David não era lá muito de montar em cavalos, e com Eva fazendo o cavalo correr como se fosse uma bugatti só piorava as coisas.

– Evy vai mais de vagar – ele pede mas sem demostrar medo.

– Já estamos chegando, olha ele ali.

– “Graças a deus” Mas porque ele sumiu assim ?

– Nós meio que tivemos uma conversa séria e percebemos que interpretamos a nossa amizade de um jeito diferente.

– O que aconteceu

– Ele me disse com toas as letras que me ama e que fica triste quando me vê junto a você.

– Eu sabia que aquele cara estava com segundas intenções – disse David descendo do carro.

– Como é ? – ela pergunta descendo também.

– O jeito que ele te olha, é de quem não quer só amizade – ele segura a mão dela.

– Ah para David, agora você me fala isso ?

– Se eu falasse antes eu demonstraria ciúmes.

– E agora, o que você está sentido ?

– Ciúmes.

– E qual é a diferença ?

– A diferença é que agora eu posso ter ciúmes de você, estamos juntos, antes só brigávamos.

– Não faz muito sentido David – ela revira os olhos.

– Claro que faz, mas vamos mudar de assunto porque ele nos viu e está se aproximando.... Matthew, onde estava ? – David disfarça rápido.

– É todo mundo está esperando, vamos sair – disse Eva.

– Então vamos, não podemos deixa-los esperando não é ? – dele disse ainda triste.

– Então tá, olha usa o cavalo, eu e o David vamos a pé, não David ?

– Com toda certeza deste mundo, pode ir, e avisa que estamos chegando.

– Tudo bem, não demorem – Matthew sobe no cavalo e volta para a casa.

Enquanto isso Jack, Belle e Ruby conversavam sobre seus antigos relacionamentos.

– Vocês são tão sozinhas – disse Jack encostada no carro.

– Estou sozinha por opção, acho que ainda não é a hora de entrar em um relacionamento. – disse Belle.

– Eu ainda não achei o cara especial para isso – Ruby.

– Vocês são muito paradas, são piores que a Eva – Jack ri.

– Não a Eva é muito lerda nesse lado amoroso, nós só estamos relaxadas enquanto a isso. – Belle responde.

– Mas e você, fala da gente mas é outra que não sabe o que quer da vida – disse Ruby.

– Ah eu, já estou resolvida – disse ela olhando enquanto Jeff entra no carro.

– Ah então já se resolveu com ele ? – Belle pergunta.

– Quase isso.

– Jack você tem que se resolver rápido – Ruby protesta.

– Eu sei, eu sei, mas é que as vezes eu penso que eu não vou fazer bem a ele.

– Não é mais fácil você deixar ele resolver isso ? – Belle pergunta já entrando no primeiro carro junto com as outras duas.

– Você falam como se fosse simples, quero dizer ele é um pouco novo pra mim, tenho quase 30 anos, não posso me deixar levar por uma paixão de momento.

Enquanto isso no carro de trás...

– Eu não acho que esse “relacionamento” vá para frente – disse Jeff fazendo aspas.

– Você tem que tomar as rédias da situação, afinal... quem manda nisso tudo ? Você ou ela ? – Graham pergunta.

– Graham é um relacionamento, não uma guerra.

– Mas é aquase a mesma coisa, mas emfim, você tem que fazer alguma coisa.

– Mas o que ?

– Precisamos de um conselho feminino – disse Graham, e por ventura Emma estava passando perto do carro – Emma ! – ele grita fazendo ela tomar um pequeno susto.

– Graham ! O que foi ? – disse ela com a mão no peito.

– Entre aqui precisamos de ajuda...

– Graham eu não sei se é o melhor a fazer, eu não vou me sentir confortável – disse Jeff já desconfortável.

– Bobagem a Emma já é da família, vem entra. – ele dá espaço para a loira entrar.

– Então o que foi ? – ela pergunta.

– É o seguinte, o Jefferson está com problemas com uma mulher. – Graham explica só metade.

