I'll Always Come For You escrita por Bia Stowe


Capítulo 206
Feliz ano novo - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Olá bruxinhos :3, voltei com um cap extremamente grande, apenas para descontar os dias em que não postei, espero que gostem. tenho que dizer que foi legal escrever esse cap. boa leitura e desculpem os erros. até a próxima



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Já faziam quatro semanas desde que Eva e David chegaram na Carolina do norte, estavam em Andy Grifth. Uma pacata cidadezinha no interior do estado. Eva estava o telefone, falava com sua mãe. Prometera que iria passar o fim de ano com a família, disse também que recebeu ótimas noticias de Rivari sobre o paradeiro o assassino de Riley e Gabriel. A equipe estava trabalhando muito para conseguir pega-lo e fazer de Troy um garotinho livre de ameaças de morte. David também falava com alguém ao telefone. Emma ligava todas os inicio da manhã e fim de noite para o irmão. Queria saber se Eva e o bebê estava bem, e como Troy estava reagindo ao novo e provisório lar. Ao desligar o telefone, Eva sentiu uma pontada em sua barriga.

– Uau... ele quer mesmo chegar logo – disse ela para si – espere até nós voltarmos para Miami meu amor, assim a família poderá te ver – outra pontada – isso foi um sim ? – ela ri e passa a mão na barriga.

Já em Miami, Jack e Ruby faziam compras para o bebê de Eva. Mesmo David dizendo que eles já tinham de tudo as duas insistiram, Jack saiu um pouco mais cedo do trabalho para fazer as compras direito.

– Olha só aquela roupinha de canguru ! – disse Jack apontando para a vitrine da loja de roupas infantis – Eu vou levar !

– Jack essa já é a quinta loja que você entra sem olhar os preços – disse Ruby um tanto ranzinza.

– Não interessa o preço, eu vou ler... – ela pega o macacão nas mãos e o joga sobre o ombro, ela olha de relance para uma outra arara e vê um outro macacão – Oh meu Deus, olha aquele pijaminha de coala ! Vem com orelhinhas ! – a moça correu para pegar a tal peça.

– Evy vai precisar de um guarda roupas gigantesco só para as roupas do Ethan – murmurou Ruby.

Enquanto Jack se acabava nas roupinhas para o “sobrinho”, Ruby resolveu ir dar uma olhada nos brinquedos de pelúcias.

– Com licença, moça, onde ficam os brinquedos anti alérgicos ? – perguntou ela para uma vendedora.

– Por ali, a criança é alérgica a que tipo de tecido ?

– Então é que ele ainda não nasceu na verdade – ela lhe deu um sorriso – sou só mais uma tia babona.

– Ah claro – a moça ri – bom como ele ainda não nasceu eu acho que deveria comprar brinquedos neutros – ela fala para Ruby enquanto caminha até a sessão.

– Neutros ?

– Sim, igual a essa lagartinha – ela pega o brinquedo e entrega para Ruby – ela tem o tecido leve que evita poeiras e pelos, e a criança pode por na boca sem o medo de ter peças pequenas.

– Legal, onde eu encontro mais ?

– Temos uma grande variedade aqui embaixo, mas posso dar uma subidinha no estoque e lhe trazer alguns que só iremos colocar daqui a duas semanas no natal.

– Eu seria eternamente grata, se você fizesse isso.

– Tudo bem, eu volto em alguns minutos.

– Obrigada.

Ruby observou a moça se afastar e deu de cara com uma Jack toda afobada com uma sacola cheia de roupinhas e com mais um macacão nas mãos.

– Olha isso ! – ela levanta o macacão cheio de manchas.

– Isso é de menina, Jacqueline !

– Eu sei mas olha – ela abaixa o corro do macacão e mostra os olhinhos da vaquinha.

– O Ethan não vai poder usar isso ! Você sabe, né ?

– Ué, Evy guarda para quando ela tiver uma menininha, garanto que até lá, não vai mais existir esse modelito lindo.

– Tá bom – Ruby levanta as mão em forma de desistência – Não some, daqui a pouco vamos para o caixa, temos que ir comprar os sapatinhos.

– Tá – Jack solta um olhar de assustada para Ruby.

