I'll Always Come For You escrita por Bia Stowe


Capítulo 148
GPS ou Mapa


Notas iniciais do capítulo

Voltei :), e com mais m cap, espero que gostem e desculpem a demora e os erros de português, boa leitura e até a próxima.



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– Não há nenhuma verdade a ser dita, tudo o que está na carta explica tudo.

– Não pode ser, isso tem que ser mentira.

– Minha jovem, mesmo que queira que tudo isso seja mentira, nunca poderá negar o fato de carregar o sangue dela em suas veias.

– Isso é só um pequeno detalhe – disse Jack passando a mão levemente em seus cabelos – Isso não faz dela ser a minha mãe.

– Por que você a odeia tanto ?

– O senhor sabe o motivo. – ela dá um sorriso sarcástico.

– Oh, porque ela te entregou para uma pessoa na qual teria condições de criar você ? Porque fez o que fez para te dar um lar digno e longe te tanta violência e problemas com bebida ?

– Eu nunca largaria um filho – disse Jack.

– Falar é fácil. Nos tempos atuais é até um pouco mais fácil cuidar de uma criança, mas pense. Uma adolescente de 16 anos sem casa comida ou emprego, como ela iria cuidar de você ? Acha que doe em você ? Já se perguntou como ela se sentiu quando foi atrás de você e não te achou ?

– Não tente me por como vilã desta história, Padre.

– Esta história não tem vilões, na verdade tem, mas não é nem a sua mãe e nem você, o vilão é o tempo, e a heroína é a fé.

– Fé ? Como pode falar em fé em um momento como este ?

– Fé é tudo o que você precisa ter. Ela errou e admite isto Jacqueline, mas você não facilita desprezando a mulher na qual só quer uma única chance de ter o prazer de escutar você a chamando de mãe. Pais também cometem erros.

– Não como este. E além do mais você não me disse o que eu quero ouvir.

– O que você quer o vir não coincide com os fatos verdadeiros. Você quer escutar que ela te largou pois não te ama, quer escutar que você foi um erro na vida dela, quer escutar que se ela pudesse nunca engravidaria de você. Sei bem o que você quer escutar, mas vou te dizer uma coisa, toda essa insegurança te faz mal, por algum motivo você acha que é a pior dos seres humanos.

– Ela colaborou com isto me abandonando – disse ela em tom alto.

– Não estou aqui para ser seu psicólogo, muito menos a pessoa que você pode descontar as sua frustrações – disse o Padre – Você acha que ela é um monstro, tem suas duvidas e tudo, mas você nunca vai conseguir saber se nunca der espaço para ela. Eu preciso ir embora, tenho alguns leitos para visitar. Quando resolver crescer um pouco venha até mim... ou melhor, escute os seus pensamentos e esse pedaço que sente que está perdendo, ele vai ficar maior se você continuar com esse orgulho.

O Padre deixou Jack na capela, a moça se endireita no banco, ela abaixa a cabeça e começa a chorar enquanto conversa com Deus.

– Sei que nunca fui tão religiosa, há algum tempo que não oro mais, e muito menos peguei numa bíblia, para falar a verdade a ultima vez em que estive em uma igreja no domingo ou por vontade própria foi junto com a minha mãe, sei que você nunca dará as costas para mim, e mesmo que eu mereça por favor me ajude – ela suplicava em lágrimas – estou confusa, é madrugada, meu corpo dói, mas não tanto como meu coração, como vou enfrentar esta situação ? Por qual motivo você me colocou nos caminhos desta mulher ? Eu já tinha uma mãe, e porque ainda me recuso aceita Madeleine ? Abra meu coração, sou um pobre ser humano que precisa ser confortada pela sua graça, quais foram os motivos ? Me dê um sinal, me mostre o que não consigo enxergar.

E assim a jovem Jack deixou todas as lagrimas rolarem até não ter mais para soltar, Serena momentos depois veio e levou a moça para a cama, passava das 2:30 da manhã. Enquanto isso na rua, Henry e Cora tentavam fazer o casal interagir, mas infelizmente Lillian não estava no clima.

– Então Lillian como está as coisas no seu atelier ? Tem chegado mais artistas ?

– Eu vendi no ultimo verão – disse ela sem dar muita importância.

– Não creio – disse Cora – você amava aquele lugar.

– Mas o que aconteceu ? – perguntou Henry sem saber onde estava se metendo.

– Oh, não contou a ele querido ? – perguntou Lillian para Jonathan com sarcasmo – pensei que tinha lhe informado do fiasco da empresa.

– O que aconteceu com a empresa Jonathan ? – perguntou Henry já em tom de autoridade.

– Ele... meu querido cunhado Henry, foi pego com uma grande quantidade de pessoas em um esquema de desvio de verbas, a empresa faliu.

– Eu não acredito nisso Jonathan !.

– Henry acalme-se – disse Cora.

– A culpa não foi só minha – disse Jonathan.

– Então é verdade. – disse Henry dignado – que decepção.

– Não fale assim comigo, como se eu fosse uma criança.

– Ah, e isto que você fez não foi criancice ?

Por algum motivo e sem noção alguma Jonathan empurra Henry que quase cai sobre Cora. O irmão mais velho então revidou com um soco.

– Henry ! Calma, não é necessário brigar ! – Cora tenta separar enquanto Lillian só assiste – Lillian faça alguma coisa !

– Eu ? A briga é deles.

