I'll Always Come For You escrita por Bia Stowe


Capítulo 179
Dilemas


Notas iniciais do capítulo

Voltei, e espero que gostem do cap, não sei se todos vocês leram a oneshot que postei " Things that people say" bom, fiz esse cap baseado nesta fic, digamos uma versão alternativa para o final da fic, mas fiquem calmos não será aqui que ela vai terminar ainda tem mais alguns babados e acho que vão gostar, bom sem mais delongas, o cap, boa leitura e desculpem os erros.



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Na manhã seguinte, Eva acorda toda dolorida, eram 5:30 da manhã e ela precisava voltar para casa tomar banho e sair voando até o hospital, mas antes ela sentiu a necessidade de acordar Jack que dormia tranquilamente.

– Ahaham – ela limpa a garganta, Jack nem se mexe – Suspira alto – a amiga nem dá trela – ahaham !

– O que foi ? – Jack se senta de mal jeito no sofá.

– Está dormindo ? – perguntou a morena de maneira sínica.

– Não mais – respondeu Jack de mal humor – o que foi ?

– Nada – Eva vira o rosto e começa a tirar fiapos do sofá.

– Diga o que é – Jack sabia que as vezes Eva fazia manha pra falar.

– É essa briga com o David...

– O que tem ?

– Eu não quero chegar em casa hoje e dar de cara com ele, não depois do tapa que eu o dei.

– Eva – Jack coça os olhos e boceja – Vai pra casa, toma um banho, e tome uma pega xícara de café e vá para o trabalho.

Mas e se eu encontrar o David no meio do caminho.

– Uma hora vocês vão ter que se falar. Então que seja breve – disse Jack.

– Não entendo.

– To dizendo para você parar de agir como uma garotinha mimada e ir resolver a situação com o seu marido. Quando você casou sabia que iria ser assim, então para de achar que casamento é igual a conto de fadas.

– Uau – disse Eva – não precisa ser tão estúpida.

– Desculpe Evy, eu to uma pilha de nervos com outros assuntos, não devia ter descontado em você... – ela se levanta do sofá – Por que você não senta pra conversar com ele ?

– Isso não se resolve assim – disse Eva.

– Eu não sei como te dar concelhos sobre casamento... você sabe meu ultimo relacionamento não durou três semanas – ela se referiu ao namoro com Jefferson – Conversar é sempre o melhor caminho, Eva.

Depois de conversar com Jack, Eva precisou voltar para casa, a morena estacionou o carro na calçada de casa, ficou um tempo em seu carro até criar coragem e entrar em casa. Estava tudo silencioso, Eva vai até o quarto de Troy e vê o filho dormindo, logo depois vai até o seu quarto, David não estava lá, menos mal, ela não queria esbarrar com ele tão cedo. A mulher pega uma muda de roupa e vai para o banheiro tomar banho, logo depois se apronta e vai para cozinha preparar café. Eva liga a cafeteira e enquanto espera o café ficar pronto ela se encosta na pia, pode ver seu marido se exercitando no quintal, David estava fazendo abdominais, por algum motivo Eva não deu a minima. Ela despeja o café em uma xícara e dá um gole. Ela olha para o relógio, ainda faltava uma hora para Eva ir para o trabalho, de alguma forma ela e David teriam que se resolver. E por falar no homem, ele entra pela porta dos fundos e vê Eva tomando café, ele vai até a geladeira e pega uma garrafa de água gelada. Eva pensou em dizer a ele que não seria uma boa ideia para ele tomar água gelada logo pela manhã, mas achou melhor ficar calada. David tomou a água e logo depois foi para o banheiro tomar banho.

– Isso não é nada bom – disse Eva.

Eva e David não conversaram nos primeiros vinte minutos em que estiveram juntos. Mas logo começaram a trocar palavras depois que o homem se sentou a mesa.

– Vou levar o Troy, hoje, assim você não se atrasa – disse David colocando café na xícara.

– Obrigada. Ele dormiu a noite toda ? – ela perguntou de maneira fria.

– Acordou perguntando onde você estava – ele respondeu mas também queria saber onde foi que a mulher dormiu.

– Diga a ele que eu fiz companhia a tia Jack – Eva respondeu deixando David aliviado.