– O que ? O que foi ? Você viu alguém agindo estranho ? – a moça já fica assustada.

– Não... será que a gente encontra o Supra tamanho infantil ?

– Desculpa, mas, no pé do meu sobrinho só vai All Star...

Jack faz caretas e se afasta de Ruby para ir ver onde que o estoquista estava levando aqueles pequenos casaquinhos de couro ilegitimo. Ruby por sua vez foi olhas as toalhas de banho para o sobrinho. Tomou um leve susto quando uma certa voz a chamou.

– Oi – ele sussurrou perto de sua orelha.

– Ai ! – Jack dá um pulo – Detetive Gabriel, o que faz aqui ? – ela solta um sorriso.

– Estava passeando quando vi uma certa patricinha entretida com toalhas infantis, resolvi entrar e dar um oi – disse ele dando o seu melhor sorriso para a moça.

– Bem, então, Olá – disse ela.

– Como vai a vida senhorita Mills ?

– Ah, o de sempre... sabe. Trabalhando, estudando, sendo ameaçada – ela ri.

– Algum problema ? – ele perguntou sério.

– Não, estou bem.

– Então porquê disse “sendo ameaçada” ? Alguém está lhe importunando ?

– Detetive, foi brincadeira – Ruby não queria se expor tanto assim.

– Ah, não brinque com essas coisas.

– Uau, você continua chato pra caramba !

– E pelo visto você continua essa mesma patricinha.

Os dois se entre olham de maneira intensa, até uma vendedora se aproximar.

– Já foram atendidos ? Ah vejo que procuram toalhas infantis... é para o bebê que esperam ?

Ruby suspira, para não ser grossa coma vendedora resolveu ignorar a presença de Gabriel.

– Na verdade não, eu procuro fraudas de panos para o meu sobrinho que vai chegar, mas estou esperando uma outra vendedora. Obrigada.

– Ah tudo bem, se precisar é só dar um grito.

– Pode deixar, obrigada.

– De nada.

A vendedora se afasta, Gabriel continua olhando Ruby que acaba se incomodando.

– O que foi agora ?

– Quer dizer que você sabe ser ber educada...

– Sim, quando eu quero e com que eu quero.

– Bom saber disso...

– Hey, Ruby olha só que...Santa Maria – sussurrou Jack ao ver Gabriel.

– Sim, Jack ? – Ruby precisou chamar a atenção de Jack pois a moça ficou fora do ar por alguns segundos – O que iria me dizer ?

– Ah sim, é, eu já nem sei mais – ela ri.

– Ah...

– Uhrum – Gabriel limpa a garganta.

– Ahn, J. Lembra do Detetive Gabriel ? Foi ele quem pegou o Aron.

– Ah claro, prazer em conhece-lo – disse Jack com um outro sentido no prazer.

– Igualmente – disse Gabriel apertando a mão da moça.

Ruby viu aquilo e não gostou muito, Jack pareceu muito interessada nele. Não que ela estivesse com ciumes, não era isso, mas é que, como uma pessoa poderia se interessar por outra em tão pouco tempo ? Não era ciumes. Pelo menos ela não achou que era.

– Então, o que faz numa loja infantil ? – perguntou Jack puxando assunto.

– Vi a senhorita Mills enquanto estava passando, resolvi entrar e dar um oi.

– Oh, que atencioso – disse Jack.

– Pois é – disse Jack “Ela precisa mesmo ser tão meiga assim com uma pessoa que conheceu a poucos minutos ?”

– Bom eu já vou indo.

– Sério ? Mas tão cedo ? Achei que ia nos acompanhar, já que...

– Já que, o que ? – perguntou Gabriel.

– Não é que, bom, Ruby deve ter lhe falado sobre a ameaça que estamos vivendo.

– Não. – ele olhou para Ruby.

– Esqueci de mencionar isso, Jacqueline – disse Ruby quase soletrando o nome da amiga.

– Então vou lhes acompanhar até o final de suas compras. Só para ter mais segurança. Não quero ver ninguém tomando tiro de novo.

– Não será necessá...

– Agradecemos – Jack cortou a fala de Ruby.

– Certo.

