I'll Always Come For You escrita por Bia Stowe


Capítulo 147
Lilah


Notas iniciais do capítulo

Hey trouxe mais um cap, e esse ficou bem Cora e Henry XD espero que gostem e desculpem os erros.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/384135/chapter/147

Já era noite, Cora estava usando um de seus belos vestidos, um azul escuro com um pequeno caimento nos ombros, seu cabelo estava impecavelmente perfeito, uma bolsa de mão completava e um belo par de brincos completava mulher. Henry usou um terno escuro com riscas de giz, ele usou a colonia que ganhou da mulher no seu ultimo aniversario, Jonathan havia feito reservas em um dos restaurantes mais caros da cidade. Lillian estava bem vestida também, um vestido preto e um pequeno salto alto, Jonathan usou um terno cinza com uma gravata combinando com os detalhes do vestido de Lillian. Logo o garçom veio anotar os pedidos dos dois casais. O clima não era o dos melhores entre Lillian e Jonathan, para falar a verdade Cora e Henry pareciam melhor. Henry então tentou um nova e confortante conversa.

– Está bonita esta noite Lillian, não acha Jonathan ? – ele disse depois de beber um pouco d'água.

– Sim, você está muito bonita Lillian. – disse ele depois de arrumar a gravata.

– Obrigada, Henry – ela só disse isso.

– Cora bebe um pouco d'água também – a noite vai ser longa. – ela disse entre os dentes.

– Como vai as coisas com os seus livros Cora, fiquei sabendo que você está trabalhando em um novo romance – disse Jonathan.

– Vai bem, as coisas andam um pouco lentas mas estou conseguindo, obrigada por perguntar e se interessar por isto – disse ela jogando para -Henry entender.

– Olha a comida já chegou – disse Henry arrumando o guardanapo no colo – espero que esteja apetitoso.

– E estará, quando venho a Miami gosto de jantar aqui. – disse Jonathan.

– E com que frequência você vem aqui ? – perguntou Cora.

– É Jonathan, com que frequência ? – perguntou Lillian.

– Bom você sabe, a empresa me manda para varias reuniões fora do país.

– Ah como mês retrasado quando você disse que teria uma reunião no México e só voltou no mês seguinte e ainda pela madrugada ? – a mulher pergunta.

Henry passa a mão nos poucos cabelos que tinha, Cora arruma as madeixas, os dois se olham como se estivessem conversando mentalmente.

– Bom mudando de assunto, Lillian como a Elsa está indo na faculdade ? – perguntou Cora.

– Está indo muito bem.

– Ainda que eu ache desnecessário ela estar fazendo faculdade para ser a moça da meteorologia – disse Jonathan dando uma garfada em seu bife.

– Se você fosse um pouco mais aberto com as suas filhas, talvez saberia qual é o real propósito – disse Lillian comendo seu macarrão ao molho branco.

– O clima está ficando tenso – disse Herny comendo seu salmão.

E as horas se passaram, Cora e Henry estavam sentados juntos, o casal tentou de toda as formas fazerem com que Lillian e Jonathan se acertassem, mas nenhum dos dois davam espaço um para o outro.

– Com licença, preciso ir ao banheiro – disse Lillian se levantando.

– Vou com você – Cora a acompanha só para deixar Henry conversar com seu irmão.

Ao chegarem no banheiro, Cora respira fundo enquanto tira o seu batom da bolsa para retocar, Lillian arruma o cabelo enquanto olha para o espelho.

– Jonathan parece muito gentil esta noite, não acha Lillian ?

– Ele está se esforçando. – ela solta uma pequena risada – não chega as pés de Pierry.

– Quem é Pierry ? – perguntou Cora com medo da resposta.

– Um homem muita essência – ela suspira.

– Assim, em um nível de essência quanto o Jonathan ganha ? – Cora pergunta.

– 4,5 – ela responde.

– E esse tal de Pierry ?

– 11,9 – ela se vira para Cora.