– Tá, eu digo a ele – e foi somente isso... Eva logo depois pegou a bolsa e foi para o trabalho.

E como prometido David levou Troy para a creche do hospital, e se apresentou no batalhão do esquadrão, onde Mike deu entrada nos papeis de readmissão do homem. Eva chegou no hospital mais cedo do que de costume, o que de certa forma foi bom, ela pode atender algumas pessoas antes de se trancar naquele bendito escritório. Ela estava no corredor quando avistou Lindsay morrendo de sono.

– Bom dia Dra. Lindsay.

– Bom dia Dra. Zambrano... já chegou ? Ou já é 7:00 ?

– Não eu cheguei cedo mesmo, você aparenta cansaço..

– Não durmo direito a dois dias, sempre quando vou tentar tirar um cochilo chega uma emergência – ela explica.

– Você está estudando para a prova de especialização ?

– Não estou tendo tempo.

– Ok, faça o seguinte – Eva pega o estetoscópio de Lindsay e a prancheta da moça – vá até o andar de cima, tome um banho no chuveiro que usamos para dar banho nos pacientes, ainda é cedo então ninguém vai usar. Depois eu quero que você vá comer algo bem reforçado no refeitório.

– Eu não posso ainda tenho que atender mais três leitos.

– Não estou pedindo, estou mandando. Depois de você comer, eu quero que vá até aquela sala perto do armário das faxineiras. Tem duas macas lá, você vai dormir por pelo menos 5 horas depois vai voltar a sua rotina, e na hora do almoço quero que você estude. Você me entendeu ?

– Dra. Zambrano, eu não posso fazer isso, isso pode me prejudicar.

– Lindsay, para que você possa ajudar aos outros você precisa se ajudar e depois eu sou a diretora desse hospital, só não deixe o Jake saber disso. Agora vai – ela empurra Lindsay.

Eva não estava fazendo aquilo só pela moça, ela andou lendo os últimos relatórios que Derek havia deixado, o quadro médico estava com muitos “buracos” em certas áreas, e aquilo preocupou a mulher, se Lindsay não estudasse para o exame, ela não iria passar e se ela não passar será mais um buraco no quadro e Eva iria ter que preencher este buraco contratando outros profissionais, mas o hospital estava no vermelho desde as reformas que precisaram ser feitas por causa do atendado.

– Ok, quem será que eu precisarei ver agora – ela olha os nomes na prancheta – oh, ala do câncer... odeio essa ala, mas fazer o que né ? – Eva caminha até o quarto.

A morena entra no quarto sem tentar acordar os dois pacientes que estavam lá, mas foi inútil.

– Bom dia – disse um senhor já com o estagio avançado.

– Bom dia, como o senhor está hoje, senhor... Nakashima ? – ela fala depois de olhar o prontuario.

– Posso dizer que já estive melhor – ele sorri.

– Quer que eu abra as cortinas para que o senhor veja o nascer do sol ?

– Seria eternamente grato, se você fizesse isso. – o homem é simpático.

– Não por isso – Eva abre as cortinas mas mantém as janelas fechada por causa da corrente de vendo.

– Então você deve ser a nova diretora deste hospital ? Lembro-me de quando Derek esteve por aqui.

– Ah quanto tempo o senhor está aqui ?

– Ah pouco tempo, estive aqui com a minha esposa, ela morreu pouco tempo depois de ter sofrido um avc isquêmico. Irônico, ela morreu neste hospital e com certeza irei morrer aqui também.

– Não diga isso – Eva odiava a ala de pessoas com câncer era muito sofrimento a pessoa morria aos poucos todos os dias e ela não podia fazer nada para evitar.

– Minha jovem, já estou com 70 anos, sem filhos ou parentes próximos, não há motivos para eu lutar contra o câncer.

– Bom, então lute por nossa nova amizade.. – disse Eva – Sou Eva Regina. O senhor pode me escolher de como vai me chamar – ela sorri.

– Te chamarei de Regina – ele sorri.

– Ok, então senhor... Bobby Nakashima – Eva ri – somos amigos agora, então trate de lutar por nossa amizade.

– Trato feito – ele balança a cabeça.

– Agora se o senhor me der licença preciso ver mais uma paciente.

– Fique a vontade.

Eva vai até o outro leito, a paciente estava dormindo, ela olha para o prontuario.