Cerca de duas horas depois, Jack já estava em seu carro com Ruby no passageiro, a moça estava com a cara fechada e olhava para a janela onde podia ver o carro de Gabriel pelo o espelho do carro.

– Por que está com essa cara fechada ? – perguntou Jack sorrindo.

– Fala sério, Jack. Era mesmo necessário você contar para ele sobre o caso da Evy e o que a gente tá vivendo ?

– Olha se você quer viver uma vida de aventura rodeada de gente querendo te matar fique a vontade, mas eu quero proteção, quanto mais, melhor.

Ruby então se aprofundou ainda mais no banco do passageiro e deu um suspiro pesado. Jack sabia o que estava acontecendo, tudo fazia parte do plano da morena. Assim como ela juntou Eva e David iria fazer a mesma coisa com Ruby e Gabriel. Quando Jack parou no farol, Gabriel pareou o carro ao lado da moça.

– Me segue, preciso pegar alguns itens na minha casa, depois de deixa-las em casa vou direto para a DP.

– Tudo bem – disse Jack.

– Só pode ser brincadeira – Ruby resmungou.

Chegaram no condomínio onde Gabriel morava, ele pediu que esperassem no carro. Enquanto as moças o esperam, Jack resolveu provocar.

– Uau – disse ela batucando os dedos indicadores no volante do carro – ele é realmente muito bonito – sua voz era puxada e cheia de segundas intenções.

– Hm – foi só o que Ruby disse.

– Talvez, eu deva investir – ela provoca – ele é solteiro, eu também sou. E eu sempre tive uma queda por homens de farda.

– Legal – disse Ruby sem nem mesmo querer olhar na cara de Jack de tanta raiva.

– Você viu aquele maxilar ? E aqueles olhos ? Cara e o físico dele ? Aquele homem deve ter uma pegada.

– Jack, cala a boca ! Que coisa chata ! Se gostou tanto dele vá e fala isso para ele, não para mim, eu não tenho nada haver com isso.

– Rá ! Tem sim ! – ela apontou para a amiga – Eu sabia ! Evy estava certa, você tá apaixonada por ele !

– O que ? Não ! Como assim, a Evy te disse isso ?

– Sim, e não é preciso ser um gênio no amor para perceber sua pesada onda de ciúmes, só por eu ter cumprimentado ele.

– Você percebeu ?

– Claro, e outra coisa, eu posso ser louca, posso fazer muita besteira, mas eu nunca vou cair na idiotice, de tentar pegar um cara que uma amiga minha já está tentando pegar.

– Não é exatamente amor...acho que está mais para uma coisa física – disse Ruby tentando explicar com as mão.

– Só uma coisa. Dou total apoio.

– Como é ?

– Qual é Ruby. Você já é de maior, vai fundo.

– É que, Jack...

– Você é virgem. – ela disse sem pestanejar

– Como sabe ?

– Acha que eu não notei. Quando estávamos, eu, Belle, Evy e até mesmo Emma falando desse assunto você simplesmente corria dele. Você fica desconfortável com as brincadeiras que eu faço com as meninas. E eu nunca vi um namorado seu sair daquela casa, ou você voltar contando detalhes de como foi a sua noite.

– É tão obvio assim ?

– Não muito, é preciso um pouco mais de cuidado nos detalhes, e digamos que eu tenho um dom para saber sobre essas coisas – ela ri.

– O que eu faço ?

– Vai na fé.

– Mas...

– Aff's vocês Mills Zambranos são tão cheios de mas... Mas nada. Ruby não vai acontecer de novo. E se na hora que for rolar mesmo você não se sentir bem, é só parar e explicar a situação. O que você namorou não pode ser chamado de homem, ele foi um monstro, mas ele é passado. E se ele mesmo assim querer continuar... mesmo você dizendo não, você me avisa que eu conheço um amigo no sul que ter um arsenal. – ela faz Ruby rir – você é bonita demais pra ficar nessa insegurança toda.

– E como eu faço ?

– Bom, você já sabe onde ele mora.