– Lillian, você.... isso não seria possível.

– Qual é Cora, vai dizer que nunca teve as suas escapadas do Henry ?

– Não, porque acredito no amor de verdade, e se fosse para eu ter essas “escapadas” eu pediria o divorcio. Lillian o Jonathan te ama.

– Olha só, nem todos tem o casamento perfeito como você e Henry, só porque o Jonathan é irmão dele não significa que tenha os mesmos pensamentos, porque diferente do Henry, o Jonathan não me dá atenção, não pega na minha mão ou simplesmente sorri quando estou ao lado dele, tenho certeza que foi ele quem teve está brilhante ideia de sairmos todos juntos, mas é tarde demais, deveria ter pensado nisto antes de me trair.

– E como sabe que ele te traiu ?.

– Eu tinha acabado de ganhar Zelena, ainda estava na maternidade, ele chegou lá com marca de batom no colarinho. Aquela não foi a primeira vez, tentei relevar estes anos todos, tivemos a Elsa, e agora que as meninas estão crescidas vou tentar viver o resto de vida que me falta.

Cora fica calada, ela não sabe o que dizer para a mulher, mas mentalmente fez uma nota a favor de Henry.

– Eu vi como o Henry te trata, apenas nestes últimos dias, pude ver muita coisa que o Jonathan nunca fez para mim, ou para as meninas, Henry puxa a cadeira para você se sentar, te ajuda quando tem algum problema, nem que seja bobo, ele conversa abertamente com Jefferson e Graham, abraça a Belle e Ruby, brinca com os netos, outro dia eu peguei ele fazendo bolhas de sabão para a Charlotte e Troy.

Enquanto isso no mesa, Henry perguntou o que estava acontecendo.

– Não sei, ela está assim há alguns dias, não sei onde errei – disse ele.

– Vou te dizer onde errou... em tudo !

– O que ? Ah tá ! Agora eu sou o errado – ele revira os olhos.

– Jonathan, olha como você fala com ela, tão carinhoso como uma tijolada na cara ! – ele é irônico – você trata a Lillian como nosso pai tratava a mãe. Para que ser tão áspero com ela deste jeito ?

– Eu falo assim com as minhas funcionarias.

– Ela não é uma de suas funcionarias, ela é a sua mulher, mão das suas duas filhas. Deixa eu te falar uma coisa, ser o “homem” da casa não significa ser tão estúpido e autoritário assim. Ela precisa de carinho, poxa, você chega em casa, não vê a mulher o dia inteiro, custa lhe dar um beijo ou simplesmente dizer que ela está bonita ?

– Esse é o meu jeito, Henry – disse ele.

– Então mude o seu jeito, ou sua mulher muda mudará de marido... espere elas voltarem, vamos dar uma volta, seja gentil.

Não demorou muito para as mulheres voltarem do banheiro. Henry sugeriu a tal caminhada, elas aceitaram, mesmo estando de salto, Cora e Henry deixaram que Lillian e Jonathan fossem na frente. E mesmo que aquele jantar fosso somente de fachada, Cora e Henry estavam gostando. Eles passam por um vendedor que tinha um pequeno carrinho cheios de flores.

– Flores para a dama, cavalheiro ? – ele pergunta para Henry.

– Ah, claro, porque não ? Me dê uma rosa – ele dá o dinheiro para o homem.

– Deixe eu enrolar, para a dama não ter as mãos cheias de espinhos.

– Obrigada – Cora sorri.

Henry pega a rosa e entrega para Cora. Jonathan vê o gesto de seu irmão mais velho, Henry levanta as sobrancelhas como se ele mandasse o homem fazer o mesmo. Ele então dá meia volta e pega logo um pequeno buque e paga o homem. Ele corre e entrega as flores para Lillian.

– Para você – ele sorri.

– Obrigada – ela e indiferente.

Ele olha para Henry que abaixa a cabeça em sinal de negação, Cora então segura na mão de Henry mostrando para Jonathan tentar fazer o mesmo. As coisas não andam bem para a infelicidade de Jonathan. Henry então grita.