– Grande mulher você é, hein !

– Olha como fala com a minha mulher – disse Jonathan.

– Olha você como fala com a minha mulher ! – Henry retrucou.

E outra vez os dois se socam.

– Por deus, estamos no meio da rua, logo os paparazzis estarão aqui, Henry, larga o pescoço do Jonathan.

– E quem liga para eles ? – gritou Jonathan – você não é o centro do universo Cora, Henry te coloca lá no alto mas a verdade é que você não passa de uma escritora de jornal de quinta categoria.

Henry deu um soco no olho de Jonthan e o largou no chão.

– Você nunca mais, fale assim com ela, porque diferente da sua mulher, Cora nunca me deixaria sozinha numa situação complicada como a que você se encontra. Vamos Cora – ele pega na mão dela e a leva até o ponto de táxi.

O caminho todo foi silencioso, até eles chegarem em casa, Jefferson estava acordado assistindo e Graham estava lendo, Zelena acompanhava Jefferson e Elsa dormia perto da irmã.

– Oi mãe, pai, onde estão o tio e a tia ? – perguntou Jeff.

– Estão resolvendo alguns assuntos, vão dormir está muito tarde – disse Henry com um tom sério.

– O que aconteceu ? – perguntou Graham.

– Nada Graham, obedeçam o seu pai, vão para cama, Zelena você também. Agora, gente – disse Cora subindo as escadas e indo falar com Henry.

Cora chegou no quarto, Henry estava arrancando a grava de seu pescoço, tirando os sapatos de qualquer jeito, e jogando o casaco em cima da cama, ele foi para o banheiro escovar os dentes, ela sabia que quando ele estava assim não era uma boa hora para implicar, então ela tirou os brincos e a maquiagem. Henry então foi até a gaveta pegar um par de meias, Cora viu o inchaço que se formou na sobrancelha de Henry.

– Henry !

– Cora, agora não ! – disse ele.

– Não, seu rosto, está machucado.

– Deixa, melhora sozinho.

– Henry deixa de ser carrancudo – ela pegou na mão dele, o conduziu até a ponta da cama onde se sentou, Cora foi até o banheiro e pegou uma caixa de primeiro socorros, colou um pouco de álcool no algodão e tentou passar no inchaço – não se mexe.

– Não precisa.

– E você vai ficar com o rosto machucado ?

Ela passa o álcool e assopra. Um pequeno silencio se instalou entre o dois.

– Você é muito briguento – disse Cora.

– Eu não acredito que o Jonathan fez isto – disse Henry.

– Qual o problema ? A empresa era dele.

– Cora eu investi 10 % do meu dinheiro naquela empresa – disse Henry.

– Mas o problema não foi o dinheiro não é ? – ela pergunta ainda agachada.

– Não, pior que não, foi a molecagem dele de não me informar sobre isto tudo, Cora ele foi o cabeça.

– Não sei nem o que dizer – disse ela se sentado na cama ao lado dele.

– Eu sei, ele sempre foi o mimadinho dos meus pais, tudo o que ele queria, meus pais faziam para ele, olha só o resultado.

– Henry...

– Não, por deus quando o Jonathan vai crescer ? Não adianta de nada querer reconquistar a mulher se ele estiver sujo deste jeito.

– Erh... – Cora geme.

– O que foi ?

– Então. Acho que Lillian não quer ser reconquistada. Ela tem um novo alguém.

– Ela está traindo ele ?

E a noite passou assim para Henry e Cora. Logo pela manhã Eva e David acordaram, era hora de partir.

– Não quero ir – disse David.

– Eu também não, mas precisamos ir, temos que conhecer a nossa nova casa. – disse Eva terminado seu suco.

– Ah é, enquanto isso vamos ficar no apartamento não é ?

– Sim, mas antes preciso passar no meu apartamento para pegar o resto das minhas roupas, e dar um manual de instruções para o Hook.

– Vai avisar para a Jack ?

– Claro, não vai ser fácil, mas tenho que fazer isto.

– Evy, eu estava pensando... quando eu estiver no exército sabe, você e o Troy poderiam ficar com a Jack para não se sentirem tão só.

– E para ela proteger o que é seu – Eva levanta a sobrancelha.

– Também, mas é sério, não quero você sozinha, e tenho certeza que a melhor companhia para você é ela.

– Tudo bem, super protetor, vou fazer isto.

– Mas me prometa uma coisa.

– O que é ?

– Não deixe a Jack sozinha com o Troy, eles brigam demais e ela é meio vingativa.

– Isso não é verdade.

– Eva ela grudou chiclete nos cabelos dele.

– Ah então foi por isto que você cortou o cabelo dele...

– Pois é, o coitado chorou tanto.

– Vou tentar controlar as duas crianças. – ela sorri para ele.

– Ok, agora vamos –David e Eva arrumas as coisas e saem de casa.

Eles entram no carro e Eva pega o mapa.

– Ai de novo este mapa ? – David reclama – por que não um gps ?

– Gps não confiável e depois eu não quero ninguém dizendo o que eu devo fazer. – disse ela arrumando o mapa.

– Vamos fazer diferente – ele pega o mapa das mãos dela – Vamos voltar por instinto – ele joga o pedaço de folha no banco de trás.

– Mas vamos nos perder e nos atrasar. – disse Eva.

– Esse é o plano – David dá a partida.

A viagem vai ser longa...


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