Ruby guardou aquilo com ela, se Jack estava mesmo certa, Gabriel iria parar se ela não estivesse confiante, e mesmo não tendo nenhuma prova de que toda sua historinha montada iria dar certo, ela tentou. Alguns dias depois, Gabriel estava em sua casa em seu dia de folga, ele assistia TV quando a campainha tocou.

– Já vai – gritou ele deixando sua cerveja de lado – Senhorita Mills.

– Olá – disse ela sem jeito.

– O que faz aqui ?

– Eu também não sei – disse ela com um sorriso fraco – posso entrar ?

– Claro – ele deu passagem.

– Aconteceu alguma coisa com a sua irmã ? Tem alguém te perseguindo.

– Não, eu só... vim aqui para me desculpar, sabe, da maneira em que te tratei outro dia. Me desculpe.

– Tudo bem. Sei que não fez por mal, eu também te provoquei – ele caminha até o centro da sala.

Ruby já estava na sala do apartamento de Gabriel, em pé diante do Detetive, Aquela seria a primeira vez que os dois conversariam sem alguém por perto para atrapalhar. O caso de Ruby já tinha sido concluído, Gabriel agora se preparava para um outro tipo de missão

– Então, como vai o ferimento ? – Perguntou Gabriel enquanto recolhia as roupas jogas pela sala.

– Esta melhorando, já não arde tanto na hora de trocar ou quando alguém esbarra sem querer – Disse a moça de maneira cordial.

– Você é muito teimosa, se tivesse me escutado e não ter se intrometido no MEU caso, não teria tomado um tiro. – Disse ele com um sorriso debochado.

– É, mas graças a mim, você conseguiu pegar o Aron...

– Olha eu tinha uma opção melhor do que ficar negociando com um bandido durante duas horas... E você ainda foi baleada. Então nada de querer levar os créditos.

– Cara você é muito orgulhoso.

– Não, eu só não consegui cumprir o que lhe prometi.

– E o que foi ? Não me lembro.

– Prometi que você ia sair dessa sem um arranhão.

– E sai sem nenhum arranhão. Ganhei um tiro mas não estou ralada. Quando cai no chão o corpo do Aron me protegeu – Ela brinca.

– Isso foi sério, você ficou desacordada durante três dias – Ele vai pra cozinha.

Ruby o seguiu, só não sabia o porquê. Alias ela sabia, e para deixar tudo bem claro para Eva e Belle, ela puxou um assunto diferente com o detetive.

– Sabe o que é engraçado – ela da uma leve risada – Algumas pessoas dizem que eu e você temos muito em comum.

– Impossível – disse Gabriel lavando suas xícaras – No que um detetive e uma produtora musical tem em comum ? – ele faz careta.

– Ridículo, não ?.

Depois de lavar as xícaras, Gabriel vai para o quarto. Ruby então o espera na cozinha. Depois de alguns minutos o detetive volta sem camiseta.

– Vou lavar as roupas antes da minha folga acabar, não terei tempo de fazer isso depois.

– Ok – Ruby responde normalmente.

– E ai, como se sente ? Sabe, agora que o Aron ta morto...

– Aliviada.

– Desculpe, mas tenho que perguntar...

– Pode perguntar.

– Como uma mulher como você se envolveu com um marginal como ele ?

– Eu não sabia muita coisa sobre ele, e todas as vezes que perguntava sobre sua vida ele ficava irritado... Então eu deixava pra la.

Gabriel escutou a resposta de Ruby enquanto procurava algo para comer.

– Vai cereal ?

– Tudo bem.

– Só que vamos ter que dividir a tigela, pois já guardei quase todas.

– Com tanto que não dividimos a colher... – ela ri.

Gabriel ri e vai ate o armário, o homem precisa se esticar para pegar a ultima tigela. Ruby não pode deixar de notar no corpo de Gabriel, por um momento as coisas esquentaram demais para Ruby.

– Pronto... Leite e o cereal.

Uma pequena cicatriz em formato circular no peito de Gabriel também não passou despercebido pelos os olhos da moça.

– O que aconteceu ai ? – ela aponta.

– Isso ? – Gabriel passa o dedo por cima da cicatriz – Foi logo quando entrei na policia.

– Como aconteceu ?.