– Ei, ali tem uma cafeteria, amo os cafés de lá, eu e Cora vamos direto, vamos até lá ?

– Por que não ? – disse Lillian.

E a noite seguiu assim, enquanto Eva e David estavam fazendo as malas.

– Pronto a ultima mala – disse ele.

– Ah que pena – disse Eva.

– Não pensa assim, amanhã temos muito o que fazer, temos que arrumar a mobília da nossa nova casa, temos que fazer compras e... – ele foi cortado por Eva.

– Desta vez, você vai ficar longe da sessão de higiene feminina.

– Ok, mas você não vai me tirar as revistas, não ?

– Não ! – ela faz biquinho.

– Para com isso ! Você sabe que amo quando faz este biquinho – ele “pula” nela que estava sentada de pernas cruzadas na cama.

– Ah – ela grita.

E eles voltam a se beijar, e muitos beijos e trocas de carinho, muito diferente daquele tempo que os dois só sabiam trocar ofensas.

– Amor, eu achei um álbum de fotos no armário do porão, e eu folhei ele e achei uma foto da sua mão abraçada a uma mulher e acho que o bebê que essa mulher estava segurando era você. Vou lá buscar, quero saber quem era aquela mulher – ele corre até o porão.

– Legal, agora está nessa de saber o nome de todos da minha família – ela fala para si.

Depois de alguns minutos David volta com o algum de fotos na mão, ele passa as paginas até achar a tal foto.

– Aqui... quem é ela ? – ele aponta.

– Nossa que foto antiga... deixe eu ver direito.

Eva olha a foto com toda atenção.

– É ela.... – Eva dá um sorriso.

– Ela quem ?.

– Ela é o motivo de eu ter me formado em medicina, ela é o motivo de Graham, Jefferson e até mesmo Charlotte estar neste mundo. Ela é a minha tia Lilah.

– Oh, ela é muito parecida com a sua mãe, exceto pelos olhos azuis. Ela era muito bonita.

– É... ela era.

– Olha, vi que você ficou hipnotizada por esse álbum, então vou deixar você aqui, e vou colar as malas no carro – ele beija a testa dela.

– Ok.

E David sai do quarto arrastando as malas, enquanto Eva contornava a imagem de Lilah.

– É tia, acho que entendi o que a senhora quis me dizer – ela sorri.

~Flashback on~

Lilah já estava em seu estado terminal, Jeff estava com cinco meses, Cora e Henry estavam no quintal com Graham, Ruby e o bebê, a pequena Eva estava brincando dentro de casa quando deixou a bola correr até o final do corredor, ela corre para pegar a bola, quando chega até ela a menina vê a porta do ultimo quarto entreaberta, ela então resolve dar uma espiada. Seus país não a deixam ir até o final do corredor, nem ela, nem Graham. Não levem a mal, mas ver uma pessoa em estado terminal de câncer e já é devastador para um adulto quem dirá para uma criança. Cora ia até o quarto de sua irmã para lhe colocar em frente a janela para ver Graham brincando no jardim com as primas, e Henry levava o bebê para ela ver, e por mais que Lilah quisesse segurar o pequeno Jefferson em seus braços ão poderia, pois a dor em seu corpo falava mais alto. Eva abre a porta um pouco mais e coloca a cabeça para dentro do quarto. Estava tudo quieto, somente o barulho das maquinas que ajudavam Lilah com a respiração, faziam barulho. O quarto era bem iluminado em boa parte, mas havia uma pequena área que o sol não batia. E era justo este lugar que a cama de Lilah estava. Eva caminha até que seu corpo fique totalmente dentro do quarto, ela procura por algo ou alguém, não sabe ao certo porque, até que toma um susto.

– Ei... – a voz é fraca e falhada.

– Ai – disse Eva com medo.

– Pequena...latina – ela disse pausadamente.

– Tia Lilah ? – a menina chama sem saber para onde.