– Ruth... – ela lê baixinho – Vamos ver como você está, Ruth.

Eva examina a mulher, estava na mesma de acordo com o que diziam as informações, respiração lenta, pele tão empalidecida que poderia ver as veias, fraca e com os olhos fundos. Eva já até pode deduzir qual era o câncer de Ruth.

– Todos esses sintomas e … – ela passa a mão nos cabelos da mulher, um tufo de cabelos saem grudados entre seus dedos – perca de cabelos – ela tenta não chorar – Leucemia.

A Dra se afasta do leito, pega a prancheta e sai do quarto. Eva corre até chegar na recepção.

– Bom dia Dra Zam... – Logan não pode terminar a frase, Eva passou rápido, largou os papeis sobre o balcão, e saiu pela porta da frente, não sabia para onde iria, mas precisava arejar. Eva não aceitava o fato de pessoas morrerem de uma forma tão bruta, era como se um monstro se apoderasse do corpo e se alimentasse dele a cada dia. Até a pessoa morrer. Mas ela precisava voltar para o trabalho. Então tomou um pouco de folego e coragem, e voltou para o hospital, Eva ficou trancada no escritório até a hora de ir embora, e ao chegar em casa o clima ainda estava pesado. A morena não quis papo, foi para o banheiro tomou banho e depois foi para a cama, ela repetiu isso por mais dois dias até acordar doente. Foi David que percebeu que a mulher estava doente ao se encostar nela. Eva estava suada e tremendo.

– Eva ? – David poem a mão na testa da mulher – pelo amor de deus, você está queimando em febre – David dá um pulo da cama.

– Eu preciso ir para o trabalho – disse Eva.

– Que trabalho, o que... você precisa ficar em casa. – disse David descobrindo Eva.

– Não era para eu ficar doente – ela diz se tremendo – era para você ficar assim, foi você quem bebeu água gelada de manhã e depois foi tomar banho quente.

David revira os olhos, mesmo doente Eva era briguenta, e ele amava aquilo, ela e pega no colo e a leva até o banheiro onde enche a banheira e a coloca dentro.

– Fica ai, vou procurar algum remédio para te dar.

– Caraca, como isso aqui tá frio – disse Eva já na água.

David revira a casa inteira atrás de um misero comprimido, mas não acha nada.

– Que ironia, temos uma diretora de hospital nesta casa, mas não temos uma droga de remédio.

Ele então vai até a cozinha espreme uma laranja e leva até ela.

– Aqui, foi o que eu consegui – ele entrega o copo para Eva – está sem gelo.

– Obrigada – ela bebe e faz careta – está amargo.

– Eva...

– O que, David ?

– Já faz quase quatro dias... desde que nós...

– Brigamos, eu sei.

– Pois é, e até agora nós só trocamos o básico de informações.

– …

– Não quero continuar assim, eu sei que fiz errado.

– Quer saber David, esquece – ela diz depois de o encarar por longos três minutos – Esquece que nós brigamos, esquece que eu te dei um tapa na cara e esquece que eu dormi fora, nesses últimos três dias andei aprendendo coisas sobre a vida.

– Que tipo de coisas ?

– Do tipo que não dão para a gente curar – ela se referia ao câncer mas David não entendeu, ficou calado achou que Eva ainda estava com raiva dele – Psiu – ela o chama.

– O que ? – disse David de cabeça baixa.

– Vem cá – Eva o chamou – Vem fazer companhia.

– Dentro da banheira ?

– Por que não ? A casa é nossa, Troy ainda está dormindo.

– Não acho que seja uma boa ideia...

– Anda logo – Eva manda.

David então iria tirar a roupa mas Eva o puxou.

– Ei ! – ele resmunga.

– Disse para você entrar na banheira, não ficar nu – ela ri.

– Qual é.

– Eu estou doente, nem pensar em tentar procriar – disse ela.

David então se ajeita na banheira, com roupa e tudo.

– Desculpe por eu ter falado aquelas coisas, sei que você nunca irá me trair.

– Sobre aquele tapa... nunca mais irei fazer aquilo de novo.

E o casal se resolveu o que foi bom. Já Jack tinha que se resolver com Madeleine. Depois que Eva foi embora a moça não conseguiu dormir, então ligou para a mãe.

– Precisamos conversar, mãe.


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