– Bom, eu era novo, estava em patrulha quando houve um tiroteio de verdade. Eu e meu companheiro fomos cercados, a rua estava cheia de crianças, era verão todas estavam de férias. Quando o barulho começou eles correram. Meu parceiro e eu estávamos atirando contra uma gangue local quando eu vi um menino de no máximo 5 anos, encolhido perto do hidrante... Ele ia morrer. Pedi cobertura então corri para o proteger. Pedi para que ele ficasse atrás de mim e que corresse o mais rápido que pudesse quando eu lhe dissesse. E isso ele fez. Segui atirando para conseguir espaço. Quando chegou o momento gritei e ele correu, foi em questão de segundos, só me virei para ver onde ele estava indo, quando me virei novamente fui baleado. Depois tudo escureceu e acordei duas semanas depois no hospital com um tubo na cara – ele ri.

– E o menino ? – Ruby se aproxima.

– Adam... O irmão dele morreu na troca de tiros, ele foi me visitar no hospital, sua família se mudou para a Philladelphia. A mãe dele me disse que Adam e o irmão estavam brincando na calcada quando o tiroteio começou, o irmão deixou o casula ali para poder pegar a prima que estava do outro lado da rua – Gabriel engole seco solta um sorriso para Ruby.

Red então acaba passando o indicador sobre a cicatriz de Gabriel, e ali mesmo ela deposita um beijo.

– Marca de um herói – ela diz e acaba o beijando.

Gabriel a segura pela cintura, Ruby geme um pouco pois ele acaba tocando no ferimento de maneira brusca. Mas ela não dá muita trela. Ruby sempre foi insegura sobre assuntos sexuais, pois Aron acabou a deixando com trauma. Mas naquele momento ela se sentiu tão segura quanto a Gabriel, que se segurou ainda mais nele. Ele por sua vez a conduziu para o quarto. A deitou na cama e a beijou mais. Ruby precisou quebrar aquele momento.

– O que foi ? Te machuquei ? – ele pergunta todo atencioso.

– Preciso te contar uma coisa...

– Diga.

– Sou pura – ela disse olhando bem no fundo de seus olhos.

– Se você quiser parar, eu vou...

– Não, não, eu... Eu quero. – ela disse ainda sem jeito.

– Tem certeza ? – Ele não queria fazer nada que ela não quisesse, Gabriel sabia o histórico de Ruby, mas nunca lhe passou pela cabeça, de ela ainda ser virgem.

– Nunca tive tanta certeza – ela o puxa pelo pescoço.

Gabriel então tirou a camiseta aberta dela, logo depois tirou a regata branca a deixando apenas com o sutiã preto. Ele viu que Red estava um pouco tensa. Precisou fazer algo. Se deitou ao lado dela. Ruby o olhou sem entender, ele arruma o cabelo da moça.

– Você é a mulher mais bonita e forte que já conheci – ele começou a elogia-la.

Ruby só escutava aquilo tudo.

– Seus olhos são lindos, seu sorriso é cativante, é corajosa e teimosa – ele a faz sorrir – Você e linda sem maquiagem e quando esta dormindo parece um anjo – ele segura em sua mão.

– Zambrano se vira por completo ficando assim sobre Gabriel. Ela o beija. Ele se senta ficando de frente para ela.

– Nunca, jamais pensei que você é só um objeto, você vale muito, senhorita Mills. O que aconteceu com você, não vai mais se repetir. Você vai ser muito amada...

E finalmente Ruby perde a tensão, Gabriel pode retirar o resto de suas roupas, e como disse, ele a amou. Precisou ter cuidado para não magoar o ferimento quando começou os movimentos. Ruby segurou o lençol da cama quando o sentiu, ele segurou essa mesma mão, e com a outra mão livre ela o arranhou, ela gemia nem tão alto nem tão baixo, depois de alguns momentos a mais ela chegou no ápice. Ele se deitou ao seu lado. Ela por um segundo achou que era tudo imaginação, ate ele a puxar para si. Ela o abraçou, e ele afagou os cabelos desgrenhados dela. Logo depois o casal pegou no sono.