– E que tipo de problemas são esses ? – ela pergunta.

– Ela me faz sofrer – ele responde – eu gosto dela, mas ela goste de brincar comigo.

– O que ? Não intendi, fale de novo mas desta vez mas detalhado.

– Ela só me procura quando quer... bom você sabe, e eu não quero só isso, eu me apeguei a ela, e acho que eu a amo, mas ela não lga para os meus sentimentos.

– Jeff... essa pessoa é a Jack ? – a loira pergunta.

– Como sabe ?

– Fica obvio o jeito que vocês dois conversam, mas achei que vocês estavam em um relacionamento.

– Bem que eu queria, mas acho que ela tem medo de se envolver.

– Olha... já sei, nós vamos até esse tal de Vision, lá vocês em algum momento vão ficar juntos, ai você coloca as cartas na mesa, se você a ama deixa isso claro, e se ela só quiser usar o seu corpo cai fora, mas deixa claro que se ela quiser somente isso ela vai se arrepender depois. Você tem que ter um ponto forte nesse relacionamento, tem que mostrar que não é do jeito que ela quer. – ela fala com firmeza.

– Mas se eu fizer tudo isso e ela acabar se distanciando de mim ?

– Jogue o jogo dela, se ela te tratar com frieza a trate com frieza também, ela virá atrás de você, não se preocupe.

– Como você pode ter tanta certeza ?

– Se você a tratar dignamente você vai te-la na palma da mão, e se acaso ela não quiser tudo isso, ai o problema é dela – ela sorri.

– Obrigado Emma – Jeff sorri – você ajudou muito.

– De nada, agora lembre-se seja um cavalheiro com ela, mas mostre que não está para brincadeiras, agora deixe eu ir para o carro da frente – disse Emma saindo do carro – até lá.

Assim que Emma bateu a porta do carro Graham olhou profundamente nos olhos azuis de seu irmão casula e disse;

– E de repente eu me senti profundamente atraído por essa mulher – ele fala seriamente.

– Cara ela é a namorada do Hook – ele responde o cortando – não pode nem pensar no fato de tentar alguma coisa com a Emma.

– Eu não disse que tentaria, apenas disse que me senti atraído por ela, você viu o jeito pé firme dela ? Senhor que mulher ! De repente ela se tornou a mulher mais perfeita que já conheci.

– Graham ! – Jeff corta os pensamentos maliciosos do irmão.

– Tá parei !

Enquanto Graham ficou pensando no quanto Emma se tornou o motivo do seu sorriso em dois minutos, Eva e David chegaram em casa.

– Pronto, chegamos, podemos ir ? – disse Eva toda animada.

– Claro, mas o Troy e o Henry vão com a gente – disse Cora segurando na mão dos meninos.

– Tudo bem – David sorri.

– Onde está o papai ? – Eva pergunta.

– Está no quarto. – Cora responde.

– Eu vou chama-lo, já desço – Eva corre até o quarto. – Papai ? O senhor não vem ?

– Claro já estou indo – ele responde limpando algumas lagrimas.

– Pai ? O que foi ? Por que está chorando ? – ela chega perto do senhor.

– Nada é que, eu encontrei esse álbum de fotos, sua mãe esqueceu aqui a algum tempo e eu me sentei para recordar – ele mostra o álbum – olha esta foto, só tinha 6 dias que você tinha chegado em casa.

Na foto Eva estava no colo de Henry, a menina deu um beijinho na bochecha do homem, estava calor então Eva estava só de fraldinha.

– Eu me lembro no dia em que você me chamou de papai, você estava no berço, sua mãe tinha ido viajar para a divulgação do livro dela, era só eu e você, estava lendo a historia da branca de neve para você, eu nunca soube fazer a voz da bruxa má direito, mas eu tentava, você deu alguns pulinhos no berço, acho que estava gostando, e quando chegou na parte da Bruxa má você falou “ papa”, eu nunca tinha me sentindo tão feliz por uma coisinha tão pequena como você – ele sorri enquanto algumas lagrimas caiam.