– Isso... sou eu... o que... faz...aqui ?

– Vim pegar a minha bola, o que faz aqui ? E porquê parece tão cansada ?

– Não...se preocupe...logo...descansarei...para...sempre.

– Onde a senhora está ?

A mulher estava tão debilitada que Eva mal conseguiu enxergar-lá, os cobertores eram muito pesados para ela, então Henry e Cora providenciaram mantas, eram mais leves e aconchegantes.

– Aqui...

– Aqui onde tia ?

– Nesta... parte...escura.

– Ah – ela caminha até esbarar na cama – ai.

– Cuidado.

– Tia, porquê a senhora não vai para onde tem sol ? Ou melhor porquê a senhora não vai lá fora ?

– Não...posso.

– E por que não ?

– O sol...pode... me machucar – ela mente.

– Ah, tipo um vampiro ?

– Isso... mesmo – ela solta um leve sorriso.

– Bobagem, a senhora não é nenhum vampiro, vampiros são só mal, e a senhora é do bem. – Eva chega até o topo da cama.

– Então...o que...eu...sou ? – Lilah consegue pegar na mão da menina.

Eva consegue sentir os ossos de Lilah, ela acaricia sem dar nenhuma importância, afinal, era a sua tia Lilah que estava lá, o adulto mais incrível que poderia existir, a pessoa mais bondosa e especial que uma menina de cinco anos poderia ter.

– Você é uma fada.

– Fada ?

– Sim, uma fada delicada e especial que não pode ficar em contato com a luz porque se não os humanos malvados te sequestram e fazem mal a você – ela beija a mão da tia.

– Eva...você é...especial...você veio para este....mundo...com...uma...missão...ajudar...as...pessoas...e...encontrar...um...amor...verdadeiro...espere...por ele...e quando...ele...vier...a sua...missão...estará...completa.

– E como vou saber quem é ele ?

– Quando ele...tocar...em você...e você...se sentir...segura – disse Lilah.

– Como assim ?

– Vai...entender...quando...chegar...a hora.

– Tia, posso te dar um beijo ?

– Claro...

Eva fica na pontinha dos pés e dá um beijo na bochecha de Lilah, depois ela vai até o outro lado do quarto, pega uma cadeira e arrasta até a cama da mulher, onde ela se senta e fica segurando a mão da tia até pegar no sono.

~~ Flashback off~~

Já no Miami hospital, Jack estava sentada em um dos bancos da pequena capela que o hospital tinha, ela estava a espera do padre que Serena foi buscar.

– Pronto cheguei, agora acalme-se minha filha – disse ele para Serena.

– Padre, eu preciso de respostas – disse Jack.

– Estou aqui para te ajudar.

– Padre o que você sabe sobre Madeleine Campbell Swish ? Ou o bebê dela.

– Não estou autorizado a falar sobre isso.

– Padre, só o senhor pode me ajudar agora, por favor me responda – disse Jack.

– Por que quer saber ? – perguntou o padre.

– Porque talvez eu seja esse bebê – foi a primeira vez que Jack cogitou a situação.

– Se for você mesmo, então recebeu a carta ? – ele perguntou querendo tirar a prova.

– Sim, recebi, e preciso saber o que realmente aconteceu.

– Só lhe digo quando eu ver a carta em suas mãos – ele complica.

– Não por isso – Serena retira a carta de seu jaleco – Toma Jack.

– Obrigada, Serena – a moça balança a carta – agora me diga tudo o que eu preciso saber.

– Tem certeza que quer saber ?

– Nunca tive tanta certeza na minha vida.

– Jack, eu vou deixar você aqui sozinha, porque me biparam, mas volto assim que possível – disse Serena.

– Ok. – Jack espera a moça sair – Padre, ultimamente eu venho sentindo como se um pedaço da minha felicidade estivesse escapando aos poucos, me ajuda a recuperar isto – disse ela com um pequena lagrima.

Então finalmente o padre começa a falar.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!