Durante o sono Ruby se mexeu um pouquinho, seu curativo estava quase caindo por conta do suor que danificou a fita adesiva, Gabriel precisou acordar, dar uma rápida arrumada no curativo e pedir pra Ruby mudar de posição, assim ficando com o machucado para cima. Mas logo dormiram novamente, o casal estava exausto, e Gabriel sempre ao redor de Ruby. A protegendo ate mesmo em sonho.

Vaughon acordou primeiro que Zambrano, ele sorri pois vê que a moca dorme de maneira branda, ele a beija na parte de trás do pescoço, seu cheiro era de camomila silvestre, ela segurava sua mão de maneira que seus dedos se entrelaçavam. Ruby acordou no segundo beijo.

– Oi – ele sussurra.

– Olá – ela responde com um sorriso se formando – Que horas são ?

– Não sei, mas deve passar das quatro – ele responde – Por que ? Precisa ir ?

– Não, é só pra saber que ainda temos tempo para curtir – ela se vira e fica com o rosto perto dele.

Preciso terminar de limpar a casa – disse Gabriel depois de beija-la.

– Eu posso ajudar...

– Não, você não pode fazer força, lembra ? Seu machucado.

– Então levanta e vai arrumar as coisas.

– Só mais 15 minutos – ele respondeu.

– Preguiçoso – disse Ruby.

Um período de silencio e Ruby o acorda novamente.

– Gabriel...

– Sim, Ruby ?

– To com fome.

– Eu também... – contra isso não da pra lutar – ele se levanta – O cereal ainda está na bancada...

– Eca... Ficou descoberto, vai saber quais bichinhos passaram por la.

– Ta bom – Gabriel ri ao colocar a calça – Vou preparar alguma coisa pra você... Terei que desembrulhar as coisas.

– Obrigada – Ruby continua deitada.

– Não vai me ajudar ?

– Eu não...

Gabriel revira os olhos e vai para a cozinha

– Depois eu é que sou o preguiçoso, né ? – ele grita.

Gabriel teve de improvisar. Só havia dois ovos, leite e um maço de aipo.

– Espero que ela goste de verduras...

Ele fez ovos mexidos, despejou o leite no copo e colocou os aipos no prato, arrumou tudo de maneira organizada e levou para Ruby.

– Espero que goste, foi o melhor que pude fazer.

Ruby olhou para o prato, sentiu vontade de rir mas se segurou ao ver o jeito fofo de Gabriel. Então a moça pegou o aipo e deu uma mordida.

– Ajuda a cicatrizar rápido – disse ela passado a mão por cima do curativo.

Gabriel deu de ombros e se sentou ao lado de Ruby. Algumas semanas depois Eva já estava aflita, o bebê não parava de se mexer, as dores que antes eram pequenas e brandas agora pareciam mais uma espada sendo gravada em sua pélvis faltava 1 dia para o ano novo, David estava arrumando o carro para a viagem que iria fazer coma família. A morena não quis contar para o marido sobre as dores, pois sabia que David não iria viajar em hipótese alguma se soube que o pequeno Ethan estava chegando ao mundo. David aparece no quarto onde Eva já estava deitada.

– Tudo pronto para amanhã. Nós pegaremos a estrada bem cedo, para poder entrar o ano junto com a nossa família – ele beija a testa de Eva – Nem acredito que o bebê vai nascer em Miami. Estou tão feliz.

– Eu também – disse Eva com um sorriso amarelo – Vamos dormir, amanhã o dia vai ser longo.

No outro dia, David já estava com a família seguindo viagem até Maimi. Eva estava quieta demais. Ele achou suspeito, para quem não parava de tagarelar o quanto estava animada para ver a família novamente, Eva estava quieta demais.

– Eu fiz alguma coisa errada ? – perguntou meio receoso.

– Não – ela responde com uma certa dificuldade.

– Tá.

David voltou sua atenção para a estrada, segundos depois Eva grita.

– David, pare o carro !

– O que foi ? Já estamos chegando na rodovia.

– Pare a droga desse carro, agora !

– Por que ?

Eva não precisou falar nada, David apenas viu o vestido de Eva molhado e a cara de choro e dor de sua mulher, o pequeno Ethan chegara um pouco mais cedo.


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Notas finais do capítulo

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