um pequeno problema para solucionar. Se juntarmos 10 meses de convivência, mais 2 meses de namoro, multiplicarmos por 5 brigas e dividirmos tudo isso em 2, qual seria o resultado ? – ele pergunta levantando uma sobrancelha.

– Uhm deixa eu pensar – ela faz biquinho...

Enquanto Eva pensava na resposta, David tirava de seu casaco um pequeno brilhante.

– Ai eu desisto... 23 ? – ela sorri ao dar a resposta.

– Não, esse problema é fácil de resolver, e você é a única que pode dar a resposta.

– Não intendi – ela passa a mão no rosto.

– Eva, você quer fazer desse problema uma solução para nós dois ? Quer se casar comigo ? – ele pergunta.


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Notas finais do capítulo

E ai ?....