– Ah pai não chora – ela o abraça.

– E essa foto aqui ? Foi quando a Ruby deu os primeiros passinhos, sua mãe estava sentada no sofá, Ruby estava no chão, Cora me chamou bem baixinho para não assusta-la, a sua irmã sempre foi esperta, ela se levantou e esperou até poder se equilibrar, quando ela deu o primeiro passo sua mãe quase chorou, acredita que a Ruby só andou para pegar o cobertorzinho vermelho dela que estava em cima do sofá ? – ele ri.

– Ruby sempre teve uma queda por vermelho. – Eva ri.

– E a Belle ? Ah Belle, sempre tão corajosa, teve uma vez que fui leva-la para tirar sangue, sua mãe não quis entrar para ver a cena, então teve que ser eu. Entrei e me sentei com ela no colo, ela estendeu o bracinho gordinho e a enfermeira colocou a borracha envolta do braço dela, Belle ficou olhando com os olhos bem arregalados. Eu perguntei “ Minha mocinha não vai chorar, não é ?” ela não disse uma palavra, apenas balançou a cabeça, a enfermeira espetou a agulha, Belle fez biquinho para chorar mas segurou as lagrimas, ela sorriu para mim quando me viu. – E mais algumas lagrimas.

– O senhor sempre esteve com a gente papai – ela apoia a cabeça no ombro de seu velho.

Henry passa as paginas do álbum e encontra uma de Jefferson, o menino estava com o uniforme da escola, e com um sorriso forçado.

– Ele nunca gostou muito da escola, nesse dia ele me deu trabalho, acordamos cedo, demos café da manhã para você, Graham e ele, Ruby e Belle foram com a sua mãe para a creche, e eu fiquei de leva-los para a escola, Jeff fez hora para descer com a mochila, chegando na escola, eu vi só dois dos três descerem, olhei pelo retrovisor, vejo o menino me encarando com os olhos vermelhos, eu perguntei o que foi, ele me disse que estava com medo da escola, tive que descer e leva-lo até a porta, entreguei a lancheira dele e fiz uma aposta. “ se você entrar e ficar até o final, te dou cinco dólares todos os dias depois das aulas” Acredita que ele não quis a aposta, dai eu me agachei e fiquei da altura dele, dei um abraço forte nele, e disse “ garoto você é um Mill's Zambrano agora, se alguém mexer com você, mexe com todos, eu estarei aqui quando você sair” eu o abracei, e ele sorriu deixando aparecer as janelinhas, ele entrou correndo.

– Jeff sempre sorridente – ela brinca.

– Graham sempre foi o mais certinho, nunca se meteu em brigas, mas teve uma vez que eu e a sua mãe fomos chamados na escola, ele tinha batido no menino e quebrado os óculos dele, perguntamos o que tinha acontecido, ele nos respondeu que o menino tinha dito que eu a sua mãe não eramos os pais dele, eu conversei com ele, e disse que não era motivo para ele quebrar os óculos do colega, ele disse que era motivo sim, que mesmo sabendo que ele era apenas o sobrinha da sua mãe e nada meu, ele nos ama como se fossemos os verdadeiros pais dele, o Graham chorou muito, ele disse que sentia falta da mãe Lylah, mas se deus achou melhor leva-la embora e deixar ele e o Jeff comigo e a sua mãe, ele abraçaria a ideia de chamar nós dois de pais e vocês de irmãs. Meu menino, meu filho – Henry sorri.

– Não interessa quantos anos nós tenhamos o senhor sempre vai nos ver crianças não é mesmo ? – ela pergunta.

– Sempre, mesmo você que agora me deu um neto, eu sempre vou ver você como se fosse a menininha que dormia no meu ombro nas noites de tempestades – ele responde com um sorriso lindo.

– Eu te amo papai.

– Eu também te amo Regina – ele a abraça.

Depois disso os dois dessem e a família vai em rumo ao Vision.